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eNTREVISTa O SPC e a nova cultura do crédito, por Ricardo Loureiro

E-commerce Varejo chega às redes sociais, como Facebook

Os turistas não vêm apenas ver futebol, eles querem conhecer o País e fazer compras. Prepare-se para não perder essa grande oportunidade

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Boas perspectivas: olho nas

oportunidades O

ano de 2011, cujo último e mais importante mês para o comércio varejista vivenciamos agora, foi marcado por duas tendências bem-vindas que, espera-se, serão mantidas em 2012: o aumento do consumo pelas classes D e E e a redução da taxa básica de juros. Um cenário favorável para amenizar a esperada desaceleração das vendas deste Natal, cujos resultados deverão atingir de 6% a 7% contra os 11% registrados em 2010 devido, em parte, à diminuição da demanda doméstica e à inflação ao longo do ano. A economia vai bem, o desemprego em baixa, mas o momento é de atenção continuada. A salutar queda da taxa de juros não se sustentará sem a inflação sob controle. A percepção do Comitê de Política Monetária de que há espaço para a redução da selic contribuirá para o fortalecimento da economia se acompanhada pela disposição por uma política fiscal austera que conduza o País a um crescimento duradouro no médio e longo prazo. O sucesso de um negócio, no entanto, não está integralmente a cargo dos gestores da macroeconomia. Cabe também ao comerciante a responsabilidade de se informar e identificar oportunidades. No momento em que as vendas de Natal coincidem com a ascensão das classes D e E, o treinamento e a

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“2011 foi marcado por duas tendências que, espera-se, serão mantidas em 2012: o aumento do consumo pelas classes D e E e a redução da taxa básica de juros” motivação das equipes de vendas são fundamentais para o merecido e adequado atendimento a esse novo perfil de cliente, sem a exclusão dos demais. O e-commerce merece igual atenção. Uma pesquisa da empresa de consultoria Deloitte realizada em outubro indica que 21% dos entrevistados no País pretendem fazer compras pela internet neste Natal. O número, próximo ao de quem se dispõe a comprar em lojas de departamento (25%) e shop­ pings (22%), deverá aumentar nos anos seguintes com o crescente acesso das classes D e E ao mundo virtual. Na análise por regiões, a pesquisa revela que a maior procura por presentes deve vir do Sul, onde 37% disseram

roque pellizzaro junior Presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL)

que essa é a prioridade dos gastos de fim de ano. Itens de perfumaria e cosméticos serão destaque ao lado de celulares, incluindo smartphones e tablets – estes últimos a novidade deste Natal. É interessante notar que smartphones e tablets são, por sua vez, potenciais ferramentas de compra que se somam às formas tradicionais de acesso à web. A popularização destes aparelhos reforça, portanto, como as novas tecnologias e os meios eletrônicos de pagamento e recebimento têm se tornado inevitáveis em nossos negócios. Por isso, comerciante, adapte-se a essa nova oportunidade. A cada Natal, o mundo virtual estará mais presente na vida do comércio e do varejo de todo o País.


diretoria cndl Presidente Roque Pellizzaro Junior 1º Vice-Presidente Vitor Augusto Koch Vice-Presidente Adão Henrique Vice-Presidente Francisco Honório Pinheiro Alves Vice-Presidente Geraldo César de Araújo Vice-Presidente José César da Costa Vice-Presidente Melchior Luiz Duarte de Abreu Diretor Administrativo e Financeiro Silvio Antônio de Vasconcelos Souza Diretor do DASPC Roberto Alfeu Pena Gomes DIRETOR CDL Jovem Samuel Torres de Vasconcelos Diretores Ralph Baraúna Assayag, Maurício Stainoff, Sergio Alexandre Medeiros, Jair Francisco Gomes, Marcelo Caetano Rosado Maia Batista, Mustafá Morhy Júnior, Paulo Gasparoto, Ilson Xavier Bozi, Maria do Socorro Teixeira Noronha, Antônio Xará, Fernando Luis Palaoro, Francisco Regis Cavalcanti Dias DIRETORIAS ESPECIAIS Adilson Schuenke Emanuel Silva Pereira Celso Vilela Guimarães Geovanne Telles Valdir Luiz Della Giustinna Marcelo Sales Antoine Youssef Tawil José Manoel Ramos Egnaldo Pedro da Silva

Geruza Lúcia de Nazareth, Francisco Freitas Cordeiro, Álvaro Cordoval de Carvalho Conselho Fiscal Alberto Fontoura Nogueira da Cruz, Eduardo Melo Catão e Marcelino Campos (membros efetivos); Jayme Tassinari, Milton Araújo e Divino José Dias (suplentes) Superintendente André Luiz Pellizzaro GERENTE Kleber Sérgio Carvalho Silva supervisão Luiz Santana Conselho Deliberativo DO SPC BRASIL Presidente Itamar José da Silva Vice-Presidente José César da Costa Conselho de administração DO SPC BRASIL Presidente Roberto Alfeu Vice-Presidente Melchior L. D. de Abreu Filho Diretor Financeiro Silvio Antônio de Vasconcelos Souza Vice-Diretor Financeiro Marcelo Salles Barbosa Diretor de Comunicação Dr. Francisco de Freitas SUPERINTENDente Nival Martins Júnior

CONSELHO SUPERIOR Romão Tavares da Rocha, Aliomar Luciano dos Santos,

Conselho FISCAL DO SPC BRASIL Luiz Antônio Kuyava, Maria do Socorro Teixeira Noronha, Antoine Yossef Tawil

ASSINE a dirigente lojista (61) 3213 2000 | assinatura.dirigentelojista@cndl.org.br | www.cndl.org.br

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A revista Dirigente Lojista é produzida pela Editora Empreendedor DIRETOR-EDITOR Acari Amorim acari@empreendedor.com.br DIRETOR DE COMERCIALIZAÇÃO E MARKETING Geraldo Nilson de Azevedo geraldo@empreendedor.com.br REDAÇÃO dirigentelojista@empreendedor.com.br EDIÇÃO-EXECUTIVA Alexsandro Vanin REPORTAGEM Ana Paula Meurer, Camila Stähelin e Raquel Rezende EDIÇÃO DE ARTE Gustavo Cabral Vaz PROJETO GRÁFICO Wilson Williams REVISÃO Lu Coelho foto DE CAPA Thinkstock EDITORA DO PORTAL DA CNDL Ana Paula Meurer EDITORA DO PORTAL EMPREENDEDOR Carla Kempinski SEDES São Paulo DIRETOR COMERCIAL Fernando Sant’Anna Borba fernandoborba@empreendedor.com.br EXECUTIVOS DE CONTAS Gerson Cândido dos Santos e Osmar Escada Junior Rua Sabará, 566 – 9º andar – conjunto 92 – Higienópolis 01239-010 – São Paulo – SP – Fone: (11) 3214-1020 empreendedorsp@empreendedor.com.br Florianópolis EXECUTIVA DE ATENDIMENTO Joana Amorim anuncios@empreendedor.com.br Rua Padre Lourenço Rodrigues de Andrade, 496 Santo Antônio de Lisboa – 88053-400 Florianópolis – SC – Fone: (48) 3371-8666 CENTRAL DE COMUNICAÇÃO Rua Anita Garibaldi, nº 79, sala 601 - Centro Fone: (48) 3216-0600 E-mail: comercial@centralcomunicacao.com.br

ESCRITÓRIOS REGIONAIS Rio de Janeiro Rua São José, 40 – 4º andar – Centro 20010-020 – Rio de Janeiro – RJ Fones: (21) 2611-7996 / 9606-7910 milla@triunvirato.com.br Brasília Ulysses C. B. Cava Condomínio Ville de Montagne, Q. 01 Casa 81 - Lago Sul - 71680-357 - Brasília - DF Fones: (61) 9975-6660 / 3367-0180 ulyssescava@gmail.com Rio Grande do Sul Nenê Zimmermann / Renato Zimmermann Rua Quintino Bocaiúva, 554 – conjunto 501 Floresta – 90440-051 – Porto Alegre – RS Fone: (51) 3327-3700 nene@starteronline.com.br.com.br renato@starteronline.com.br.com.br Paraná Merconeti Representação de Veículos de Comunicação Ltda / Ricardo Takiguti Rua Dep. Atílio Almeida Barbosa, 76 – conjunto 3 Boa Vista – 82560-460 – Curitiba – PR Fone: (41) 3079-4666 – ricardo@merconeti.com.br Pernambuco HM Consultoria em Varejo Ltda / Hamilton Marcondes Rua Ribeiro de Brito, 1111 – conjunto 605 – Boa Viagem 51021-310 – Recife – PE – Fone: (81) 3327-3384 hmconsultoria@hmconsultoria.com.br Minas Gerais SBF Representações / Sérgio Bernardes Faria Av. Getúlio Vargas, 1300 – 17º andar – conjunto 1704 30112-021 – Belo Horizonte – MG Fones: (31) 2125-2900 / 2125-2927 sbfaria@sbfpublicidade.com.br

Nesta edição

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egundo pesquisa da empresa de consultoria Ernst & Young em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), a Copa do Mundo de 2014 poderá gerar um total de R$ 142 bilhões adicionais para o Brasil nos próximos anos. Para o mercado varejista, as notícias são positivas e o consumo será crescente até o mundial. Em outro levantamento da FGV, este em parceria com o Sebrae, foram mapeadas 122 oportunidades de negócio para o comércio em decorrência do evento da Fifa. Porém, é necessário que os comerciantes se alinhem quanto a essa demanda e, principalmente, se atualizem em questões de capacitação, tecnologia e automação bancária. E esta preparação deve começar já e seguir gradativamente até 2014, sendo que um ano antes teremos um grande “ensaio oficial” com a realização da Copa das Confederações. Planejamento, inovação e atendimento de qualidade são as palavras de ordem para quem deseja aproveitar as chances de negócio. Como não queremos deixar de levantar a taça, tanto em campo quanto no varejo, a Dirigente Lojista dedica a matéria de capa desta edição às oportunidades geradas pela Copa do Mundo. A reportagem apresenta as principais chances de negócio e o que o comerciante brasileiro precisa fazer para aproveitá-las, como ele está se preparando e onde pode encontrar ajuda para sair vencedor deste desafio. Alexsandro Vanin Editor

PRODUÇÃO GRÁFICA Teixeira Gráfica e Editora

www.empreendedor.com.br

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Entrevista Ricardo Loureiro, presidente da Serasa Experian, fala sobre a mudança da cultura do crédito no Brasil e das vantagens do novo SPC, mais ágil, seguro e preciso.

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Tendência Pesquisa aponta hábitos e costumes do consumidor brasileiro de vestuário, informações úteis para lojistas desenvolverem estratégias e campanhas. Saiba como utilizar esses dados a seu favor.

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E-commerce Varejo avança no modelo de vendas pela internet e agora investe no potencial das redes sociais, em especial o Facebook. Conheça este novo canal e curta as vendas como nunca. Perfil Há 106 anos no mercado, a Doural Presentes mantém a imagem de loja tradicional com foco principal no cliente, mas sempre atenta à inovação, o que lhe rendeu o Prêmio GIA Brasil.


seções

26 Reportagem de capa A Copa 2014 atrairá muitos turistas – com perfil diferenciado e alto poder de compra – e aumentará a demanda por produtos e serviços, mas o varejo precisa estar preparado para aproveitar o bom momento. Descubra o que fazer desde já para não perder as oportunidades e onde conseguir ajuda, e siga o exemplo de quem já deu os primeiros chutes a gol.

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Aos Lojistas

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Brasil Lojista

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CDL Jovem

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Informe Jurídico

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Leitura

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Agenda

opinião 58

Sobre Loja, por Josemar Basso

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De Olho no Cliente, por Luciana Carmo

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Pense Grande, por Joel Fernandes

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Banho de Loja, por Kátia bello

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FCDL/PR reúne as CDLs paranaenses R

eestruturação, mudança e resultado na forma de benefícios aos associados. Estes foram os temas do encontro realizado pela FCDL/PR que nos dias 30 de novembro e 1º de dezembro reuniu as CDLs paranaenses para apresentar o projeto do Movimento Lojista no Paraná. O presidente da FCDL/PR, Samoel Antonio de Mattos, disse aos presentes que “o sonho estava se tornando realidade. O Movimento Lojista no Estado do Paraná ressurge com o apoio da CNDL e do SPC Brasil”. O superintendente da CNDL, André Luiz Pellizzaro, lembrou que a CNDL e o SPC Brasil vão trazer os benefícios do Movimento Lojista para solução ao comércio paranaense sem perder a essência dos valores do associativismo.

Movimento paranaense Novo SPC Brasil agrega benefícios sem perder a essência do associativismo

O Estado do Paraná contará com o SPC que reúne as informações dos associados vinculados ao Sistema CNDL, detentor da marca, sendo o maior banco de dados de pessoa física da América. O SPC nasceu há mais de 50 anos e permanece dentro de nossas CDLs

com a finalidade de gerar segurança nas vendas a prazo feitas pelos nossos associados, contribuindo com a economia nacional e com os próprios consumidores. O sucesso do evento foi verificado na sinergia e no entusiasmo dos seus participantes. Nós somos CDLs.

