Relatório Técnico - Sementinha - set 2015 a mar 2016

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RELATÓRIO TÉCNICO

PROJETO SEMENTINHA: COMUNIDADE EDUCATIVA

SÃO PAULO|SP SET|15 A MAR|2016

Coordenação:

Parceria:


RELATÓRIO TÉCNICO PROJETO SEMENTINHA: COMUNIDADE EDUCATIVA - SÃO PAULO|SP SETEMBRO|2015 A MARÇO|2016

1. INTRODUÇÃO O Projeto Sementinha: Comunidade Educativa teve seu início em setembro de 2015, quando foram feitos os primeiros contatos com a comunidade para mobilizar, organizar e acontecer a formação de Agentes Comunitários, com duração de 160 horas. Os primeiros passos foram contactar a UBS e a Associação de Moradores do Bairro para pedir indicações de pessoas da localidade que pudessem integrar a equipe e participar desse momento. Um dos primeiros Pontos Luminosos identificados foi o Sr. Cláudio, morador do bairro e proprietário de uma chácara. Ele cedeu o espaço para a realização de grande parte das oficinas de formação. Nosso encontro inicial, realizado no dia 13 de outubro de 2015, contou com a participação de Tião Rocha. A Supervisora educacional

do CPCD, Eliane Almeida e a educadora Onésima Mourthé

também estiveram presentes em outros momentos. Nas 160 horas iniciais de formação, objetivamos desenvolver o grupo, tornando-o um time de Educadores Populares, capazes de favorecer a construção de uma comunidade educativa através da implantação do Projeto Sementinha.

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2. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS 2.1. Formação de Agentes Além de aprendizados pedagógicos, foram vivenciadas e discutidas dinâmicas, jogos, brincadeiras e metodologias do Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento – CPCD. As ferramentas MDI Maneiras Diferentes e Inovadoras - e PTA - Plano de Trabalho e Avaliação do Projeto – são exemplos dessas metodologias. A formação também proporcionou vários momentos de práticas, com oficinas de tinta de terra, construção de brinquedos, construção de maquete do bairro e discussão das possibilidades de transformação do local, por meio do trabalho com as crianças e suas famílias. 35 (trinta e cinco) participantes estiveram presentes nessa formação, que foi finalizada no dia 07 de novembro de 2015. Todos os integrantes participaram com muita curiosidade e dedicação. Nas oficinas de brinquedo, pudemos observar muito empenho e capricho em cada peça confeccionada. Ao final dessa formação, foram selecionados sete educadores para iniciar o trabalho na comunidade de Chácara Santo Amaro. 2.2 - Mobilização das famílias e crianças para participarem do projeto No período de 09 a 13 de novembro de 2015, o grupo de Educadores, a Coordenadora e uma Educadora do CPCD visitaram as casas e inscreveram as crianças para participarem do Sementinha. Foram criados dois grupos de trabalho, um atuando em Vila da Paz e outro na Vila do Sapo e Parada Obrigatória. As atividades com as crianças tiveram início no dia 16 de novembro. O próximo passo foi marcar um dia de pauta, para desenvolver as ações juntamente com os moradores. Essa reunião está prevista para acontecer uma vez ao mês. Na oportunidade, podemos ouvir sugestões, planejar atividades e encontrar os locais para desenvolvê-las. A partir dos saberes e quereres colocados na roda, formulamos os combinados e organizamos quais as oficinas seriam desenvolvidas. Na oportunidade, compareceram algumas famílias, o representante da Associação de Moradores e representantes da UBS, da escola e dois pastores de igrejas da comunidade.

