Dirigente Lojista 438 - Abril 2011

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especial Como foi a cerimônia de entrega do Prêmio Mérito Lojista 2010 homenagem José Alencar: para sempre na memória do varejo brasileiro

sustentabilidade

é para todos

iniciativas de pequenos e médios varejistas mostram por que vale a pena investir em ações sustentáveis


Central de Atendimento BB 4004 0001 ou 0800 729 0001 – SAC 0800 729 0722 – Ouvidoria BB 0800 729 5678 – Deficiente Auditivo ou de Fala 0800 729 0088 Suporte Técnico 3003 0500 (regiões metropolitanas e capitais) e 0800 729 0500 (demais regiões)


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Nesta edição

DIRETORIA DIRETORIACNDL CNDL

E

m um mercado onde as pessoas estão cada vez mais cons-

cientes do impacto de seus hábitos de consumo no meio ambiente e na sociedade, o grau de sustentabilidade de produtos e negócios tornou-se um quesito importante a ser considerado pelo consumidor ao escolher o que – e de quem – vai comprar. As grandes redes varejistas perceberam essa tendência e já vêm levantando há alguns anos esta bandeira, divulgando ações para economizar recursos e diminuir resíduos

Presidente Roque Pellizzaro Junior 1º. Vice-Presidente Vítor Augusto Koch Vice-Presidente Adão Henrique Vice-Presidente Francisco Honório Pinheiro Alves Vice-Presidente Geraldo Cesar de Araújo Vice-Presidente José Cesar da Costa Vice-Presidente Melchior Luiz Duarte de Abreu Diretor Administrativo e Financeiro Silvio Antônio de Vasconcelos Souza Diretor do DASPC Roberto Alfeu Pena Gomes DIRETOR CDL Jovem Samuel Torres de Vasconcelos Diretores Ralph Baraúna Assayag, Maurício Stainoff, Sergio Alexandre Medeiros, Jair Francisco Gomes, Marcelo Caetano Rosado Maia Batista, Mustafá Morhy Júnior, Paulo Gasparoto, Ilson Xavier Bozi, Maria do Socorro Teixeira Noronha, Antônio Xará, Fernando Luis Palaoro, Francisco Regis Cavalcanti Dias DIRETORIAS ESPECIAIS Adilson Schuenke Emanuel Silva Pereira Celso Vilela Guimarães Geovanne Telles Valdir Luiz Della Giustinna Marcelo Sales Antoine Youssef Tawil José Manoel Ramos Egnaldo Pedro da Silva

aspectos mais amplos do conceito de sustentabilidade. Mas os varejistas de menor porte não têm por que ficar para trás, conforme mostra a repórter Cléia Schmitz na matéria de capa desta edição. Ela ouviu especialistas no assunto e buscou exemplos de lojistas que vêm usando a criatividade e a consciência para fazer a diferença com ações sustentáveis. Ainda nesta edição: a cobertura da entrega do Prêmio Mérito Lojista 2010 e uma homenagem à memória do ex-vice-presidente José Alencar e de sua profunda relação com a Nação Lojista. Diógenes Fischer Editor 4�

dirigente Lojista � março/Abril 2011

Conselho Fiscal Alberto Fontoura Nogueira da Cruz, Eduardo Melo Catão e Marcelino Campos (membros efetivos); Jayme Tassinari, Milton Araújo e Divino José Dias (suplentes) Superintendente André Luiz Pellizzaro supervisão Luiz Santana Conselho Deliberativo DO SPC BRASIL Presidente Itamar José da Silva Vice-Presidente José César da Costa Conselho de administração DO SPC BRASIL Presidente Roberto Alfeu Vice-Presidente Melchior L. D. de Abreu Filho Diretor Financeiro Silvio Antônio de Vasconcelos Souza Vice-Diretor Financeiro Marcelo Salles Barbosa Diretor de Comunicação Dr. Francisco de Freitas

CONSELHO SUPERIOR Romão Tavares da Rocha, Aliomar Luciano dos Santos,

Conselho FISCAL DO SPC BRASIL Luiz Antônio Kuyava, Maria do Socorro Teixeira Noronha, Antoine Yossef Tawil

ASSINE a dirigente lojista (61) 3213 2000 | assinatura.dirigentelojista@cndl.org.br | www.cndl.org.br

em suas operações, além de projetos sociais e ambientais envolvendo

Geruza Lúcia de Nazareth, Francisco Freitas Cordeiro, Álvaro Cordoval de Carvalho

Serviço Ao Assinante assinante.dirigentelojista@cndl.org.br A revista Dirigente Lojista é produzida pela Editora Empreendedor DIRETOR-EDITOR Acari Amorim acari@empreendedor.com.br DIRETOR DE COMERCIALIZAÇÃO E MARKETING Geraldo Nilson de Azevedo geraldo@empreendedor.com.br REDAÇÃO dirigentelojista@empreendedor.com.br EDIÇÃO-EXECUTIVA Diógenes Fischer REPORTAGEM Alexandre Gonçalves, Cléia Schmitz e Marlon Aseff EDIÇÃO DE ARTE Diógenes Fischer PROJETO GRÁFICO Wilson Williams REVISÃO Lu Coelho EDITORA DO PORTAL DA CNDL Ana Paula Meurer EDITORA DO PORTAL EMPREENDEDOR Carla Kempinski SEDES São Paulo DIRETOR COMERCIAL Fernando Sant’Anna Borba fernandoborba@empreendedor.com.br EXECUTIVO DE CONTAS Osmar Escada Junior e Ana Carolina Canton de Lima Rua Sabará, 566 – 9º andar – conjunto 92 – Higienópolis 01239-010 – São Paulo – SP Fone: (11) 3214-1020 empreendedorsp@empreendedor.com.br Florianópolis EXECUTIVA DE ATENDIMENTO Joana Amorim anuncios@empreendedor.com.br Rua Padre Lourenço Rodrigues de Andrade, 496 Santo Antônio de Lisboa – 88053-400 – Florianópolis – SC Fone: (48) 3371-8666 CENTRAL DE COMUNICAÇÃO Rua Anita Garibaldi, nº 79, sala 601 - Centro Fone: (48) 3216-0600 E-mail: comercial@centralcomunicacao.com.br

ESCRITÓRIOS REGIONAIS Rio de Janeiro Rua São José, 40 – 4º andar – Centro 20010-020 – Rio de Janeiro – RJ Fone: (21) 2611-7996 / 9607-7910 milla@triunvirato.com.br Brasília Ulysses C. B. Cava Condomínio Ville de Montagne, Q. 01 Casa 81 - Lago Sul - 71680-357 - Brasília - DF Fones: (61) 9975-6660 / 3367-0180 ulyssescava@gmail.com Rio Grande do Sul Flávio Duarte Rua Silveiro 1301/104 – Morro Santa Tereza 90850-000 – Porto Alegre – RS Fone: (51) 3392-7767 commercializare@terra.com.br Paraná Merconeti Representação de Veículos de Comunicação Ltda / Ricardo Takiguti Rua Dep. Atílio Almeida Barbosa, 76 – conjunto 3 Boa Vista – 82560-460 – Curitiba – PR Fone: (41) 3079-4666 ricardo@merconeti.com.br Pernambuco HM Consultoria em Varejo Ltda / Hamilton Marcondes Rua Ribeiro de Brito, 1111 – conjunto 605 – Boa Viagem 51021-310 – Recife – PE – Fone: (81) 3327-3384 hmconsultoria@hmconsultoria.com.br Minas Gerais SBF Representações / Sérgio Bernardes Faria Av. Getúlio Vargas, 1300 – 17º andar – conjunto 1704 30112-021 – Belo Horizonte – MG Fones: (31) 2125-2900 / 2125-2927 sbfaria@sbfpublicidade.com.br PRODUÇÃO GRÁFICA Teixeira Gráfica e Editora

www.empreendedor.com.br



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l o j i s t a s

LEI GERAL DAS MPEs: O AnO

DAS MUDANÇAS A

importante participação das micro e pequenas empresas na economia se torna evidente diante do fato de representarem 20% do PIB nacional. Estas empresas correspondem a mais de 99% dos 5,8 milhões de negócios brasileiros e empregam mais da metade dos trabalhadores com carteira assinada do País. É impossível pensar no desenvolvimento pleno do Brasil sem a presença delas. O comércio varejista, formado em sua imensa maioria por MPEs, necessita de políticas públicas e leis voltadas ao seu fortalecimento. Há muito tempo a CNDL vem reivindicando mudanças urgentes na Lei Geral das MPEs. No ano passado, deu entrada na Câmara dos Deputados, de autoria do então deputado federal Cláudio Vignatti (PT/SC), o Projeto de Lei Complementar nº 591/2010 que altera a Lei Complementar nº 123/06. Entre as mudanças propostas está a ampliação do teto da receita bruta anual das empresas para inclusão no Simples Nacional. O limite de faturamento bruto anual da mi-

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dirigente Lojista � março/Abril 2011

“Acreditamos que o momento é favorável e esperamos que o Congresso acelere a tramitação da matéria” ROQUE PELLIZZARO JUNIOR Presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL)

croempresa passará dos atuais R$ 240 mil para R$ 360 mil, e da empresa de pequeno porte de R$ 2,4 milhões para R$ 3,6 milhões. No caso do Empreendedor Individual, está previsto o impedimento de cobrança do registro, dentre outras ações. As inovações envolvem ainda a inclusão de novas categorias econômicas no Simples Nacional, o fim da cobrança antecipada do ICMS nas divisas estaduais, e via substituição tributária, para as empresas do Simples Nacional. Com a anunciada criação da Secretaria das Micro e Pequenas Empresas, que terá status de minis-

tério, e com o prosseguimento da Frente Parlamentar Mista do Comércio Varejista do Congresso Nacional, atuando ao lado da Frente Parlamentar das MPEs, do sistema CNDL – composto pela CNDL, pelas Federações e pelas Câmaras de Dirigentes Lojistas –, do Sebrae e das demais entidades associativas, acreditamos que o momento é favorável. Esperamos agora que o Congresso acelere a tramitação da matéria na Casa Legislativa para a pronta aprovação das mudanças, afastando o temor de ficarmos mais um ano sem ações efetivas e práticas em favor das MPEs.



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EDIÇÃO

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dirigente Lojista � março/Abril 2011

Entrevista A consultora de empresas Gisela Kassoy explica por que é preciso desenvolver uma cultura de inovação em sua loja e envolver toda a equipe na tarefa de atrair e fidelizar os clientes. Especial Saiba como foi a entrega do Prêmio Mérito Lojista, que reuniu representantes do varejo e seus fornecedores para uma festa de gala em reconhecimento aos principais parceiros dos lojistas no ano passado.

20

Homenagem A Nação Lojista presta seu tributo ao pequeno varejista de Muriaé (MG) que se tornou um gigante da indústria brasileira e chegou à vicepresidência da República, sem nunca abandonar a simplicidade, o otimismo e a persistência que marcaram sua trajetória. A luta contra o câncer no fim da vida apenas reforçou seu exemplo como um grande brasileiro que nunca será esquecido.


seções 10

Brasil Lojista

16

CDL Jovem

18

Informe Jurídico

52

Móveis e Negócios

58

Tecnovarejo

66

Leitura

68

Agenda

50

Banho de Loja por Kátia Bello

56

De Olho no Cliente por Luciana Carmo

62

Sobre Loja por Josemar Basso

26

Reportagem de capa

Manter uma operação ambiental e socialmente sustentável não é exclusividade das grandes redes. Pequenos e médios varejistas mostram como é possível ganhar mercado e atrair clientes com negócios preocupados em diminuir seu impacto no meio ambiente e na sociedade. Veja como a sua loja também pode investir na sustentabilidade e ainda lucrar com isso.

dirigente Lojista � março/abril 2011

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Dirigentes lojistas prestigiam evento do Programa Empreendedor Individual

N

o último dia 7 de abril, o presidente da CNDL, Roque Pellizzaro

Junior, acompanhado pelo presidente da FCDL/CE, Francisco Honório Pinheiro Alves, participou da cerimônia no Palácio do Planalto que comemorou a marca de 1 milhão de trabalhadores formalizados no Programa do Empreendedor Individual. De acordo com dados da Presidência da República, as mulheres representam mais da metade dos micro e pequenos empresários brasileiros e chegam a 45% dos empreendedores individuais.

ENCONTRO Após a cerimônia, os representantes da CNDL se reuniram com o senador José Pimentel

Em seu discurso, a presidenta Dil-

individuais que são capazes de conquis-

o Movimento Lojista, e o senador José

ma Rousseff destacou a importância do

tar sua autonomia, mas também obter

Pimentel, com quem Pellizzaro Junior

programa. “É, sem sombra de dúvida,

os seus direitos no que se refere à apo-

e Honório Pinheiro estiveram também

um programa que leva ao desenvolvi-

sentadoria, por exemplo”, completou.

no dia 7. Após o encerramento da ceri-

mento, leva à independência, à autono-

Na mesma cerimônia, a presidenta

mônia, o presidente da CNDL e o presi-

mia das pessoas”, afirmou Dilma. “So-

Dilma assinou a redução de alíquota

dente da FCDL/CE conversaram com o

bretudo, o programa transforma o Brasil

da contribuição do Empreendedor In-

presidente do Banco do Nordeste, Ro-

numa teia de relações entre pequenos

dividual, resultado de uma parceria re-

berto Smith, sobre o desenvolvimento

empreendedores e empreendedores

alizada entre a CNDL, que representa

na Região Nordeste.

»O deputado Leonardo Quintão (PMDB-MG) recebeu

» O presidente Roque Pellizzaro Junior foi recebido pelo

o presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior,

presidente do Sebrae Nacional, Luiz Barretto, e pelo

em seu gabinete na Câmara no dia 30 de março.

gerente de Políticas Públicas da entidade, Bruno Quick.

Durante o encontro, que contou também com a

Na pauta do encontro estavam o desenvolvimento de

presença do presidente do DASPC, Roberto Alfeu,

projetos visando à qualificação do micro e pequeno

foram tratados assuntos como o projeto do Cadastro

varejista, que representa mais de 90% do universo dos

Positivo, do qual o deputado Quintão é o relator na

cerca de 800 mil pontos de venda ligados à CNDL em

Câmara dos Deputados.

todo o País.

10 �

dirigente Lojista � março/Abril 2011


Seminário Nacional de SPCs tem mais de 300 participantes Centro de Convenções e Even-

O

várias palestras, como as ministra-

tos Brasil 21, em Brasília, se-

das por Luiz Humberto Castro, di-

diou de 31 de março a 1º de abril o

rigente do Sebrae; e por Fernando

78º Seminário Nacional de SPCs, com

Martins e Zélia Vieira, da CDL Recife.

mais de 300 inscritos de todo o País.

Outros temas abordados nas pales-

A abertura contou com a presença

tras foram a certificação digital e es-

do presidente da CNDL, Roque Pelliz-

tratégias de venda.

zaro Junior, ao lado do presidente do

Com o tema “Construindo uma

Conselho Deliberativo do SPC Brasil,

Tropa de Elite, o consultor Rodrigo

Itamar Silva, e do presidente do Con-

Pimentel, ex-integrante do Bope,

selho de Administração do SPC Brasil,

empolgou os participantes em sua

Roberto Alfeu, que ministrou a pales-

palestra dizendo que “as Tropas de

tra inicial do evento.

Elite devem encontrar soluções que

Entre as palestras, o destaque fi-

ninguém havia pensado antes”.

cou para o consultor Luc Pinheiro, que

O evento teve ainda cases de su-

falou sobre “o desafio de trabalhar

cesso sobre eficiência na captação

com líderes voluntários”. Ao final de

de novos associados e relaciona-

sua participação, o palestrante deu

mento e comunicação, além de uma

um recado: “Despesa é que nem

mesa-redonda, com o presidente da

unha: cresce todo dia e uma vez por

CNDL ao lado do presidente do Con-

semana precisamos cortar”.

selho de Administração do SPC Bra-

O Cadastro Positivo foi tema de

sil, Roberto Alfeu.