O SPC nasceu há mais de 50 anos e permanece nas CDLs com a finalidade de gerar segurança nas vendas a prazo, contribuindo com a economia nacional e com os próprios consumidores Estreitando o relacionamento com as CDLs e atuando em parceria com os diretores distritais da FCDL/SC, o vice-presidente de Coordenação Distrital da Federação, Olair Klemtz, cumpriu roteiro em CDLs pelo estado. Nos locais, além de participar de reuniões com os diretores distritais, dirigentes e colaboradores das CDLs, Olair Klemtz teve a oportunidade de conferir de perto as atividades, projetos e ações dos distritos da Federação em favor do Movimento Lojista. Entre as CDLs visitadas estavam a de Curitibanos, Três Barras, Caçador e Catanduvas, além do 8º e 9º distritos. 8

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CDL Araranguá entrega premiação do concurso “Recicla CDL na Escola”

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ecentemente foram divulgados os nomes dos campeões do concurso “Recicla CDL na Escola”, direcionado a estudantes do ensino fundamental da rede pública estadual, promovido pela Secretaria de Estado da Educação e Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Santa Catarina (FCDL/SC). No dia 4 de novembro, nas dependências da Secretaria do Desen-

volvimento Regional de Araranguá, foi feita a entrega da premiação aos vencedores e também aos demais participantes do concurso na etapa regional. Os alunos que participaram do concurso e os diretores das escolas receberam um certificado de participação. A Câmara de Dirigentes Lojistas de Araranguá entregou aos alunos uma caneca personalizada

com a logomarca do concurso. Representando a entidade, a gestora Luciana Daitx disse que promover um concurso com tal tema é muito importante para a sociedade. “É nos pequenos que temos que enraizar esta consciência da preservação ambiental, para que os mesmos se tornem adultos mais conscientes, que sem a natureza que nos rodeia é impossível viver”, afirmou.

Cultura da preservação Concurso procura conscientizar crianças para que venham a ser adultos responsáveis

Nos dias 23, 25 e 30 de novembro, a FCDL/PE e a CDL Recife realizaram uma rodada de encontros comerciais de SPCs no estado. O objetivo foi levar a todas as CDLs informações referentes à parceria do SPC com a Serasa. Além disso, nos eventos foram apresentados pacotes comerciais, técnicas de venda, fomento comercial, entre outros. dirigente Lojista l novembro 2011 l 9


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Convenção Estadual reúne cerca de 1,5 mil lojistas em Gramado A

42ª Convenção Estadual Lojista do Rio Grande do Sul começou oficialmente no dia 10 de novembro. A cerimônia de abertura abriu espaço para homenagear, reconhecer e integrar os novos presidentes das CDLs, que ocuparam a função a partir do encerramento da edição anterior da convenção. Para isso, foi realizada a posse conjunta das autoridades, que receberam uma pequena estátua do laçador, ícone do tradicionalismo rio-grandense. O associativismo é um fator que facilita o alcance desses objetivos. “Continuamos trabalhando em prol do associativismo, pois assim nós conquistamos as nossas metas de

CDL de Nanuque lança “Banco de Habilidades”

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forma mais fácil, consistente e com resultados imediatos para o nosso negócio. Obrigado pelo grande esforço e por somarem ao nosso exército em defesa do Movimento Lojista”, disse o presidente da FCDL/RS, Vitor Koch. Também foram homenageadas as empresas e entidades que possuem o certificado QComércio: um selo de qualidade, capacitação e modelo de gestão de eficiência. Foram mais de 1 mil horas de treinamento entre lojistas e CDLs certificadas, com o objetivo de buscar a excelência e o envolvimento direto com as melhores práticas na gestão das organizações. A força e a união do setor foram pontos bastante lembrados durante a cerimônia.

Como um dos itens que fazem parte do grande projeto de ações para o biênio 2011/2012, a diretoria da Câmara de Dirigentes Lojistas de Nanuque (MG) está estruturando o “Banco de Habilidades”, iniciativa que tem a missão de transformar ideias em realidade, abrindo portas para o primeiro emprego.

Estiveram presentes na solenidade, além do presidente da FCDL/RS, o prefeito de Gramado, Nestor Tissot; o deputado estadual José Sperotto; o presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro Junior; o coordenador da CDL Jovem do Rio Grande do Sul, Marcos Rogério Carbone; os presidentes das federações de CDLs de Santa Catarina, Sergio Alexandre Medeiros; do Rio de Janeiro, Jair Francisco Gomes; de Pernambuco, Adjar Soares da Silva; e o presidente da União dos Vereadores do Rio Grande do Sul (Uvergs), Antonio Inacio Baccarin, e a presidente da CDL de Gramado, Elaine Negruni.

Segundo a presidente da CDL, Gleusa Ramos, “o Banco de Habilidades é um instrumento que tem como objetivo concentrar currículos, habilitando as pessoas que querem o autoconhecimento, a vontade de aprender e que estão buscando uma colocação no mercado de trabalho”.


Novo sistema Gama maior de produtos e serviços do SPC Brasil

Produtos e serviços do SPC Brasil são apresentados a lojistas no CDL Doze Horas

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m dos temas abordados no CDL Doze Horas, ocorrido no dia 1º de dezembro, foi o novo sistema SPC Brasil, pauta essa desenvolvida pelo presidente da CDL, Jorge Prestes Lopes, que anunciou para o associado cedelista a migração do Banco de Dados SPC Uruguaiana para o sistema SPC Brasil, considerado o maior birô de crédito da América Latina. Jorge Lopes apresentou uma gama de produtos e serviços que o lojista poderá dispor através do

Ela explica: “Toda a diretoria vem desenvolvendo um grande esforço para que todas as empresas de nossa cidade que pretendem contratar novos profissionais, ou aumentar o seu quadro de pessoal, nos procurem para que possamos encaminhar a mão de obra certa, para o trabalho certo e na hora

novo sistema. Segundo o presidente, são ferramentas de informação extremamente competitivas que

SPC Brasil é considerado o maior birô de crédito da América Latina certa, para os seus postos de trabalho através do Banco de Habilidades”. As empresas estão sendo convidadas a agilizar as inscrições, definindo o perfil do profissional de que elas precisam. Numa etapa seguinte, uma ampla divulgação será feita através da imprensa local, convidando as pes-

permitirão ao associado ter acesso a números de consultas, registros, comprometimento financeiro, cheques emitidos ou sem fundos e dados gerais do comprador. “A CDL de Uruguaiana é pioneira no interior do estado na implantação do novo sistema. O que estamos oferecendo para nosso associado é o que tem de melhor no Brasil, no que diz respeito a sistema de informação e cadastro de pessoa física e jurídica”, completou Jorge Lopes.

soas a entregarem seus currículos. “Essa é uma das alternativas que encontramos para estimular a geração de empregos e o aproveitamento de nossos profissionais. Afinal, temos muitos talentos, pessoas com muitas aptidões, que precisam mostrar suas capacidades”, completou Gleusa.

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CDL Betim condecora empresas D

ez empresas de Minas Gerais receberam a Medalha Mérito Lojista por terem sido as mais votadas em seus segmentos na economia betinense. Com a presença do senador Aécio Neves, como paraninfo, no dia 10 de novembro aconteceu a entrega da Medalha Mérito Lojista para empresas que se destacaram na cidade em seus ramos de atividade durante o último ano. A iniciativa foi idealizada pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Betim e pela Câmara Municipal de Betim, que transformaram o Prêmio Mérito Lojista em condecoração e realizaram, em conjunto, a solenidade de entrega das honrarias no Clube Atlético Rodoviário. Empresários e representantes de empresas associadas à CDL Betim responderam pesquisas de opinião

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Dez empresas, uma por categoria, receberam a medalha Mérito Lojista

Homenagem Autoridades prestigiaram a entrega de condecoração

em dez segmentos, entre comércio lojista e prestação de serviços. As mais citadas em cada categoria receberam a honraria lojista-legislativa. Desse modo, dez empresas – uma por categoria – receberam as medalhas banhadas a ouro, onde estão gravados o Brasão da Câmara Municipal e a logomarca da CDL Betim. O senador mostrou gratidão, elogiou o comércio lojista da cidade e criticou a alta carga tributária e sua centralização. “Dou minhas saudações e agradecimentos pelo privilégio de estar entre vocês para homenagear quem dedica a vida a servir à população e ao desenvolvimento socioeconômico da cidade”, disse Aécio Neves. “Se eu puder sintetizar, em uma expressão, o que o município de Betim significa, essa expressão é trabalho, muito trabalho.”


Diretoria FCDL/MG em última reunião de 2011 A

diretoria da FCDL/MG se reuniu no dia 25 de novembro, na sede da entidade, para encerrar as atividades institucionais e lançar a programação para o próximo ano. O presidente José César da Costa apresentou um compilado das principais atividades de 2011. Assim que se iniciou a explanação, os diretores receberam a ilustre visita de um ex-presidente da Federação, Sebastião Mauro, que foi calorosamente ovacionado pelos seus companheiros de causa. O vice-presidente administrativofinanceiro, Marco Antônio de Oliveira, apresentou a prestação de contas

atualizada e o orçamento para os principais eventos institucionais da entidade como o 9º Encontro de Profissionais e a 21ª Convenção Estadual do Comércio Lojista (ambos no Hotel Tauá, entre os dias 24 e 27 de maio de 2012) e o 5º Encontro de Presidentes (Hotel Glória, em Caxambu, entre os dias 15 e 18 de março de 2012). Ainda haverá em 2012 o 6º Encontro de Presidentes e as habituais assembleias, reuniões de diretoria e reuniões regionais. José César da Costa também os anunciou, convidando sua diretoria a participar de forma ativa nestas datas.

No campo estratégico, uma agenda com propostas para aproximar a classe lojista com o poder público foi discutida. Em 2011, além da Frente Parlamentar de Apoio ao Comércio Varejista em Minas, a FCDL/MG ingressou como membro nos comitês de discussão do Fopemimpe (Fórum Permanente Mineiro das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte) e recebeu uma cadeira no Conselho Estadual de Saúde de Minas Gerais. Campo estratégico Dirigentes discutiram propostas para aproximar os lojistas do poder público

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CDLs de Rondônia tiram dúvidas sobre parceria SPC Brasil e Serasa N

Esclarecimentos Diretores apresentaram objetivos e regras da parceria

o dia 29 de novembro, uma importante e participativa reunião entre as entidades que disponibilizam o serviço de SPC no Estado de Rondônia aconteceu na CDL de Pimenta Bueno. Na pauta do encontro, esclarecimentos sobre a parceria CNDL/SPC Brasil com a Serasa Experian. Os gerentes do SPC Brasil e da CNDL, Ronaldo Guimarães e Luiz Santana, respectivamente, apresentaram os objetivos e regras da parceria, o que respondeu às indagações do plenário, composto por mais de 30 representantes das entidades estaduais.

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LOSANGO. HÁ 40 ANOS FAZENDO PARTE DAS CONQUISTAS DO VAREJO. 14

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*Fonte: Guia VOCÊ S/A EXAME 2011. A Losango atua como prestadora de serviços de correspondente não bancário do HSBC BANK BRASIL S.A. – BANCO MÚLTIPLO, conforme permitido pela legislação vigente.


Diretoria CNDL realiza última reunião de 2011

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diretoria da CNDL esteve reunida no dia 8 de dezembro em sua sede em Brasília. O presidente Roque Pellizzaro Junior abriu o encontro dando boas-vindas aos diretores, nesta que foi a última reunião da diretoria no ano de 2011. Em pauta, assuntos como Convenção Nacional de 2011, 2012 e 2013; Seminário Nacional de SPCs do próximo ano; Mérito Lojista 2011 – a premiação acontece no próximo ano; Missão NRF 2012; além de projetos como SPC, Seminário E-COM 2011 e Projeto Sebrae.

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Melhor empresa do setor varejista para trabalhar*, líder do mercado de varejo e parte do Grupo HSBC, a Losango possui solidez e credibilidade para ajudar você a atender às necessidades dos seus clientes. É assim que ela faz parte das suas conquistas, garantindo bons negócios e o crescimento da sua empresa, sempre respeitando o consumidor. Comemore com a Losango estes 40 anos de sucesso. SEJA NOSSO PARCEIRO. ACESSE LOSANGO.COM.BR/SEJANOSSOPARCEIRO

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Diretores da CDL de Ji-Paraná visitam a CNDL

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presidente e o diretor-financeiro da CDL Ji-Paraná (RO), Huberman Carneiro de Souza e Osmar Farinácio, respectivamente, cumpriram agenda na Capital Federal no dia 23 de novembro. No Congresso Nacional cumpriram uma agenda de visitas aos parlamentares rondonienses, buscando soluções para a melhoria da infraestrutura de JiParaná e região. Aproveitando a passagem por Brasília, realizaram visita à sede da CNDL, onde foram recepcionados pelo presidente Roque Pellizzaro Junior. Durante conversa, discutiram assuntos relacionados ao funcionamento do serviço de SPC, dentro do novo modelo de parceria entre a CNDL/SPC Brasil e a Serasa.

Encontro com presidente Dirigentes discutiram o funcionamento do novo SPC

CDL de Sinop organiza horário especial de Natal A Câmara de Dirigentes Lojistas de Sinop (MT), ciente da importância do Natal para o comércio – período de maior movimento nas lojas –, já está organizando tudo para que o comerciante usufrua desta data da melhor maneira possível. Três pontos são importantes: uma boa campanha de prêmios, para impulsionar as vendas; o horário especial de Natal, para que todos possam ir às compras; e o policiamento reforçado, para garantir a segurança neste período. A campanha de Natal da entidade já está sendo distribuída aos lojistas com os melhores prêmios da história de Sinop. Este ano a CDL vai dar uma casa, um carro de luxo, cinco motos e 1 mil prêmios instantâneos na Raspadinha. Com relação ao horário diferenciado, a CDL realizou uma reunião com 16

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Policiamento reforçado Segurança durante Natal é vital para comerciante aproveitar bem a data

os principais lojistas da cidade e já está elaborando o horário estendido, que deve acontecer nos 10 dias que antecedem o Natal. O pedido de autorização de funcionamento será entregue à prefeitura. E por fim, para garantir que os lojistas terão segurança para ficarem aber-

tos até mais tarde, o presidente da CDL, Afonso Teschima Junior, esteve reunido com a Polícia Militar. Participaram da reunião o comandante regional coronel Adriano Denardi, o comandante de Sinop, tenente-coronel Aurélio Vilas Boas, e o comandante da Força Tática, capitão Vanilson da Silva Moraes.