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Para esse dia, apresentamos um vídeo com uma entrevista do Tião Rocha onde o mesmo fala sobre a proposta e experiências do projeto em outras localidades. Após a apresentação, os presentes puderam tirar suas dúvidas e sugerir ações. A Associação abriu suas portas, oferecendo o espaço para atividades com os grupos; a escola ofereceu uma sala para oficinas, a quadra e toda escola aos finais de semana, quando está aberta para a comunidade; a UBS também propôs trabalhar com oficinas, oferecendo espaço para o Cinema e filmes temáticos envolvendo o tema meio ambiente e educação ambiental, além do espaço de jardim e horta. O encontro finalizou com um delicioso lanche e o sorteio de um arranjo de Natal e dois livretos de receitas do CPCD. No início, a participação foi bem tímida, possivelmente pela novidade do Sementinha em trabalhar com as crianças em vários espaços das vilas. Mas, o importante é que os Educadores acolheram e envolveram as crianças, desenvolvendo com elas várias atividades. No projeto, as crianças têm uma rotina diária. Eles se encontram nos pontos combinados - Vila da Paz e ponto de ônibus da Parada Obrigatória. Depois, realizam um lanche coletivo na casa de um morador, na sala da Associação de Moradores ou nos demais espaços comuns do bairro. Depois do lanche, eles seguem para a atividade, que pode ser desde uma brincadeira no campinho, visita à casa de algum morador, oficinas, entre outras. Antes, nossos encontros iniciavam às 7h e 30min e finalizam às 11h, em ambos os postos de trabalho. Todavia, no decorrer do período, observamos que o horário no Vila da Paz deveria ser alterado, passando a atender das 8h às 11h e 30min. Além disso, o Educador tornou-se responsável por buscar as crianças em suas casas, favorecendo a frequência desse grupo no projeto. Todas as sextas-feiras, a equipe se reúne para avaliar a semana e programar a seguinte. Aos poucos, a comunidade vai se abrindo e os meninos e suas famílias vão chegando. Foram localizados também alguns moradores, Pontos Luminosos, que se dispuseram a ministrar oficinas de percussão e contação de histórias e abriram suas portas para receberem as crianças e Educadores. 2.3 - Atividades com as crianças As atividades desenvolvidas com as crianças são todas lúdicas. Assim, ao brincar, caminhar pelo bairro, buscar o colega em casa, os Educadores e as crianças conversam sobre comportamento, valores, espaços, entre outros temas. Frequentemente, trabalhamos as competências, habilidades, autonomia, protagonismo e vivência critica no seu meio.

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Lanche Todo momento é usado para a aprendizagem! E com o lanche não poderia ser diferente! Para realizar a ação, planejamos um cardápio saudável - sanduíches, bolos, tortas de talos, chás, leite, sucos e frutas. A comida é compartilhada entre o grupo igualmente, desenvolvendo a discussão e o hábito de alimentação saudável. Brincadeiras Com essa atividade, as crianças desenvolvem a coordenação motora, identificam as cores, descobrem o resultado da mistura de cores, instigam a concentração, elevam a autoestima, autonomia, criatividade e o cuidado com o ambiente. Mutirão de limpeza Com o objetivo de discutir com as crianças sobre os cuidados com o espaço onde vivem, o grupo foi levado a realizar um mutirão de limpeza. Na oportunidade, foram recolhidas garrafas PET e sacos plásticos jogados pelo bairro. Com esse material recolhido, foram confeccionados diversos brinquedos. Brincadeiras As brincadeiras presentes no dia a dia do projeto são ferramentas importantes de trabalho. Para aprofundar a amizade, discutir o espaço no qual estão inseridos, os cuidados e o respeito que devem ter um pelo outro, levamos meninos e meninas a desenvolver a imaginação, o espírito de colaboração, a socialização e ter melhor compreensão do mundo. O Sementinha entrou em recesso devido ao período das festas de final de ano. Logo em seu retorno, novas visitas foram feitas no Vila da Paz e no Parada Obrigatória. Oficinas Comunitárias Com o objetivo de dar visibilidade ao projeto e envolver as crianças e suas famílias na proposta da Comunidade Educativa, começaram, no mês de março, as ações nas casas dos moradores do bairro. Por meio de oficinas de permacultura, começamos a modificar os quintais, as fachadas das casas, indicando os Pontos Luminosos.