4º Seminário Jurídico Nacional reúne advogados Paralelamente ao 78º Seminário Nacional de SPCs, aconteceu o 4º Seminário Jurídico Nacional, que reuniu advogados do Movimento Lojista durante dois dias. O promotor de Justiça do Distrito Federal, Leonardo Bessa, abriu as palestras. Em seguida, o advogado José Saraiva tratou de recursos especiais e recursos internos no STJ e TST. No segundo dia, o advogado da CDL Salvador, Sérgio Schlang, focou sua participação destacando os temas Decisões do STJ, Ilegitimidade de parte, Desnecessidades do AR e Decisões dos Juizados Especiais conflitantes com entendimentos do STJ. Na sequência, o advogado Adriano Branquinho falou sobre Ação Rescisória e, encerrando o evento, o diretor jurídico da Serasa, Silvânio Covas, fez uma apresentação sobre dados sensíveis e estratégia de defesa.

CNDL organiza Encontro Nacional de Comunicação No 1º de abril, o 4o Encontro Nacional de Comunicação do Movimento Lojista reuniu representantes das assessorias de comunicação das FCDLs e das CDLs de todo o País com o objetivo de melhorar a comunicação do Movimento Lojista. No evento, os participantes puderam acompanhar palestras e compartilhar informações sobre temas como o funcionamento do setor de comunicação da Confederação e do SPC Brasil e a relação dos jornalistas com as assessorias de imprensa.


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Inadimplência registra aumento de 22,61% no mês de março

A

inadimplência do consumidor registrou alta de 22,61% em março,

comparado ao mês de fevereiro. O aumento é consequência do descontrole no orçamento doméstico nos dois primeiros meses do ano causado pelo pagamento de impostos como IPTU e IPVA, além de despesas acumuladas com viagens e festejos durante o Carnaval. Comparado ao mesmo período de 2010, a taxa de inadimplência subiu 4,3% em março. Os principais fatores que contribuíram para este resultado foram o encarecimento do crédito devi-

COLETIVA À IMPRENSA O presidente da CNDL aconselhou mais cautela ao lojista na hora de conceder crédito

do à elevação ininterrupta da taxa Selic

compras com cartão de crédito e no uso

são bons e estamos avaliando que a

nas últimas duas reuniões do Comitê

do limite do cheque especial.

inadimplência vai continuar subindo”,

de Política Monetária (Copom) do Ban-

Segundo o presidente da CNDL, Ro-

diz o dirigente. “O comércio deve ficar

co Central e a falta adequada de crité-

que Pellizzaro Junior, acendeu o sinal

mais cauteloso e se tornar mais exigen-

rios para o uso do crédito mais caro nas

amarelo. “Os números de março não

te na concessão do crédito”, atesta.

Comissão organizadora da 52ª Convenção Nacional se reúne A Comissão Organizadora da 52ª Convenção Nacional do Comércio Lojista esteve reunida no dia 24 de março, em Fortaleza. O gerente de eventos Kleber Silva representou a CNDL na reunião, que contou ainda com a participação do presidente da FCDL/CE, Francisco Honório Pinheiro Alves, e o presidente da CDL Fortaleza, Francisco Freitas Cordeiro. A 52ª Convenção Nacional do Comércio Lojista acontecerá de 11 a 14 de setembro de 2011 em Fortaleza e tem o objetivo de unir representantes das CDLs, FCDLs e empresários do comércio varejista de todo o Brasil para um amplo debate sobre temas que auxiliem no desenvolvimento do setor. 12 �

dirigente Lojista � março/Abril 2011


Liquida DF registra aumento médio de 10,8% nas vendas

A

nona edição do Liquida DF, promovida pela CDL Distrito Federal

de 25 de fevereiro a 5 de março, atingiu um aumento médio de 10,8% nas vendas em comparação com o mesmo período do ano passado. “Nossa estimativa inicial era incrementar as vendas em 10% no período da liquidação e conseguimos superar isto”, diz o presidente da CDL, Geraldo Araújo. “Os consumidores intensificaram as compras nos últimos dias e o movimento nas lojas durante os dez dias da campanha foi muito bom”, avalia. De acordo com o dirigente, o índice foi registrado em pesquisa por

DEZ DIAS DE DESCONTOS O Liquida DF impulsionou o movimento de 8,5 mil lojas de rua e 10 shoppings

amostragem realizada pela CDL, que

dos (14,88%), Drogaria e Perfumaria

Distrito Federal. Foram mais de 40 seg-

ouviu 168 lojistas de shoppings e lo-

(12,50%), Papelaria (11,97%) e Ótica

mentos do comércio e serviços, como

jas de rua que participaram do Liquida

e Relojoaria (11,67%).

Moda, Calçados, Eletroeletrônicos, Su-

DF. Segundo Araújo, o segmento de

O Liquida DF contou com a partici-

permercados, Farmácias, Artigos Espor-

Vestuário registrou o maior índice de

pação de 8,5 mil lojas de rua e de 10

tivos, Autopeças, Agências de Turismo,

vendas (15,24%), seguido de Calça-

shoppings do Plano Piloto e cidades do

Clínicas e Postos de Combustível.

Sorteio de R$ 300 mil em prêmios encerra campanha da FCDL/RS A Campanha Natal de Prêmios, promovida pela FCDL/

A Campanha Natal de Prêmios, que se estendeu com

RS em conjunto com as CDLs gaúchas, terminou no dia 31

o “Liquida, tchê!”, foi realizada de 20 de novembro de

de março com o sorteio de R$ 300 mil em prêmios. “Esta

2010 a 10 de março deste ano e teve a participação de

é uma promoção inédita em todo o Brasil, que serve de

cerca de 40 mil estabelecimentos gaúchos. “A promoção

referência para outras federações estaduais”, afirma Vítor

aumentou a competitividade dos empresários de micro e

Koch, presidente da FCDL. O sorteio foi realizado na Praça

pequeno portes”, destaca Koch. Os números comprovam:

Otávio Rocha, em Porto Alegre, e contabilizou mais de 11

a campanha deste ano gerou R$ 2,1 milhões em vendas,

milhões de cupons, equivalente a quatro toneladas.

um resultado 15% maior que o da campanha passada. dirigente Lojista � março/abril 2011

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Frente parlamentar apoiará o comércio em Mato Grosso Um projeto apresentado pelos deputados estaduais Sérgio Ricardo (PR) e José Riva (PP) propõe a criação da Frente Parlamentar do Comércio de Mato Grosso. “A Frente vai representar o comércio junto ao Executivo, atendendo pleitos nas questões de legislação, contribuindo para equilibrar a discussão pública e combater excessos da Sefaz”, esclarece José Riva. Para Sérgio Ricardo, o papel da Frente será apoiar as reivindicações do setor e servir de canal para promover a qualificação profissional dos matogrossenses, ampliar a geração de emprego e estabelecer um elo entre o lojista, o consumidor e o legislativo. “Mas em especial estarão as questões fiscais e tributárias que sobrecarregam a atividade comercial”, afirma. O presidente da CDL Cuiabá, Paulo Gasparoto, acredita que a criação da Frente buscará o equilíbrio de forças entre a classe empresarial e o executivo estadual, mantendo a positividade das relações entre empresas e governo.

CDL Recife estreita parceria com prefeitura O prefeito do Recife, João da Costa, secretários e assessores participaram no dia 17 de março de um almoço com a diretoria da CDL Recife. O encontro informal teve como objetivo estreitar as relações entre a entidade e o executivo local, para que atuem da melhor forma em benefício da cidade.

Governo federal aprova projeto da CDL Uberlândia iretores da CDL Uberlândia se

D

tido em sua integridade. “Com o apoio

reuniram com o deputado federal

do governo daremos a dimensão que

Gilmar Machado (PT/MG) para tratar

ele merece, expandindo-o para outros

do projeto Portal Inova Empreendedor,

estados do País”, comemora.

que visa ao aumento da competitivi-

Negócios virtuais – Com conheci-

dade e inserção das MPEs no mercado

mento de mercado, os usuários Por-

globalizado. Criado pela entidade lojis-

tal Inova Empreendedor poderão re-

ta, o projeto disponibilizará serviços de

alizar negócios virtuais por meio do

informação via internet e instrumentos

casamento entre oferta e demanda,

móveis voltados para desenvolver os

consumidores e empresas, MPEs e

setores produtivos de comunicação e

fornecedores, bem como gerar catá-

acesso a negócios virtuais. Segundo o

logos eletrônicos identificados com o

deputado, o projeto foi aprovado pelo

perfil dos consumidores em diversas

Ministério de Ciência e Tecnologia e

regiões do País. Também poderão ex-

encaminhado à Financiadora de Estu-

pandir o mercado e novos negócios

dos e Projetos (Finep).

por meio de capacitação profissional,

O presidente da CDL Uberlândia,

divulgação de editais de licitações go-

Celso Vilela, destaca que mesmo com a

vernamentais e outras necessidades

mudança de governo o projeto foi man-

específicas.

PARCERIA ESSENCIAL Dep. Gilmar Machado (esq.) ao lado do presidente da CDL Uberlândia, Celso Vilela


Presidente da CNDL marca presença na 3ª Convenção do Comércio de Vacaria (RS)

O

presidente

Roque

Pellizzaro

Junior foi um dos palestrantes

da 3ª Convenção do Comércio de Vacaria (RS), realizada no último dia 27 de março como parte das comemorações dos 20 anos de fundação da entidade. “É uma história de trabalho e sucesso”, destacou Pellizzaro, que em sua palestra abordou as tendências no varejo, especialmente depois da crise financeira internacional. A convenção reuniu mais de 500 participantes e contou ainda com as participações do jornalista Caco BarRECONHECIMENTO Roque Pellizzaro recebe o pin da CDL da Câmara de Dirigentes Lojistas da cidade

cellos, da Rede Globo, e do empresário Cláudio Forner, do Sebrae.

Nova diretoria da CDL Lages (SC) toma posse Tendo à frente o empresário Nil-

Catarina, o lageano Raimundo Co-

últimos anos. Maria Elisabeth disse

ton Rogério Alves, a CDL de Lages (SC)

lombo; o prefeito de Lages, Renato

que aprendeu muito mais do que

empossou sua nova diretoria no dia

Nunes de Oliveira; e o deputado es-

ensinou e que deixava o cargo rea-

18 de março, em solenidade na sede

tadual e líder do governo na Assem-

lizada enquanto pessoa e enquanto

de campo da entidade com a presen-

bleia, Elizeu Mattos.

empresária.

ça de mais de 500 pesssoas. Esta será

Antes da posse, a empresária Ma-

Atualmente, a CDL de Lages con-

a segunda passagem de Alves como

ria Elisabeth Medeiros Neves, que

ta com mais de 1 mil associados. E

presidente da entidade, cargo que já

comandou a CDL de Lages nos últi-

o comércio dispõe de mais de 3 mil

ocupou entre os anos de 2004 e 2005.

mos três anos e seis meses, fez um

empresas na cidade, a maior parte de

A posse foi prestigiada pelo pre-

pronunciamento bastante emotivo.

pequeno porte. Juntas, estas empre-

sidente da CNDL, Roque Pellizzaro

De forma poética, ela leu um dis-

sas empregam mais de 5 mil traba-

Junior. Entre as autoridades presen-

curso e agradeceu por todas as rea-

lhadores, com uma participação de

tes estavam o governador de Santa

lizações que a CDL empreendeu nos

50% no PIB do município. dirigente Lojista � março/abril 2011

� 15


c d l

j o v e m

CDL Jovem de Garanhuns tem sua primeira diretoria A CDL de Garanhuns realizou no dia 24 de março a solenidade de posse da primeira diretoria da CDL Jovem local, a terceira criada em Pernambuco. O evento contou com a presença do presidente da FCDL/PE, Adjar Soares, do diretor-executivo da entidade, Eduardo Oliveira, e do gerente de relacionamento, Michel Queiroz, além do presidente CDL Garanhuns, Fernando do Couto, e de diretores e ex-diretores da entidade local. Para o presidente Adjar Soares, a CDL Jovem promove a renovação das lideranças no Movimento Lojista e dá maior dinamismo às discussões e encaminhamentos de temas importantes. ”Precisamos desta juventude para somar em melhorias não só para o comércio, mas para a região como um todo”, disse o presidente da CDL Garanhuns, Fernando do Couto.

Câmara Legislativa do DF homenageia jovens empresários O presidente da CDL Jovem do Distrito Federal, Samuel Vasconcelos, e outros diretores da entidade, participaram de sessão solene em homenagem à Semana do Jovem Empresário, realizada pela Câmara Legislativa no dia 25 de março. A iniciativa do encontro partiu do deputado Israel Batista (PDT), que destacou a importância de adoção de uma nova cultura empreendedora entre os jovens. “É preciso sensibilizar o jovem sobre a necessidade de empreender”, disse o parlamentar.

Jovens lojistas de Campo Grande organizam congresso nacional de empreendedorismo

A

CDL Jovem de Campo Grande,

Empresários. “Agora em 2011, Cam-

em parceria com o Conselho de

po Grande terá a chance de mostrar

Jovens Empresários da Associação Co-

às lideranças jovens do Brasil que te-

mercial e Industrial da capital sul-ma-

mos estrutura suficiente para discutir

to-grossense, é uma das responsáveis

os rumos do empresariado jovem,

pela organização do 17º Congresso

fomentado em cada estado e que es-

Nacional de Jovens Empresários, que

tará reunido no próximo mês de no-

será realizado nos dias 10 e 11 de

vembro aqui em Mato Grosso do Sul”,

novembro de 2011. Promovido pela

completa.

Confederação Nacional de Jovens Em-

Troca de conteúdo – Ainda de

presários (Conaje), o congresso acon-

acordo com Marins, o objetivo é trazer

tece todos os anos e há pelo menos

jovens empresários de todas as partes

três os representantes de Mato Gros-

do Brasil para participarem do evento

so do Sul vêm demonstrando interes-

em Campo Grande. O grande atrativo

se em sediar o evento no estado.

é que serão dois dias com bastante

“Para se ter ideia do trabalho que

troca de conteúdo, principalmente so-

realizamos, em 2010 perdemos por

bre a questão da tecnologia, já que o

um voto para a cidade de Florianó-

tema desta edição do congresso será

polis”, diz Maicon Thomé Marins,

“Brasil 2.0”, propagado também pelo

presidente do Conselho de Jovens

sistema Sebrae nacional.



i n f o rm e

j u r í d i c o

O peso da legislação trabalhista Precisamos de leis modernas e eficientes, que assegurem a livre negociação entre empregados e empregadores

U

ma reportagem da revista bri-

mente aos empregadores. Por sua vez, os empre-

tânica The Economist alertou

sários há muito reclamam que essa onerosa lei

o mundo sobre os problemas da le-

trabalhista, juntamente com elevados impos-

gislação trabalhista brasileira, que,

tos sobre os salários, impedem de realizar

além de prejudicar o emprego, re-

contratações e os empurram para fazer

tira a competitividade do Brasil e

pagamentos “por fora”.

influencia negativamente na economia, afastando investidores. Nossas leis trabalhistas datam de

Neste contexto, confirmando a dificuldade da legislação em contribuir com o emprego, é destaque

1943 e foram idealizadas para uma

no Congresso Nacional a pro-

economia fechada, com predomi-

posta de emenda constitu-

nância agrícola. Hoje, se tornaram

cional que reduz a jor-

arcaicas, contraproducentes e onero-

nada de trabalho de 44

sas tanto para as empresas quanto

horas semanais para 40

para os trabalhadores, impedidos de

horas, sem o ajuste cor-

negociar mudanças mesmo quando

respondente ao salário, e aumenta o

seu salário. Com a redução da jorna-

há um acordo mútuo. Nossa legisla-

valor da hora extra de 50% para 75%.

da, este custo aumentará ainda mais.