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Coordenação Nacional se reúne em Gramado N

o dia 11 de novembro, a Coordenação Nacional da CDL Jovem esteve reunida durante a 42ª edição da Convenção Estadual Lojista que aconteceu em Gramado (RS). Durante o encontro os coordenadores fizeram um balanço do ano de 2011 e elaboraram o calendário de reuniões para 2012. Entre os participantes estava o coordenador nacional da CDL Jovem, Samuel Vasconcelos, e os coordenadores estaduais de Minas Gerais, Geovanne Teles; de Santa Catarina, Renan Stringhini; do Rio Grande do Sul, Marcos Carbone; de Vitória, Leonardo Krohling; de Pernambuco, Paula Costa; e do Rio de Janeiro, Carolina Ferreira. Participaram também da reunião os presidentes da FCDL do Rio Grande do Sul, Vitor Augusto Koch, e da FCDL Pernambuco, Adjar Soares.

CALENDÁRIO DE REUNIÕES PARA 2012 10 de fevereiro

Vitória (ES)

27 de abril

Belo Horizonte (MG)

22 de junho

Caruaru (PE)

17 de agosto

Niterói (RJ)

19 de outubro

Florianópolis (SC)

7 de dezembro

Brasília (DF)

PROJETOS DEFINIDOS PARA 2012 Impressão de 5 mil catálogos para serem entregues na Convenção Nacional; Confecção de camisas polo para participação nas reuniões da coordenação; Dia da Liberdade de Impostos (DLI) fica definido para 31 de maio; Projeto piloto Aiesec; Projeto Ambiental – 5 de junho; Projeto Não Morra no Trânsito (Viva no Trânsito) – 23 de setembro

Coordenadores fizeram balanço do ano e definiram calendário para 2012 18

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BALANÇO DE 2011 1. Projetos de âmbito nacional que tiveram resultados positivos: DLI; Não Morra no Trânsito. 2. Confecção e distribuição de kits DLI, Kit Start e Catálogo de Projetos.


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Venda a prazo não quitada tem incidência tributária U

ma matéria importante foi julgada pelo Supremo Tribunal Federal que, por maioria de votos, entendeu que em caso de inadimplemento de vendas a prazo o Fisco deve arrecadar e tornar definitivo o recolhimento das contribuições de PIS (Programa de Integração Social) e Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social). A discussão teve início com um mandado de segurança impetrado na instância de origem por um supermercado que buscava a declaração de seu direito líquido e certo de reaver os valores pagos a título de PIS e Cofins, tendo em vista a ausência do abatimento da base de cálculo das receitas não recebidas devido à inadimplência de compradores de suas mercadorias ou serviços. O ministro Dias Toffoli, relator do processo, ressaltou que o inadimplemento não descaracteriza o fato gerador da operação, ao contrário da venda cancelada que a lei expressamente, assim, dispõe. O ministro Dias Toffoli frisou o fato de as vendas canceladas não poderem ser equiparadas às vendas inadimplidas. Segundo ele, isto ocorre porque diferentemente dos casos de cancelamento de vendas em que o negócio jurídico é desfeito, extinguindo-se as obrigações do credor e do devedor, “as vendas inadimplidas, a despeito de poderem resultar no cancelamento das vendas e na consequente de-

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Eis que o empresário, além de amargar os prejuízos pelo não recebimento dos produtos e serviços, tem que arcar com os tributos incidentes volução da mercadoria, enquanto não sejam efetivamente canceladas, importam em crédito para o vendedor, oponível ao comprador”. Os ministros Marco Aurélio e Celso de Mello votaram pelo provimento do RE e ficaram vencidos. “Ante o inadimplemento não se aufere coisa alguma”, disse o ministro Marco Aurélio, ao entender que receita auferida é “receita que teve ingresso na contabilidade em si da empresa, na contabilidade do sujeito passivo do tributo”. No mesmo sentido, o ministro Celso de Mello salientou que valores não recebidos não podem configurar receita, “revelandose inábeis a compor a própria base de cálculo”. Conforme ele, “a base de cálculo das exações tributárias em questão há que se apoiar no conceito de receita, cuja noção foi definida por esta Corte como sendo de receita efetivamente auferida”. (RE 586482). Comungamos dos votos divergentes eis que o empresário, além de amargar os prejuízos pelo não recebimento dos produtos e serviços, tem que arcar com os tributos incidentes.

Mais uma vez, o SPC é uma importante ferramenta para amenizar estas perdas. (Fonte: STF) ACIDENTE NO TRAJETO PARA O TRABALHO: O acidente que ocorre no trajeto de casa até o trabalho não faz presumir culpa da empresa empregadora. Caso desta natureza foi decidido pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina que entendeu que a mãe de um trabalhador atropelado a caminho do serviço não deveria receber indenização por danos morais e pensão vitalícia da empregadora de seu filho. Os desembargadores concluíram que não há como atribuir a responsabilidade do acidente à ré, pois ele foi causado por terceiro. A vítima morava perto do trabalho – a menos de 1 quilômetro –, não necessitando de transporte até o local ou, se dele precisasse, poderia ainda usufruir do transporte oferecido pela municipalidade. Doutrinadores, aliás, entendem que acidentes desta natureza, também chamados in itinere, não são considerados acidentes do trabalho para fins de indenização por


por ANDRÉ

LUIZ, assessor jurídico Cndl

responsabilidade civil do empregador, mas tão somente para fins de recebimento de benefícios previdenciários. (Fonte: TJSC) HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS NA JUSTIÇA DO TRABALHO: Em caráter terminativo, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados aprovou o PL nº 3392 que institui honorários na Justiça do Trabalho, além de considerar imprescindível a atuação do advogado. Pelo projeto, que ainda irá ao plenário da Câmara e ao Senado, se o trabalhador ganhar a causa, ele não mais terá descontados de seu crédito os honorários devidos ao advogado, que deverão ser pagos pela parte perdedora (sucumbencial) da ação, ou seja, o empregador. (Fonte: OAB) DEVEDORES JUDICIAIS NO SPC: A reforma do Código de Processo Civil (Projeto de Lei nº 8046/10) poderá permitir a inscrição em empresas de restrição ao crédito, como o SPC, das pessoas que não cumprirem o pagamento determinado nas sentenças judiciais. A emenda deverá ser apresentada ao relator do texto, deputado Sérgio Barradas Carneiro (PT-BA). A ideia é que, com essa restrição, a pes-

soa pague a dívida. “E hoje todo mundo precisa de crédito”, disse o relator. Com a proposta, uma pessoa que deixe de pagar pensão alimentícia, por exemplo, poderá ser inscrita nos cadastros de proteção ao crédito. “A intenção da comissão é garantir que as pessoas cumpram as suas obrigações”, informou o desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Alexandre Câmara, que faz parte do grupo de juristas da reforma do CPC. (Fonte: Agência Câmara de Notícias) DANO MORAL EXORBITANTE: A indenização imposta a uma administradora de consórcio de veículo que emitiu cobrança indevida contra um cliente foi reduzida de R$ 180 mil para R$ 30 mil. A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça considera que a cobrança de débito inexistente gera o dever de reparar os danos morais sofridos por quem é cobrado, mas o valor não pode ser exorbitante. O ministro Raul Araújo, relator do caso, considerou esse valor exorbitante, o que justifica sua revisão pelo STJ. Ele observou que não há no processo prova de quitação do valor total do veículo. Por isso, entendeu que foi demasiado estimar o montante da

Em alta

Em baixa

A força e união do associativismo das FCDLs e CDLs com o novo momento do SPC. “Nós somos CDL.”

A tentativa de aplicar o novo aviso prévio aos contratos de trabalho findos e com prescrição legal.

assejur@cndl.org.br

reparação dos danos morais no mesmo valor do bem sorteado. A decisão de reduzir o valor para R$ 30 mil foi unânime. (Fonte: STJ) E-MAILS DA CHEFIA: Uma ex-empregada não conseguiu provar na Justiça do Trabalho que os e-mails recebidos da chefia da empresa eram ofensivos à sua honra e imagem a ponto de caracterizar assédio moral e, em consequência, motivar o recebimento de indenização por danos morais. Por essa razão, a Quinta Turma do Tribunal Superior do Trabalho, à unanimidade, não conheceu do recurso de revista da trabalhadora mantendo a decisão do Tribunal Regional, que entendeu que nenhum dos e-mails apresentados registrou ameaça de dispensa na hipótese de as metas estabelecidas não serem alcançadas. Na avaliação do Regional, a cobrança em relação ao cumprimento de metas representa pressão sobre os empregados. Contudo, embora a forma de abordagem nos e-mails não fosse a mais apropriada, não havia rigor excessivo que pudesse ser entendido como assédio moral, porque os e-mails não se destinavam a determinado empregado, e sim a toda a equipe. (Fonte: TST)

“Cada sonho que você deixa para trás é um pedaço do seu futuro que deixa de existir.” Steve Jobs

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Ricardo Loureiro | Presidente da Serasa Experian

mudar a cultura

do crédito por acari amorim

Em 1970, o Brasil tinha uma população de 100 milhões de brasileiros e conquistou no futebol o título de tricampeão mundial. Em 2014, na próxima Copa do Mundo de Futebol, que será realizada em diferentes regiões brasileiras, o País terá uma população de 200 milhões e pelo menos a metade – ou seja, 100 milhões – terá o título de “bons pagadores”. A previsão é do presidente da Serasa Experian, Ricardo Loureiro. Ele revela que no momento estão incluídos no Cadastro Positivo cerca de 17 milhões de brasileiros, e pelo ritmo atual esse número alcançará 100 milhões de pessoas quando for dado o pontapé inicial do maior evento esportivo do mundo em 2014. dirigente Lojista l novembro 2011 l 23


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Nesta entrevista, Ricardo Loureiro, além de reforçar as vantagens do Cadastro Positivo que, segundo ele, muda a cultura de concessão de crédito no Brasil, fala também sobre a importância da parceria recém-firmada entre a Serasa Experian e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), a maior entidade do varejo brasileiro. O presidente da Serasa avalia ainda os efeitos da atual crise econômica mundial sobre a concessão de crédito no Brasil. O que representa para a economia brasileira e para o varejo em particular a introdução do Cadastro Positivo? Ricardo Loureiro – O Cadastro Positivo muda toda uma cultura na concessão de crédito no Brasil. Sempre se focou, se buscou informação sobre os maus pagadores, sobre quem poderia ter dificuldades de pagar a prestação de um bem ou serviço. Agora, com o Cadastro Positivo, serão privilegiadas as informações positivas das pessoas. Assim, quem for 24

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considerado um bom pagador certamente terá pagamento com juros menores e mais prazo para saldar sua dívida. Isso cria todo um ambiente positivo na economia para a geração de novas vendas e compras, de novos negócios. Como está o ritmo para a formação desse Cadastro Positivo? Loureiro – Diariamente a Serasa busca junto aos bancos, junto às empresas que trabalham com cartões de crédito e em outras fontes,

novas informações sobre o comportamento positivo de pessoas e empresas. São milhões de informações cruzadas diariamente. Num ritmo muito veloz, pois fazemos uso das mais modernas tecnologias. Por isso devemos alcançar, com certeza, dados e informações positivas de mais de 100 milhões de brasileiros no ano da próxima Copa do Mundo. A Serasa também criou um serviço para proteger o consumidor chamado “Proteja-me”. Qual é o


Estamos preparados para atender cerca de 4 milhões de novas empresas com dados e informações confiáveis

Temos que privilegiar o bom pagador, com juros menores e maiores prazos de pagamentos

objetivo, como funciona? Loureiro – Queremos dar não apenas ao lojista, mas aos donos de empresas informações seguras para o fechamento de seus negócios. Assim criamos um serviço para atender, dar segurança diretamente para o consumidor. Através de uma mensalidade, cerca de R$ 10, o consumidor será sempre avisado sobre alguém que esteja consultando, por exemplo, o seu CPF. Pode ocorrer que uma pessoa esteja utilizando o CPF de outra pessoa para

fazer compras ou negócios. Diariamente recebemos pedidos de consulta sobre dados e informações de cerca de 5 milhões de pessoas. Temos condições de informar na hora, via internet, a cada pessoa, sobre a consulta que está sendo feita no seu CPF, se procede, está correto e se é do seu interesse. Até que ponto a recente parceria entre a Serasa e a CNDL (a maior entidade do varejo lojista brasileiro) poderá incrementar e melhorar a concessão de crédito no Brasil? Loureiro – Essa parceria vinha sendo perseguida há muito tempo. O objetivo é levar um bom serviço ao lojista. Estamos somando nossas estruturas, nossos investimentos de anos. Numa única consulta, o lojista terá os dados das duas bases de informações, ou seja, da Serasa e do CNDL (SPC). Temos uma ação complementar. Nossa base conjunta passa a ser maior. Assim, o lojista, ao invés de acessar duas fontes diferentes, já começa a acessar uma só. Isso agiliza os serviços para o lojista, além de possibilitar segurança e precisão nas informações. O objetivo é cobrir todo o Brasil? O lojista, num ponto mais distante do País, poderá ter acesso a essas informações de crédito? Loureiro – Esse é o objetivo final. O lojista, na cidade mais distante, poderá ter acesso instantâneo, via internet, às informações necessárias para que possa fechar uma venda com segurança. Nosso grande foco no momento é atender as micro e pequenas empresas, que

são na grande maioria lojistas. Estamos preparados para atender a essa demanda que tende a crescer pelo bom momento da economia brasileira. Hoje estamos fechando uma média de 10 mil novos contratos por mês, na maioria – quase 100% – de pequenas empresas. Acreditamos que cerca de 4 milhões de micro e pequenas empresas têm capacidade e necessidade de fechar contratos para receber informações e fechar novos negócios com segurança. O nível atual de inadimplência no varejo brasileiro preocupa? Loureiro – Não. Essa taxa de inadimplência está dentro de uma normalidade. Com o atual nível de emprego e desenvolvimento do Brasil, essa taxa de inadimplência é perfeitamente aceitável. Não existe o perigo de estourar uma bolha de venda, como ocorreu nos Estados Unidos com o mercado imobiliário? Loureiro – O governo brasileiro está atento aos níveis de inflação e ao controle da taxa de juros. Ao mesmo tempo o governo está empenhado em desenvolver o País. As perspectivas para o Brasil são extremamente positivas. O momento econômico é extremamente favorável, especialmente aos micro e pequenos empresários que estão tendo um ambiente para crescer. Estamos preparados para atender esses empresários com informações e dados para fechamento de novos negócios, que vão gerar novas riquezas, mais bem-estar econômico e social para o todo o País. dirigente Lojista l novembro 2011 l 25


