Relatório Técnico - Sementinha - jul a set 2016

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RELATÓRIO TÉCNICO

PROJETO SEMENTINHA: COMUNIDADE EDUCATIVA

SÃO PAULO|SP JUL A SET|2016

Coordenação:

Parceria:


RELATÓRIO TÉCNICO PROJETO SEMENTINHA: COMUNIDADE EDUCATIVA SÃO PAULO|SP – JULHO A SETEMBRO|2016

1. INTRODUÇÃO O Sementinha: Comunidade Educativa vem buscando vencer os desafios através de estratégias para conquistar seu espaço, envolver a comunidade e se efetivar realmente. Atualmente o Projeto e seus educadores já estão mais conhecidos na comunidade fortalecendo parcerias e identificando pontos luminosos. Várias rodas entre coordenação e equipe CPCD foram realizadas buscando alternativas de contagiar e envolver a comunidade para desenvolver as atividades por outros espaços além dos que já atua. Nos dois últimos meses as ações estiveram mais concentradas na Escola Estadual Hermínio Sachetta, no Ponto Parada Obrigatória e na Vila do Sapo. Os desafios ainda são grandes para conquistar essa comunidade, o que vem provocando busca de estratégica e movimentos de parcerias, como por exemplo, ações comunitárias envolvendo agentes da UBS, Pavs e projeto; visitas aos moradores de educador do CPCD junto com agente da UBS, procura de novas maneiras de intensificar e fortalecer parcerias desenvolvendo atividades dentro das instituições. A comunidade ainda é muito isolada, provocando nas pessoas muita insegurança, desconfiança em tudo e todos. As famílias raramente se encontram muito menos os vizinhos, que nunca conversam. Observamos que também o nível de pobreza é muito alto, uma evidência disso é a falta do celular, algo tão comum, hoje em dia. Muitas pessoas ainda não usam essa tecnologia.

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2. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS 2.1 - Formação de equipe Numa formação continuada e diária dos agentes, visando a melhoria do desempenho e sucesso no trabalho com a comunidade, a coordenação e equipe do CPCD discute as ações através de oficinas, rodas de avaliação e planejamentos semanais – Ação x Reflexão x Ação. Nos momentos de roda são analisadas as experiências, construção de MDIs - Maneiras Diferentes e Inovadoras, brincadeiras, técnicas de permacultura e possibilidades de uso da tinta de terra, já que é uma tecnologia que está encantando a comunidade. A formação com Cida Jurado, no Vargem Grande, bairro próximo onde se localiza a sede de mais um projeto do CPCD, continua uma vez por mês, com o objetivo de desenvolver os conceitos: “o que é ler?”, “o planejamento e registro - a sistematização para a aprendizagem” e “o papel do educador como mediador de leitura em sua perspectiva teórico reflexiva”. A última oficina trouxe uma exploração de produção de texto e sensibilização da escrita e trouxe várias ideias de atividades para serem feitas com os diferentes públicos do Projeto. 2.2 - Mobilização das crianças e moradores da comunidade para participarem do projeto No Parada Obrigatória, mais especificamente no ponto da chácara 10.000, local próximo ao ponto luminoso D. Dida, em parceria com a UBS e PAVS, houve grande envolvimento dos moradores que por dois meses se encontraram sistematicamente uma vez por semana para pensar, planejar e executar uma ação solidária e transformar o local. Para essa ação os moradores locais tiveram oportunidade de saírem de porta em porta nas vielas próximas convidando a população para participarem desse momento. A ação solidária, execução das propostas pelos moradores, durou dois dias consecutivos e contabilizou, no primeiro 52 pessoas e no segundo mais 38. Todo o espaço foi transformado e ganhou pintura de tinta de terra nas paredes, grafites, jardins, pracinha e parquinho. Uma maneira que a equipe do Projeto vem buscando para envolver as crianças é através de oficinas na escola do bairro, inicialmente com duas turmas - 1º ano B do E.Fundamental I e o 6º ano C do fundamental II; além das oficinas com adultos que aproximam os moradores, sendo mais envolvente a de tinta de terra. Essas oficinas comunitárias estão fazendo bastante sucesso na Vila do Sapo, local onde se concentrou o trabalho, devido ao envolvimento dos moradores que tiveram o desejo de