ção incentiva trabalhadores insatis-

Esta medida pode ter um resultado

Vejam que nos EUA os encargos sobre

feitos a tentar serem demitidos em

inverso ao pretendido, pois incentiva-

o salário somam 23%; no Japão, 19%;

vez de pedir demissão, pois assim

rá a automatização propiciando mais

na Itália, 24%; e na Inglaterra, 28%.

recebem uma multa de 40% sobre o

demissões, além de estimular a infor-

Precisamos de uma legislação tra-

saldo no FGTS. Hoje, até mesmo um

malidade no setor produtivo por mera

balhista moderna, que assegure a

empregado alcoólatra não pode ser

questão de sobrevivência.

empregados e empregadores a livre

O aumento do nível de emprego

negociação de seus contratos, além

O artigo comenta ainda que, em

depende do crescimento da econo-

da desoneração da folha de paga-

2009, 2,1 milhões de brasileiros pro-

mia que impulsiona o consumo e au-

mento, estimulando o emprego e a

cessaram empregadores na Justiça

menta as vendas do comércio e da

renda para o crescimento sustentá-

do Trabalho, que tem um custo anual

indústria, além da qualificação dos

vel do Brasil e o aumento da nos-

de mais de R$ 10 bilhões, destacan-

trabalhadores através de cursos pro-

sa competitividade diante de países

do que a Justiça Trabalhista brasileira

fissionalizantes. Hoje um funcionário

preparados para crescer, como China,

raramente se posiciona favoravel-

traz encargos que superam em 100%

Rússia e Índia.

demitido por justa causa.

18 �

dirigente Lojista � março/Abril 2011


por ANDRÉ

LUIZ, assessor jurídico Cndl assejur@cndl.org.br

Comércio eletrônico na mira do Código do Consumidor O Código de Defesa do Consumidor vai incluir normas específicas para o comércio eletrônico, que movimentou R$ 15 bilhões em 2010. A reclamação de quem compra na web não é somente quanto à qualidade dos produtos, mas também sobre os prazos de entrega e a devolução dos produtos. Contudo, o índice de satisfação dos consumidores brasileiros com o comércio virtual atingiu 86% no primeiro semestre. (Fonte: Record)

Contribuição previdenciária não se aplica ao aviso-prévio Por não se tratar de verba salarial, não incide contribuição previdenciária sobre verba paga ao trabalhador a título de aviso-prévio indenizado. Com esse entendimento o ministro Teori Albino Zavascki, do STJ, afastou a cobrança afirmando que o aviso-prévio é indenizado no período que lhe corresponderia o emprego, não havendo prestação de trabalho. Assim, por ser ela estranha à hipótese de incidência, é irrelevante a circunstância de não haver previsão legal de isenção em relação a tal verba que exige o exercício do labor. (Fonte: STJ)

”Entre a raiz e o fruto, há o tempo” Carlos Drummond de Andrade, poeta

Em alta

Em baixa

A programação do pai-

A manutenção da contribuição

nel jurídico do 78º Semi-

social de 10% sobre o FGTS ain-

nário Nacional de SPCs,

da cobrado do empregador nas

que aconteceu nos dias 31 de

demissões sem justa causa para ressar-

março e 1º de abril em Brasília.

cimento das perdas nas contas do Fundo

Na programação, temas como o

causadas pelos Planos Verão e Collor 1,

cadastro positivo, recursos no STJ

em 1989 e 1990, pois já se cumpriu o que

e no TST, decisões relacionadas ao

era previsto na legislação, não benefician-

SPC e estratégias de defesa.

do o trabalhador e sim o próprio governo.

notas rápidas Salário atrasado e dano moral O Tribunal Superior do Trabalho decidiu que embora caibam danos morais decorrentes do atraso habitual do pagamento do salário, cabe ao empregado demonstrar a existência de constrangimento pessoal e abalo dos valores inerentes à sua honra para a configuração do dano moral. (Fonte: TST) Mais encargos ao empregador I O STJ decidiu sobre a possibilidade de o empregado acionar a empresa por danos materiais em razão da contratação de advogado para ingresso com reclamação trabalhista. A ministra Nancy Andrighi destacou que aquele que deu causa ao ajuizamento da reclamação trabalhista deverá arcar com os honorários contratuais, de modo que o vencedor não suporte o dano sofrido pelo inadimplemento da obrigação trabalhista. (Fonte: STJ) Mais encargos ao empregador II A Câmara analisa o Projeto de Lei 8050/10, que obriga as empresas a informar aos empregados, no momento em que estes deixam a empresa, que eles têm dois anos de prazo para entrar na Justiça com ação trabalhista. O autor do projeto é o senador Antonio Carlos Júnior (DEM-BA). Enquanto os países que buscam desenvolvimento flexibilizam a legislação trabalhista, o Brasil sobrecarrega o empregador, onerando cada vez mais a folha de pagamento e as exigências de RH, a exemplo do novo ponto eletrônico, da inevitável redução de jornada de trabalho e formalização excessiva do contrato de trabalho. (Fonte: Câmara dos Deputados)

dirigente Lojista � março/abril 2011

� 19


e n t r e v i s t a

20 �

dirigente Lojista � março/Abril 2011


Gisela Kassoy | Consultora de empresas especializada em Criatividade e Inovação

inovação faz a

diferença por alexandre gonçalves fotos divulgação

Para se sobressair em meio à concorrência crescente no varejo, todo lojista precisa desenvolver uma cultura de inovação em sua loja e focá-la para causar um impacto positivo nos resultados do estabelecimento. “A loja que inova fica diferente e isso fica visível para a clientela”, diz a consultora Gisela Kassoy, especializada no assunto. Para ela, o lojista deve adotar uma postura pró-inovação e envolver toda a equipe na tarefa de atrair e fidelizar os clientes. Na entrevista a seguir, Gisela dá dicas preciosas para o lojista que sente a necessidade de inovar seu negócio, mas não sabe por onde começar.

dirigente Lojista � março/abril 2011

� 21


e n t r e v i s t a

É possível inovar no varejo? Como?

está no próprio lojista. Ele começa

deve ter a capacidade de adaptá-las,

Gisela Kassoy – É possível inovar de

o processo de implantação de uma

aproveitar o que há de bom nelas.

inúmeras formas. O lojista pode ino-

cultura de inovação a partir de uma

No caso de uma rede de lojas, o

var, por exemplo, no display dos pro-

mudança em seu comportamento,

processo de implantação de cultu-

dutos e também na forma de lidar

estimulando ideias e estando tam-

ra de inovação na empresa começa

com os clientes. Um dos maiores gru-

bém sempre aberto para recebê-las

normalmente com um Programa de

pos empresariais do varejo brasileiro,

da equipe e até dos clientes. Não é

Ideias com o objetivo de estabelecer

o Pão de Açúcar, por exemplo, adotou

preciso adotar todas as ideias, mas

um canal que garanta que as ideias

uma ação inovadora no atendimento:

o lojista, sendo um líder na prática,

cheguem às pessoas certas e que sejam avaliadas e implementadas.

perto da área onde são vendidas as frutas, a rede de supermercados colocou funcionários que se comportavam

Como saber se ações inovadoras

como feirantes, conversando com os

realizadas por um concorrente po-

clientes e oferecendo pedaços como

dem ajudar um lojista no proces-

degustação para eles experimenta-

so de inovação? Inovação é tudo

rem, além de apresentar combina-

igual, o que muda é o endereço?

ções de produtos a serem oferecidos,

Gisela – O lojista pode copiar as

como livros e brinquedos, por exem-

ações relacionadas a processo, que

plo. Há outros tipos de inovações que

o cliente desconhece. Ele também

nem são visíveis aos clientes, como

deve copiar aquelas que todos os

as inovações em processos internos,

seus concorrentes já fazem para não

que podem facilitar os serviços e re-

ficar para trás e pode se inspirar na

duzir custos.

ação inovadora do concorrente para fazer algo semelhante. Mas é im-

O que o lojista ganha ao levar para

portante destacar – e não deve ser

dentro de seu estabelecimento a

esquecido – que fazer exatamente

cultura da inovação? Por onde começar? Gisela – O lojista passa a saber como atrair e fidelizar seus clientes. Isto acontece porque, a partir da implantação da cultura da inovação, os funcionários da loja passam a atuar como verdadeiros detetives, buscando dicas para aprimorar os serviços e os produtos oferecidos pelo estabelecimento. Sobre os primeiros passos no processo de inovação, a resposta 22 �

dirigente Lojista � março/Abril 2011

O gerente precisa também inserir as tarefas relativas à inovação ao seu cotidiano. Nada vai acontecer se ele só cobrar as tarefas relativas a rotina ou solução de problemas

igual ao concorrente neutraliza o efeito inovador da mudança. O que acontece se um lojista baseia sua inovação num exemplo que vem da indústria, por exemplo? A forma de inovar muda muito de um setor econômico para outro? Gisela – Sim, a forma de inovar muda muito, mas ideias sempre podem ser adaptadas. Veja um exemplo que veio das companhias aéreas. Foram as


empresas deste setor que criaram os

dos criativos. Esta é uma competência

“sistemas de milhagem” – um sistema

fundamental, mas só ela não basta.

de pontuação que premia a fidelidade – que foram adaptados e aplicados tanto no setor de serviços quanto no comércio, como restaurantes, cabeleireiros, livrarias e até pipoqueiros! Que mudanças o lojista deve fazer para que conceitos ligados à inovação possam ser assimilados pela equipe de trabalho? O que deve ser

Há erros que podem e devem ser evitados, mas uma inovação malsucedida não deve ser considerada erro, e sim uma tentativa entre várias

Falta visão sistêmica e de longo prazo. Consequentemente, conseguimos ter ótimas ideias, mas que tendem a ser mais adaptadoras do que realmente inovadoras. Além disso, temos dificuldade em implementá-las. E o papel do gerente no desenvolvimento de uma cultura de inovação, como fica?

descartado sem falta?

Gisela – O gerente tem um papel im-

Gisela – Começando pelo final, a

portantíssimo. Tudo muda quando ele

principal atitude a ser descartada é

é valorizado pelas ideias que obtém

aquele comodismo do “sempre foi

caso, um indício de que os terninhos

de sua equipe. Num mundo hierár-

assim”. As inovações devem ser res-

não agradaram ou de que este tipo

quico, é uma vergonha para o gerente

peitadas e seu papel nos resultados

de roupa não vende tanto.

“não ter tido a ideia antes”. Por que

da empresa deve ser considerado.

ele estimularia seus colaboradores?

Uma forma prática de demonstrar a

Qual o papel da equipe de cola-

O gerente precisa também inserir as

importância da inovação é fazer com

boradores no desenvolvimento de

tarefas relativas à inovação ao seu co-

que todos saibam quanto se econo-

uma cultura de inovação?

tidiano. Nada vai acontecer se ele só

mizou ou quanto se ganhou a par-

Gisela – O que acontece é que a

cobrar as tarefas relativas a rotina ou

tir de uma inovação bem-sucedida.

equipe deve “contaminar-se” mutu-

solução de problemas.

Além disso, toda a questão do risco

amente pelo clima pró-inovação. Es-

e do erro deve ser reconceituada. Há

trategicamente, as empresas passam

Neste contexto, quais são os maio-

erros que podem e devem ser evita-

a contar com seus líderes informais,

res inimigos da inovação dentro de

dos, mas uma inovação malsucedida

que são as pessoas que impulsiona-

uma empresa?

não deve ser considerada erro e sim

rão os demais integrantes da equipe

Gisela – O principal inimigo eu diria

uma tentativa entre várias. É preciso

rumo às mudanças necessárias. Te-

que é o medo. No meu trabalho com

que todos na loja passem a ver que,

nho feito esse tipo de trabalho com

consultoria em inovação, fui desco-

se as coisas não acontecerem da for-

muito sucesso. E posso garantir que

brindo como o medo é importante e

ma esperada, pode não significar um

não é difícil localizar estes líderes e

atualmente dou muita ênfase a esse

erro, mas sim uma surpresa que in-

convencê-los a colaborar.

aspecto. E você encontra mais de um

dica algo bem mais interessante. Por

tipo de medo. Vai desde o medo de

exemplo, se uma loja de roupas faz

O comportamento do brasileiro fa-

ser ridicularizado por ter e sugerir

vários terninhos e as compradoras

vorece a inovação?

uma ideia durante uma reunião ou

só querem levar as calças. Há, neste

Gisela – Os brasileiros são considera-

numa conversa com chefes e coledirigente Lojista � março/abril 2011

� 23


e n t r e v i s t a

gas de trabalho até o medo da ino-

Gisela – Claro! No varejo, mais do que

atendimento, nos produtos e ser-

vação que está sendo proposta não

em qualquer lugar, a inovação traz

viços? E do contrário, a inovação

dar certo. Mas isto tem remédio. Bas-

uma aura diferente, estimula curiosi-

pode “assustar” clientes com perfil

ta investir em um mix de mudança

dade dos compradores potenciais. A

mais tradicional, avesso a novida-

cultural com técnicas de avaliação de

loja fica diferente.

des? É fácil "converter" e fidelizar este cliente?

riscos e monitoramento de aplicação e resultados. Como o lojista pode identificar pro-

De que forma o lojista pode iden-

Gisela – O lojista atrairá mesmo quem

tificar no consumidor se ele é uma

não busca inovação. Inovar muitas

pessoa que busca inovação no

vezes é surpreender. O que é apenas

fissionais com perfis inovadores

diferente pode atrair ou assustar, mas

antes da contratação, ainda no mo-

quando se fala sobre inovação, presu-

mento da seleção?

me-se que é sempre algo que agrega

Gisela – Há testes para tal, feitos

valor, que gera uma melhoria. Nesse

por profissionais especializados. Mas

caso é muito difícil assustar alguém.

há também uma forma muito simples: basta fazer duas perguntas. A

Tamanho é documento quando o

primeira seria um exemplo de ino-

assunto é inovação? O que muda

vações que o candidato tenha rea-

no desenvolvimento da cultura da

lizado. Com esta pergunta, o lojista

inovação em relação ao porte das

saberá o que o candidato entende

empresas?

por inovação e se luta para levar

Gisela – Tamanho não é documento.

ideias adiante. A segunda pergunta

Aliás, a inovação pode ser o “pulo do

seria sobre as inovações que o candi-

gato” no caso de empresas menores.

dato faria na loja. O lojista não deve

Há aspectos da cultura de inovação

desqualificar o candidato se não

que são semelhantes: muita partici-

gostar da sugestão. Inovadores não acertam o tempo todo, ainda mais um candidato que não conhece bem a empresa. É importante que as duas perguntas sejam feitas nesta ordem. Com a primeira resposta o candidato se sentirá mais à vontade para ousar, dar sua sugestão para a loja. E como o cliente percebe as mudanças? É visível a diferenciação entre lojas que inovam e lojas que não inovam? 24 �

dirigente Lojista � março/Abril 2011

Há outros tipos de inovações que nem chegam a ser visíveis aos clientes, como as melhorias em processos que podem facilitar os serviços e reduzir os custos

pação, espaço para ousadia, o risco é administrado em vez de temido. Outros, como trabalho individual ou em equipe, estão relacionados à cultura da empresa como um todo. O que diferencia mesmo é a estrutura: uma empresa pequena pode gerar, avaliar e implementar as novas ideias em grupos, enquanto que as maiores podem ter programas de ideias. O importante é ter formas de estimular as ideias, e ter formas de resgatá-las, avaliá-las e implementá-las.



c a p a

|

s u s t e n t a b i l i d a d e

você

também pode ser

sustentável por CLÉIA SCHMITZ

foto PHOTOSTOGO

cessos de produção – seja o uso de

colher empresas socialmente res-

onsultora em sustentabilidade,

algodão orgânico e de poliéster de

ponsáveis”, diz a lojista. “Deu mais

Andreia Rosa de Amorim se

garrafas plásticas, ou o tingimento

trabalho, mas o resultado é que ti-

frustrava por não conseguir ver na

e a estamparia com produtos biode-

vemos uma noção real da influên-

prática o resultado de seu trabalho.

gradáveis.

cia que podemos exercer no mer-

C

Até que ela mesma decidiu abrir um

Segundo Andreia, selecionar os

cado. Em seis meses quebramos o

negócio e provou que era possível

fornecedores não foi tarefa fácil.

paradigma de que não há mercado

adotar uma série de ações ecologi-

Ela conta que mapeou cerca de 100

para tais produtos. Nossos clientes

camente responsáveis mesmo sen-

empresas e enviou um questioná-

estão encantados.” Diante de tanto

do uma pequena empresa do varejo.

rio com mais de 30 perguntas para

sucesso, Andreia planeja dobrar as

Foi assim que surgiu a Eco Moda para

avaliar o nível de sustentabilidade

vendas este ano com o lançamento

Crianças, loja de roupas infantis es-

e detectar parceiros comerciais em

da coleção outono-inverno. Ela diz

pecializada em artigos sustentáveis,

potencial. Pouco mais de 25 empre-

que considera sua loja um grande

inaugurada em Florianópolis em se-

sas responderam e 12 foram sele-

laboratório para um projeto maior:

tembro de 2010. Todas as marcas

cionadas para integrar a primeira

estruturar uma rede de franquias

vendidas na loja têm algum tipo de

coleção da Eco. “Todo mundo pre-

com foco no consumo consciente de

preocupação ecológica em seus pro-

cisa fazer escolhas e eu decidi es-

roupas e artigos infantis.