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goleada de

oportunidades A Copa 2014 atrairá muitos turistas e aumentará a demanda por produtos e serviços, mas o varejo precisa estar preparado para aproveitar o bom momento por camila stähelin

ESTIMATIVAS DO GOVERNO federal R$ 183 bilhões agregados ao PIB

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3,7 milhões de turistas brasileiros e estrangeiros

R$ 33 bilhões em investimento em infraestrutura

R$ 9,4 bilhões devem ser gerados


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epois de 64 anos, o país do futebol vai sediar mais uma vez a maior competição desportiva do mundo. O evento é simplesmente o mais visto em todo o planeta. Em 2014, todas as atenções estarão voltadas para o Brasil. Não é à toa que um acontecimento de proporções gigantescas como este seja considerado pelo governo federal e pela iniciativa privada como uma excelente ferramenta para alimentar o crescimento econômico. Isso sem contar na chance que o País terá de lapidar ainda mais a boa imagem que vem conquistando lá fora. E o setor varejista, como não poderia deixar de ser, é peça funda-

mental nesse processo. No entanto, ainda há muito o que ser feito. “O varejo vive da sazonalidade, de datas especiais. São situações como a Copa no Brasil que suscitam os desejos de comprar, de substituir produtos. É evidente que um evento dessa natureza vai trazer benefícios para a comercialização de bens e serviços”, destaca o professor e presidente do conselho do Programa de Administração de Varejo, da Fundação Instituto de Administração (Provar/FIA), da Universidade de São Paulo (USP), Claudio Felisoni. Segundo o especialista, alguns trabalhos já foram feitos levando em consideração o impacto do tor-

neio mundial no Produto Interno Bruto (PIB) do País. “O varejo de bens representa 52% do consumo das famílias. Se tirarmos o consumo de automóveis, motos, peças e combustível, tradicionalmente debitados como peso, pelo valor médio alto, significaria aproximadamente 42%. Ao considerarmos esses percentuais e as estimativas que se tem com dados em outras iniciativas como esta, significa que essa expansão deve ficar em torno de 0,2 ponto percentual a 0,5 ponto percentual do PIB. É um valor grande, particularmente em um momento que a economia mundial vive uma desaceleração”, diz Felisoni.

700 mil empregos permanentes e temporários criados

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Felisoni, da Provar São situações como a Copa no Brasil que suscitam os desejos de comprar, de substituir produtos

Torneio deve gerar expansão de 0,2% a 0,5% do PIB

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De acordo com o professor, ainda é difícil definir com muita exatidão quais segmentos varejistas serão mais beneficiados. No entanto, ele acredita que boa parte da expansão fique por conta de serviços. No que se refere à comercialização de bens, enumera alimentos, vestuário, informática e eletroeletrônicos como os mais prováveis de apresentarem resultados elevados. “Há sempre um aumento na venda de televisões em copas do mundo. As pessoas procuram trocar por um aparelho melhor para assistir aos jogos”, afirma. Já o presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro Junior, defende que todos os segmentos do setor serão atingidos positivamente pela competição. No entanto, também indica que alguns terão mais destaque. “Todo

aquele ligado a vestuário e calçados, serviços dos mais variados, além de produtos de higiene e limpeza”, diz.

Pequenos e médios As grandes redes varejistas, segundo o professor Claudio Felisoni, devem apresentar melhores resultados com o Mundial de Futebol do que os pequenos e médios comerciantes. “Esses grupos têm condições mais amplas de manter e melhorar suas margens, não só no que diz respeito a eventos como esses, mas de uma maneira geral.” No entanto, as chances de ganhos para os pequenos também existem e são bem promissoras. Tudo depende de como cada lojista vai se planejar e se organizar visando o acontecimento em 2014. Atualmente, o comércio varejista corresponde a mais da metade de um


total de 5,9 milhões de micro e pequenas empresas existentes no País. “Esta representatividade já mostra a importância de receber investimentos na preparação para a Copa do Mundo”, destaca o presidente do Sebrae Nacional, Luiz Barretto. Segundo o executivo, nos próximos anos, a entidade prestará auxílio para estas empresas melhorarem a gestão e incluírem o conceito de inovação no seu cotidiano. “Essa é a principal maneira de torná-las mais competitivas. Além disso, os investimentos que forem feitos para o evento serão o legado que terão, podendo se beneficiar mesmo após sua realização”, diz. Foi pensando nesse potencial econômico e nas necessidades dos comerciantes que o Sebrae, em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), desenvolveu o estudo “Mapa

de Oportunidades para as Micro e Pequenas Empresas nas Cidades-Sede”. De acordo com o levantamento, somente o comércio varejista deve gerar 122 oportunidades de negócios para essas empresas. “No período que antecede a realização da Copa do Mundo, os mais beneficiados serão o comércio de materiais de construção, devido ao grande número de obras que serão realizadas; e alimentos e bebidas, pelo aumento contínuo no fluxo de turistas, resultando em uma maior demanda de hotéis, bares e restaurantes”, afirma o presidente. Já durante a competição, o ganho mais significativo ficará por conta de alimentos e bebidas, vestuário e acessórios, material esportivo, presentes, artesanato e produtos que trabalhem a identidade local. O mapeamento também mostra

Pellizzaro, da CNDL Todos os segmentos do setor serão atingidos positivamente

Uniformizados Decoração especial de ícones da arquitetura de Brasília com símbolos e ídolos da seleção marcou escolha do Brasil como sede

Marcelo Casal Jr/ABR Valter Campanato/ABR

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PROGRAMA SEBRAE 2014 Investimentos de R$ 80 milhões até 2013 Tornar os espaços comerciais mais atrativos, seguros e valorizados “Projeto Inovarejo”: acesso à automação comercial, ao comércio eletrônico e aos meios eletrônicos de pagamento Cartilha “Inove com Normas Técnicas”

quais os requisitos que as micro e pequenas empresas devem atender para aproveitar as oportunidades que serão criadas. A pesquisa é uma das ações previstas no Programa Sebrae 2014, criado exclusivamente para ajudar os empresários de pequeno porte no que se refere ao evento no Brasil, e que receberá, até 2013, investimentos de R$ 80 milhões. Além dessa iniciativa, há ainda outras que serão colocadas em prática. A primeira delas terá o objetivo de tornar os espaços comerciais mais atrativos, seguros e valorizados. “Para isso faremos a articulação entre empresários, instituições públicas, privadas e comunidade para a realização de ações conjuntas para desenvolvimento de um plano estratégico, definição de

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“Mapa de Oportunidades para as Micro e Pequenas Empresas nas Cidades-Sede”:

PARA AJUDAR NA GESTÃO

– 122 oportunidades de negócios

Sebrae Mais

– Segmentos mais beneficiados:

Sebraetec

Antes: comércio de materiais de construção e alimentos e bebidas

Negócio a Negócio Agentes Locais de Inovação

Durante: alimentos e bebidas, vestuário e acessórios, material esportivo, presentes, artesanato e produtos que trabalhem a identidade local.

marca e identidade visual do espaço comercial, promoções de vendas e melhorias na infraestrutura do espaço comercial, por exemplo, e sempre valorizando a história e a cultura presentes na região”, destaca Barretto. A segunda iniciativa é o Projeto Inovarejo, de âmbito nacional, voltado para o acesso à automação comercial, ao comércio eletrônico e aos

Preparação da mão de obra deve ser feita gradativamente até 2014

meios eletrônicos de pagamento. “O custo para um investimento como esse não é alto, e é uma solução que tornará a empresa mais competitiva no mercado, e com mais chances de ter sucesso antes, durante e depois da realização dos jogos”, diz. Lembrando que, principalmente os turistas estrangeiros, devem utilizar prioritariamente cartões de crédito e débito. Já a terceira ação é a publicação da cartilha “Inove com Normas Técnicas”, idealizada em parceria com a Associação Brasileira de Normas e Técnicas (ABNT). O material vai abordar quais os requisitos que a norma da ABNT voltada ao comércio apresenta para que um empreendimento tenha qualidade em serviço. Além do Programa Sebrae 2014,


Bernardo Rebello/ASN

Barreto, do Sebrae Melhorias adotadas para a Copa continuarão a trazer benefícios após evento

a instituição conta com outros programas que têm como objetivo justamente auxiliar a melhorar a gestão, como: Sebrae Mais, Sebraetec, Negócio a Negócio e o Agentes Locais de Inovação.

Dever de casa Planejamento, inovação e atendimento de qualidade são as palavras de ordem para aqueles comerciantes que quiserem aproveitar as chances de negócios criadas pela Copa de 2014. Por isso, quem ainda não começou a se preparar já está perdendo tempo. “Os empresários devem começar desde já, pois em 2013 teremos uma prévia da Copa do Mundo, que será a Copa das Confederações”, defende o presidente do Sebrae. Segundo o professor da USP, Claudio

Felisoni, só é possível administrar aquilo que se conhece. “É hora de parar e pensar em estratégias e soluções que estejam mais conectadas com o seu negócio. Podem ser roupas ou outros produtos que remetam à ideia da Copa”, sugere. Mas o especialista também deixa claro que não é o caso, por exemplo, de se lançar uma loja exclusivamente para o torneio. “A não ser que se tenha uma ideia muito original, como foi com a vuvuzela (aquela corneta) na África do Sul. Mas, mesmo assim, é muito arriscado. A Copa é um evento muito pontual, e tem como as atividades já estabelecidas se especializarem e tirar proveito delas”, aconselha. Para Felisoni, o que acaba contando mais não é nem tanto o que se vende, mas como se faz. O ganho, na

maioria das vezes, acontece à medida que a loja tem um serviço que permite que o consumidor seja melhor atendido. É um trabalho de preparação da mão de obra que já pode – e deve – ser feito gradativamente até 2014. “Haverá muito mais turistas estrangeiros no País. Saber dizer ‘bom dia’ e ‘boa tarde’ em inglês, por exemplo, e conhecer bem seus produtos são orientações muito básicas, quase rasas, mas que não podem ser deixadas de lado”, enfatiza. Já existem algumas iniciativas que fornecem esse tipo de apoio. O Sebrae, por exemplo, desenvolveu uma parceria com a Escola do Transporte, a Confederação Nacional do Transporte (CNT) e com o Serviço Social do Transporte e o Serviço Nacional de Apren-

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dizagem do Transporte (Sest/Senat) para capacitar os taxistas na área de gestão e também nos idiomas inglês e espanhol. “Certamente os turistas serão melhor recebidos, mas, assim como nos demais ramos de atuação, o objetivo do Sebrae é preparar este profissional para crescer e se desenvolver, ampliando os negócios mesmo após a Copa”, diz o presidente Luiz Barretto. Ainda sobre cursos de línguas, as Câmaras de Dirigentes Lojistas (CDLs) de algumas cidades, de acordo com o presidente da CNDL, Roque Pelliz­ zaro Junior, já estão fazendo algo nesse sentido. Da mesma forma, o Senac também oferece cursos específicos nessa área. Mas, além de melhorar a qualidade de atendimento, Pellizzaro Junior afirma que é preciso investir no port­ fólio de produtos para o Mundial. “Estamos falando de um perfil de cliente que não faz consulta de preço, que está disposto a gastar. Quer encontrar aquilo que deseja e quando deseja. São pessoas que viajam, e que exigem facilidades e velocidade na aquisição de bens e serviços, além, é lógico, da qualidade”, enfatiza.

Além das cidades-sede A Copa do Mundo de 2014 acontecerá em 12 cidades. No entanto, há outros municípios brasileiros, principalmente os turísticos, que devem receber visitantes nesse período. “Será

um evento do Brasil, movimentando a economia de todo o País. Os turistas que vierem aproveitarão para conhecer todos os nossos destinos, fazendo com que haja uma intensa movimentação. Por isso o comércio varejista, mesmo daquelas cidades que não receberão os jogos, precisa estar preparado da mesma maneira: com planejamento e inovação”, ressalta o presidente do Sebrae Nacional. Luiz Barretto cita João Pessoa e Florianópolis como dois bons exemplos de cidades que ficam entre duas sedes e que estão desde já se preparando para aproveitar as oportunidades que serão geradas. O consultor do Provar/FIA afirma que, apesar de ser óbvio que os benefícios vão se materializar muito mais nos locais onde acontecerão os jogos, também haverá um espalhamento. “No caso do Brasil, tendo o País características de expressão continental, onde os deslocamentos não são tão simples, as ações devem ficar bastante mitigadas fora das regiões onde a Copa vai acontecer”, pondera. O presidente da CNDL, por sua vez, ressalta que entre um jogo e outro do torneio são quatro dias. “Historicamente, nesse evento, as pessoas percorrem 350 quilômetros rodoviários no entorno das cidades-sede, principalmente daquelas que não têm um atrativo de retenção muito grande, como as capitais distantes do litoral e as que passam por uma fase de inverno”, diz.