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A primeira intervenção foi realizada na casa da mãe e Educadora Georgia Domênica; o local também é um ponto de desenvolvimento de atividades com as crianças do Parada Obrigatória. O quintal é grande, espaçoso, trazendo várias possibilidades de ações. No dia da prática, foi realizada a tecnologia da tinta de terra e o jardim em pneus. Na ação, houve o envolvimento de 20 (vinte) pessoas entre crianças e adultos. Ao verem o movimento na casa, alguns vizinhos quiseram saber o que estava acontecendo. Eles gostaram tanto do que viram, que já solicitaram a visita dos Educadores em outras casas. O grupo ficou de voltar em outro momento para pintar a parte da frente da casa e fazer mais um jardim. O Sr. Emerson, morador do bairro, já acrescentou no novo espaço dois balanços de pneus para as crianças brincarem. Durante as visitas às casas, estiveram presentes o Presidente da Associação de Moradores do Chácara Santo Amaro, que abriu espaço no jornalzinho para divulgação do projeto, e a Diretora e Vice Diretora da escola do bairro, importante parceira do Sementinha. Na última semana de março, também foi realizada uma prática no Vila da Paz, na casa de D. Maria e Sr. Maurício, com envolvimento de 26 (vinte e seis) crianças e adultos. Também houve o envolvimento da Assistente Social Regina, do Cento da Criança e do Adolescente - CCA, e do Agente Lucas da APA, que atua na UBS de Santo Amaro. 2.4 - Grupo Vila da Paz Nos primeiros dias, as crianças não apareceram. Assim, os Educadores passaram a ir de casa em casa para buscá-las para as atividades. Conforme dito anteriormente, o horário das atividades sofreu uma alteração, iniciando-se às 8h. Foram realizadas rodas, combinados, dinâmicas, lanches e brincadeiras e visitas a Pontos Luminosos, como a casa do morador Tião, onde foi feita uma pintura de tinta de terra na varanda. Lá, as crianças conheceram algumas cores de terra, andaram pelo jardim identificaram flores, cores, frutas, compararam seus tamanhos com os cactos do espaço, discutiram espessuras. Além dessas, outras visitas foram realizadas, como na cada de D. Tereza, que faz plantações em seu quintal. Essa foi uma boa oportunidade para discutir sobre os nutrientes da couve, ingrediente do prato típico brasileiro, a feijoada. As crianças se divertiram bastante com uma brincadeira de Desfile de Modas. Elas sorriam, jogavam beijos e se portavam como verdadeiras manequins! Foi possível discutir a importância dos cuidados com o cabelo, com a higiene e aumentar a autoestima dos participantes.

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Neste período, os dois Educadores do Vila da Paz saíram do projeto, sendo necessário fazer um remanejamento na equipe, para não deixar de atender as crianças. Dessa forma, a Coordenação propôs que uma das Educadoras do Parada fosse à Vila. A Educadora Idelnize foi para a outra localidade e a Coordenação atuou juntamente, para que as crianças não estranhassem a mudança. Além disso, em roda, o CPCD autorizou a compra e recarga de um bilhete de passagem único para atender a demanda. No último mês, a Educadora resolveu sair do projeto, pois achou que estava ficando inviável para ela se deslocar para outra região. Nesse caso, chamamos uma voluntária que já atuava no projeto para assumir o lugar da Educadora. O convite foi aceito com muita satisfação e entusiasmo! Algumas pessoas no Vila já foram identificadas como Pontos Luminosos e esses locais passaram a ser pontos de referência para o projeto. A venda do Sr. Ailton, por exemplo, é um local onde as crianças se encontram com a Educadora. O Sr. Ailton já era um ponto de referência para os moradores, pois já está acostumado a receber correspondências para a comunidade. Na parede do estabelecimento, há uma caixinha onde são dispostas as cartas e contas de energia para os moradores. No Vila da Paz, atualmente, 12 (doze) crianças frequentam as ações do Sementinha. Aos poucos, as famílias já vão participando mais efetivamente, recebendo as crianças para fazer o lanche em suas casas. O projeto ganha a confiança das pessoas e já pode contar com algumas famílias para realizar os lanches. 2.5 - Grupo do Parada Obrigatória No grupo do Parada Obrigatória, o horário de atendimento sempre foi de 8h às 11h. A frequência das crianças e a rotina de trabalho são ainda bem tímidas. Algumas pessoas também foram identificadas como Pontos Luminosos, como a D. Ana e o Presidente da Associação de Bairro do Chácara, que abriu as portas da Associação para o projeto. Os trabalhos começaram com três Educadores e, atualmente, conta com apenas uma Educadora. Uma atividade que ganhou destaque foi a plantação de mudas de ervas para temperos e chás. Uma observação em relação à frequência das crianças diz respeito a distância das casas umas das outras. Buscar as crianças de porta em porta não é uma ação diária. Elas vão e participam com gosto das atividades, mas nem sempre as famílias levam-nas ao ponto de encontro.