26 �

dirigente Lojista � março/Abril 2011


Com ações simples e bem planejadas, pequenos e médios varejistas brasileiros mostram que ser social e ambientalmente responsável não é uma exclusividade das grandes redes

A decisão de Andreia – ou escolha, como

ela

prefere

chamar – está em sintonia com as mais recentes tendências do mercado varejista. Pesquisas divul-

que 73,5% das empre-

gadas recentemente pela consulto-

sas adotam práticas de

ria Deloitte sobre o comportamento

sustentabilidade. Esse per-

dos lojistas e os anseios do consu-

centual chega a 88% entre

midor comprovam: a sustentabilida-

as companhias consideradas

de é um fator de decisão de compra

líderes de mercado.

importante para uma parcela cada

Você, pequeno lojista, deve

vez maior de brasileiros, atentos a

estar pensando agora: “Claro,

práticas como reciclagem e preser-

eles têm tamanho e recursos para

vação do meio ambiente. O estu-

investir em ações de sustentabilida-

do – feito com 50 redes varejistas

de”. Isso realmente é verdade. Mas

de grande e médio porte – concluiu

voltemos ao caso da lojista Andreia. dirigente Lojista � março/abril 2011

� 27


c a p a

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s u s t e n t a b i l i d a d e

Ela não gastou mais do que normalmente gastaria se tivesse planejado uma loja convencional. “Pelo contrário, a montagem do espaço ficou abaixo do valor”, garante a arquiteta Carine Nath, responsável pelo projeto da loja e sócia-proprietária do escritório Ecodhome, de Florianópolis, especializado em arquitetura sustentável. Com uma área de cerca de 30 m2, o espaço da loja foi concebido com base em conceitos de sustentabilidade como menor geração de resíduos, uso de materiais ecológicos como madeira de demolição, aproveitamento da luz natural e iluminação artificial eficiente. “São ações viáveis a qualquer projeto, incluindo pequenos negócios”, afirma Carine.

Visão de longo prazo Para a arquiteta Kátia Bello, diretora da Opus Design, cabe ao profissional mostrar ao varejista que existem vários caminhos para fazer um mesmo projeto de loja. A escolha por um espaço com arquitetura ecologicamente responsável não implica necessariamente um aumento dos custos. “Nós mostramos que dois mais dois é igual escolhidos a dedo Andreia de Amorim, da Eco Moda para Crianças, seleciona seus fornecedores de acordo com os critérios ambientais adotados nos processos de produção 28 �

dirigente Lojista � março/Abril 2011

a quatro, mas que um e meio mais dois e meio também.” Katia admite que alguns materiais e procedimentos podem encarecer um projeto, porém ressalta que sempre trarão um resultado positivo para o negócio no futuro próximo. O isolamento térmico de uma construção, por exemplo, ten-


de a exigir menos investimentos no sistema de ar-condicionado, o que vai se refletir em contas mais baixas de energia elétrica no futuro. “O varejista tem que pensar no custo operacional do negócio a médio e longo prazo, e uma arquitetura responsável tende a reduzir esse valor”, destaca Kátia. Há 18 anos atuando exclusivamente com projetos para o varejo, Kátia Bello se recorda quando o tema

o que é ser sustentável? A sustentabilidade se apoia no tripé meio ambiente, sociedade e economia. Isso quer dizer que para ser sustentável, seu negócio deve sim dar lucro, mas não pode abdicar de processos que cuidem do meio ambiente e das pessoas envolvidas – sejam elas seus clientes, funcionários ou a comunidade onde sua loja está inserida. Sob essa lógica é importante reduzir o impacto da loja à natureza, além de oferecer salários justos aos funcionários e manter um bom relacionamento com a vizinhança. Se você quer ser sustentável, promova e apoie iniciativas que ajudem a transformar pelo menos a comunidade à sua volta num lugar melhor para se viver.

Um espaço de loja com arquitetura ecologicamente responsável não implica necessariamente um aumento de custos sustentabilidade estava basicamente associado à caridade. Ela conta que, nos Estados Unidos, a última crise econômica deixou mais clara a verdadeira face das práticas sustentáveis: a possibilidade de eliminar desperdícios e reduzir custos. “Não

JOANA BICALHO: “A gestão ambiental está se tornando condição básica para manter a micro e pequena empresa no futuro e o balanço social será exigido de maneira mais enfática também às MPEs”

há mais dúvidas de que essas ações

ser um ótimo negócio para todos: de

servem para melhorar a operação do

microempresas a grandes redes. “A

varejo. Num projeto arquitetônico,

gestão ambiental torna o cenário da

elas podem ter um custo inicial de

empresa mais eficiente, estabelece

implantação mais alto, mas a solu-

indicadores de sucesso, alcança maior

ção se paga com o tempo.” Segundo

rentabilidade econômica em função

Kátia, uma operação sustentável se

da minimização do desperdício de

baseia na eficiência quanto ao uso

energia e outros recursos dos pro-

de recursos, incluindo a reutilização

cessos e procedimentos do negó-

e a reciclagem de materiais.

cio”, afirma a consultora. Ela cita, por exemplo, a redução da taxa de des-

Caridade ou estratégia?

perdício dos recursos como papel e

Para a consultora Joana d’Arc Bica-

energia – um percentual que estima-

lho Félix, diretora do portal Empresa

se girar em torno de 40%. Da mesma

Responsável, é bom não esquecer

forma, sistemas de coleta de água da

que a sustentabilidade já mostrou

chuva podem trazer economias de dirigente Lojista � março/abril 2011

� 29


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s u s t e n t a b i l i d a d e

Sete passos para a sustentabilidade

1

Compre de fornecedores sustentáveis Selecionar fornecedores sócio e ambientalmente responsáveis deve ser prioridade para um varejista que pretende adotar práticas de sustentabilidade. Pode dar trabalho no início, mas é a melhor forma de contribuir para que práticas sustentáveis se multipliquem nos negócios.

2

Tenha uma loja sustentável Ao construir, reformar ou montar uma loja, chame um profissional especializado em arquitetura sustentável. Exija uma loja com iluminação,

30 �

dirigente Lojista � março/Abril 2011

uso de água e sistema de ar-condicionado eficientes. Utilize materiais que de alguma forma, seja no processo produtivo ou na sua utilização, causem menor impacto ao meio ambiente e à sociedade, como madeira certificada ou de demolição; equipamentos poupadores de água; tintas e adesivos à base de água.

3

Ofereça opções ecológicas ao cliente Mesmo que você não consiga garantir um mix 100% composto de artigos fabricados com princípios de sustentabilidade, procure oferecer ao menos alguns itens com essas características

e dê destaque para eles na loja. Da mesma forma, tenha alternativas ecológicas, como sacolas que agridam menos o ambiente.

4

Incentive práticas sustentáveis Dê descontos para clientes que dispensarem a sacola plástica; instale um sistema de coleta seletiva no pátio da loja; faça a coleta de materiais como lâmpadas, pilhas, remédios, vidro e plástico, principalmente se você comercializa esses itens; ofereça bicicletário e estimule hábitos que ajudem na mobilidade urbana, tanto por parte dos funcionários quanto dos clientes.


5

Dê um destino correto para o seu lixo Recicle o que for possível e tome muito cuidado para que o seu lixo não cause transtorno à vizinhança, como mau cheiro e sujeira na rua. Lembre-se: é a sua imagem que está em jogo.

6

Contrate pessoas que moram perto da loja Nem sempre é possível e este nem deve ser o único critério de seleção, mas procure dar preferência para quem é seu vizinho. Agindo assim você contribui para melhorar a mobilidade urbana e ainda cria uma identificação com seus clientes mais próximos.

7

Invista em ações ambientais ou sociais Crie ou apoie iniciativas que contribuam com a qualidade de vida, como ciclovias, reforma e a manutenção de praças, plantio de árvores, medidas contra alagamentos e desmoronamentos, etc. Seja parceiro de programas que incentivem a escolarização, o esporte, o primeiro emprego, a diversidade, o acesso à cultura, entre outros.

Em uma loja, é possível reduzir em cerca de 40% o consumo de papel e energia e em até 90% o consumo de água até 90% no consumo deste recurso nas instalações da loja. Joana Bicalho ressalta ainda que o próprio mercado já começa a exigir uma postura responsável das empresas. Ela cita o caso de grandes bancos, como a Caixa Econômica Federal (CEF), que já não liberam mais empréstimos ou linhas de crédito para

Roberta cardoso: “Não tem problema nenhum a empresa ganhar com ações socialmente responsávels, desde que a comunidade também saia ganhando”

empresas que não incluem aspectos sociais e ambientais em seu plano

Exemplos práticos

de negócio. Grandes corporações

Cabe destacar que muitos peque-

também passaram a cobrar de seus

nos varejistas já desenvolvem ações

parceiros comerciais a comprovação

de responsabilidade social e ambien-

de requisitos mínimos de sustenta-

tal. Para conhecer algumas delas,

bilidade na cadeia produtiva. “Desta

basta acessar o banco de práticas de

forma a gestão ambiental está se

sustentabilidade, disponível no por-

tornando uma condição básica para

tal Varejo Sustentável, mantido pelo

manter a micro e pequena empre-

Centro de Excelência em Varejo da

sa em um futuro próximo. Em bre-

Fundação Getulio Vargas (GVcev). En-

ve, o balanço social será exigido de

tre dezenas de cases destaca-se o do

maneira mais enfática também às

Mercadinho Mangueira, de São Ber-

MPEs”, aposta Joana.

nardo do Campo (SP). Desde 2000, dirigente Lojista � março/abril 2011

� 31


c a p a

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s u s t e n t a b i l i d a d e

o proprietário da loja, Matias Fiúza,

lembra que quando montou a loja

assaltos ao negócio, o que ele tam-

promove anualmente o concurso do

muitos adultos mandavam as crianças

bém credita ao bom relacionamento

Aluno Nota 10. As crianças com me-

comprar cigarro ou bebida alcoólica.

que mantém com a comunidade.

lhor desempenho escolar ganham

Como ele não vendia, vinham tomar

Para a professora Roberta Cardoso,

um passeio para um restaurante ou

satisfação. “Hoje isso não acontece

pesquisadora do GVcev, o que Matias

parque da região.

mais”, conta o varejista. Fiúza tam-

Fiúza faz é transformar sustentabili-

bém não tem problemas de roubos e

dade em lucro com um custo baixís-

No ano passado, Fiúza levou uma turma de 43 alunos especiais de uma escola local para o Habib's em Santo André. “É algo simples para nós, mas para muitas crianças da comunidade é um acontecimento distante da sua realidade, ou seja, uma experiência nova e muito prazerosa”, explica Fiúza. Na próxima edição, ele planeja incluir uma seção de cinema ou teatro no passeio. Com o programa, o empresário conquistou a simpatia das crianças e também dos pais dos alunos, seus clientes no mercado. Ele

Muitos varejistas de pequeno porte já desenvolvem práticas sustentáveis, mas geralmente não sabem como identificá-las

simo. E não há mal nenhum nisso, garante Roberta. “Não tem problema a empresa ganhar se a comunidade também estiver ganhando”, conclui. Ela afirma que muitos varejistas de pequeno porte desenvolvem práticas sustentáveis sem saber. Quando perguntados sobre iniciativas de responsabilidade social e ambiental, não relatam ações de sustentabilidade simplesmente porque não a consideram como tal. “A questão é: ninguém nasce andando e mastigan-


do, portanto, comece com pequenas

inevitável, faça você mesmo. Se você

atitudes”, recomenda a professora.

deixar o outro fazer, pode custar mais caro”, alerta a professora.

Esforço conjunto

nota 10 em iniciativa Matias Fiúza, proprietário de um mercadinho em São Bernardo do Campo (SP), criou um concurso que premia as crianças da comunidade com o melhor desempenho escolar

Para Joana Bicalho, não se trata

Unir forças é um bom caminho. No

de filantropia. “Esta cabe ao terceiro

ano passado, a Associação Catarinen-

setor. Às empresas, o segundo setor,

se de Supermercados (Acats) con-

cabe promover o desenvolvimento.

vocou seus associados para fazerem

Entretanto, a responsabilidade com

parte do projeto Supermercado Lixo

os resultados de seus atos é uma

Zero, uma parceria com a Novociclo

exigência a todos”, explica a consul-

Ambiental, consultoria em gestão de

tora. Ela destaca o relatório O Estado

resíduos. A meta da entidade é de

do Mundo, divulgado no ano passa-

que até 2020 todos os associados

do pelo Programa das Nações Uni-

estejam fazendo a destinação cor-

das para o Desenvolvimento (PNUD),

reta de seus resíduos, diminuindo o

que trouxe o seguinte alerta: esta-

volume do lixo propriamente dito, ou

mos tirando da natureza 35% a mais

seja, o material destinado aos aterros

de recursos naturais do que a velo-

sanitários. Com a nova lei de resíduos

cidade do planeta de recomposição.

sólidos, que exige das empresas uma

“Além de empresários, somos filhos,

atitude responsável em relação ao

pais, avós... Precisamos acordar para

seu lixo, a iniciativa da Acats é uma

a realidade de que nossos atos re-

sábia decisão. Para Roberta Cardoso,

fletem diretamente na qualidade de

se antecipar à legislação é uma ati-

vida de nossos parentes num futuro

tude inteligente. “Se a mudança é

próximo.”

pequenas atitudes, grandes resultados Siga as dicas práticas da consultora Joana Bicalho (www.empresaresponsavel.com.br):

» Elimine o uso desnecessário de papel em suas

publicidade em sacolas ecológicas;

atividades utilizando as tecnologias disponíveis;

» Dê preferência a embalagens de papelão, que se

» Substitua lâmpadas de alto impacto pelas ecoeficientes e amplie a possibilidade de luz natural;

» Reavalie seu processo logístico de distribuição de forma a aproveitar a capacidade máxima dos veículos. Invista na logística reversa para abastecer mercados secundários com a devolução de materiais inservíveis como embalagens; » Após o uso, transforme seus banners de

decompõem em três meses e têm baixo impacto na linha de produção;

» Avalie a possibilidade de transporte coletivo para os funcionários, substituindo os diversos carros individuais que emitem mais dióxido de carbono; » Ofereça produtos na medida da necessidade do cliente. No varejo de alimentos, a meia porção, por exemplo, evita o desperdício.


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m é r i t o

l o j i s t a

A grande festa

do varejo de Dirigentes Lojistas (CNDL), cuja

O

ano de 2010 foi um ano em

representatividade é evidenciada pe-

que o comércio brasileiro pôde

las 27 Federações Estaduais (FCDLs),

Embala-

1.390 Câmaras de Dirigentes Lojistas

das pela estabilidade econômica,

(CDLs) e 1.700 Serviços de Proteção

aumento de renda da população,

ao Crédito (SPCs) em todo o País,

maior poder aquisitivo das classes C

que reúnem os dirigentes de mais

e D, geração de empregos e crédi-

de 850 mil pontos de venda de mi-

to, dentre outros fatores, as vendas

cros, pequenas e médias empresas

do varejo cresceram 8,25% no ano

varejistas.

finalmente

comemorar.

passado em comparação com 2009.