Turistas da Copa aproveitarão para conhecer todos os nossos destinos 32

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Manaus/AM Vivaldão Capacidade: 44.310 (construção) Brasília/DF Mané Garrincha Capacidade: 71.500 (reconstrução) Cuiabá/MT Verdão Capacidade: 43.600 (reconstrução) Curitiba/PR Arena da Baixada Capacidade: 42 mil (reforma)


CIDADES-SEDE / ARENAS Natal/RN Machadão Capacidade: 42.623 (construção)

Recife/PE Arena Pernambuco Capacidade: 46.214 (construção)

Fortaleza/CE Castelão Capacidade: 67.037 (reforma)

Rio de Janeiro/RJ Maracanã Capacidade: 78.639 (reforma)

Belo Horizonte/MG Mineirão Capacidade: 64.500 (reforma)

Salvador/BA Fonte Nova Capacidade: 50 mil (reconstrução)

Porto Alegre/RS Beira-Rio Capacidade: 60 mil (reforma)

CE

AM

RN PE

BA

MT DF MG SP PR

RJ

RS

Marcelo Casal Jr/ABR

São Paulo/SP Fielzão Capacidade: 68 mil (construção)

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Nike/Divulgação

Os turistas não vêm só para ver as partidas, mas também para conhecer o País. Por isso, afirma Pellizzaro Junior, esses municípios do entorno devem se preparar com a mesma intensidade e força. Segundo ele, a CNDL também já tem realizado ações nesses locais.

Crédito

PERFIL DOS TURISTAS NA COPA 2010 Maioria de europeus, norteamericanos e sul-americanos 83% homens 60% solteiros 86% concluíram, no mínimo, o curso superior 87% pagaram a viagem com recursos próprios Gasto médio por pessoa: R$ 11,4 mil, sem contar passagem Fonte: Ministério do Turismo e FGV

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Para investir e crescer é preciso crédito, e, no caso das pequenas e médias empresas, o acesso pode não ser tão facilitado. “Hoje ele é relativamente abundante, o que se vê dificuldade são em empresas que possuem restrições em relação ao seu crédito ou uma capacidade de endividamento já esgotada. O empresário precisa dosar isso, e entender que precisa ter recursos suficientes para aproveitar essa maré boa da Copa”, aponta o presidente da CNDL. Pellizzaro Junior também aponta a ampliação do teto da Lei Geral do Supersimples em novembro de 2011 como um facilitador para a sobrevivência do pequeno varejista na atividade. “Isso resulta uma facilidade não só para a Copa do Mundo, mas para o dia a dia até lá e depois dele”, afirma. O Sebrae é outra fonte que pode auxiliar na obtenção de crédito por meio de diferentes iniciativas. Uma delas é o Fundo de Aval da Micro e Pequena Empresa (Fampe), que complementa as garantias exigidas pelo banco. Para se ter uma ideia, desde 1995, quando o Fampe foi criado, já beneficiou 180 mil micro e pequenas empresas em todo o País com um total de R$ 4,7 bilhões utilizados. A entidade também atua em par-


“Cidades próximas devem se preparar com a mesma intensidade e força”, diz Pellizzaro ceria com o segmento de cooperativismo de crédito, que possui juros menores e menos exigências que as instituições bancárias, apoiando diversas ações e iniciativas de micro e pequenas empresas. Por último, tem as sociedades garantidoras de crédito, que são quatro em funcionamento hoje, no Rio Grande do Sul e no Paraná. “Com apoio do Sebrae, já avalizaram R$ 12 milhões, viabilizando R$ 20 milhões em financiamentos”, esclarece o presidente nacional da instituição.

Pontapé inicial O Grupo Fitta, pioneiro em franchising de agências de câmbio no Brasil e líder no mercado de ouro e metais preciosos, é uma das empresas que já está se preparando para o Mundial. “Como estamos em franca expansão, acreditamos que até a Copa de 2014 teremos ainda mais pontos de atendimento. A pulverização da oferta de câmbio será algo importante para o

Ramos, do Grupo Fitta Fazer com que o estrangeiro se sinta bem acolhido nas lojas

País e para os estrangeiros que virão para o evento. Apesar de ser um torneio que dura 30 dias, durante este período acreditamos que o movimento das lojas aumentará muito”, diz o diretor comercial Luiz Ramos. Com 62 unidades espalhadas pelo Brasil, de acordo com o executivo, as lojas e os funcionários serão preparados para receber bem os turistas. “A qualificação dos colaboradores é importante, mas não será a única estratégia adotada. Ainda estão em desenvolvimento algumas ações para o atendimento do estrangeiro sem que necessariamente ele precise ir à loja”, conta. Isso faz parte do planejamento da empresa, que prevê que a plataforma de atendimento tenha diversos pontos de contato com este público. “Não pretendemos criar espaços

diferenciados, no aspecto físico, apenas fazer com que o estrangeiro se sinta bem acolhido em nossas lojas, seja com atendimento em sua língua materna ou com uma decoração específica com o tema da competição”, afirma Ramos. Recentemente a rede inaugurou uma loja no Bairro da Liberdade, em São Paulo, com atendentes que falam tanto em português como em mandarim. “A unidade busca satisfazer as necessidades específicas do público predominante naquele local. Os chineses procuram a loja para fazer remessas de dinheiro para a China, usando o nosso serviço de ‘remittance’, provido pela Western Union. Para a Copa do Mundo teremos atendimento em mais outras línguas”, conclui o diretor comercial. dirigente Lojista l novembro 2011 l 35


t e nd ê nc i a

retrato

fiel

Pesquisa aponta hábitos e costumes do consumidor brasileiro de vestuário, informações úteis para lojistas desenvolverem estratégias e campanhas por ana paula meurer

A

maioria dos consumidores não se interessa por olhar as etiquetas das peças de vestuário, poucos adquirem artigos de moda pela internet e são as mulheres que, geralmente, escolhem o que comprar para si própria e para os membros da família. Essas são algumas das conclusões de um estudo inédito realizado pela Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção) e pelo MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) sobre Usos, Hábitos e Costumes do Consumidor Brasileiro de Vestuário. As informações obtidas com o estudo possibilitam definir melhor as estratégias de vendas, captando 36

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novos consumidores e fidelizando os atuais. “Nossa intenção, com essa parceria entre governo e iniciativa privada, foi democratizar as informações, buscando fortalecer o setor nacional ante os importados. Os resultados possibilitam que o empresário entenda a cabeça do consumidor e melhore seus negócios, planejando suas compras e suas rotinas”, explica Fernando Pimentel, diretor-superintendente da Abit. Atualmente, o setor têxtil e de confecção brasileiro é o quarto maior do mundo na produção de vestuário, empregando cerca de 1,7 milhão de trabalhadores diretos. Somente em 2010 faturou US$ 60 bilhões. Em


O consumidor brasileiro Apenas 27,1% dos entrevistados costumam olhar as etiquetas das peças de vestuário/artigos de moda para saber a origem do produto; As mulheres são as maiores responsáveis, com participação de 84,6%, pela escolha de peças de vestuário/artigos de moda para si próprias ou para membros da família; A frequência de compra de peças de vestuário/artigos de moda é de uma vez por mês para 37,7% dos entrevistados e a cada três meses para 30,4% dos consumidores; As lojas de rua são o local preferido para compra de 56,2% dos entrevistados, sendo que quanto mais jovem o consumidor, maior a preferência pelas compras em shoppings; O dinheiro ainda é a principal forma de pagamento utilizada para comprar vestuário/artigos de moda, com 56,4% das preferências, seguido de cartão de crédito, com 30,4%; Somente 15,2% dos consumidores já compraram peças de vestuário/artigos de moda pela internet; No Brasil, a participação do gasto com vestuário no total de despesas das famílias é de 5,5%, sendo que a Região Norte apresentou o maior índice: 7,4%; Televisão é apontada como principal fonte de informação sobre moda, com participação de 72%; 47,5% dos entrevistados já compraram produtos de moda por causa de propagandas. Este índice é maior entre as mulheres, com 52,7%; 84,7% dos entrevistados costumam se informar a respeito de moda, sendo que a cidade que mais se destaca é Porto Alegre, com 98,5%; a de menor participação é Belo Horizonte, com 59%; Apenas 32,1% dos entrevistados acompanham as Semanas de Moda, sendo que as mulheres costumam acompanhar mais que os homens (40,4% e 22,9%, respectivamente); A maneira de vestir das personalidades (artistas, modelos, cantores e jogadores de futebol) influencia 62,2% dos entrevistados, sendo que as mulheres são as mais influenciadas, com 70,7%. As informações estão disponíveis nos sites do MDIC (www.mdic.gov.br) e da Abit (www.abit.org.br), sendo possível ter acesso a diferentes informações por meio de filtros e obter os dados completos da pesquisa quantitativa. O superintendente da Abit explica que há uma expectativa que as informações sejam atualizadas anualmente ou a cada 18 meses.

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t e nd ê nc i a

meio a um mercado cada vez mais crescente, e ao mesmo tempo cada vez mais competitivo pela concorrência com empresas estrangeiras, torna-se fundamental conhecer o comportamento predominante dos consumidores deste segmento. Na primeira etapa da pesquisa, foram entrevistados consumidores das cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro e formadores de opinião de São Paulo sobre conhecimentos preliminares do assunto. Na segunda etapa, foi aplicada a técnica quantitativa, com dados conclusivos sobre o tema. Foram ouvidos consumidores das principais capitais do Brasil: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Porto Alegre, Recife e Salvador. Ainda que não abranja todos os estados, para o consultor de negócios Alcides Ortiz, da empresa Credify Marketing & Concept, o comerciante tem importantes informações gerais para a elaboração de um agressivo plano de reestruturação de sua loja e de seu marketing. Os resultados podem ainda ajudar a decidir o foco dos seus produtos e das suas campanhas com base no perfil que atenda mais o seu público. “Se apenas 27% olham a origem da roupa, significa que o que deve ser exposto é produto que demonstre boa qualidade, aparência e preço atrativo. Sendo comum as consumidoras retornarem de um a três meses para novas compras, por que não cadastrá-las de forma a enviar uma mala direta agradecendo a fidelidade e informando as novidades nos períodos previstos para 38

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Fernando Pimentel, diretorsuperintendente da Abit

retorno?”, exemplifica. Grande parte dos varejistas já está se conscientizando da importância de conhecer os hábitos dos seus consumidores para melhor atender seus desejos e necessidades. “Sempre buscamos conhecer o perfil de quem está comprando nossos produtos. Mensalmente extraímos relatórios da nossa plataforma e do nosso ERP, sistemas de informação que integram todos os dados e processos de uma organização”, destaca José Paulo Motta, sócio do e-closet, primeiro e-commerce de moda do Brasil.

“Resultados possibilitam que o empresário entenda a cabeça do consumidor e melhore seus negócios”



e - c o m m e r c e

curtição de

compras O varejo avança no modelo de vendas pela internet e agora investe no potencial das redes sociais, em especial o Facebook por ana paula meurer

C

urtir, compartilhar, comentar, atualizar e tweets são alguns dos vocábulos cada vez mais presentes na nossa linguagem. Seja pelo Facebook, Orkut, Twitter ou LinkedIn, grande parte da população mundial destina uma parte do dia para ficar conectada com os amigos, conhecidos e até mesmo com os famosos por meio da internet e de suas redes de relacionamento. Somente o Facebook concentra mais de 800 milhões de usuários no mundo, sendo 30 milhões no Brasil. Atentos à nova realidade virtual, os varejistas estão descobrindo que uma rede social pode ser muito mais do que uma forma de lazer e interação. Com a possibilidade de troca de informações e influências entre os usuários, muitas empresas estão apostando neste mercado em

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potencial como uma nova forma de fazer negócios. Trata-se do social commerce que, segundo a consultora Booz & Company, será responsável por 20% das vendas mundiais on-line neste ano e deve atingir a cifra de US$ 30 bilhões até 2015. O método funciona como o ecommerce tradicional, mas, ao invés de usar o próprio site para fazer as vendas, as empresas comercializam seus produtos por meio de aplicativos e plataformas das redes sociais. Apesar de ser um termo relativamente novo no Brasil, muitas lojas, marcas e redes já estão apostando no uso dessa ferramenta por aqui. Uma das primeiras foi o Magazine Luiza, que criou um canal de vendas em que os próprios usuários podem se tornar vendedores de produtos da empresa no seu perfil do Facebook e

Orkut. Por meio da plataforma “Magazine Você” o usuário realiza um cadastro, seleciona os produtos da rede que deseja vender, dá dicas e avaliações para os seus amigos. Os internautas vendedores podem, inclusive, personalizar suas lojas com seus nomes, como, por exemplo, “MagazinedoJoão”. “Os consumidores buscam a opinião dos amigos nas redes sociais antes de comprar. Pensando nisso, criamos a melhor ferramenta on-line capaz de aproximar o comprador do divulgador”, afirma Frederico Trajano, diretor de Vendas e Mar­keting do Magazine Luiza. Ele também ressalta que todo o processo da venda, como o pagamento, fica por conta da rede e que o usuário ganha comissão, que pode ser de 2,5% e de 4,5%, de cada produto comercializado.


meu shopping Tatiana e Flávio lançaram aplicativo que permite passear entre as lojas, conhecer produtos e serviços e publicar fotos para colher opiniões

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e - c o m m e r c e

Magazine Luiza Usuários podem se tornar vendedores da empresa no seu perfil do Facebook e Orkut

Para Paulo Kendzerski, diretor-presidente da WBI Brasil, empresa especializada em marketing digital, essa facilidade de obter informações de consumidores que já adquiriram um produto ou serviço é uma das principais vantagens do social commerce em relação ao e-commerce. Tal característica faz com que a confiabilidade de uma compra seja muito maior. “Além disso, há uma maior praticidade. As pessoas passam a maior parte do tempo nas redes sociais, em especial no Facebook. Desta forma é mais fácil impactar estas no ambiente onde elas estão do que procurar motivá-las a clicar para leválas a um outro site”, opina.