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Outro fator de impacto nessa localidade foi o período de férias. Durante o recesso escolar, o grupo contava com até 25 (vinte e cinco) crianças frequentes. Hoje, temos cerca de cinco participantes frequentes. Formação de Equipe Além da formação inicial de 160 horas, semanalmente a equipe se reune para avaliar e planejar a semana. Os encontros quinzenais servem para dar continuidade à capacitação. Nesses momentos, são realizadas dinâmicas, brincadeiras, discutidas situações, realizadas leitura de textos, oficinas variadas de brinquedos, brincadeiras, entre outras coisas.

3. GERENCIAMENTO DO PROJETO O Sementinha tem a metodologia de trabalho e coordenação gerenciadas pelo CPCD - Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento. O projeto conta com o apoio de uma Coordenadora local, moradora do bairro. No início, a Coordenadora do CPCD em Vargem Grande esteve presente nos grupos até duas vezes por semana e participava da reunião semanal. Atualmente, essa frequência está mais espaçada, uma vez que, a partir de fevereiro de 2016, o grupo conta com a contribuição de outra Educadora do CPCD, que vem de Minas Gerais para acompanhar e colaborar com o desenvolvimento do trabalho no bairro, permanecendo pelo período de três semanas a cada mês.

4. DESEMPENHO DA EQUIPE O Projeto Sementinha conta, atualmente, com o apoio de duas Educadoras, que trabalham diretamente com as crianças, desenvolvendo atividades que proporcionem a autonomia, o protagonismo, o cuidado consigo mesmo, com o outro e com o espaço. Assim, todo o bairro é conhecido, usado e explorado no sentido de ser efetivamente uma comunidade educativa. São realizados encontros semanais para avaliar e planejar a próximas ações. As formações específicas servem para enriquecer o trabalho com as crianças.

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5. ENVOLVIMENTO COM AS FAMÍLIAS E COMUNIDADE O envolvimento com as famílias vem sendo uma conquista diária. Mesmo o Sementinha tendo um caráter bastante diferente do que já estavam acostumados, aos poucos, o projeto vai ganhando espaço, sendo mais evidente no Vila da Paz, onde o grupo é maior, as casas são mais próximas umas das outras, facilitando o encontro das crianças. Todavia, torna-se relevante destacar que o projeto começa a ganhar nova energia com o início das práticas de permacultura nas duas localidades Parada Obrigatória e Vila da Paz.

6. INDICADORES DE ÊXITOS - AVANÇOS OBTIDOS COM O DESENVOLVIMENTO DO PROJETO 6.1- Indicadores de qualidade

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Crianças interessadas, participativas e felizes;

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Crianças preocupando-se em organizar o espaço;

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Demais pessoas da comunidade aproximando-se do projeto;

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Instituições interessadas em fazer parcerias com o Sementinha;

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Casas que começam a se abrir para receber os grupos;

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Mães que se oferecem para fazer as oficinas em suas casas.

6.2 - Indicadores de quantidade

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01 formação de 160 horas e 35 pessoas envolvidas;

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01 formação de 12 horas;

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01 oficina de pintura em tecido;

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01 oficina de bilboquê – 17 brinquedos confeccionados;

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01 jogo Associe Corações;

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17 oficinas de rabo de foquete;

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15 fantoches de papel;

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02 oficinas de boneco de alpiste – 17 bonecos;

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Cofre de garrafa PET;

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12 binóculos de rolo de papel higiênico;

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01 balanço de pneu;

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01 oficina de pintura de tinta de terra em pneus;

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01 oficina de bolo de beterraba;

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01 oficina de artesanato – 19 flores de papel;

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01 oficina de nariz de palhaço – 17 brinquedos confeccionados;

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01 oficina de aranha de PET –15 brinquedos confeccionados;

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Visita em dois quintais da comunidade;

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Oficina de pipoca;

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Oficina de chá;

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12 bonecos de alpiste;

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03 jardins de pneu;

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02 oficinas de prática de permacultura na comunidade - 04 paredes pintadas e envolvimento de 46 pessoas;

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03 contações de histórias: “Três Porquinhos”, “João Bobo e João Sabido”, “Dona Joaninha vai à festa”, entre outras.