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transformar a vila e até modificar o nome de Vila do Sapo par Vila das Flores, público que vai mesclando entre crianças e adultos. 2.3 - Atividades com as crianças Uma estratégia de trabalho com as crianças do bairro foi se aproximar da escola, pois, algumas famílias muito desconfiadas não permitiram a participação dos filhos no projeto, com as crianças andando e visitando vários pontos, desenvolvendo oficinas cada dia em uma casa diferente ou espaços variados dentro do bairro. Como a escola já é a instituição que todos conhecem aceitam e confiam, o CPCD buscou desenvolver atividades dentro da escola. O primeiro passo foi a apresentação da ONG para o grupo de docentes da escola, demonstrando atividades e projetos que acontecem em outros locais, inclusive em São Paulo, das tecnologias usadas para desenvolver as propostas dos projetos, nesse caso focando uma delas criada, testada e aprovada - O bornal de jogos - quando na oportunidade os professores conheceram e usaram alguns jogos. O resultado dessa oficina, muito positivo, é que ficaram animados e viram possibilidade de que o Sementinha poderia contribuir em melhorar as dificuldades dos alunos da escola. Assim a coordenação abriu as portas para o trabalho com duas turmas inicialmente, formando um grupo fixo de crianças da 1ª série B, 23 alunos, e possibilidade de avanço para outra turma também de 1ª série com mais 26 alunos, além de 20 adolescentes do 6º ano com defasagem escolar. As atividades, com o objetivo de melhorar a convivência, autoestima, valorização do meio e ampliar a visão de mundo, raciocínio lógico, acontecem uma vez por semana com cada grupo, observando-se que no 6º ano, a frequência também semanal, mas com os horários não fixos para não prejudicar o conteúdo exigido na grade escolar. Uma das metas é trabalhar com a outra sala da 1a série. Na comunidade também acontecem outras atividades com crianças, sempre discutindo e valorizando a preservação do meio ambiente, redução do lixo e o acondicionamento correto, as cores da natureza, cuidados com as águas e a importância da alimentação saudável. Dessa forma, o projeto vai ficando mais conhecido e as pessoas mais confiantes no seu trabalho. Agora as crianças se encontram com os educadores na escola e algumas delas também na comunidade. 2.3.1 - Brincadeiras e jogos O uso dos jogos e as brincadeiras com a turma da primeira série é uma alternativa para trabalhar com as crianças de forma lúdica. Dessa forma, por meio de brincadeiras, jogos, mediação de leitura

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são trabalhados o cuidado com o próximo, respeito, coordenação motora, raciocínio lógico, o afeto e o bom convívio, cores, formas, autoestima, criatividade e concentração. Com o objetivo de amenizar os conflitos da turma os dois primeiros jogos escolhidos foram Afeto e União. O primeiro consiste em um tabuleiro, dois marcadores e um dado. O jogador lança o dado e de acordo com o número que sai ele anda as casas que estão numa sequencia de cores marrom, azul, vermelho e amarelo. No marrom passa a vez, no azul faz um elogio ao colega, no amarelo faz um desenho no ar e o colega tem que adivinhar e no vermelho dança ou canta o trecho de uma música. Percebeu-se que as crianças tem dificuldade de entender o que é elogio, não sabendo focar no colega, mas no que ele usa. Na música, o repertório também é bem restrito e no geral tiveram muita vergonha de realizar os comandos do jogo. No jogo União que consiste de cartas com figura de coração, mão, boca e cartas brancas. As cartas são embaralhadas e colocadas no monte. Escolhe quem começa o jogo e esse tira uma carta. Ao sair a boca, faz um elogio, o coração dá um abraço e a mão faz se um cafuné, a carta branca passa a vez. Para usar os jogos a turma foi dividida em dois grupos e cada um usou um jogo, que eram dois de cada tipo. Algumas crianças tiveram mais conflitos e quase não aproveitaram o momento. No segundo dia já foi mais tranquilo e conseguiram experimentar os dois jogos que foram usados e deixados na sala para iniciar a montagem de um banco de jogos. As brincadeiras feitas com as crianças foram: Salada mista - na roda, todos sentados, um em cada cadeira o coordenador da brincadeira vai nomeando as crianças com frutas, exemplo: laranja, uva, banana. A nomeação se repete em todos integrantes da roda. Ao falar laranja, todos esses se levantam e trocam de lugar, inclusive o coordenador tenta encontrar o seu. Quem ficar em pé será o novo coordenador. Ao dizer salada mista, todos precisam trocar de lugar; Gato mia- uma criança sai da sala e os demais escolhem quem será o gato, todos cobrem o rosto e quem saiu entra. Ele diz: mia gato. E o gato mia sendo necessário que ele encontre onde está. Ao adivinhar quem é o gato ele aponta quem é. Me dê seu lugarzinho - todos sentados e uma criança em pé que tentará convencer alguém de lhe dar o lugar. Esse pode negar ou não. Enquanto quem está em pé pede o lugar, os demais combinam entre si de trocarem de lugar ( que pode ser por gestos, olhares, cochichos) quem está em pé precisa ocupar o lugar de alguém que se levantar. Gatinho conquistador - todos na roda e um "gatinho no meio" que se aproximará de alguém e irá fazer dengo, miar até fazer o outro rir. Se ele rir, toma o lugar do gato e vice versa. Adoraram usar os jogos e fazer as brincadeiras e uma das meninas pediu para repetir a brincadeira da Salada mista. 2.3.2 - Mediação de leitura Com a mediação de leitura, em específico é trabalhado a concentração, o saber ouvir, discutidos temas variados como amizade, cuidado com o outro, igualdade de direitos, valorização do ambiente,