Shopping 2.0 Agregar diversas lojas dentro de uma rede social. Foi com essa intenção que os sócios Tatiana Albuquerque e Flávio Berman, diretores da E-like, lançaram o “Meu Shopping”, primeiro aplicativo brasileiro que oferece a possibilidade de o usuário comprar roupas, utensílios domésticos, vinho e perfumes diretamente do Facebook. Assim como o próprio nome sugere, a plataforma funciona como um verdadeiro shopping, sendo possível para o usuário passear entre as lojas, conhecer seus produtos, serviços e até publicar a foto de determinado item na página pessoal para perguntar as opiniões dos amigos. Para ter acesso ao f-commerce 42

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de cada marca, é preciso “curti-las”. Além do benefício de poder comprar sem sair de casa, os internautas também contam com promoções e vantagens exclusivas. “O aplicativo permite que a marca gere valor exclusivo para a categoria de clientes que há no Facebook, o metro quadrado mais valorizado da internet”, destaca Tatiana. Até o momento, oito lojas fazem parte da plataforma, entre elas Hope, Pepper, Maria Bonita, Extra, Cantão, Richards, Sack’s e Reserva. Mesmo em pouco tempo e ainda com pouca divulgação, os resultados positivos já são visíveis. Uma delas realizou uma ação promocional e teve seu volume de vendas superior ao de uma loja física presente em um importante shopping center no Rio de janeiro. “Por meio da integração das ferramentas disponíveis e plug ins exclusivos, a experiência de compra do consumidor torna-se um importan-

te diferencial. Além de ser o único shop­ping que os consumidores já entram identificados, o aplicativo oferece outras possibilidades, como o vale-presente virtual.” Outras novas funcionalidades estão sendo implantadas pouco a pouco. A expectativa é que o Meu Shopping conte com 60 lojas até o final de 2012. Mas é preciso ter certos cuidados e adotar estratégias eficazes na hora de implantar o comércio nas redes sociais. Neste sentido, Paulo Kendzerski enfatiza que o empresário deve se preocupar em desenvolver um bom relacionamento, sendo proativo na comunicação com seu público-alvo, retornando contatos e apresentando dicas úteis para seus consumidores. “Engana-se quem acredita que vai colocar uma loja virtual no Facebook e sempre conseguirá gerar vendas no mesmo volume de uma loja virtual tradicional. São situações em ambientes diferentes”, alerta.


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tradição em

inovar

Há 106 anos no mercado, a Doural Presentes mantém a imagem de loja tradicional com foco principal no cliente, por raquel rezende mas sempre atenta à inovação 44

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Fernando Assad Abdalla Atual diretor da Doural Presentes faz parte da quarta geração da família

esde 1905 é possível encontrar a Doural Presentes no mesmo endereço: a famosa rua do comércio popular de São Paulo, a 25 de Março. Hoje, administrada pela quarta geração da família Abdalla que começou com Assad Abdalla, um emigrante sírio em busca de melhores oportunidades no Brasil, a Doural disponibiliza mais de 70 mil itens de cama, mesa, banho, tapetes, utilidades domésticas, eletroportáteis, entre outros. Considerada a loja mais antiga do segmento, a Doural se mantém no mercado há 106 anos sempre inovando e seguindo a tradição de atender bem o cliente.

A difícil situação econômica da Síria motivou a vinda de Assad Abdalla, aos 25 anos, para São Paulo juntamente com um primo e conterrâneos. Já no Brasil, colocou em prática o talento de negociador que costumava usar na Síria quando fazia pequenas obras no interior, durante um inverno rigoroso, e recebia como pagamento gêneros alimentícios que vendia na cidade. Como mascate carregando nas costas uma grande caixa, cheia de armarinhos, chamando os fregueses ao som da matraca pelas ruas da capital paulista, Assad Abdalla teve determinação para economizar e

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p e r f i l

constituir sua primeira empresa aos 30 anos. A Doural, então, começou a ser construída no número 141 da 25 de Março, hoje 595. Tanto esforço desse patriarca de visão aguçada para os negócios surte efeito até hoje nas lições deixadas por ele e seguidas pelos membros da família que administram a loja. “Tradição, família, visão, flexibilidade e avaliação de risco são alguns dos ensinamentos deixados por ele que seguimos”, conta Fernando Assad Abdalla, diretor da loja. Não somente Fernando usa as reflexões de Abdalla como Assad Abdalla Neto utilizou em outro momento da trajetória da loja, quando, sem precedentes na 46

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região, começou a comercializar cortinas prontas e obteve grande sucesso. Ideia, essa, que Neto teve ouvindo os clientes. E, assim, com foco no cliente e na inovação, a Doural foi conquistando cada vez mais consumidores. “A gestão das lojas é feita a partir da proximidade com o consumidor e os funcionários, ouvindo suas opiniões”, explica Fernando Assad Abdalla.

De A a Z Um dos fascínios da loja está em oferecer em um único lugar produtos que variam de preço entre R$ 10 e R$ 5 mil, atingindo todas as classes sociais, com atendimento personalizado. Todos os vendedores recebem

constantes treinamentos para saberem usar e dar dicas de cada um dos produtos da loja. “Acompanhando o dia a dia do ‘chão de loja’ é possível ter um feedback das necessidades dos clientes, que ajuda muito a definir o mix de produtos”, comenta Fernando Abdalla. Mas o grande desafio vivenciado pela loja é estar sempre em busca de produtos diferenciados, marcas novas e diferentes formas de atingir o cliente. Mesmo estando em um endereço popular, a Doural investe para ser uma empresa multicanal. O site de e-commerce leva mais de 45 mil itens na casa do cliente. Além disso, a empresa criou nove canais de comunicação que


Democrático Loja oferece produtos de R$ 10 a R$ 5 mil num mesmo local, onde funciona há mais de 100 anos

foram unificados em um único portal, o Club Doural, para se manter conectado com o consumidor 24 horas por dia. Também foram criados espaços para atendimento específico a arquitetos, decoradores e noivas. Em dezembro a família inaugura uma nova loja, direcionada aos públicos A e B, da Doural Jardins na Alameda Gabriel Monteiro da Silva, principal roteiro de decoração do Brasil. “A aposta é vender produtos de maior valor agregado, conquistando público mais exigente”, afirma Fernando Abdalla. Todo esse empenho foi reconhecido com o prêmio Global Innovator Award, que classifica a loja mais inovadora do Brasil. Em março de 2012,

a Doural vai representar o Brasil na etapa GIA Internacional, nos Estados Unidos, concorrendo com vencedoras de mais de 30 países. Na avaliação de Fernando Abdalla, estar sempre atento a mudanças, ter agilidade para adaptar-se a novas situações e alterações de rumo com to-

Gestão das lojas

é feita a partir da proximidade com consumidor e funcionários

madas de decisões rápidas para estar à frente da concorrência são fatores que contribuíram para o sucesso da loja até hoje. Visão de negócio, saber arriscar, ter recursos para enfrentar crises e fazer das crises oportunidades também integram algumas das lições que Fernando acredita que fez a diferença para a Doural permanecer no mercado com êxito durante tanto tempo. “A visão dos gestores, a localização, e acima de tudo, a presença constante dos donos na loja, procurando saber o que o cliente necessita, instruindo os vendedores, abrindo e fechando a loja. Tudo isso constitui um completo sistema de pequenas ações que nos levaram ao sucesso”, conclui Fernando. dirigente Lojista l novembro 2011 l 47


p a n o r a m a

Governo lança pacote para estimular vendas de fim de ano Redução do IPI sobre linha branca e crédito especial

para compra destes produtos estão entre as medidas

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redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) que incide sobre eletrodomésticos da linha branca (como geladeiras e máquinas de lavar) deve resultar numa queda entre 3% e 5% do preço cobrado do consumidor final. A estimativa é da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio/SP). O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou no início do mês de dezembro a redução de IPI sobre a produção de fogões, geladeiras, tanquinhos e máquinas de lavar rou-

pa. Em alguns casos o imposto foi totalmente cortado. O IPI incidente sobre o fogão, por exemplo, que era de 4%, foi zerado. Da mesma forma, os 10% que eram cobrados sobre os tanquinhos também caíram para zero. A redução do preço cobrado do consumidor final, no entanto, depende do impacto do imposto sobre o custo de produção, o que varia de acordo com o produto. Após o anúncio do pacote do governo, a Caixa Econômica Federal anunciou no mês de dezembro


por

geraldo rigoni geraldo@geraldorigoni.com.br

Nova Pontocom prevê volume de entregas 50% maior no Natal

A

que disponibilizou R$ 5 bilhões em crédito para aquisição de eletrodomésticos, móveis, eletroeletrônicos e outros bens de consumo. Segundo a instituição, a medida segue as ações de incentivo ao crédito, investimentos e consumo, divulgadas pelo Ministério da Fazenda. O estímulo tem como principal objetivo combater a queda das vendas no setor do varejo. O consumo continua sendo a principal aposta do governo para acelerar a economia do País e superar os efeitos da crise global.

Nova Pontocom, unidade de comércio eletrônico do Grupo Pão de Açúcar, espera elevar em 50% o volume de entregas em dezembro deste ano na comparação anual, apoiada no reforço de sua estrutura operacional para evitar o “apagão” visto no final do ano passado, quando muitas empresas atrasaram a entrega de produtos aos clientes. A companhia, que concentra os sites Extra, Ponto Frio e Casas Bahia, prevê a entrega de 3 milhões de itens somente neste mês, o que representa um aumento de 50% na comparação anual. No último bimestre do ano, deverão ser entregues 5 milhões de itens. Foram contratados 1,8 mil funcionários para atuar principalmente no atendimento ao cliente. O sortimento de produtos também foi revisto e foram incluídas novas categorias, que incrementaram o mix em 16%, para mais de 60 mil itens. Na área de logística, a empresa investiu na ampliação da capacidade de armazenagem, adicionando quatro novas centrais de distribuição em 2011. Hoje a Nova Pontocom tem oito centros de distribuição próprios. A companhia também desenvolveu e ampliou parcerias com 20 transportadoras do País, incluindo cinco contratos de exclusividade para atender os mercados de São Paulo e Rio de Janeiro. Essas cinco transportadoras serão responsáveis por entre 50% e 60% do volume de entregas da empresa, que afirma estar confortável para entregar antes do Natal os produtos resultantes de compras feitas até 22 de dezembro, nos casos de São Paulo e Rio de Janeiro.

A Ricardo Eletro, parte da Máquina de Vendas, segunda maior varejista de eletroeletrônicos e móveis do País, oferece um prêmio de R$ 1 milhão em sua ação de fim de ano, que será encerrada em 31 de janeiro de 2012. Para concorrer, o consumidor deve adquirir produtos da Ricardo Eletro nas lojas ou por meio do site. Cada R$ 100 em compras vale um cupom, que deverá ser cadastrado no site da promoção. dirigente Lojista l novembro 2011 l 49


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Pão de Açúcar, Máquina de Vendas e Riachuelo projetam 2012 estável

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em entre os especialistas nem entre as empresas há consenso sobre o que esperar de 2012. Novamente, o mundo vai enfrentar um ano pós-crise, desta vez com o maior impacto vindo da Europa. No País, aumento de salário mínimo, eleições e preparação para a Copa do Mundo. É nesse contexto que o varejo brasileiro traça suas perspectivas para o próximo ano. Para Hugo Bethlem, VP de relações corporativas do Grupo Pão de Açúcar, maior varejista nacional, o ano de 2012 será estável, mas não necessariamente brilhante. A expectativa é que o PIB volte a crescer no centro da meta, assim como a inflação, trazendo estabilidade e, consequentemente, consumo. Flávio Rocha, presidente da Riachuelo, também espera um ano mais estável que 2011 e com ritmo de crescimento parecido com o deste ano. A Máquina de Vendas

compartilha do mesmo pensamento e acredita em estabilidade para o Brasil em 2012 e maior expansão da renda. Mesmo diante do pessimismo de alguns, o próximo ano tem dois fatores que continuam ajudando o consumo: o aumento do salário mínimo e as eleições no segundo semestre. Para Rocha, os eventos do próximo ano, especialmente o aumento do salário mínimo, reforçam que o ano pode ser bom. Bethlem, do Pão de Açúcar, diz que o mercado continua aquecido e não vê aumento na inadimplência.

Dois fatores estimulam consumo: aumento do salário mínimo e eleições no segundo semestre

O comércio de motocicletas chamou a atenção de uma das maiores empresas do varejo nacional, a Máquina de Vendas, holding formada pela união das redes Insinuante, Ricardo Eletro, City Lar e Eletro Shopping. A empresa anunciou o início das vendas de cinco modelos de motocicletas da marca Flash. A estratégia é resultado da parceria firmada entre o grupo e a CR Zong­ shen. O negócio prevê a venda de 15 mil motos até o fim de 2011 e prevê um faturamento de R$ 90 milhões. Os novos modelos serão comercializados, inicialmente, em 67 lojas City Lar dos estados de Mato Grosso e Amazonas. A partir de janeiro de 2012, o negócio deverá ser ampliado aos poucos para as demais lojas do Grupo Máquina de Vendas, começando pelas unidades da Insinuante na Bahia.

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Casa&Vídeo vende produtos financeiros para ampliar receita

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Casa&Vídeo, rede de eletrodomésticos e utilidades do lar do Rio de Janeiro, começou a abrir novas frentes para aumentar sua receita. Desta vez o foco está nas vendas de produtos financeiros. A empresa lançou um cartão próprio, o Livre Card, para financiar as compras em suas lojas, uma linha de empréstimo pessoal, em parceria com a financeira Losango, e agora planeja lançar uma linha de Crédito Direto ao Consumidor e negocia com seguradoras a venda de apólices de seguros. O Livre Card foi lançado em junho de 2010, mas, segundo Rogério Bimbi, vice-presidente do conselho de administração e responsável por reestruturar a área, a empresa não fez propaganda porque não podia alavancar seu balanço. Ele explica que, depois da recuperação judicial, aprovada em setembro

de 2009, a empresa foi negociada primeiro com a Lojas Americanas e depois com o BTG Pactual. A carteira do Livre Card conquistou cerca de 50 mil clientes. Por enquanto, o produto só está sendo oferecido em 35 das 75 lojas da rede. Bimbi explica que o objetivo é aumentar a base para, no futuro, criar um cartão co-branded em parceria com um grande banco e uma operadora de crédito. Com a estrutura para vender produtos financeiros montada, a Casa&Vídeo viu a oportunidade de lançar outros serviços. A empresa então montou a parceria com a Losango. A financeira vende empréstimo pessoal, com a marca própria da Casa&Vídeo, Livre, e a rede de lojas ganha uma comissão sobre cada contrato. A taxa cobrada, entretanto, é bastante salgada e chega a 15% ao mês.