O Prêmio Mérito Lojista vem ocor-

Além disso, o índice de inadimplên-

rendo desde 1980 e leva em consi-

cia recuou 1,85%. Para completar este período de boas notícias, nada melhor do que premiar os fornecedores, órgãos de imprensa e prestadores de serviços que se destacaram no Brasil em 2010, numa escolha por voto direto dos lojistas de todo o Brasil. Esta láurea é traduzida no Prêmio Mérito Lojista, evento que aconteceu no dia 31 de março, no Centro de Eventos Brasil 21, em Brasília, consagrando a verdadeira festa do Oscar do Varejo. A premiação é organizada anualmente pela Confederação Nacional 34 �

dirigente Lojista � março/Abril 2011

O Prêmio Mérito Lojista é promovido desde 1980 e leva em consideração a importância e participação das categorias no mercado varejista brasileiro


A entrega do Prêmio Mérito Lojista ocorrida no dia 31 de março, em Brasília, numa realização da CNDL e SPC Brasil, com apoio das FCDLs e CDLs, reuniu os melhores parceiros do varejo nacional em uma cerimônia de gala por márcio silveira

fotos CNDL

dirigente Lojista � março/abril 2011

� 35


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deração a importância e participação das categorias no mercado varejista brasileiro, em todos os ramos do comércio. Os lojistas votam avaliando um conjunto de ações como qualidade do produto oferecido, preço, serviço, atendimento, promoção, propaganda e responsabilidade social, dentre outros itens. “A cada edição do prêmio fica mais evidente a evolução do comércio brasileiro e a imprescindível participação dos parceiros e fornecedores para o sucesso do nosso varejo”, destaca o presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior. “A

l o j i s t a

O Mérito Lojista 2010 premiou empresas de 17 segmentos e sete personalidades políticas e empresariais que se destacaram no ano passado

grande celebração proporcionada

e atender aos anseios dos consumidores, inseridos num mercado de transformações cada vez mais rápidas”, completa.

Cerimônia emocionante O Mérito Lojista deste ano premiou empresas de 17 segmentos e sete personalidades políticas e empresariais que mais se destacaram no ano de 2010. A abertura da solenidade de premiação foi marcada por forte emoção de todos os presentes ao encontro. Antes da execução do Hino Nacional brasileiro, os convidados e agraciados prestaram uma homenagem ao ex-vice-pres-

pelo Mérito, reunindo fornecedores,

reconhecer todos que se dedicaram

idente da República José Alencar,

prestadores de serviço e lojistas de

com determinação, inovação e qua-

que faleceu no dia 29 de março.

norte a sul do País, é o momento de

lidade para movimentar o comércio

Alencar foi vice-presidente da Câ-

noite de integração A festa de entrega do prêmio reuniu representantes da indústria e do varejo nacional no Centro de Eventos Brasil, em Brasília

36 �

dirigente Lojista � março/Abril 2011


roque pellizzaro junior O presidente da CNDL destacou as conquistas do Movimento Lojista e a parceria essencial entre o varejo e seus fornecedores

mara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) durante os anos de 1984 e 1986 e atualmente era membro do Conselho Consultivo e fundador contribuinte da Fundação CDL Pró-criança. Era um líder associativista, uma das vozes mais fortes da política nacional e empresário de sucesso. Depois da homenagem, o presidente da CNDL destacou ainda as conquistas do Movimento Lojista e a valorização da classe lojista no Brasil em 2010. Roque Pellizzaro Junior ressaltou em seu discurso que é

Na cerimônia, a CNDL prestou homenagem ao ex-vicepresidente José Alencar, que já foi dirigente da CDL de Belo Horizonte

necessário trabalhar para satisfazer melhor os consumidores e o trabalho do Movimento Lojista. “O tempo urge, as ações são muitas. Vamos fazer isso juntos e já”, finalizou, enfatizando que as grandes

bandeiras

Movimento

do

Lojista

continuarão na ordem do dia em 2011. Após a entrega do troféu Deusa da Fortuna e do discurso dos homenageados, a cerimônia se encerrou com um show do cantor e compositor Oswaldo Montenegro. dirigente Lojista � março/abril 2011

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VAREJISTAS QUEREM FORTALECER A GRANDE PONTE Lideranças lojistas falam sobre o evento, prioridades do varejo e a evolução da cadeia produtiva

O comércio é uma grande ponte. Uma ponte que tem duas cabeceiras. A indústria e o consumidor. O fortalecimento das cabeceiras é que garante a continuidade do tráfego. E nisso o varejo está muito preocupado. A premiação que fazemos no Mérito Lojista Brasil 2010 vem consagrar aqueles pilares, aqueles cernes das cabeceiras, principalmente da cabeceira indústria. Neste sentido, nós vemos um bom relacionamento, e são exemplo, são ‘cases’ de como o restante da cadeia deve se portar. No entanto, existem temas que afetam todos os setores e que devem merecer nossa atenção. Um destes temas é o Código de Defesa do Consumidor. Será desenvolvido agora nessa revisão do CDC o relacionamento do comércio com a indústria. E estes premiados da noite de hoje serão os ‘cases’ de como a indústria deve se portar.

Tudo o que acontece hoje na relação consumidor-comércio precisa ser repassado na relação comércio-indústria. Por quê? Porque somos uma ponte, Nós somos atividade-meio, não atividade-fim. E se há uma diferença grande no relacionamento na primeira etapa, na primeira cabeceira, que é comércio e consumidor, se há uma diferença de tratamento, entre comércio e indústria você vai gerar uma defasagem muito grande. Nós precisamos nivelar este processo. Em suma, se eu tenho 30 dias para arrumar um produto, para substituir ou devolver o dinheiro, eu tenho que ter esta mesma prerrogativa com a indústria. No processo legislativo nós temos que estabelecer esta sintonia.”

Roque Pellizzaro Junior, presidente da CNDL

A cerimônia de entrega do Prêmio Mérito Lojista mostrou a importância desta distinção organizada pela CNDL, não apenas para o comércio, mas para toda a cadeia produtiva que a atividade varejista movimenta. Ao alcançar sua 32ª edição, o prêmio enaltece e reforça a parceria que o comércio estabelece com a indústria e com seus demais fornecedores. Este relacionamento vem se consolidando de uma maneira em geral, pois dele depende o que será oferecido ao consumidor que entra em nossas lojas. É desta relação que vai se estabelecer o nível de competitividade, por meio do preço, da logística, dos processos de gestão envolvidos em toda esta cadeia que vai da produção à venda final. Estabelece-se desta forma uma relação importante, ainda mais em momentos de expectativa como o que atualmente vivemos no Brasil, em função do aumento dos juros e também da inflação. Entendemos, porém, que essas são questões pontuais e que serão administradas de forma a manter a economia brasileira na trajetória do desenvolvimento econômico e na busca da redução das desigualdades sociais.”

38 �

dirigente Lojista � março/Abril 2011

Vitor Augusto Koch, 1º vicepresidente da CNDL e presidente da FCDL-RS


Eduardo Melo Catão, presidente da CDL Recife

O Mérito Lojista está bem melhor, evoluindo bastante, bem mais organizado. Tivemos um diferencial este ano, no qual as as empresas do Nordeste também foram muito bem avaliadas e estão aqui recebendo o prêmio. A expectativa no cenário econômico é grande com a nova presidente da República. Sabemos que ela vai ter um trabalho desafiante e esperamos que ela corresponda. Com relação à economia brasileira, ela deve continuar crescendo não no ritmo do ano passado, mas com bons resultados. Nestes três primeiros meses do ano, o comércio vem mantendo uma faixa de 5% a 6% de crescimento e acho que vamos chegar ao final do ano com esta mesma margem sobre o ano anterior. O crescimento do Brasil é visível. É impressionante, por exemplo, o que está acontecendo em Pernambuco, onde indústrias estão sendo implantadas, empregos sendo gerados. Este fato influencia o comércio e todos os setores estão melhorando, o que mostra que a economia está bem, com ótimas perspectivas.”

MÉRITO LOJISTA DO ANO Deusmar Queirós, da rede de farmácias Pague Menos, é um exemplo de otimismo, determinação e visão empreendedora Nascido no Ceará, Francisco Deusmar de Queirós começou a trabalhar ainda criança, atendendo no balcão da pequena mercearia de seu pai. Com 64 anos de idade, formado em Economia e com cursos no exterior, ele recordou sua trajetória profissional no discurso de agradecimento do troféu Mérito Lojista do Ano. Semeando otimismo e ética nas relações empresariais, Deusmar é um homem determinado e empreendedor que há 30 anos fundou aquela que é hoje a maior rede de farmácias do Brasil: a Pague Menos. Inovação, diversificação, atendimento, gestão de qualidade e preços baixos fizeram a rede se consolidar com referência em sua área de atuação. A empresa também desenvolve ações na área de solidariedade e de responsabilidade social, com o apoio de suas unidades espalhadas em todo o País. A Nação Lojista, na visão de Deusmar, é a grande âncora da economia. Ele elogiou a atuação da CNDL, em sua fala, e destacou a liderança do presidente da Confederação, Roque Pellizzaro Junior. O homenageado prevê que a economia brasileira terá continuidade em sua fase de crescimento nos próximos anos, beneficiando toda a sociedade. “Tenho orgulho de ser comerciante e tenho orgulho de ser brasileiro”, finaliza o presidente da rede Pague Menos, enfatizando que objetiva ajudar a construir um Brasil próspero, justo, alegre e sadio.


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l o j i s t a

O Mérito Lojista é o ‘Oscar’ do varejo brasileiro. Um momento especial onde o Movimento Lojista homenageia pessoas e empresas que se destacaram na indústria, no comércio e na comunicação. Neste ano tivemos mudanças visando melhorar o evento, e parabenizo a CNDL, a diretoria e os funcionários pela forma como foi conduzida a organização. Esperamos que a cada ano o evento seja melhor e traga mais resultados. Este ano é muito importante, com mudanças políticas, nova presidenta do País, governadores, deputados, processo de renovação da Frente Parlamentar de Apoio ao Varejo no Congresso Nacional. Em Minas Gerais estamos renovando a Frente e esperamos que todos os estados estejam fazendo isso. O mesmo desejamos para as frentes parlamentares municipais. É preciso levar adiante as bandeiras do Movimento Lojista: regulamentação do setor de cartão de crédito, alterações na lei geral, redução da carga horária, reforma tributária, as MPEs, são bandeiras importantíssimas. As soluções destas questões já seriam suficientes para termos um ano de grandes realizações.”

José Cesar da Costa, vice-presidente da CNDL e presidente da FCDL/MG

Numa escolha espontânea e democrática onde os eleitos são apontados pelos lojistas, o Mérito premia profissionais e empresas que são referência de qualidade no fornecimento de produtos e serviços, gerando um diferencial de relacionamento que contribui para o crescimento do Brasil. O reconhecimento público daqueles que, independente do porte do empreendimento, são os grandes pilares do desenvolvimento de nosso País, atendendo a um crescente mercado e gerando milhares de empregos, proporciona uma oportunidade ímpar para a celebração. Parabenizo a todos os laureados do Mérito Lojista. Com certeza, os premiados colaboram para que o Brasil, por intermédio do comércio, possa alavancar não somente sonhos e vendas, mas equilíbrio social e sustentabilidade” Maurício Stainoff, Diretor da CNDL e Presidente da FCDL/SP.

O Mérito Lojista, ao homenagear setores tão diversos do varejo brasileiro, mostra também a evolução das nossas empresas. Observamos que os premiados e as empresas laureadas com a Deusa da Fortuna têm priorizado, junto com a qualidade, o relacionamento, o pós-venda, a inovação, o encantamento do cliente, transformando a aquisição de um produto ou prestação de serviço numa experiência única para o consumidor, fidelizado com serviços agregados e novas formas de se comunicar. A competitividade não está relacionada somente ao preço e é preciso estar preparado para os novos tempos. O Mérito Lojista vem destacando as empresas que já estão na nova era e que servem de exemplo para os demais empreendedores. O bom relacionamento da indústria, fornecedores, prestadores de serviço e o comércio, tendo como foco a satisfação do cliente, é a chave para a conquista do mercado e o reconhecimento público dessas ações.”

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dirigente Lojista � março/Abril 2011

Sergio Alexandre Medeiros, diretor da CNDL e presidente da FCDL/SC


As perspectivas para a economia brasileira são boas, não somente para 2011, mas para os próximos anos, principalmente em função da realização da Copa do Mundo e das Olimpíadas. A expansão dos investimentos vai gerar não somente oportunidades de trabalho, mas uma movimentação comercial e de serviços que terá reflexos em toda a cadeia produtiva. Devemos estar preparados para este cenário que se antecipa muito promissor e o empresário do varejo certamente fará sua parte. O comércio vai ser uma das alavancas desta transformação . O que nos preocupa, no entanto, é a postura do governo em aumentar juros e impostos, como se isso fosse receita efetiva para segurar a inflação. Este tipo de arrecadação acaba indo para um setor não produtivo, como se a iniciativa privada tivesse que ser penalizada. Sou a favor, na verdade, do incentivo ao consumo, pois a economia e o comércio em movimento geram mais produção e mais empregos, com reflexos positivos para toda a sociedade.”

Itamar José da Silva, presidente do Conselho Deliberativo do SPC Brasil

O Mérito Lojista representa a coroação de tudo que tem sido feito nos últimos anos com a liderança do presidente Roque Pellizzaro. O evento é importante pois prestigia de forma clara os empreendedores e aqueles que se destacam no Brasil nas suas áreas de atividade. Fortaleza receberá e hospedará a 52ª Convenção Nacional do Comércio Lojista. Nós estamos extremamente otimistas de que faremos um grande evento para o Movimento Lojista brasileiro, uma vez que o Ceará é um destino turístico. Além disso, estamos vivendo um bom momento no Brasil em todas as 27 unidades federativas. Portanto, deveremos ter cerca de 6 mil convencionais em setembro, quando discutiremos todos os temas ligados ao Movimento Lojista.”

Francisco Honório Pinheiro Alves, vicepresidente da CNDL e presidente da FCDL/CE

O Mérito Lojista se consagra como uma vitrine para as grandes ações, empreendimentos e novas formas de relacionamento do varejo brasileiro. O congraçamento entre os diversos elos da cadeia produtiva demonstra a sintonia entre profissionais e empresas, unidos pelo associativismo e pelo objetivo de atender cada vez melhor, com qualidade e competência. Testemunhamos o esforço do empresariado brasileiro em abastecer o mercado com produtos e serviços que atendam às necessidades e anseios dos consumidores, contribuindo para o desenvolvimento econômico do País. Paralelamente a estas iniciativas, a CNDL e o SPC Brasil vêm investindo em capacitação profissional, em qualificação e em tecnologia, garantindo o maior banco de dados da América Latina com soluções para auxiliar empresas na análise e concessão de crédito.”w

Roberto Alfeu Pena Gomes, presidente do SPC Brasil dirigente Lojista � março/abril 2011

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l o j i s t a

reconhecimento aos parceiros

Confira a lista completa dos ganhadores do Prêmio Mérito Lojista Brasil 2010 Automação

Entretenimento

Emissor de cupom fiscal

Sweda

Bicicletas Sundown

Software gerencial

Ionics

Brinquedos

Estrela

Jogos eletrônicos

Sony

Bazar | Utilidades domésticas Camping e lazer

MOR

Iluminação

Cristais Saint-Gobain

Lâmpadas

Philips

Louças Schmidt

Interruptores e tomadas

Pial

Cutelaria Tramontina

Cabos Pial

Vidros Saint-Gobain

Informática

Calçados

Computadores

Itautec

Feminino Azaléia

Impressoras

HP

Infantil Bibi

Suprimentos

Multilaser

Masculino

Ferracini

Tênis Olympikus

Materiais de construção Argamassa

Quartzolit

Cama | Mesa | Banho

Cimento Votoram

Banho Teka

Cobertura Brasilit

Cama Altenburg

Chuveiros e aquecedores

Lorenzetti

Mesa Teka

Ferragens e segurança

Carbografite

Ferramentas

Tramontina

Eletrodomésticos Ar-condicionado Consul Linha branca

Brastemp

Portáteis Philips

Eletroeletrônicos

Louças Deca Metais e acessórios

Deca

Portas e janelas

Sasazaki

Pisos e azulejos

Eliane

Reservatório/caixa d’água

Eternit

Som e imagem

Sony

Tintas e acessórios

Basf/Suvinil

Aparelho celular

Nokia

Tubos e conexões

Tigre

42 �

dirigente Lojista � março/Abril 2011


Moda Feminina Malwee Infantil Marisol Jovem Cobra d'Água Masculina

Mormaii

Móveis Cozinha Todeschini Cozinha de aço

Itatiaia

Serviços Cartão de crédito

Visa

Cartão de débito

Cielo

Suporte Cielo

Colchões Castor

Administradora de cartão de loja

Itaucard

Estofados Herval

Assistência médica

Unimed

Estantes e racks combinados Madesa

Banco comercial

Banco do Brasil

Banco cooperativo

Sicredi

Infantil Kappesberg

Companhia aérea

TAM

Quarto Henn

Entrega rápida

Sedex

Financeira/Sistema CDC

Losango

Operadora (telefonia fixa)