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entre outros temas. E principalmente despertar nas crianças o interesse pelos livros. Os primeiros livros lidos foram: A onça e a anta e A bruxa vai à festa. 2.3.3 - Algibeira Literária Levamos uma algibeira para a sala da primeira série com a finalidade das crianças terem maior acesso ao acervo literário infantil, com possibilidades inovadoras para elas, que é de levar o livro para casa e poder manuseá-lo livremente. Com isso surge a oportunidade de discutir cuidado, responsabilidade, partilha e até convivência familiar. 2.3.4 - Práticas permaculturais As práticas de permacultura foi uma das portas de entrada na comunidade para cada vez mais aproximar dos moradores, inclusive das crianças. Especialmente depois do dia de Solidariedade nas proximidades do ponto da Chácara 10.000, os moradores da Vila do Sapo, uma viela bem próxima, começaram a abrir suas portas para receber, conhecer e praticar as tecnologia oferecidas. Já é possível distinguir duas casas com maior concentração de tecnologias pelo quintal e oito pintadas. Os próprios moradores vêm ao encontro dos agentes solicitando a ida em suas casas para repaginarem as fachadas de suas casas e seus quintais. A tinta de terra é o carro chefe que primeiro encanta, mas através dela são levadas outras técnicas, tais como: a bordadura, composteira, diminuição de queimada e alimentação mais saudável. 2.3.5 - Valiosas parcerias Parceria efetivada a partir do mês de agosto, ação ainda recente, com a E. E. Hermínio Sachetta tem o objetivo de envolver a comunidade na proposta do Sementinha Comunidade Educativa. Por meio de atividades lúdicas com a turma do 6º ano C do E.Fundamental II, um grupo de adolescentes de 12 aos 15 anos turma formada posterior ao início do ano escolar, jovens com atrasos escolares e grandes dificuldades e com a turma do 1º ano B do ensino fundamental I, o desafio é envolver as crianças e adolescentes a fim de transformar suas vidas na escola, em suas casas, na vizinhança e serem aliados para tornar a Comunidade Educativa.

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3. GERENCIAMENTO DO PROJETO Diariamente, pensa-se novas alternativas para melhor executar o trabalho. Em rodas de conversas com a equipe do CPCD e Agentes de Desenvolvimento, são planejadas estratégias e ações diferenciadas, consolidando parcerias e transformando a Comunidade em Educativa.

4. DESENVOLVIMENTO DOS ADCS’S O CPCD através do projeto preocupa-se em garantir uma formação continuada para os Agentes, assim sistematicamente são elaboradas rodas semanais para avaliar e planejar o trabalho. A coordenação acompanha o trabalho diariamente, usando estratégias para vencer os obstáculos através das pedagogias, tecnologias e ferramentas do CPCD, além de formações fora da comunidade, como por exemplo, com Cida Jurado. Apesar de todo empenho em fazer acontecer essas formações é difícil os educadores saírem do bairro para participarem. Tem um pouco de resistência nesse sentido e às vezes faltam dos momentos que são em outros locais. Uma observação feita pela equipe do CPCD é que é o Sementinha que tem educadores do bairro e os agentes de saúde do bairro, mas todas as outras instituições como escola, CCA e agente PAVs são educadores, professores e agente de outros bairros que vão para o Chácara de manhã e voltam à tarde. Existem vários problemas de comunicação também que dificultam bastante. A equipe do CPCD e coordenação vão usando estratégias como grupos de redes sociais, recados para comunicar e ferramentas como MDIs, MPRA, áudios no celular, rodas em lugares variados dentro do bairro, rodas logo depois das oficinas para apoiá-los e formá-los.

5. INDICADORES DE ÊXITO - AVANÇOS OBTIDOS NO DESENVOLVIMENTO DOS OBJETIVOS DO PROJETO

5.1 - Indicadores qualitativos -

Nítido prazer das crianças em participar das atividades na escola

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Interesse de moradores da Vila do Sapo pelas tecnologias

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Participação de moradores nas atividades propostas

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Novos moradores envolvendo-se nas ações

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Rodas semanais com educadores para reflexão e modificação dos espaços

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Boa receptividade de alguns moradores que abriram suas portas

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Identificação de novos pontos luminosos

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Parceiros efetivamente atuantes nas ações do projeto

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5.2 - Indicadores quantitativos

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11 oficinas de tinta de terra

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04 oficinas de jogos

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10 brincadeiras realizadas

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01 quintal com bordadura e jardim em pneu

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01 oficina comunitária

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03 novas cores de terra captadas