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34 tipos de brincadeiras diferentes: Abraço Coletivo, Embolada, Melancia Gorda-gorda, Pegapega, Futebol, Pega-pega Corrente, Cabo de Guerra, Pula Corda, Ciranda Cirandinha, Se eu Fosse um Peixinho, Pare Bola, Rabo de Dragão, A Cobra Não Tem Pé, Dona Aranha, Me Dá seu Lugarzinho, Rouba Cotia, Bororô, Passa Anel, Cabra-cega, Nesse Ônibus não Entro Mais, Pão na Casa do João, Oh! Criançada, Tic Tic Tac Tic Tac Pom Pom, Canguru, O Esquilo, Coelhinho Sai da Toca, A corda é o Obstáculo, Morto-Vivo, Desenhando a Sombra, Rouba Bandeira, Desfile de Modas, A Serpente, Jô Quempô.

7. DIFICULDADES ENCONTRADAS O Projeto Sementinha encontrou algumas dificuldades para se estabelecer na comunidade, uma delas foi a falta da sede. As pessoas olhavam para o trabalho muito desconfiadas. Algumas inscrições foram feitas e o trabalho começou com um número de participantes bem menor do que esperávamos. Como as casas das crianças são mais distantes umas das outras, também foi um problema realizar o Parada Obrigatória. Infelizmente, no final do ano passado, um acidente vitimou uma criança, que foi atropelada. O acidente deixou as mães desconfiadas. Recentemente, a perda de outra criança no bairro, por meningite, tornou as famílias ainda mais preocupadas. A oscilação da equipe no início da implantação do pojeto foi outro fator que dificultou o andamento das ações. Contudo, a equipe do CPCD, juntamente com Vera Lion, sempre buscou e continua buscando estratégias para continuar avançando com o Sementinha. Facilitar o meio de locomoção de uma Educadora de um ponto para o outro, buscar Educadores e crianças em novos pontos, iniciar o trabalho de oficinas de permacultura em quintais do bairro, conforme descreve MDI em anexo, foram alternativas criadas para superar os desafios.

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8. BREVE SÍNTESE O Projeto Sementinha teve seu início na localidade de Chácara Santo Amaro, em setembro de 2015. Após a formação de 160 horas, foram selecionados cinco moradores da comunidade para desenvolverem as ações propostas pelo projeto. Na primeira etapa de trabalho, desejávamos cadastrar crianças na faixa etária de 04 e 05 anos; mas, logo percebemos que seria necessário expandir esse limite de idade para 03 a 06 anos. Aos poucos, a comunidade recebeu o projeto. Sabemos que há muito o que conquistar ainda, mas temos grandes esperanças. Enfrentamos algumas dificuldades e a equipe não se manteve a mesma da formação inicial. Mas, lutamos para que o Sementinha seja mudança na vida das comunidades. Conhecemos e acreditamos na metodologia do projeto. Atualmente, buscamos estratégias inovadoras para atender às demandas dos moradores; por isso, pensamos e elaboramos MDI’s visando alcançar o objetivo de tornar o bairro uma localidade educativa. Vânia Maria dos Santos, coordenadora Projeto Sementinha - São Paulo|SP

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9. ANEXOS 9.1 - MPRA - Monitoramento de Processos e Resultados de Aprendizagem As questões apresentadas a seguir são sugestões oferecidas aos coordenadores e educadores dos projetos para utilizá-las durante as avaliações parciais (dos processos) e anuais (dos produtos).

PERGUNTAS 1. Quantos iniciaram a atividades e/ou projeto?

RESPOSTAS Do início do trabalho até hoje, temos 17 (dezessete) crianças envolvidas e duas famílias com tecnologias do CPCD em seus quintais.

1 a. Quantos concluíram?

25 (vinte e cinco) crianças foram inscritas e 17 (dezessete) participam das atividades.