Oi

Sala de jantar

Movelar

Ótica

Operadora (telefonia móvel) Vivo Provedor de internet

Oi

Refeições convênio

Ticket

Ray Ban

Referência de crédito e informações cadastrais

SPC

Relógio Technos

Seguradora

Mapfre

Transportadora

Braspress

Armações de óculos de grau

Tecnol

Lentes de grau

Varilux

Óculos de sol

Papelaria Cadernos Tilibra

Veículo de transporte

Escrita e corretivos

Automóvel

Chevrolet

Motocicleta

Honda

Bic

Papel Tilibra

Utilitário Mercedes-Benz dirigente Lojista � março/abril 2011

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Homenageados

Mídia | Comunicação Jornal especializado/negócios

Valor Econômico

Rádio AM Bandeirantes Rádio FM Jovem Pan Rede nacional de televisão

Globo

Revista de circulação nacional

Veja

Revista especializada/negócios

Exame

Jornal estadual – Acre

A Tribuna

Jornal estadual – Alagoas

O Jornal

Jornal estadual – Amapá

Jornal do Dia

Jornal estadual – Amazonas

Diário do Amazonas

Jornal estadual – Bahia

Correio da Bahia

Jornal estadual – Ceará

Jornal estadual – Distrito Federal

Diário do Nordeste Correio Braziliense

Jornal estadual – Espírito Santo A Tribuna Jornal estadual – Goiás

O Popular

Jornal estadual – Maranhão

O Estado do Maranhão

Jornal estadual – Mato Grosso

A Gazeta

Jornal estadual – Mato Grosso do Sul A Crítica Jornal estadual – Minas Gerais

O Estado de Minas

Jornal estadual – Pará

O Liberal

Jornal estadual – Paraíba

Jornal da Paraíba

Jornal estadual – Paraná

Gazeta do Povo

Jornal estadual – Pernambuco

Jornal do Commercio

Jornal estadual – Piauí

Diário do Povo

Jornal estadual – Rio de Janeiro

Jornal do Comércio

Jornal estadual – Rio Grande do Norte Tribuna do Norte Jornal estadual – Rio Grande do Sul

Jornal do Comércio

Jornal estadual – Rondônia

Diário da Amazônia

Jornal estadual – Roraima

Folha de Boa Vista

Jornal estadual – Santa Catarina

Diário Catarinense

Jornal estadual – Sergipe

Jornal da Cidade

Jornal estadual – São Paulo

Folha de São Paulo

Jornal estadual – Tocantins

Jornal do Tocantins

Destaque Apoio ao Movimento Lojista Deputado Mauro Benevides Destaque Economia O Estado de S. Paulo Destaque Empreendedorismo Guilherme Ferreira Costa Destaque Excelência Comercial Óticas Diniz Destaque Inovação Cia Hering / Hering Store Destaque Marketing Lojas Renner Destaque Mérito Lojista do Ano Deusmar Queirós Destaque Responsabilidade Social Luiz Inácio Lula da Silva



h o m e n a g e m

46 �

dirigente Lojista � março/Abril 2011


José Alencar

1931  2011

um grande

brasileiro

O pequeno varejista que se tornou gigante industrial e vicepresidente da República deixou um exemplo de otimismo e persistência que ficará marcado na memória do País por marlon aseff

sava de seu próprio governo. Vice-pre-

uma imagem inabalável de luta con-

importante é poder voltar.” A

“O

sidente polêmico, foi crítico da diretriz

tra a doença, que comoveu a nação.

frase que José Alencar gosta-

econômica e dos juros altos, quando o

A persistência foi uma das mais

va de lembrar como lema de sua vida,

silêncio bastaria para garantir uma es-

fortes marcas do varejista, industrial e

dita por seu pai quando ele saía de

trada tranquila pela frente. Ao contrá-

homem público. José Alencar Gomes

casa para iniciar uma trajetória vito-

rio, expôs suas ideias gestadas como

da Silva nasceu em 17 de outubro de

riosa, ficou marcada na imagem que

um genuíno varejista, que aprendeu o

1931, em uma localidade próxima de

os brasileiros guardaram do vice-pre-

bê-á-bá nos inúmeros dias que passou

Muriaé, cidade mineira a 300 quilô-

sidente. Mais do que um belo adágio,

atrás de um balcão de loja.

metros de Belo Horizonte. Décimo pri-

no entanto, o conselho paterno que

A sinceridade a toda prova valeu

meiro filho de uma numerosa família

Alencar costumava recitar revela o

a confiança do presidente Lula, que

de 14 irmãos, o ex-vice-presidente da

compromisso com a ética, que o vare-

entregou ao vice a incumbência de

República sempre trilhou seu próprio

jista e posteriormente o industrial e o

acumular o cargo de ministro da Defe-

caminho. Começou a trabalhar muito

político nunca abandonaria.

sa por dois anos a partir de 2004. Em

cedo, aos sete anos, ajudando o pai

Nem mesmo quando subiu a ram-

2006 repetiu a dobradinha vitoriosa e

em um pequeno comércio. Aos 15

pa do Palácio do Planalto como um

se reelegeu com Lula para mais um

anos decidiu apostar na independên-

dos homens mais poderosos do País,

mandato. Casado com Mariza Campos

cia e deu início à trajetória que o le-

Alencar se eximiu de dizer o que pen-

Gomes da Silva, deixou três filhos e

varia aos mais altos cargos políticos e dirigente Lojista � março/abril 2011

� 47


h o m e n a g e m

Alencar abriu sua primeira loja aos 18 anos e construiu no varejo uma história exemplar como líder empresarial

de sua própria fabricação. A pequena

irmão, Geraldo, abriu o sonhado negó-

depois, vendeu o estabelecimento e

Montes Claros, a 425 quilômetros de

cio próprio. A loja, localizada na Ave-

partiu para o negócio de cereais por

Belo Horizonte. Atualmente a Cotemi-

nida Olegário Maciel, no Bairro Barro

atacado, mudando completamente

nas possui 11 unidades industriais, dis-

Branco, chamava-se “A Queimadeira”

de ramo e demonstrando uma ver-

tribuídas por Minas Gerais, Rio Grande

e vendia tecidos, chapéus, sapatos e

satilidade que seria marca registrada

do Norte, Paraíba, Santa Catarina e

utilidades para o lar.

de sua vida empresarial. Com a ex-

ainda na Argentina. Nesses polos de

No início, Alencar tinha de dor-

periência acumulada no varejo, deu

fabricação e desenvolvimento são

mir na loja para economizar os gas-

um passo fundamental em 1959,

elaborados fios, camisetas, toalhas de

tos e investir no negócio. Três anos

quando começou a vender os tecidos

banho e lençóis das marcas Artex, Cal-

empresariais da nação. O começo, no entanto, não foi fácil. Com poucos recursos e uma remuneração muito baixa, o futuro líder empresarial dormia em uma cama no corredor de uma pensão, pois o dinheiro não dava nem para pagar um quarto. Mas a experiência inicial não foi em vão. Com os conhecimentos adquiridos no comércio, Alencar mudou para Caratinga, onde persistiu na atividade varejista, atuando como vendedor. Aos 18 anos, com um empréstimo obtido junto ao

tecelagem União dos Cometas passou para seu controle, com a morte do irmão Geraldo. Em 1963, surgiu a Companhia Industrial União dos Cometas, que mais tarde receberia o nome de Wembley Roupas S/A. Mas a grande guinada ainda estava por vir. Finalmente, em 1967, ele criou aquela que seria a indústria têxtil fundamental da América Latina, a Coteminas (Companhia de Tecidos Norte de Minas). O império têxtil nascia em

LOJISTA DE CORAÇÃO Sempre atencioso às reivindicações do comércio, Alencar recebeu líderes lojistas da CNDL em seu gabinete no ano passado

48 �

dirigente Lojista � março/Abril 2011


fat, Garcia e Santista, exportados para os Estados Unidos, Europa e Mercosul.

TRAJETÓRIA DE UM GUERREIRO

O sucesso empresarial, conquistado sempre com muito esforço, catapultou o industrial para a vida pública. E passo a passo José Alencar trilhou o caminho da representatividade política. Primeiro foram as associações comerciais de Caratinga e de Ubá, depois a Associação Comercial de Minas e a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte. Com a experiência acumulada foi eleito presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em 1993 tentou o governo mineiro e ficou em terceiro lugar, em sua única derrota nas urnas. Voltou em 1998, com uma eleição consagradora ao Senado, com cerca de 3 milhões de votos. Com a experiência política consolidada, estava tudo preparado para o grande passo, que veio em 2002, quando foi eleito vice-presidente na chapa do petista Luiz Inácio Lula da Silva. De lá para cá, José Alencar teve de enfrentar seu adversário mais ferrenho, o câncer, que acabou por vencer a batalha, deixando o País órfão de um homem público que foi admirado como poucos. Enquanto esteve à frente dos cargos políticos e empresariais que ocupou, José Alencar levou ao pé da letra o conselho paterno, exibindo um comportamento ético que o fez um dos políticos mais queridos da nação.

1931

Alencar nasce em uma pequena localidade mineira, próxima de Muriaé, distante 300 quilômetros de Belo Horizonte. É o décimo primeiro, de uma numerosa família de 14 filhos.

1938

Começa a trabalhar ajudando o pai, em um pequeno comércio da família. Ali aprende as noções básicas de venda e administração. Mais tarde, tenta a sorte como vendedor em Caratinga, onde mora precariamente em uma pensão.

1950

Com um empréstimo do irmão mais velho, Geraldo, abre sua própria loja em Caratinga, batizada de “A Queimadeira”, onde vende desde tecidos até sapatos e chapéus.

1953

Vende “A Queimadeira” e se decide por um novo ramo: a venda de cereais. O negócio prospera, até que Alencar dá uma nova guinada em sua vida empresarial.

1959

Com a morte do irmão, Geraldo, ele assume a tecelagem União dos Cometas, que mais tarde seria batizada de Wembley Roupas S/A.

1967

Alencar une-se ao deputado Luiz de Paula Ferreira e funda a Coteminas (Companhia de Tecidos Norte de Minas), em Montes Claros, cidade a 425 quilômetros de Belo Horizonte. É o início de um império têxtil sem precedentes no País.

1975

Com o crescimento da Coteminas, a década é de consolidação da liderança empresarial de Alencar. Assume a presidência das associações comerciais de Caratinga e de Ubá, da Associação Comercial de Minas Gerais e da CDL de Belo Horizonte. Essa trajetória culmina com sua eleição para presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais, que projeta sua liderança para todo o País.

1993

Filia-se ao PMDB e já no ano seguinte se lança candidato ao governo de Minas, ficando em terceiro lugar. Em 1998, é eleito com quase 3 milhões de votos para o Senado.

2002

Dá o passo mais importante de sua carreira política, sendo eleito vice-presidente da República na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva. Faz o papel de avalizador ao setor empresarial da candidatura petista.

2006 2011

Repete a dobradinha com Lula e vence mais uma vez a disputa a Presidência da República.

Conforme havia prometido, José Alencar assiste do hospital à posse da sua candidata, Dilma Rousseff, na Presidência da República. Semanas depois morre em São Paulo, aos 79 anos, após 10 anos de luta contra o câncer e 17 cirurgias. É homenageado em todo o País como um grande líder político e empresarial. dirigente Lojista � março/abril 2011

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o p i n i ã o

|

b a n h o

d e

l o j a

o prazer e a

oportunidade M

eu ponto fraco de consumo são livros

do entro numa livraria é um deleite porque

de design. É só entrar em uma livra-

adoro livros, há emoções envolvidas. Quando

ria e ver aquele selo de 20% de desconto em

um ponto de venda consegue atingir o nosso

um título interessante, que meu olho começa

emocional e o ato da compra se torna um real

a brilhar e já consigo imaginar o lugar perfeito

prazer, o racional fica em segundo plano.

para ele na estante do escritório. Neste mo-

Digo isso porque somos atraídos pelo pra-

mento, se eu abrir o livro e o conteúdo me

zer e também pela oportunidade, que é a isca

convencer, a loja já efetuou a venda. Sem a

da promoção. Quem não gosta de ir a uma

necessidade de nenhuma argumentação do

loja e saber que o item que deseja baixou de

vendedor, eu vou diretamente ao caixa, pago

preço? Melhor ainda se esta condição tiver um

e saio feliz.

motivo do tipo liquidação de verão, ou seja:

Por que isso acontece? Mesmo trabalhando com design de varejo há 18 anos, conhecendo os mecanismos usados para vender mais e sabendo de todos os pontos da loja

“estamos baixando o preço para acabar com

”Quando um ponto de venda

os estoques”. Promoção tem que ter data para começar e data para acabar, senão vira condição normal de venda. E se torna irresistível se

onde estão os cross-merchandising e os estí-

faz com que o

for uma loja que vende a categoria que você

mulos para comprar um livro mais caro junto

ato da compra

mais gosta de comprar.

com aquela “oportunidade”, ainda consigo

Usei um tom descontraído neste artigo,

entrar numa livraria e colocar meu lado racio-

se torne um

mas peguei este exemplo real que acontece

nal em segundo plano e andar pela loja como

real prazer, o

comigo para ilustrar como o varejo pode ir

em um verdadeiro passeio cheio de atrações imperdíveis? Já me fiz esta pergunta algumas vezes,

racional fica em segundo plano”

porque este meu comportamento de compra não se repete em outros tipos de lojas, onde entro e já começo a decodificar as distribuições de margens de venda, por exemplo. Cheguei à conclusão de que se trata de prazer. Quan50 �

dirigente Lojista � março/Abril 2011

além e que, quando conseguimos entender o que realmente traz prazer aos nossos clientes, não importa qual o grau de informação racional que eles tenham sobre como uma loja é

Kátia Bello Arquiteta e sócia-diretora da Opus Design. katia@opusdesign.com.br

montada para fazer com que se gaste mais dinheiro, eles continuarão gastando. Gastar dinheiro em lojas que emocionam é sempre um prazer!



m ó v e i s

e

n e g ó c i o s

Sistemas de gestão descentralizados e cultura empresarial que gravitam em torno da loja e do cliente produzem modelos de negócios vencedores 52 �

dirigente Lojista � março/Abril 2011


por

Geraldo Rigoni

geraldo@geraldorigoni.com.br

LOJA: onde tudo acontece relevante observar que as em-

É

cessos de trade marketing a aplica-

queados, também opera um sistema

presas de varejo de sucesso,

ção de pesquisas com metodologias

de TV corporativa via satélite, empre-

independentemente de seu porte,

etnográficas e o aprofundamento do

gado para treinar, informar e envolver

normalmente possuem forte envol-

estudo do shopper (quem está na loja

as equipes de mais de 3 mil lojas es-

vimento com as lojas e proximidade

e compra) são alternativas para se

palhadas em todo o País.

entre o centro decisório, clientes e

aproximar do ponto de venda e dos

colaboradores operacionais. O ponto

consumidores.

A Zara, principal referência no negócio de moda no mundo, mantém

de venda é o principal instrumento de

Sistemas de gestão descentraliza-

uma estrutura pouco hierarquizada,

comunicação, relacionamento e tangi-

dos e cultura empresarial que gravi-

com forte presença de executivos

bilização da marca. A loja é um labo-

tam em torno da loja e do cliente

nas lojas, canais abertos de comuni-

ratório permanente e termômetro de

produzem modelos de negócios ven-

cação entre lojas e retaguarda e um

comportamento, inspiração e tendên-

cedores.

processo sincronizado globalmente,

cias. O contato com colaboradores de

O Magazine Luiza sempre foi uma

no qual as lojas “pedem” mercadoria

linha de frente e clientes é insubstituí-

empresa de cultura forte, proximi-

duas vezes por semana e alimentam

vel para tornar a empresa ágil, inova-

dade e comunicação intensa com as

todo o processo de planejamento co-

dora e sintonizada com mudanças de

lojas. A expansão multirregional, as

mercial, de produto, abastecimento

comportamento e demanda.

aquisições e o aumento de escala do

e produção.