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10 mediações de leitura

6. DIFICULDADES ENCONTRADAS A comunidade apresenta vários desafios a serem vencidos para que o projeto seja incorporado pelos moradores, que são bastante desconfiados. Na Vila da Paz, onde já estava caminhando, foi necessário suspender temporariamente as atividades, porque algumas famílias não queriam permitir que suas crianças frequentassem o projeto e demonstraram resistência pois o educador é um rapaz a trabalhar com as crianças. Dificuldade em reunir moradores para discutir as atividades e até a mobilização com a agente de saúde que indicou nomes para serem futuros educadores. Ainda que agendada e combinada a formação, no dia combinado do encontro, ninguém apareceu na roda. No geral muita dificuldade de mobilizar moradores para se formarem agentes e expandir para outras localidades; mesmo nos registros de fotos, os moradores não gostam que sejam fotografados. As condições climáticas, frio, garoa, às vezes impedem o andamento de atividades ao ar livre. Outra dificuldade que foi percebida é as distâncias de um ponto ao outro, entremeados de mata ou estrada estreita cheia de curvas com bastante movimentos de carros, dificultando o transito dos moradores de uma localidade para a outra. Contudo, esses acontecimentos são vistos como desafios para a equipe do CPCD e os Agentes que usam as ferramentas como MDI, fortalecimento de parcerias, para conquistar realmente a comunidade. Algumas estratégias também, como próximos passos, já foram articuladas inclusive na Vila da Paz tais como: em parceria com a UBS e agente Pavs foi agendado uma tarde de cinema, o que foi uma conquista, pois, o pastor da igreja, através do contato da agente da UBS concordou em ceder o espaço para essa tarde e para outros encontros e atividades. Aproveitando também a oportunidade foi agendada uma roda com as mulheres da localidade com o objetivo de ouvir delas o que esperam do

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projeto e como é possível trabalhar aquele espaço, identificar pontos luminosos e desenvolver atividades com as crianças e com suas famílias.

7. BREVE SÍNTESE DAS REFLEXÕES SISTEMATIZADAS A PARTIR DOS RESULTADOS A comunidade do Chácara Santo Amaro apresenta bastante desafios a serem vencidos, é bastante desconfiada e, neste período, vários acontecimentos, ocorreram, tais como: proibirem as crianças de participarem das atividades por acontecerem ao ar livre mesmo em dias de sol; por não permitir que seus filhos frequentem a casa do vizinho; não permitir que os filhos participem das atividades pelo educador ser homem, inibindo o trabalho dos Agentes. Contudo, a equipe sempre busca alternativas para as atividades usando as ferramentas do CPCD - MDIs e MPRA, novas articulações em outras instituições do bairro, visitas acompanhadas pelas agentes da UBS, buscando sempre agindo a partir da Ação x Reflexão x Ação. A atitude dos moradores leva a pensar que o sentimento é do autodesprezo, que pensam não ser possível transformar o local, que precisam proteger suas crianças a qualquer preço de qualquer coisa ou pessoa, fechando-as também num mundo próprio sem complexidade e perspectivas. As crianças por sua vez necessitam e querem usufruir do direito de ser criança, de conhecer o novo, de divertir, brincar e aprender. A questão da pobreza é muito evidente dando a perceber que todos tem uma vida bem regrada e apesar de ser um local produtor de hortaliças percebe-se a escassez de alimentação saudável. Os horários do bairro são bastante diferentes, pois dormem até bem tarde, quando já deveriam almoçar ainda estão para tomar o café e as crianças, na sua maioria, contam com o almoço que é servido na escola - a merenda - As distâncias são bem longas e caminhos isolados, perigosos. Um indicador é que em todas as instituições que existem no bairro grande porcentagem, quando não totalmente os funcionários são de outros bairros. Apesar de tantas dificuldades vale à pena insistir no trabalho devido à leitura feita é que o bairro ainda é bastante precário e as pessoas precisam sair do ponto de autodesprezo como se encontram para um patamar de realizações, conquista de direitos, valorização dos saberes e descobertas de quereres, busca dos sonhos e a visualização da possibilidade de concretização de muitos deles. Alguns pequenos avanços são observados como as parcerias com as instituições, podendo citar um importante avanço ao oficializar e fortalecer a parceria com a escola estadual Hermínio Sachetta, por meio da reunião da equipe do CPCD e coordenação da escola, quando foi agendada e realizada oficina de apresentação da ONG e suas tecnologias para os professores, o que levou à formalização do trabalho com algumas turmas de crianças e adolescentes; a mobilização e ação solidária na

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Parada Obrigatória, ponto da chácara 10.000, onde foi transformado todo o espaço que ganhou pintura de tinta de terra nas paredes, grafites, jardins, praçinha e parquinho; a mobilização e abertura da Vila do Sapo que está sendo transformada pelas ações do projeto lembrando que a maior participação do bairro demonstrando desejos dos moradores e disposição para receber os educadores e aceitar que entrassem em suas casas e modificasse o espaço.