Com a estrutura para vender produtos financeiros montada, a Casa&Vídeo viu a oportunidade de lançar outros serviços A rede varejista Cybelar terminará o ano com um faturamento de R$ 470 milhões e vai para o comércio eletrônico em 2012. Ela também cresce com pontos de venda físicos. Neste mês de dezembro abre sua 94ª loja. Será em Birigui, o que demonstra seu interesse em corresponder à demanda do interior paulista.

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Colombo encerra plano de enxugamento para aumentar margem

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Varejista

planeja encerrar 2012 com dez a 15 lojas a mais do que terá no fim deste ano

o mesmo tempo em que executivos e empresários do varejo consideram iminente a venda da Lojas Colombo, a empresa gaúcha promete retomar a expansão da rede em 2012, depois de um período de três anos seguidos de enxugamento. A varejista planeja encerrar 2012 com dez a 15 lojas a mais do que terá no fim deste ano. Os novos pontos serão concentrados no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. O presidente Adelino Colombo nega a intenção de vender o controle da empresa e o diretor de vendas e marketing, Thiago Baisch, diz que o enxugamento dos últimos anos teve como objetivo elevar a rentabilidade da varejista, especia-

Casas Bahia e Ponto Frio podem ter 210 novas lojas até 2014, segundo o planejamento estratégico da Globex, holding que controla as duas marcas. Dois terços dessas inaugurações devem ser da bandeira Casas Bahia, especialmente no Norte e Nordeste. A entrada da Bahia no Norte será no Tocantins, onde já há contratos assinados para a abertura de uma loja de rua e outra em shopping. A Globex fechou o terceiro trimestre com 993 lojas em 13 estados (456 com a bandeira Ponto Frio e 537 da Casas Bahia). Para 2012, o planejamento da companhia é abrir entre 50 e 60 unidades, das quais entre 60% e 70% devem ser no Nordeste. 52

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lizada em eletroeletrônicos, eletrodomésticos e móveis. Desde o fim de 2008 até o fim deste ano, o número de lojas vai cair de 361 para 320, ou quase 12%. A rede opera nos três estados da Região Sul, além de Minas Gerais e interior de São Paulo. No período, a receita líquida da Colombo cresceu 26,6%, para R$ 1,22 bilhão, mas o lucro líquido caiu de R$ 103,4 milhões para R$ 11,4 milhões. Para 2011, Baisch prevê resultado “muito maior” do que a margem líquida inferior a 1% obtida em 2010. Neste ano lojas foram fechadas por mostrarem resultados abaixo do esperado ou devido a reajustes muito altos nos dos aluguéis dos imóveis.


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l e i t u r a

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l a n ç a m e n t o s

O preço inteligente

Jagmohan Raju e Z. John Zhang – Editora Campus-Elsevier – R$ 59,90

Voltada aos executivos de marketing, produtos e estrategistas corporativos, a obra oferece diversas abordagens inovadoras de precificação, além de insights e pesquisas que fundamentaram sua criação. O título traz ainda novas maneiras de ajustar a oferta correta ao

cliente certo no momento oportuno. O leitor também confere uma série de dicas de como planejar e executar uma guerra de preços para conquistar novos territórios de venda e do que você pode abrir mão, do que não pode e como se defender do “grátis”.

Pense diferente Siga os princípios de Steve Jobs e revitalize a gestão de sua empresa, criando um ambiente propício à inovação

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uando se fala em inovação, Steve Jobs, fundador da Apple, é lendário. O slogan que escolheu para sua empresa – “Pense diferente” – vai muito além de uma mera jogada de marketing. Trata-se de uma abordagem poderosa, positiva e transformadora que Jobs aplicou durante toda sua vida. Autor de Faça como Steve Jobs, Carmine Gallo é palestrante, especialista em técnicas de comunicação e colunista da revista Bloomberg BusinessWeek, entre outros. Em sua mais recente obra, o autor dá dicas para repensar o negócio, reinventar produtos e processos e revitalizar a gestão de acordo com os princípios de Jobs. A ideia é que, ao seguir estas dicas, o leitor entre em contato com novos modos de liberar o potencial criativo e criar um ambiente de estímulo à inovação, permitindo que ela floresça em todos os níveis. Conheça o cerne da filosofia inovadora de Jobs, baseada em sete princípios, e aprenda a superar concorrentes, a desenvolver serviços mais revolucionários e prosperar em tempos cada vez mais desafiadores.

Inovação – A arte de Steve Jobs Carmine Gallo Lua de Papel R$ 29,90

Plano de negócios – Seu guia definitivo José Dornelas – Editora Campus-Elsevier – R$ 44,90

Considerado um dos maiores especialistas em empreendedorismo, José Dornelas é professor em cursos de MBA na USP e na FIA, além de ser autor de uma dezena de livros sobre o tema. Em sua mais recente obra, ele pretende suprir a demanda de clientes, empreendedores e demais pessoas que precisam desenvolver um planejamento de negócios de maneira objetiva e direta. 56

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Além do volume impresso, a editora oferece ainda vários recursos on-line, que são disponibilizados para complementar o aprendizado e o conhecimento. Os leitores podem conferir imagens de vídeos, apresentações, planilhas e exemplos de planos completos. O pacote inclui ainda um software on-line (www.easyplan.com.br) para facilitar o desenvolvimento do plano de negócios.


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o p i n i ã o

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s o b r e

l o j a

ATENÇÃO COM PREÇOS, EQUIPE E PROMOÇÕES A

falta de atenção com o detalhe

chefe do setor, demorou exatamente

é um fato que tem acontecido

oito minutos até aparecer o dito-cujo.

frequentemente em algumas lojas,

Apareceu e adivinhe de quem foi a

tanto pequenas como grandes. Antes,

culpa? Claro que era do computador.

quando tivemos um período grande

Perguntei se não tinha a etiqueta com

com inflação alta, os erros de preços

o preço correto para colocar junto ao

muitas vezes eram imperceptíveis

produto e se no caixa isso já não es-

pela variação de preço mensal.

tava no sistema. Ele disse que não

Seguidamente entro em lojas de to-

tinha tempo de verificar tudo e que

dos os tipos e tamanhos para ver se

estava com falta de gente. Será que

aprendo alguma coisa. Com relação a

os diretores destas grandes redes têm

preços, promoções e merchandising,

consciência do que está acontecendo

tenho ficado espantado com o que

em suas lojas com a falta de gente e

tenho visto.

o que estão perdendo de venda por

Fui a uma loja que na saída tem um

falta de produtos no ponto de venda,

painel para colocar como o cliente se

produto fora de época, merchandising

sente com o atendimento recebido.

malfeito, equipe desinformada ou

Andei por todos os setores da loja e

mesmo pelo mau atendimento?

não recebi nem um ‘boa tarde’. En-

Em outra loja, desta vez pequena,

contrei três duplas e dois trios conver-

tinha o mesmo produto com três eti-

sando na loja. O que a gente coloca

quetas sobrepostas de preço. Perguntei

com relação à nota?

se a inflação galopante tinha voltado. E

Josemar Basso Administrador de empresas, consultor e palestrante josemarbasso@ officemarketing.com.br

Em uma loja havia duas embalagens

ouvi do colaborador que o patrão havia

“Aqueles que não conseguem

do mesmo produto com preços iguais.

mandado remarcar vários produtos que

se lembrar dos erros do passado

Só que uma dizia ‘leve seis e pague

eram da China e “o dólar tinha subido”,

estão condenados a repeti-los.”

cinco’. Falei com o responsável pelo

e que ela era uma simples empregada

George Santayanna

setor e ele disse que era isso mes-

e que o patrão não conversava nada,

mo. Vejam o despreparo deste cola-

só mandava. Lembrei-me que faltava

borador da empresa. Perguntei pelo

a chibata na loja.

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O pensamento acima deveria fazer alguns diretores de empresas se


lembrarem de que as empresas não podem perder a sua memória. São as pessoas que, quando aparece um

“Todos que criam

novo criativo que quer inventar algo

promoções e

novo (para ele), “a memória” vai lembrar que esta mesma promoção

alterações na loja

ou evento criativo já foi feito uma vez

deveriam encostar

e não deu certo – deu prejuízo.

a barriga no balcão.

Em uma loja que entrou em promoção fui ver uma camisa que tinha

Com o conhecimento

olhado outro dia e até pensei: “Que

teórico que têm,

bom que não comprei na semana

certamente errariam

passada. Agora vou pagar mais barato.“ Doce ilusão: a camisa, a mesma,

bem menos, e o que

estava custando R$ 25 a mais. Per-

é mais importante:

guntei o motivo da mudança. A res-

suas empresas

posta veio que a central da empresa determina o preço. Perguntei se ele

ganhariam

– o gerente – tinha dito que o preço

bem mais”

antes da promoção era mais barato. A resposta foi: “Não adianta se meter que quem determina são eles e já levei bronca por ter comentado em reunião que em algumas promoções o preço era mais alto”.

Do meu ponto de vista, todo o pessoal que cria promoções e alterações na loja deveria passar alguns dias tra-

“Basta o esquecimento de uma única

balhando nos diversos setores, como

circunstância para nos levar ao erro.”

se dizia antigamente – encostar a bar-

Jaime Balmes

riga no balcão. Esta realmente é uma

O mundo dos negócios é muito grande para você se aventurar sozinho. As publicações da editora Empreendedor têm sempre artigos, notícias e dados atualizados sobre o mundo dos negócios. Com 18 anos de história, a Empreendedor é a maior editora brasileira voltada ao empreendedorismo e às inovações do mundo dos negócios. Publica as revistas Empreendedor e Dirigente Lojista, além de manter o mais acessado site sobre empreendedorismo: www.empreendedor. com.br. Na hora de buscar informações ou falar com empreendedores de todos os portes, conte com as nossas publicações.

maneira de escutar o cliente. E com o Será que isso é ético? Ou mesmo os criativos estão sabendo as besteiras que estão fazendo? E querem que os consumidores continuem acreditando em promoções.

conhecimento teórico que estas pessoas possuem tenho certeza de que errariam bem menos, e o que é mais importante: as suas empresas ganhariam bem mais. dirigente Lojista l novembro 2011 l 59


o p i n i ã o

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d e

o l h o

n o

cl i e n t e

conversão para proporcionar experiência E

voluímos muito em termos de

avaliar se existe alguma queixa ou

comportamento do consumidor.

comentário sobre produtos e serviços

Houve um momento no qual a qua-

oferecidos. O cliente jamais deve ficar

lidade do produto era o que diferen-

sem solução e resposta.

ciava uma loja da outra na percepção

Quando pensamos que quase tudo

do cliente. Em seguida se iniciaram os

já havia sido feito, vivemos uma era

serviços agregados, como embrulhar

de convergência para a experiência. A

para presente, oferecer crediário na

loja deve ser atrativa o suficiente para

loja, pagar contas e ter informações

proporcionar uma experiência memo-

disponibilizadas na web.

rável ao cliente.

Paralelamente, o atendimento ao

Uma empresa focada no público

cliente foi muito difundido: chamar o

de alta renda deve oferecer todos

cliente pelo nome, conhecer as suas

os seus diferenciais com muito zelo,

preferências, entender o que motiva

pois tem um cliente acostumado

este cliente a comprar. Mais recentemente tivemos um avanço em termos

A loja deve ser

com uma oferta variada e de qualidade de serviços. Ter algumas vezes

de ferramentas da internet – hoje o

atrativa o suficiente

não será o mais importante e sim

consumidor escolhe com qual empre-

para proporcionar

poder viver alguma coisa diferente

sa ele vai se comunicar e como pode usar as mídias sociais a seu favor. Um péssimo atendimento custa muito caro para uma empresa porque a proporção do alcance de uma reclamação, bem como o risco de imagem, não podem ser mensurados. Hoje existem até empresas especializadas em monitorar as mídias sociais para 60

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dirigente Lojista

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novembro 2011

uma experiência memorável ao cliente

do que os outros possam fazer e assim se distinguir dentro do seu grupo de amigos. Quando falamos em experiência, um exemplo muito prático foi o que

Luciana Carmo Especialista em gestão de serviços e palestrante. luciana.carmo@mixxer.com.br

a Apple fez com maestria, atingindo diversos públicos diferentes, mas com especial zelo conseguiu reinventar o varejo. A missão da empresa é cons-


Este novo consumidor quer ter aces-

truir os melhores computadores, mas não somente fez computadores de

so àquilo que não tinha antes. Houve

ponta como inovou no design dos pro-

“De nada

um aumento de renda que foi des-

dutos, no layout das lojas, proporcio-

adiantará uma

tinado para serviços. Isto é apenas

nando interatividade com os clientes.

tecnologia de

um exemplo de como uma loja que

Agora avança ainda mais, quer que

agrega serviço à sua operação será

os clientes obtenham o melhor pro-

ponta se não

mais competitiva e aumentará a sua

veito possível de seus produtos. Para

houver pessoas

lucratividade, pois não permanecerá

isso disponibiliza aulas, workshops e

capazes de

na zona conflitante de produto por

palestras para seus clientes nas lojas.

produto simplesmente.