A indústria de consumo tem de-

negócio tornaram mais difícil o conta-

Portanto, nunca é demais lembrar

senvolvido canais de venda próprios

to com todas as lojas. A empresa pos-

e reforçar a importância de dedicar

ou exclusivos para se aproximar do

sui uma TV corporativa que permite

tempo e atenção da empresa para vi-

consumidor, testar conceitos, explorar

manter um fluxo contínuo de comu-

venciar a loja, interagir com equipes e

o portfólio, posicionar a marca e criar

nicação, interação e motivação entre

clientes e construir canais de comuni-

alternativas de distribuição. A estrutu-

matriz e lojas. A rede O Boticário, que

cação que permitam manter o centro

ração e o aumento de status de pro-

opera a distribuição por meio de fran-

decisório próximo do centro nervoso. dirigente Lojista � março/abril 2011

� 53


m ó v e i s

e

n e g ó c i o s

IPO do Magazine Luiza pode levantar R$ 1,215 bilhão A rede Magazine Luiza anunciou os detalhes da sua oferta inicial de ações, com

São Paulo reduz ICMS dos móveis Medida do governo estadual acirra ainda mais a guerra fiscal entre polos produtores “guerra fiscal” promovida pelos estados, com intuito de resguar-

torno de 30% dos móveis produzidos

deve fazer uma oferta primária

A

to desta redução. Estima-se que em

dar o mercado interno e fomentar o

no Rio Grande do Sul sejam vendidos

de 33,75 milhões de ações

desenvolvimento local, teve um novo

para o mercado paulista, o maior con-

ordinárias e secundária de

capítulo neste mês, afetando direta-

sumidor do País.

16,564 milhões de ações,

mente o segmento de móveis.

previsão de movimentar até R$ 1,215 bilhão. A companhia

A notícia chega em meio ao en-

O governo de São Paulo anunciou

cerramento da 10a Feira Internacional

estimativa de preço entre R$ 16

uma redução de 7% no valor do Im-

de Móveis, Matérias-Primas e Acessó-

e R$ 21. Considerando que as

posto Sobre Circulação de Mercado-

rios (Fimma), realizada de 21 a 25 de

ações atinjam o valor máximo

rias e Prestação de Serviços (ICMS)

março, em Bento Gonçalves (RS).

estipulado, a oferta pode

para os móveis fabricados no estado.

Em entrevista concedida ao portal

chegar a R$ 1,057 bilhão. Um

Em termos de comparação, o valor

ClicRBS, do Rio Grande do Sul, o pre-

lote suplementar de 7.547.164

chega a ser 5% menor do que as

sidente da Associação das Indústrias

ações está previsto e, se for

empresas gaúchas pagam no Rio

de Móveis do Estado do Rio Grande

integralmente exercido, poderá

Grande do Sul.

do Sul (Movergs), Ivo Cansan, disse

também ordinárias, com

elevar a operação a R$ 1,215 bilhão, levando em conta o preço máximo estimado por papel. A companhia prevê a

O mercado gaúcho, inclusive, deve

que os executivos do setor devem fa-

ser um dos que mais sentirá o impac-

zer um estudo aprofundado dos impactos causados pela medida paulista e apresentá-lo ao

precificação das ações para

governo gaúcho. "O impacto

28 de abril. O período de

será muito grande para quem

reserva para os investidores

produz para vender para São

interessados em participar

Paulo. Perde muita competi-

da operação começou em 14

tividade. Mesmo que só 5%

de abril e acabou em 27 de

destes 30% sejam afetados,

abril. O início dos negócios na

ainda representa muito para

BM&FBovespa foi marcado

a indústria gaúcha, o equiva-

para 2 de maio e as ações

lente ao que se vende para

serão negociadas sob o código

mais de três estados juntos",

MGLU3.

avaliou Cansan.


Leroy Merlin abre mais uma loja em Campinas A Leroy Merlin inaugurou este mês sua 22ª loja no Brasil e a segunda em Campinas (SP). Entre os diferenciais estão serviços como o “Drive Thru da Construção”, área externa onde

O que é madeira sustentável ou certificada?

A

o cliente pode comprar material básico sem precisar entrar na loja. O serviço abre mais cedo que o restante da loja, oferece frete grátis e entrega no mesmo

certificação da madeira é um

sentantes de vários países em seu

dia para compras até 400 quilos.

aval de garantia ao consumidor

quadro de gestão.

Outra novidade é “A Leroy Merlin

que os produtos que adquire foram

O logotipo de FSC – um traço que

obtidos de florestas bem gestionadas

simula uma árvore – pode aparecer

instalação em domicílio do

nos pontos de vista econômico, social

em materiais ou móveis. Cada ano

produto adquirido na loja.

Instala”, que oferece ao cliente

e ambiental. Isso assegura

um dos anagramas leva

que a compra de móveis,

um número de registro

papel, painéis ou carbono,

que estabelece a proce-

entre outros, não contri-

dência do produto. Esta

buiu para a destruição das

certificação não tem por

florestas que ainda restam

fim inspecionar florestas,

no País.

dando crédito a entida-

Centauro e Magazine Luiza

des que auditam a gestão

serão as novas âncoras do Plaza

Um dos principais sis-

Plaza Shopping de Itu ganha novas âncoras

temas de certificação que temos é

florestal e a cadeia de transformação

Shopping Itu, em uma área de

o do Conselho de Gestão Florestal

da madeira, além de se caracterizar

expansão que será aberta no

(FSC), único que conta com o apoio

por ser um sistema independente de

segundo semestre. Atualmente

das principais organizações ecoló-

produtores e comerciantes.

o shopping recebe 8 milhões

gicas, sindicatos e ONGs. Sua ampla

Segundo dados do FSC Internacio-

aceitação reside em parte no fato de

nal, mais de 117 milhões de hectares

a expansão, o shopping passa

ser o único selo desse tipo aplicável

de florestas de 82 países já foram

a contar com novos espaços

mundialmente, com critérios de cer-

certificados. As vendas destes produ-

de sanitários, banheiro família,

tificação exigentes e reunindo repre-

tos superam os 13 milhões de euros.

fraldário e concierge.

de consumidores por ano. Com


o p i n i ã o

|

d e

o l h o

n o

c l i e n t e

uma viagem pelo

varejo alemão R

ecentemente acompanhei um grupo

A utilização de iluminação para tornar

de empresários brasileiros à Euroshop,

a loja mais flexível e sempre atual para o

uma das principais feiras mundiais de vare-

consumidor foi um dos temas de destaque.

jo, que ocorre a cada três anos em Dussel-

Materiais simples – como tubos de papelão,

dorf, na Alemanha. Todos os recordes foram

tecidos e artigos reciclados – foram usados

batidos este ano: 1.970 expositores, 15 pa-

na confecção dos estandes, demonstrando

vilhões e 120 mil visitantes. Nesta edição,

como poderiam ser aproveitados nas lojas.

600 brasileiros participaram do evento.

No segmento de confecções o grande des-

A feira é constituída por quatro grandes

taque foram os manequins. Fabricados de

setores: EuroConcept, com oito pavilhões

maneira sustentável ou utilizando tecnolo-

destinados a construção, instalação, arquite-

gia de ponta, criavam uma atmosfera dife-

tura e design de loja; EuroSales, onde verifi-

rente e vanguardista, sendo algumas vezes

camos as últimas tendências em marketing,

“Durante visita

visual merchandising, displays e manequins;

à Euroshop

EuroCIS, um pavilhão dedicado à tecnologia

confundidos com pessoas (foto abaixo). Durante a viagem também visitamos algumas operações varejistas que se desta-

da informação, sistemas de pagamento e

2011, vimos

cam no uso da tecnologia e principalmente

segurança e gestão de produtos e equipa-

exemplos de

na interatividade com o cliente. Uma delas

mentos para o PDV; e EuroExpo, que exibia

foi a loja conceito da Globetrotter, especia-

materiais de comunicação, lojas móveis, es-

como os serviços

lizada em esportes praticados ao ar livre.

tandes e estruturas para eventos, além de

agregados

Além do belo e prático projeto arquitetônico,

podem fazer

a loja é focada no atendimento ao consumi-

uma seção dedicada à sustentabilidade. Tudo o que foi apresentado tinha como objetivo central aumentar a relação com o

muita diferença”

cliente, ajudar a destacar o produto no ponto de venda, tornar a loja mais amigável e melhorar a experiência do cliente tendo como consequência o aumento das vendas e a geração de lucro. 56 �

dirigente Lojista � março/Abril 2011

dor. Tudo pode ser tocado, experimentado e principalmente testado. Nos fins de semana, a média de tempo que um cliente fica den-

Luciana Carmo Especialista em gestão de serviços e palestrante. luciana.carmo@mixxer. com.br

tro da loja ultrapassa cinco horas. Entre os serviços oferecidos pela loja estão uma livraria com acervo focado em viagens e esportes, uma agência de viagens e


um centro de vacinação mantido por um hospital local para que o cliente possa tomar as vacinas necessárias de acordo com o país que vai visitar. Há ainda uma câmara fria com vento para provar jaquetas e até uma piscina gigante para testar caiaques e equipamentos de mergulho (foto ao lado). Os banheiros são uma atração à parte.

do Futuro do Metro Group, o maior

ma semana. Nas etiquetas eletrônicas

Um deles tem cenografia que remete

grupo de varejo alemão. O hipermer-

de preço há informação sobre o país de

a uma escotilha de navio e em outro o

cado é uma espécie de pista de testes

origem do vinho e a temperatura que

cliente tem a sensação de estar numa

para tecnologias que serão utilizadas

ele deve ser mantido.

selva. Mochilas de viagem cheias com

em outras lojas do grupo. A loja ofere-

No setor de esportes, o cliente ouve

sua capacidade total podem ser usadas

ce um tour guiado por robôs que con-

uma música diferente do som am-

pelo cliente para caminhar pela loja,

duzem o cliente pela loja e explicam

biente da loja e pode testar todos os

subir escadas e simular como seria seu

cada detalhe.

equipamentos de ginástica como se

uso real durante uma viagem. O mes-

Acompanhar o comportamento de

estivesse em uma academia. Com este

mo acontece com os tênis, que são ca-

compra do consumidor e oferecer so-

arranjo a loja obteve um aumento de

tegorizados pelo tipo de uso: na selva,

luções e serviços para tornar sua vida

25% nas vendas destes produtos. Nos

na cidade ou na neve. Os funcionários,

mais prática estão no DNA desta em-

caixas, é possível optar pelo self che-

na maioria, são esportistas e auxiliam

presa. Na área de frutas, por exemplo,

ckout e aprender a utilizar o sistema as-

os clientes como consultores.

as informações adicionais sobre os ali-

sistindo a vídeos explicativos ou então

mentos e receitas podem ser acessadas

contar com o auxílio de funcionários.

nas máquinas de consulta de

Os pagamentos podem ser feitos pelo

preço e as balanças identifi-

celular ou utilizando as impressões di-

cam automaticamente cada

gitais do cliente.

Outra operação visitada foi a Loja

item e disponibilizam suas informações nutricionais.

Outra inovação destacada na Euroshop e que já está implantada nos

Os ambientes da loja mis-

hipermercados que visitamos são as

turam cores e mobiliários

máquinas onde o cliente deposita gar-

para distinguir cada catego-

rafas plásticas para reciclagem e obtém

ria de produto. Na adega o

créditos para sua próxima compra.

cliente pode degustar alguns

Estes foram alguns exemplos do

vinhos e, caso precise de aju-

que vimos por lá e que mostram como

da, há um display com os 10

os serviços agregados podem fazer

rótulos mais vendidos na últi-

muita diferença no varejo. dirigente Lojista � março/abril 2011

� 57


t e c n o v a r e j o

sete dicas

para ter sucesso no

e-commerce A

consultoria WX7 (www.wx7.com.br) preparou uma lista com sete dicas para os varejistas que pretendem

investir em comércio eletrônico com maiores possibilidades de sucesso. Faça o check-list e veja se você está preparado ou ainda precisa se preparar para entrar no segmento que alcança números cada vez maiores no decorrer dos anos. Confira na página ao lado as dicas da WX7:

58 �

dirigente Lojista � março/Abril 2011


por ALEXANDRE

GONÇALVES

alexandre@agenteinforma.com.br

Analise o mercado

em um provedor especializado. Pla-

É muito importante avaliar e

neje sua capacidade com cuidado

monitorar como os seus concorren-

para garantir que sua loja virtual te-

tes estão utilizando o canal on-line

nha um bom desempenho de acordo

para definir seu posicionamento, mix

com o número de visitantes que a

de produtos, políticas de preço e en-

acessarão.

tregas, entre outros fatores determinantes para o seu sucesso.

Defina a plataforma de vendas ideal

Diga que você existe Uma loja virtual, diferente da

maioria das lojas físicas que estão localizadas em pontos estratégicos,

A plataforma de vendas é um dos pi-

precisa ser massivamente divulgada

lares para uma operação de comér-

para ser conhecida. Faça um plane-

cio eletrônico de sucesso. Sua loja

jamento de publicidade e marketing

virtual precisa transmitir segurança

focado no retorno do investimento

e credibilidade para conquistar seu

(ROI) para que sua loja virtual cresça

visitante e convertê-lo em consumi-

e atinja seus objetivos.

dor. Ao escolher a plataforma, procure unir o design com a facilidade de navegação (usabilidade) adequada ao público-alvo e produto comercializado.

Seja pontual nas entregas

Entregar de forma rápida e eficiente e estar preparado para prevenir possíveis atrasos é fundamental para

Monte sua equipe

manter a satisfação de seu cliente e

Um dos principais diferen-

fidelizá-lo cada vez mais. Se possuir

ciais para se ter sucesso no comércio

alguns conhecimentos na área, você

eletrônico é o atendimento ao clien-

pode montar sua própria operação

te. É de extrema importância montar

logística. Caso contrário, encontre um

uma equipe multidisciplinar para ga-

parceiro especializado para ajudá-lo.

rantir que dúvidas sobre navegação ou produtos e pedidos já realizados sejam sanadas de forma rápida e eficiente. Não se esqueça que um bom

não pare de evoluir Entenda o perfil dos clien-

tes que estão comprando em sua

gerente é fundamental para cuidar

loja virtual e quais ações podem ser

de toda a equipe e da operação.

feitas para melhorar os resultados.

Sempre acompanhe as tendências Prepare sua

e, se possível, evolua sua loja virtual

infraestrutura de TI

antes de seus concorrentes. Nunca

Sua plataforma deve ser hospedada

pare de inovar!

Projeto E-Commerce Brasil busca consolidar setor O Grupo iMasters, com apoio do Google e Abril, lançou a marca E-Commerce Brasil para fornecer conteúdo rico e avançado para profissionais que já atuam na área, a partir de ações como o Fórum E-Commerce Brasil, conferências técnicas, além do portal do projeto na internet (www. ecommercebrasil.com.br). No site, o lojista interessado em saber mais sobre o assunto encontra artigos técnicos, blogueiros especializados, área multimídia com a gravação de todas as palestras do projeto, catálogo de fornecedores, entre outras informações. O projeto contará ainda com a Revista Impressa E-Commerce Brasil, com periodicidade bimestral e foco nos lojistas on-line, e com a TV E-Commerce Brasil, em formato de WEB TV e TV Fechada.

Reclamações de lojas on-line crescem 79% De acordo com o Procon-SP, de novembro de 2010 a janeiro deste ano foram registradas 4.838 reclamações contra serviços de comércio eletrônico, relacionado à entrega de produtos e serviços. O número representa um aumento de 79% em relação ao mesmo período anterior. Entre as empresas de e-commerce, as principais mencionadas nas reclamações foram Ricardo Eletro, TIM, Saraiva, Americanas.com, Submarino, Shoptime, Comprafacil, Walmart, Ponto Frio, Brands Club, Centauro e Fatordigital.


t e c n o v a r e j o

Os rumos do marketing digital As discussões no Digitalks, em Florianópolis, mostraram que conteúdo e presença em mídias sociais devem ser prioridades das empresas

O

auditório do Hotel Majestic, em

Comunicadores instantâneos – A posi-

Florianópolis, lotou no dia 6 de

ção do Brasil no ranking de uso de co-

abril para a edição 2011 do Digitalks

municadores instantâneos tipo MSN

Avaliação de ações – Outro ponto

(www.digitalks.com.br), evento que

Messenger, Skype, Google Talk, entre

importante nos debates foi a necessi-

reúne especialistas para apresentar

outros, é praticamente o dobro em re-

dade de saber extrair novas ideias e

novidades e apontar rumos para o

lação ao restante do mundo, segundo

oportunidades a partir da avaliação de

marketing digital no Brasil e no mun-

levantamento da consultoria comSco-

número e dados gerados por ações

do. Confira um resumo do que de mais

re, que pesquisa o uso de internet em

na internet. Dos números e dos dados

importante foi apresentado nesta edi-

casa e no trabalho.

podem sair uma forma de estabele-

aberto a receber conteúdos e ofertas sobre o assunto que lhe interessa.

cer uma parceria diferenciada entre

ção do evento. Comércio eletrônico – Brasilei-

clientes baseada em resultados e transparência.

ros ainda têm medo de comprar pela internet, mas isso está mudando. O

Cliente – Os participantes desta-

principal medo é fornecer dados de

caram a importância de compreen-

cartão de crédito. Uma solução para

der o que o cliente quer e criar novos

converter o medo em fidelização é

produtos e serviços a partir disso. O

surpreender o cliente com uma ex-

relacionamento com cliente deve ser

periência muito positiva na compra.

de proximidade e de “afetividade”.