Onésima Gomes Ferreira Mourthé Projeto Sementinha: comunidade educativa

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8. ANEXOS 8.1 - MPRA - Monitoramento de Processos e Resultados de Aprendizagem As questões apresentadas a seguir são sugestões oferecidas aos coordenadores e educadores dos projetos para utilizá-las durante as avaliações parciais (dos processos) e anuais (dos produtos).

PERGUNTAS

RESPOSTAS

1. Quantos iniciaram a atividade e/ou o projeto? Quantos concluíram?

O projeto ainda está em fase de conquista da comunidade. Na Vila do Sapo, já é possível reunir alguns moradores que já se envolvem diariamente nas atividades.

2. Quanto tempo gastamos ou necessitamos para realizar a atividade e/ou módulo? O tempo determinado foi suficiente?

O funcionamento do projeto é de 4horas diárias de segunda à sexta, além de oficinas fixas por dois dias no período da tarde na escola, ocupando dois horários cada dia. As oficinas nas vilas são marcadas de acordo com a demanda e disponibilidade da comunidade. Essas oficinas comunitárias têm duração média de uma hora e meia. Durante as atividades, sempre vislumbramos novas ações a serem trabalhadas nos próximos encontros.

3. Quantos produtos e/ou materiais de apoio e/ou instrução foram feitos? Eles atendem aos objetivos do projeto?

11 oficinas de tinta de terra 04 oficinas de jogos 10 brincadeiras realizadas 01 quintal com bordadura e jardim em pneu 01 oficina comunitária 03 novas cores de terra captadas 10 mediações de leitura

4. O que foi feito que evidencia ou garante que atingimos os objetivos propostos? As oficinas e tecnologias listadas no relatório buscam e contribuem para o alcance dos objetivos do projeto?

Atualmente o mais evidente é o prazer dos moradores ao participarem das oficinas e verem o resultado nas fachadas de suas casas. Apesar de ser lento, aos poucos, o projeto ganha a confiança dos moradores.

5. Como as atividades foram realizadas? Elas foram lúdicas? Inovadoras? Educativas?

Em sua grande maioria, as oficinas são realizadas de forma simples e descontraída. O grande objetivo é alcançar o aprendizado significativo e a confiança da comunidade.

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PERGUNTAS

RESPOSTAS

6. O que pode ser sistematizado? Já é possível construir uma “teoria do conhecimento”?

Ainda não é possível, porém as oficinas na comunidade e na escola apontam um caminho para chegar ao trabalho direto com as crianças.

7. O que necessita ainda ser praticado para alcançarmos os objetivos do projeto?

Ainda é necessário desarmar a comunidade e desenvolver a mentalidade do “coletivo”, aonde todos são responsáveis por tudo e por todos. Ou seja, boas e prósperas ações acontecem fora da caixa.

8. Se o projeto terminasse hoje, ele estaria longe ou perto de seus objetivos?

O caminho começa a despontar, porém longe do fim. Aos poucos, a comunidade se abre, demonstra confiança, mas ainda com restrições.

9. Há necessidade de “correções de rumo” nas atividades? E na metodologia?

Adaptações e correções nas atividades estão sempre acontecendo visando o envolvimento da comunidade. Assim, alteramos os horários das rodas, os dias de oficinas ou o jeito de se realizar algumas delas, sempre buscando meios de fazer acontecer. Outra correção foi tentar chegar às crianças por meio de atividades de práticas de permacultura com os adultos, além de firmar parceria com a escola, instituição que já tem grande credibilidade no bairro e realizar atividades com as crianças lá dentro para atingir suas famílias e efetivar parceiros/escola/crianças/família.

10. Nosso prazer, alegria e vontade em relação ao projeto aumentaram ou diminuíram? Por quê?

As dificuldades são vistas como novos desafios para alcançarmos os objetivos propostos. Os educadores apresentam maior ânimo atualmente que a vila do sapo abriu suas portas para receber o projeto, onde pode-se afirmar que é com bastante alegria que os moradores os recebem.

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8.2 - MDI - Maneiras Diferentes e Inovadoras Instrumento de planejamento que estimula a criatividade e a inovação. Elaborado mensalmente para diversificar as estratégias de pesquisa, interação, superação de dificuldades e desafios, entre outras coisas.

PERGUNTA 1. De quantas Maneiras Diferentes e Inovadoras podemos aproximar dos moradores do bairro?

PERGUNTA 2. De quantas Maneiras Diferentes e Inovadoras podemos transformar a vila do Sapo?