2. Quanto tempo gastamos ou necessitamos para realizar a atividade e/ou módulo? O tempo determinado foi suficiente?

No início, as atividades, tanto em Vila da Paz quanto em Parada Obrigatória, começavam à 7h e 30min e terminavam à 11h e 30min. Depois de um tempo, foi necessário começar as atividades um pouco mais tarde nas duas localidades. Vale lembrar que, em Vila, as ações sempre iniciam meia hora mais tarde, preservando as quatro horas de atividades com as crianças.

3. Quantos produtos e/ou materiais de apoio e/ou instrução foram feitos? Eles atendem aos objetivos do projeto?

- 01 formação de 160 horas e 35 pessoas envolvidas; - 01 formação de 12 horas; - 01 oficina de pintura em tecido; - 01 oficina de bilboquê – 17 brinquedos confeccionados; - 01 jogo Associe Corações; - 17 oficinas de rabo de foguete; - 15 fantoches de papel; - 02 oficinas de boneco de alpiste - 17 bonecos; - Cofre de garrafa PET; - 12 binóculos de rolo de papel higiênico; - 01 balanço de pneu; - 01 oficina de pintura de tinta de terra em pneus; - 01 oficina de bolo de beterraba; - 01 oficina de artesanato - 19 flores de papel; - 01 oficina de nariz de palhaço – 17 brinquedos confeccionados; - 01 oficina de aranha de PET – 15 brinquedos confeccionados; - Visita em dois quintais da comunidade; - Oficina de pipoca; - Oficina de chá; - 12 bonecos de alpiste;

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PERGUNTAS 3. Quantos produtos e/ou materiais de apoio e/ou instrução foram feitos? Eles atendem aos objetivos do projeto?

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RESPOSTAS 03 jardins de pneu; 02 oficinas de práticas de permacultura na comunidade - 04 paredes pintadas e envolvimento de 46 pessoas; 03 contações de histórias: “Três Porquinhos”, “João Bobo e João Sabido”, “Dona Joaninha vai à festa”, entre outras. 34 tipos de brincadeiras diferentes: Abraço Coletivo, Embolada, Melancia Gorda-gorda, Pega-pega, Futebol, Pega-pega Corrente, Cabo de Guerra, Pula Corda, Ciranda Cirandinha, Se eu Fosse um Peixinho, Pare Bola, Rabo de Dragão, A Cobra Não Tem Pé, Dona Aranha, Me Dá seu Lugarzinho, Rouba Cotia, Bororô, Passa Anel, Cabracega, Nesse Ônibus não Entro Mais, Pão na Casa do João, Oh! Criançada, Tic Tic Tac Tic Tac Pom Pom, Canguru, O Esquilo, Coelhinho Sai da Toca, A corda é o Obstáculo, Morto-Vivo, Desenhando a Sombra, Rouba Bandeira, Desfile de Modas, A Serpente, Jô Quempô.

3 a. Eles atendem ao objetivos do projeto?

Sim; através das atividades realizadas, os Educadores conseguem envolver os participantes.

4. O que foi feito que evidencia ou garante que atingimos os objetivos propostos?

Crianças interessadas, participativas e felizes; Crianças preocupando-se em organizar o espaço; Demais pessoas da comunidade aproximandose do projeto; Instituições interessadas em fazer parcerias com o Sementinha; Casas que começam a se abrir para receber os grupos; Mães que se oferecem para fazer as oficinas em suas casas.

5. Como as atividades foram realizadas? Elas foram lúdicas? Inovadoras? Educativas?

As atividades realizadas foram lúdicas e bastante atrativas para as crianças e demais participantes. A prática de permacultura nos quintais despertou a curiosidade da comunidade, conseguindo envolver moradores e levá-los a perceber os benefícios das ações. As atividades com as crianças são sempre muito divertidas e envolventes. Por meio dessas ações, tem sido possível discutir a importância de cuidar do ambiente. Felizmente, as crianças já demonstram pequenas mudanças no comportamento. Assim que foi apresentada, a tecnologia da tinta de terra encantou a todos.

6. O que pode ser sistematizado? Já é possível construir uma “teoria do conhecimento”?

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PERGUNTAS 7. O que necessita ainda ser praticado para alcançarmos os objetivos propostos?