Blogs – Em mais de uma pales-

Buscas e mídias sociais – Temas

tra foi destacado que o Brasil é um

predominantes nas palestras do Di-

país que gosta e acessa muito blog. É

gitalks, não só porque foram citados

bem posicionado nos levantamentos

várias vezes, mas porque foram cita-

que mostram hábitos dos usuários de

Nichos – O investimento em ni-

dos várias vezes como parte da mes-

internet na América Latina e no mundo.

chos de mercados e segmentos mui-

ma estratégia, numa nova perspectiva

O que foi apresentado desmente qual-

to específicos foi enfatizado no Digi-

para “aparecer bem no Google”. Ficou

quer argumento sobre o fim dos blogs

talks. O termo usado foi “massa de

evidente o peso da presença digital

por causa do Twitter ou do Facebook.

nichos”. Ou seja, mesmo que o volu-

em mais de um canal ou “proprieda-

Pelo contrário. Com a popularização

me de acesso seja baixo em relação

de”. Para uma empresa, é preciso ter

dos dois serviços os blogs ganharam

a um site ou blog que trate de vários

contas em mídias sociais e tratá-las

ferramentas para ampliar divulgação,

assuntos, a aposta em nichos traz

com o mesmo cuidado dispensado ao

abrir novos canais de interatividade e

vantagens comerciais porque atrai

site, justamente para que possa ocupar

gerar assunto para outras mídias.

um público cativo, interessado e mais

espaço estratégico nos sites de busca.

60 �

dirigente Lojista � março/Abril 2011


Novo conceito em PDV Com design arrojado, o SB-9090 da Bematech tem a tecnologia de um celular sofisticado Bematech, uma das principais

A

a mesma presente na tela sensível

empresas na área de soluções

ao toque dos celulares de última ge-

de tecnologia para o comércio, colocou

ração, o SB-9090 possui design que

no mercado mais um produto com de-

traz proteção contra a penetração de

sign e tecnologias diferenciados. Tra-

vapores, gorduras ou derramamento

ta-se do SB-9090 POS Touch, um com-

de líquidos.

putador projetado especialmente para

Com tecla touch screen, que pro-

resistir às condições adversas de ope-

picia mais agilidade ao atendimento,

ração em bares, restaurantes e hotéis.

graças à interface que utiliza ícones

“Com o SB-9090, trazemos ao mer-

de fácil identificação e mais intuitiva,

cado uma CPU com design arrojado,

o SB-9090 elimina a necessidade de

interface mais produtiva por permitir

manutenção constante, além de gas-

utilização de softwares mais intuitivos

tos excessivos de energia.

e, ao mesmo tempo, um produto com a robustez necessária para ambientes de restaurantes, bares e hotéis”, afirma Eros Jantsch, diretor de Hardware da Bematech. Além de utilizar a tecnologia PCT (Projected Capacitive

Touch),

“Presenteador” para o Dia das Mães O site de vendas Comprafacil.com criou uma página especial para o Dia das Mães, uma das datas mais quentes do varejo. Batizada de “Presenteador de Mães”, a página conta com seis perfis de mães para facilitar a compra do presente: tradicional, tecnológica, esportiva, vaidosa, coruja e de primeira viagem. Ao escolher o perfil que mais se aproxima da mãe, o consumidor encontra listas direcionadas de presentes. A escolha dos tipos de mãe foi determinada pelo histórico de navegação e interesse dos clientes do site.

WebStore supera metas na Locaweb A Locaweb registrou no mês de janeiro um crescimento de 230% no número de lojas virtuais que utilizam a WebStore, a plataforma de e-commerce da empresa, uma das maiores do País no segmento de hospedagem na internet. A WebStore permite que o usuário crie sua própria loja virtual, customizando o layout e cadastrando produtos de maneira simples e intuitiva, além de ajudá-lo a aparecer nos principais mecanismos de busca, alavancando os negócios do cliente. Com o aumento nas lojas ativas, a WebStore conta hoje com 600 canais de compra e venda de produtos por parte de micro e pequenos empresários que desenvolveram interesse em levar seus negócios para a internet. O tíquete médio por transação é de R$ 140 e a quantidade de transações efetuadas passou de aproximadamente 700 (dezembro/2010) para 1.300 (janeiro/2011).


o p i n i ã o

|

SOB R E

LOJA

o gerente formador

de conduta E

stava em uma loja recentemente quan-

Um gerente ou dono de loja somente

do ouvi um colaborador perguntar ao

conseguirá a confiança e lealdade de sua

gerente onde devia colocar determinada mer-

equipe se procurar corrigir seus próprios er-

cadoria que acabara de chegar. O gerente res-

ros e demonstrar que realmente conhece o

pondeu que era para deixá-la "em qualquer

que está fazendo, resolvendo os problemas

lugar" e que depois ele veria onde colocar. O

na hora.

colaborador ficou olhando para o gerente, com

Ele tem a obrigação de mostrar perma-

cara de bobo, e foi para o final da loja comen-

nentemente para a sua equipe o que é correto

tar com um colega: "Lembra da bronca que

fazer e, se for o caso, deve ter a coragem de

ele deu na gente por não termos colocado a

se desculpar quando acontece um erro. Ou, se

mercadoria no lugar que ele queria na semana

por sua precipitação, induziu a sua equipe a

passada?" Analisando o comportamento deste nosso gerente, o que podemos observar é que ele: – transferiu o problema para depois, o que significa retrabalho; – não passou uma ideia de organização para o seu colaborador e sua equipe; – provavelmente vai esquecer que mandou colocar o produto em determinado lugar e acabará dando uma bronca na equipe; – demonstrou que não planeja o seu trabalho, pois deveria saber que estava chegando

”Ele tem a obrigação de mostrar à equipe

– não deu atenção ao seu colaborador a respeito do problema. Se tivesse parado um minuto para pensar, responderia de forma adequada. 62 �

dirigente Lojista � março/Abril 2011

que a responsabilidade é sua. Não basta o chefe ser organizado, ele tem que saber que com tempo, treinamento e organização tudo tenderá a sair perfeito. Não

o que é correto e,

adianta o gerente querer “carregar o piano”.

se for o caso, ter

Ele até pode dar uma ajuda para indicar onde posicioná-lo ou mesmo ajudar a equipe a es-

a coragem de se

colher o melhor lugar para colocá-lo. Mas sua

desculpar quando

participação deve ser pequena. É obrigação da

há algum erro”

equipe tocar o dia a dia seguindo o exemplo das chefias. Então precisamos ter sempre na consciên-

mercadoria e já deveria destinar um local para os produtos;

errar. Tem que ter a sabedoria de reconhecer

Josemar Basso Administrador de empresas, consultor e palestrante. josemarbasso@ officemarketing.com.br

cia a importância das chefias serem exemplos, e através da repetição, ensinamento e aprendizado constante o gerente será um formador de conduta no dia a dia de sua equipe.



abril/2011 – www.sebrae.com.br – 0800 570 0800

informe do serViço brasileiro de apoio àS micro e pequenas empresas

Atentos àS oportunidades Para cada empresário que inicia um empreendimento por necessidade, dois abrem o negócio por vislumbrar uma oportunidade no mercado brasileiro passou a ter mais de dois empreendedores por oportunidade para cada um por necessidade. Em 2009, a relação era de 1,6. Essa evolução mostra a vocação empreendedora do brasileiro, uma vez que a abertura por necessidade ocorre pela falta de alternativas profissionais. O aumento na geração de emprego em 2010 contribuiu para a redução do empreendedorismo por necessidade. Além disso, o empreendedorismo por oportunidade aumenta quando a economia fica estável e quando melhoram os níveis de escolaridade e renda. “O ambiente econômico atual do Brasil favorece o surgimento de novas oportunidades aos micro e pequenos empresários, que precisam se preparar para enfrentar os desafios que virão”, afirma o presidente do Sebrae, Luiz Barretto. “Neste cenário, o Sebrae terá papel fundamental para auxiliálos a identificar oportunidades e se preparar para enfrentar a concorrência, com foco principalmente na inovação”, completa.

Empreender Este informe é de responsabilidade do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), sob coordenação da Gerência de Marketing e Comunicação. Endereço: SGAS 604/605, módulos 30 e 31, Asa Sul – Brasília/DF – CEP: 70.200-645 // Fone: (61) 3348-7100 // Twitter: @sebrae

Foto: Bernardo Rebello

O

crescimento da atividade empreendedora no País não é apenas quantitativo, mas principalmente qualitativo. A pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM 2010), divulgada pelo Sebrae no final de abril, mostra que para cada negócio aberto por necessidade – motivado, por exemplo, pelo desemprego – pouco mais de dois foram iniciados porque os empresários enxergaram uma oportunidade no mercado. A proporção entre oportunidade e necessidade, de 2,1, é praticamente a mesma da média dos 60 países pesquisados, de 2,2. O índice brasileiro é o maior já registrado desde que o País começou a participar da pesquisa, no ano 2000. Em 2002, o empreendedorismo por necessidade superava o por oportunidade – para cada empreendedor por necessidade havia 0,7 por oportunidade. A relação se inverteu em 2003, mas somente em 2010 o Brasil

pesquisa global entrepreneurship monitor mostra a evolução da vocação empreendedora do brasileiro, impulsionada pela estabilidade econômica


Foto: Bernardo Rebello

De cada 100 negócios abertos por oportunidade no país, 25% sÃO varejistas, comprovando que o comércio é a atividade mais procurada pelos empreendedores O comércio também lidera entre os que empreendem por necessidade, com 26% da preferência

A Pesquisa GEM 2010 identificou que apenas 16,8% dos empreendedores brasileiros consideram o produto ou serviço que oferecem novo para os consumidores, o que faz do fomento à inovação o principal desafio para que eles possam se desenvolver e ampliar seu mercado. Esta é a 11ª vez que o Brasil participa da pesquisa GEM, o maior estudo contínuo sobre a dinâmica empreendedora do mundo. Desde sua primeira edição, em 1999, mais de 80 países já participaram da pesquisa, sendo apenas 13 por mais de 10 anos seguidos. E pelo 10º ano seguido, o Sebrae é parceiro na realização da pesquisa no Brasil. //Varejo oferece mais oportunidades O comércio é a atividade em que mais se investe por enxergar uma chance de sucesso. De cada 100 empresários que

abrem negócios por oportunidade no País, 25% se tornam varejistas. As outras áreas mais demandadas são alimentação e hospedagem (15%), atividades imobiliárias (13%) e indústria de transformação (10%). Entre os que empreendem por necessidade, o comércio continua liderando, com 26% da preferência. Em seguida, aparecem as empresas de alojamento e alimentação (21%), a indústria de transformação (11%) e as atividades imobiliárias (9%). A proporção dos negócios que surgem por oportunidade cresce quanto maior a escolaridade e a renda média dos empresários. Entre os profissionais que estudaram mais de 11 anos ao longo da vida, por exemplo, a relação sobe para 4,6. No outro extremo, há mais empresários por necessidade entre os que estudaram menos de quatro anos – a razão é de um empresário por necessidade para cada um que empreServiço

Textos: Agência Sebrae de Notícias – www.agenciasebrae.com.br Central de Relacionamento Sebrae: 0800 570 0800 Mais informações: www.portaldoempreendedor.gov.br

www.sebrae.com.br – 0800 570 0800

ende por oportunidade. Entre os que estudaram de cinco a 11 anos a taxa é de 2,2. Para cada empresário que empreende por necessidade, quatro empreendem por oportunidade se a renda familiar é superior a seis salários mínimos. Se o rendimento varia de três a seis salários mínimos, a relação cai para 3,5 por oportunidade para cada um por necessidade. Entre os que ganham menos, até três salários mínimos, a relação cai para 1,3. Os mais jovens vislumbram mais oportunidades. A taxa entre oportunidade e necessidade é de 3,4 entre os brasileiros que têm entre 25 e 34 anos e de 2,9 para quem tem entre 35 e 44 anos. A relação cai para 1,2 para quem tem acima de 45 anos. Entre os muito jovens, com idade entre 18 e 24 anos, a proporção é de um empreendedor por necessidade para cada 1,7 por oportunidade.


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dirigente Lojista � março/Abril 2011

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Mais espaço para os calçados A Francal chega à sua 43a edição com uma ampliação de 75% na área de exposições A edição de 2011 da Francal – Feira Internacional da Moda em Calçados e Acessórios – trará os lançamentos em calçados, bolsas e acessórios para a primaveraverão 2011/2012 e deverá seguir o sucesso da edição do ano passado, que trouxe mais de 53 mil profissionais do setor, dentre eles 27.327 compradores nacionais e internacionais. Consolidando-se no posto de uma das feiras mais importantes do setor de coureiro-calçadista, e responsável pela maior geração de negócios no

segundo semestre do ano, a Francal 2011 terá uma ampliação de 75% na sua área de exposição, maximizando o rol de expositores e a qualidade dos serviços prestados aos visitantes. 27 a 30/06/2011 Francal 43ª Feira Internacional da Moda em Calçados e Acessórios Pavilhão de Exposições do Parque Anhembi São Paulo – SP www.feirafrancal.com.br

Maio

Junho

9 a 12/05/2011 Apas 27o Congresso de Gestão e Feira Internacional de Negócios em Supermercados Expo Center Norte São Paulo – SP www.feiraapas.com.br

11 a 15/05/2011 Expo Noivas & Festas 18ª Exposição de Produtos e Serviços para Festas de 15 Anos, Bodas e Festas Corporativas Riocentro – Pavilhão 2 Rio de Janeiro – RJ www.exponoivas.com.br

9 a 13/05/2011 Brasilplast 13ª Feira Internacional da Indústria do Plástico Pavilhão de Exposições do Anhembi São Paulo – SP www.brasilplast.com.br

13 a 22/05/2011 Feiarte – Edição Paraná 25ª Feira Internacional de Artesanato Centro de Exp. de Curitiba Curitiba – PR www.feiartepr.com.br

10 a 13/05/2011 Movexpo 4ª Feira Nacional de Móveis para a Região Nordeste Centro de Conv. de Pernambuco Olinda – PE www.movexpo.com.br 68 �

14 a 16/05/2011 Christmas Fair Feira Internacional de Artigos para Natal, Brinquedos e Festas Sazonais Transamérica Expo Center São Paulo – SP www.grafitefeiras.com.br

dirigente Lojista � abril 2011

20 a 23/06/2011 FIT 0/16 – Edição Primavera/Verão 37ª Feira Internacional do Setor Infanto-Juvenil, Teen e Bebê Expo Center Norte (Azul) São Paulo – SP www.fit016.com.br

15 a 18/06/2011 Brasilshop Sudeste 11ª Feira e Congresso Internacional do Varejo Expo Center Norte São Paulo – SP www.alshop.com.br

Julho 5 a 8/07/2011 Eletrolar Show 6a Feira Internacional de Eletrodomésticos, Eletroeletrônicos e Informática Transamérica Expo Center São Paulo – SP www.eletrolarshow.com.br

6 a 9/07/2011 Autoparts 5ª Feira de Autopeças, Equipamentos e Serviços Pavilhão de Eventos da Festa da Uva Caxias do Sul – RS www.feiraautoparts.com.br



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