AÇÃO 1.1 - Articular, Estabelecer e Fortalecer parcerias com UBS, PAVs, Pontos luminosos

TEMPO 1.1 - agosto

RESPONSÁVEL Coordenação e educadores

1.2 - Identificar um ponto estratégico e concentrar nele

1.2 - Diário

Toda a equipe do projeto

1.3 - Transformar a Vila do Sapo

1.3 - Diário

Toda a equipe do projeto

1.4 - Apresentar o CPCD e o bornal de jogos para a escola em oficina com professores

1.4 - Agosto

Equipe CPCD

1.5 - Promover trabalhos junto com parceiros/ instituições locais

1.5 - Agosto

Coordenação e educadores

1.6 - Oficinas de tinta de terra nas casas

1.6 - Diário

Coordenação e educadores

AÇÃO 2.1 - Pintar todas as fachadas da vila

TEMPO 2.1 - Diário

2.2 - Montar quintais maravilha na vila

2.2 - setembro

2.3 - Identificar as tecnologias com plaquinhas

2.3 - setembro

2.4 - Identificar os pontos luminosos com placas pintadas de tinta de terra

2.4 - outubro

RESPONSÁVEL

Equipe do projeto

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PERGUNTA 3. De quantas Maneiras Diferentes e Inovadoras podemos trabalhar com a Escola do bairro ?

AÇÃO 3.1 - Oficinas variadas com turma de 1ºano

TEMPO 3.1 - duas vezes por semana

3.2 - Oficinas variadas com turma do 6ºano

3.2 - Semanal

3.3 - Apoio ao trabalho do grêmio da escola

3.3 - Agosto à dezembro

3.4 - Dinâmicas de grupo

3.4 - Uma vezes por semana

3.5 - Oficinas mais práticas como de permacultura

3.5 - Quinzenal

3.6 - Oficina de uso e confecção de jogos

3.6 - Semanal

RESPONSÁVEL Educador e Coordenação

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8.3 - Memórias das oficinas na Escola Estadual Hermínio Sachetta 16/08/2016 Em conversa com a coordenação da E.E.Hermíno Sachetta e os educadores do CPCD- Centro Popular de cultura e Desenvolvimento, atuantes no Projeto Sementinha: Comunidade Educativa combinou-se uma oficina de bornal de jogos para os professores do Ensino Fundamental II com o objetivo de apresentar a instituição, CPCD e mais detalhes de uma de suas tecnologias: o Bornal de Jogos. A oficina, que ocupou o tempo destinado à ATPC, iniciou com alguns professores e esse número foi aumentando finalizando com 16 professores, 2 agentes do projeto e 1 moradora da comunidade. Material usado na oficina: -Vídeo da instituição com fala do presidente Tião Rocha; - Slides de imagens do projeto Vargem Grande Comunidade Saudável; -Slides de imagens do Projeto Sementinha: Comunidade Educativa referente às ações que já acontecem no bairro; - Alguns jogos do bornal : Abra a carta, Fecha a carta, Rapidinho, Damática, Àrvore orográfica e ainda o Jogo torre de hanoy. Depois das apresentações referidas acima, os professores foram convidados a experimentarem os jogos. Divididos em grupos no qual cada um recebeu um tipo de jogo, havendo possibilidade de troca para vivenciar outro jogo. Para finalizarmos a oficina com um pouco de dificuldade de parar de usarem os jogos, voltaram todos para a roda a fim de avaliarem o trabalho. A resposta foi bastante positiva revelando a empolgação dos envolvidos na possibilidade de usar os jogos com os alunos em momentos e objetivos variados, como num dia de chuva; para melhorar o desempenho e aprendizagem dos alunos, para recrear, entre outros. Em seguida foi agendada outra roda com a coordenação para firmar e detalhar a parceria com a instituição construindo agenda de atividades para serem desenvolvidas em duas salas de aulas: o 6º ano C - uma turma que iniciou um pouco mais tarde durante o ano de 2016 e que apresenta algumas dificuldades de aprendizagem, além de um 1º ano que também apresenta esse tipo de dificuldade; combinados encontros semanais com o 6º ano, por dois horários seguidos, alternando os dias da semana para não comprometer o desenvolvimento do conteúdo que precisa ser ensinado aos adolescentes e dois dias fixos semanais- quinta e sexta - com as crianças do 1º ano, além de desenvolver atividades envolvendo o grêmio da escola.

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24/08/2016 - Oficina com 6º ano C O primeiro encontro com a turma do sexto ano. Iniciou-se a roda com a brincadeira Tic, tic, tac, pom, pom. Todos ficam em roda e o coordenador da brincadeira inicia dizendo:_ tic, tic, tac, pom, pom fazendo um gesto; todos da roda devem repetir a fala e ação. Em seguida o coordenador passa a vez para alguém que deverá repetir o que foi feito e criar novo gesto. Assim a roda segue. É uma brincadeira divertida para quebrar o gelo, trabalhar a criatividade, coordenação motora, sequencia, memória, autonomia, sincronia, ritmo, autoestima.