RESPOSTAS Ainda é necessário trabalhar a mobilização e divulgação do projeto, algo muito novo no bairro. Aos poucos, a comunidade vai se informando sobre as atividades e demonstrando maior interesse.

8. Se o projeto terminasse hoje, ele estaria longe ou perto de seus objetivos?

Estaria longe. Somente agora a comunidade começa a olhar o projeto com menos desconfiança, envolvendo-se com as ações. Toda a equipe procura atrair novos integrantes para o Sementinha.

9. Há necessidade de “correções de rumo” nas atividades? E na metodologia?

Sim. Houve necessidade de alteração do horário de funcionamento do projeto, pois, especialmente no Vila da Paz, as pessoas acordam mais tarde e a frequência é melhor quando as Educadoras vão de casa em casa buscando as crianças. Uma atividade que foi inserida e que já deu resultados positivos foi a prática de permacultura na comunidade com as famílias das crianças do projeto.

10. Nosso prazer, alegria e vontade em relação ao projeto aumentaram? Por quê?

Apenas uma integrante da equipe inicial continua no projeto. Além dela, uma voluntária tornou-se Agente. O envolvimento, tanto da Coordenação quanto das Educadoras, é forte. A metodologia ainda é uma novidade; mas, aos poucos e com as formações, os integrantes vão se empoderando das mesmas.

10 a. Nosso prazer, alegria e vontade em relação ao projeto diminuíram? Por quê?

Não. Apesar de ser tudo muito novo, a equipe recebe muito bem as formações e logo coloca em prática o que aprende.

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8.2 - MDI - Maneiras Diferentes e Inovadoras Instrumento de planejamento que estimula a criatividade e a inovação. Elaborado mensalmente para diversificar as estratégias de pesquisa, interação, superação de dificuldades e desafios, entre outras coisas.

PERGUNTA

1 - De quantas Maneiras Diferentes e Inovadoras podemos mobilizar a comunidade Chácara Santo Amaro para participar do Sementinha?

AÇÃO

TEMPO

RESPONSÁVEL

1.1 - Ir de porta em porta, fazer as inscrições

1.1 - Primeira quinzena de novembro

Educadoras, Coordenação e Educadores do CPCD - Eliane, Onésima

1.2 - Pedir ajuda aos Agentes da UBS

1.2 - Novembro

Vera, Vânia, Onésima e Educadores

1.3 - Fazer novas parcerias com outras 1.3 - Novembro instuições

Vera, Onésima, Vânia e Eliane

1.4 - Ampliar as atividades com o Sementinha, envolvendo diferentes famílias

1.4 - Janeiro/fevereiro

Coordenação e Educadoras

1.5 - Ter um grupo de Sementinha dentro da escola

1.5 - A partir de abril

Coordenação, Educadoras e Onésima

1.6 - Inserir práticas de permacultura no dia a dia da comunidade

1.6 - Março

Coordenação, Educadoras e Onésima

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PERGUNTA

2 - De quantas Maneiras Diferentes e Inovadoras podemos manter os educadores e desenvolver melhor o trabalho no projeto?

PERGUNTA

3 - De quantas Maneiras Diferentes e Inovadoras podemos ter um lanche mais saudável?

AÇÃO

TEMPO

RESPONSÁVEL

2.1 - Formações continuadas periodicamente

2.1 - A partir de novembro

Onésima

2.2 - Planejamento e avaliação do trabalho semanalmente

2.2 - A partir de novembro

Coordenação e Educador do CPCD

2.3 - Remanejar Educadoras

2.3 - Janeiro

Coordenação e equipe do CPCD

2.4 - Adquirir bilhete único para transporte de Educadoras

2.4 - Fevereiro

Coordenação e equipe do CPCD

2.5 - Acompanhamento diário de Educador do CPCD

2.5 - Março

Onésima

AÇÃO

TEMPO

RESPONSÁVEL

3.1 - Fazer oficinas com as Educadoras

3.1 - Segunda quinzena de fevereiro

Onésima

3.2 - Preparar o lanche com as crianças

3.2 - A partir de março

Coordenação e Educadoras

3.3 - Educador lanchar com as crianças

3.3 - Diário

Educador

3.4 - Fazer Cozinha Experimental

3.4 - Quinzenalmente

Coordenação e Educador

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