Funcionários bem treinados e dispos-

transformar

tos a servir, em um ambiente onde

o complexo

no Brasil nos próximos anos e isto

predomina o autosserviço. Sempre

em simples e

faz com que seja repensada a forma

retornaremos à importância de pes-

Temos grandes eventos ocorrendo

de atuação da sua loja. Qual é a sua

soas, porque de nada adiantará uma

inteligível, e a

visão do negócio? É necessário saber

tecnologia de ponta se não houver

capacidade de

para onde quer ir e poder traçar o

pessoas capazes de transformar o

falar a linguagem

melhor caminho, fazer a lição de casa

complexo em simples e inteligível, e a capacidade de falar a linguagem que o cliente quer ouvir.

que o cliente quer ouvir”

corretamente, definindo uma estratégia segura e pronta para enfrentar desafios. Quem não tem estratégia

O comércio eletrônico tem cresci-

segue a concorrência e trabalha como

do acima de dois dígitos nos últimos

bombeiro, sempre apagando incên-

tempos – oferece agilidade, pratici-

dio, mas sem a certeza de que está

dade e muita informação ao cliente.

no caminho correto.

Mas as pessoas ainda gostam de um

alguns atributos que o cliente leva

Aproveite este momento e revise

contato pessoal. Qual a diferença

em consideração no momento de

seu planejamento para 2012, o que

para o cliente que comprava na loja

decidir aonde vai comprar.

pode ser feito de melhor, como agre-

de rua e hoje migrou para o shop-

Foi o primeiro mês em que houve

gar mais serviços na sua loja. Rela-

ping center? Acesso a mais opções,

uma migração nos gastos da classe C

cionamento com cliente, treinamento

ar-condicionado,

estacionamento,

para serviços – 65% do ganho é des-

e capacitação dos funcionários, in-

segurança, facilidade de pagamento,

tinado a serviços: cabeleireiros, ma-

formação sobre produtos e serviços

acesso a diversas marcas, opções de

nicure, sapateiro, celular, energia em

ofertados, além do mix adequado ao

restaurantes, limpeza, atendimento,

função de maior aquisição de produtos

mercado que você pretende atingir.

diversão para as crianças, lazer para

eletroeletrônicos, viagens, entre ou-

São algumas sugestões que poderão

adultos, shows, cinemas, e as com-

tros. Para produtos, bens de consumo,

fazer diferença na gestão da sua loja

pras de supermercado. Estes são

ficaram destinados 34% da renda.

no próximo ano. dirigente Lojista l novembro 2011 l 61


o p i n i ã o

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p e n s e

g r a nd e

empreendedor artista C

an I help you? Fiz esta pergun-

você conhece os Estados Unidos? Já

ta, em inglês, para um casal

estive lá uma vez. Você conhece as

de alemães que veio me consul-

praças específicas em que preten-

tar. Trouxeram uma lista estrutura-

de vender seus produtos? Não, mas

da com dezenas de perguntas para

tenho alguns amigos que moram lá

saber como funcionava no Brasil o

e podem me ajudar. Você conhece

negócio em que queriam investir.

os costumes dos americanos? Não.

Qual o tamanho do mercado atual,

Quando você pretende se mudar e

suas tendências, nossa estrutura de

iniciar o negócio? No mês que vem!

custo, os hábitos e valores de seus

Este relato não é uma caricatura, é

clientes potenciais, a concorrência,

real. Ele revela que o empreendedo-

o estado da arte da tecnologia e

rismo daqui não é o mesmo do de

muito mais. Nossa conversa, feita em português, pois a mulher falava

“Nossos

nossa língua, durou uma hora e 22

empreendedores,

minutos. O detalhe desta consulta é

assim como

que o casal só virá para o Brasil da-

os políticos ou

qui a três ou quatro anos. Na sequência imediata atendi uma

trabalhadores, são

lá, de outros países, especialmente do empreendedorismo dos países desenvolvidos. Há nove anos, a partir de um privilegiado posto de observação, como analista do Sebrae, venho observando e estudando milhares de empre-

cliente brasileira, empresária qualifi-

reflexo da cultura

sas e seus empreendedores. Como

cada, formada em design, fabrican-

brasileira”

não poderia deixar de ser, nossos

te de roupas especiais que queria se mudar para os Estados Unidos e comercializar lá suas roupas e de outros pequenos fabricantes que, segundo ela, poderiam exportar, mas têm dificuldade para tal. Nossa conversa durou 30 minutos, com a maior parte do tempo eu fazendo perguntas do tipo: 62

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dirigente Lojista

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novembro 2011

Joel Fernandes Autor dos livros Eu quero ser empresário rico!, Empresário rico também vai para o céu e Sua pequena empresa: muito além da sobrevivência! e do site www.euqueroserempresariorico. com.br

empreendedores, assim como os políticos ou trabalhadores, são reflexo da cultura brasileira. Vou citar algumas características e solicitar ao leitor a sua avaliação. Artista que virou empresário A maioria dos empreendedores


“A maioria dos empreendedores que abrem um que abrem um negócio é um artista

negócio é um

bes de futebol. A maioria não co-

que virou empresário: é a costureira

artista que virou

de mão cheia que abre uma em-

empresário.

está jogando, ou vai jogar, nem suas

presa de confecção, um engenheiro

Entende daquilo

regras – capitalismo, capital, inves-

competente que abre uma empresa

nhece sequer o nome do jogo que

timentos, retorno... Eles não têm

de TI, uma talentosa psicóloga que

que faz, mas

consciência dos papéis que neces-

abre uma empresa de recursos hu-

entende muito

sariamente surgem quando abrem

manos, e assim por diante. Enten-

pouco, às vezes

suas empresas: o empreendedor, o

dem do empreendimento, ou seja,

investidor e o presidente. Eles ficam

daquilo que fazem, mas entendem

quase nada, de

identificados apenas com o papel de

muito pouco, às vezes quase nada,

negócios, daquilo

empreendedor e jamais se lembram

de negócios, daquilo que deveriam

que deveria

do investidor ou do papel de pre-

fazer sob o ponto de vista do investimento que realizaram. Esperança de ser feliz A maioria abre sua empresa na esperança de ser feliz com o em-

sidente; logo, as soluções técnicas

fazer sob o ponto

da administração, contabilidade ou

de vista do

economia para eles não faz sentido,

investimento que realizou”

por isso não as implementam. Feliz Natal

preendimento e poder sustentar a

Os livros de administração e ne-

si e a sua família, ou seja, com a

gócios em nosso País são, em sua

intenção prévia da sobrevivência.

maioria, de autores estrangeiros cujas culturas empresariais, religio-

Ambição empresarial

Presidentes de times

sas, de crédito, sonhos e ambições

A maioria não tem ambição empre-

A maioria não compreende que

são muito diferentes da nossa. Esta

sarial. Não pensa grande. Pouquíssi-

deixou de ser um craque, ou ar-

coluna tem como intenção prévia

mas abrem com a intenção prévia de

tista, e passou a ser presidente de

contribuir para a evolução do empre-

crescer continuamente para se tornar

seu próprio time; não percebe que

endedor-artista em empresário rico e

média e grande empresa e se tornar

fundou um time de várzea que terá

feliz, aquele que ama o que faz e faz

um empresário rico.

que competir com os grandes clu-

da maneira certa. Feliz Natal! dirigente Lojista l novembro 2011 l 63


o p i n i ã o

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b a n h o

d e

l o j a

Onde estão os funcionários? U

podem interferir no resultado final.

ma das reclamações mais frequentes que escuto de geren-

Nem todas as variáveis são controlá-

tes e donos de loja é sobre a escassez

veis, mas temos que fazer a nossa “li-

de mão de obra. Eles comentam que

ção de casa bem-feita”, ou seja, cuidar

sobram vagas e faltam profissionais

ao máximo dos recursos disponíveis.

capacitados para ocupá-las. Mesmo

Dentre eles os recursos humanos.

quando se convencem de que con-

Cada pessoa é um mistério a ser

tratarão uma pessoa sem experiên-

desvendado. Você pode dizer a mes-

cia e investirão em seu treinamento,

ma frase para dez pessoas e cada

nem sempre conseguem o resultado

uma entenderá conforme seus filtros,

esperado. Ou, ainda, quando a pes-

decodificando a mensagem do seu

soa é treinada e acaba não perma-

modo e vontade. Não é à toa que ve-

necendo na empresa.

mos muitos esforços em tecnologia

Ouço muitas reclamações sobre o comprometimento das pessoas, sobre como as pessoas não têm envolvi-

para o varejo, que tentam diminuir o

“Há várias formas

número de pessoas necessárias para uma operação, não somente visando

mento com suas empresas. Inclusive,

de diminuição

à redução de custos, mas também à

a frase “este funcionário veste a ca-

de pessoas nas

limitação que a escassez de mão de

misa da empresa” está cada vez mais

operações; mas

obra qualificada impõe.

difícil de ser empregada.

Há muitos esforços concentrados em

somos nós,

diminuir postos de trabalho na área de

mais fáceis, concordo. Quem trabalha

humanos, que

vendas. Esta é a parte mais crítica da

com varejo precisa ser dinâmico, pois

decidiremos quais

operação, na qual está o contato com

Trabalhar em loja não é missão das

a velocidade é grande e a mudança

o cliente. Um vendedor ou atendente

constante. A receita do sucesso de

aceitaremos no

que não trata bem um cliente pode,

ontem pode não ser suficiente para o

comércio ou não”

além de perder uma venda, fazer com que o cliente não volte mais à loja e

êxito de amanhã, e bater a meta do mês não garante as vendas do mês seguinte. São muitas variáveis para administrar e vários fatores externos que 64

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dirigente Lojista

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novembro 2011

Kátia Bello Arquiteta e sócia-diretora da Opus Design. katia@opusdesign.com.br

ainda faça propaganda negativa sobre a experiência vivida, desencorajando potenciais clientes.


O mundo dos negócios é muito grande para você se aventurar sozinho. Alguns exemplos de tecnologia que reduzem o número de funcionários necessários na área de vendas são os self-checkouts e as etiquetas eletrônicas. Com o self-checkout o próprio cliente passa e paga as suas compras. O sistema já é utilizado em várias lojas da Europa e Estados Unidos. As etiquetas eletrônicas, que já estão em uso no Brasil, propiciam a atualização eletrônica do preço na gôndola, sem necessidade de um funcionário imprimir uma etiqueta e se dirigir até a gôndola para trocá-la. Há várias formas de substituição ou diminuição de pessoas nas operações; no entanto, somos nós mesmos, os humanos, que decidiremos quais destas tecnologias aceitaremos no comércio ou não. Anos atrás houve uma tentativa em postos de gasolina de introduzir aqui no Brasil o autoabastecimento, normalmente utilizado nos Estados Unidos – o próprio cliente desce do carro e abastece sozinho o veículo. A nova proposta

As publicações da editora Empreendedor têm sempre artigos, notícias e dados atualizados sobre o mundo dos negócios. Com 18 anos de história, a Empreendedor é a maior editora brasileira voltada ao empreendedorismo e às inovações do mundo dos negócios. Publica as revistas Empreendedor e Dirigente Lojista, além de manter o mais acessado site sobre empreendedorismo: www.empreendedor.com.br. Na hora de buscar informações ou falar com empreendedores de todos os portes, conte com as nossas publicações.

não foi vista com bons olhos por nós brasileiros, pois não agregava vantagens suficientes que substituíssem a comodidade de ter o carro abastecido sem sair de dentro dele. Talvez aí esteja um fator extremamente importante que nem sempre é levado em consideração nas introduções de tecnologias e inovações: qual o benefício real entregue ao usuário? Consumidores cada vez mais exigentes demandam respostas cada vez mais assertivas! dirigente Lojista l novembro 2011 l 65


a g e nd a

Beleza pura Hair Brasil é a feira que lança novos produtos, sinaliza tendências e promove negócios na área Profissional, dinâmica, especialmente preparada para atender o mercado dos salões de beleza e clínicas de estética, a Hair Brasil é a feira que lança novos produtos, sinaliza tendências e promove negócios na área de beleza. Mais de 800 marcas do segmento expõem novidades em produtos e serviços para salões e clínicas de estética. Paralelamente ao evento são

realizados o 10º Congresso Brasileiro de Manicures e o 4º Congresso de Podologia. Atingindo todas as expectativas de visitação e contatos, a Hair Brasil 2011 encerrou sua 10ª edição registrando 80 mil visitas de cabeleireiros, esteticistas, manicures, maquiadores e demais profissionais da área de beleza, vindos de todo o País e do

Janeiro 15 a 18/01/2012 São Paulo Prêt à Porter Expo Center Norte – São Paulo – SP www.saopaulopretaporter.com.br O São Paulo Prêt à Porter é uma feira internacional de negócios para a indústria da moda, confecções e acessórios. Tem como público-alvo varejistas do Brasil e do exterior. O evento é realizado simultaneamente à feira de calçados Couromoda.

Junho 13 a 16/06/2012 ABF Franchising Expo Expo Center Norte – São Paulo – SP www.portaldofranchising.com.br A ABF Franchising Expo é considerada uma das maiores feiras de franquia do mundo. Reúne consultores, redes de franquia e investidores interessados em se tornar franqueados. Para expor na feira é preciso ser associado da ABF.

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exterior. Para 2012, são esperadas mais de 80 mil pessoas. De 24 a 27/03/2012 Hair Brasil – Feira Internacional de Beleza, Cabelos e Estética Expo Center Norte – São Paulo – SP www.hairbrasil.com/ congressos@hairbrasil.com.br

Março 20 a 22/03/2012 Super Rio Expofood Riocentro – Rio de Janeiro – RJ www.superrio.com.br O Expofood tem como tema central “Varejo: conhecimento, tecnologia e modernidade”. O evento reúne empresários e profissionais do segmento de panificação, supermercado, franchising, hotelaria, restaurante e conveniência. Durante o evento são realizados o Seminário Nacional de Panificação e Confeitaria e a Convenção Supermercadista.

Agosto 14 a 16/08/2012 PhotoImageBrazil Expo Center Norte – São Paulo – SP www.photoimagebrazil.com.br A PhotoImageBrazil reúne e expõe as principais tendências de tecnologia e desenvolvimento de produtos de imagens. A era digital e a convergência de tecnologias de imagens fizeram com que o evento se tornasse muito mais abrangente e hoje há a presença de empresas fornecedoras de tecnologias de outros segmentos da produção de imagens.



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