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Em seguida os jovens foram convidados a enfrentar um desafio: criar um crachá que atendesse a três critérios - Ser fora do padrão ( que não fosse quadrado); Evitar desperdício do material; compartilhar o mesmo. E que durante a oficina iria ser construído um contrato de convivência do grupo.

Dividiram-se livremente e cada mesa recebeu canetinha, canetão, caneta, cartolina colorida, lápis de cor, giz de cera, tesoura, barbante. Foram colocados os seguintes itens no contrato: -

Compartilhar o material

-

Ouvir quando o outro falar

-

Usar a criatividade

-

Nunca desperdiçar material

-

Respeitar uns aos outros

-

Não usar a violência

O objetivo dessa atividade é conhecer um pouco sobre cada um, seus gostos, desenvoltura, capacidade de trabalhar individualmente compartilhando o material, algumas habilidades, por exemplo. Foi marcado o tempo que poderiam usar e quando faltavam 10 minutos avisado o tempo que restava. Em seguida o grupo voltou para a roda a fim de apresentarem seus crachás. Poderiam

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dizer o nome e o que o levou a fazer daquele jeito. Alguns foram mais criativos, outros nem tanto e acabaram padronizados, mas o mais importante é que todos fizeram e gostaram de fazer. O grupo se mostrou composto por alguns adolescentes tímidos que usam do humor como defesa, ou o silêncio, ou a amizade com o colega mais próximo.

Depois foi o momento de ouvir da turma, o que esperavam do projeto e o que gostariam de fazer junto. Listaram: -

mais atividades na quadra

-

mais atividades esportivas

-

jogos de tabuleiro que não fosse xadrez

-

tinta de terra

-

artes

-

pintar o muro da escola

-

mutirão para limpar os arredores da escola

-

teatro

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Para finalizar e avaliar o dia foi perguntado na roda o que acharam da atividade e uma bolinha de mão em mão para indicar a vez de falar oportunamente para todos. "Legal" "bom" Foram as palavras ouvidas na roda. É evidente que é tempo de experiência e conquista. 25/08/2016 - Oficina com o 1º ano B Iniciando a oficina foi feita a brincadeira Salada mista. Nessa brincadeira as crianças ficam sentadas na roda, sendo que uma fica em pé. O coordenador da brincadeira nomeia as pessoas com nome de frutas como, por exemplo: uva, pera, banana. Cada um, guarda seu nome e ao ouví-lo se levantam e trocam de lugar. Ao comando Salada mista, que é usado para equilibrar o jogo todos devem trocar de lugar. Gostaram da brincadeira e queriam continuar. Apenas um dos meninos Kaique disse que não poderia brincar porque não conseguia levantar e trocar de lugar. Discutiu-se isso na roda e o grupo compreendeu a situação( atenção a essa criança para levá-la a entender que pode superar limites) e foi apresentado a proposta do encontro duas vezes por semana, toda quinta e toda sexta para desenvolverem várias atividades junto com a professora. No próximo momento a confecção do crachá. Com essa turma o objetivo da atividade foi também para conhecer um pouco, desenvolver a criatividade, a autoestima. Com um simples desenho foi possível identificar vários dizeres: o amor pela família, a identidade com a natureza, etc.

Em seguida cada criança apresentou seu crachá. Depois do intervalo usaram o jogo Afeto. Objetivo do jogo: Desenvolver a boa convivência ( cuidado com o outro, a autoestima). Nesse jogo que é um tabuleiro, um dado e dois marcadores, a sala se dividiu em dois grupos e cada um recebeu o seu

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material. Primeiro foi combinado que a cada momento um jogava o dado, outro andava com o marcador e outro realizava as prendas do jogo. No primeiro grupo o jogo fluiu e conseguiram mais de uma vez, no segundo grupo foi necessário parar algumas vezes para resolver conflitos. É possível pontuar qual criança precisa ser mais trabalhada nesse sentido. Em seguida aconteceu uma mediação de leitura para as crianças com o objetivo de voltarem à concentração da sala, se acalmarem para a professora dar continuidade à aula e depois uma breve avaliação de como tinha sido o dia. A avaliação foi bastante positiva e espontânea, a criançada foi saindo das carteiras e vindo abraçar as oficineiras. Foi combinado com a sala de deixar para eles uma algibeira com alguns livros e dois tabuleiros do jogo usado no dia para começarem um banco de jogos.

24/09/2016 Segundo encontro com o 6º ano C. Desta vez ocupamos o horário de matemática. Ao iniciar a oficina a turma, bastante agitada e grande dificuldade de falar. O objetivo era realizar a dinâmica da bolinha que é um desafio para o grupo que a experimenta. Ao explicar que iriam descer para o refeitório a turma se animou. Quando chegaram ao local combinado, nem todos quiseram participar da roda. Como é um combinado de não impor a participação de ninguém se iniciou a atividade com apenas sete participantes. Foi bastante difícil explicar a dinâmica. Os adolescentes estavam aéreos, mesmo o

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professor com dificuldade de centrá-los. Os que não quiseram participar ficaram sentados, mexendo no celular. Um deles, o Rodrigo, ficou um pouco interessado, mas, não deu o braço à torcer e permaneceu em pé apenas observando. Mais tarde o Matheus entrou na roda. A dinâmica consiste em jogarem a bola um para o outro chamando à atenção de quem vai receber a bola. A primeira etapa a pessoa diz o nome e joga a bola. Na segunda etapa chama o colega para quem vai jogar a bola. Em seguida chama apenas com o olhar, ou um gesto. A sequência deverá ser sempre a mesma. Então se Matheus joga para Daniela e Daniela joga para Poliana em todas as rodadas essa deverá ser a ordem. Em seguida o coordenador vai acrescentando outras bolas e o desafio é não deixar nenhuma cair passando pelas mãos de todos na roda. A cada vez que a bola cai brincadeira para e o grupo discute o que aconteceu, o que precisam fazer para melhorar o desempenho. O segundo passo é desafiar o grupo a passar a bola pelas mãos de todos no menor tempo. Foi necessário alterar a dinâmica. Cada vez que a bola caia não podia delongar a discussão. Durante o jogo uma das meninas atrapalhava bastante, não seguia os combinados até que desistiu e saiu da roda para se juntar ao grupo sentado. O grande desafio foi lançado e o tempo cronometrado. A cada rodada o grupo era desafiado a diminuir o tempo. Ao chegarem em 2.48" se deram por satisfeitos. Foram desafiados novamente, mas não quiseram tentar outro tempo. A oficina foi finalizada sem conseguir avaliar o dia. Grupo bem disperso. Não foi possível fotografar nesse dia, pois, a prioridade era não perder nenhum dos participantes e qualquer movimento fora da roda poderia desconcentrar. Ao bater o sinal voltaram para a sala de aula. O objetivo do dia não foi alcançado. 14/09/2016 O terceiro encontro com a turma foi no horário de Geografia. Logo no início a professora conversou com a turma e dizendo que era uma oportunidade participarem do projeto e que aquele momento também seria contabilizado como aula da disciplina, que era uma maneira de proporcionar momentos mais leves dentro das aulas. Essa fala da professora foi fundamental e os adolescentes prestaram à atenção na descrição do que seria o dia. No primeiro momento fizeram o desenho de um boneco com cabeça, tronco e membros, nomeando como quisessem. Poderia ter o seu próprio nome ou um outro que quisessem. A maioria se nomeou. Essa dinâmica tem o objetivo de conhecer melhor o universo deles através dos sonhos, melhores momentos, piores momentos, que o boneco tem e eles descrevem. Um dos meninos não conseguia acompanhar e a professora sentou-se perto para ajudar. Em seguida podiam enfeitar, colorir de acordo com a criatividade de cada um. A maioria quis enfeitar. De toda a turma um dos meninos chamou a atenção. Rodrigo - o tempo todo, apesar de participar da atividade,

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demonstrava agressividade no desenho, nas falas. Entendi que era uma maneira de externar sentimentos. Depois fizeram a brincadeira "Piscada fatal" que conheciam por "rouba marido". Apenas o Rodrigo não quis participar. Os adolescentes gostaram bastante da participação da professora. Seguindo foi realizada uma avaliação onde podiam escrever na filipeta: o que mais gostaram, o que não gostaram e o que gostariam para o próximo encontro.

Dentre o que gostaram estava:

brincadeira, o desenho. Ninguém tinha o que não gostou e muitos gostariam de no próximo encontro - jogar bola.

Uma observação e descoberta: Rodrigo gosta de desenhar e gostou quando pedi para fazermos alguns desenhos juntos. A professora trouxe que atualmente trabalha de conteúdo os estados brasileiros. Combinamos de montarmos um jogo com a turma para estudarem essa matéria. A avaliação é que esse encontro foi bem melhor e os primeiros vestígios de proximidade começam se apresentar. 15/09/2016 - 1º ano B No segundo dia de encontro com a turma foi possível usar dois jogos: Afeto e União. Os dois fazem parte do bornalzinho de jogos - direcionado para a faixa etária da pré escola e anos iniciais do fundamental I e ambos tem como objetivo a integração dos jogadores. Com o objetivo de amenizar os conflitos da turma esses dois jogos foram escolhidos, usados e deixados na sala para iniciar a

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montagem de um banco de jogos. Nesse dia a turma recebeu alguns coleguinhas de outra sala. O grupo foi dividido em quatro grupos e cada um ganhou um jogo. Uma das crianças foi escolhida para ajudar coordenar a rodada. Combinou-se que os jogos seriam trocados e todas as crianças tiveram oportunidade de usar os dois jogos.

Essa oficina foi mais tranquila, as crianças conseguiram jogar e se divertirem. Apesar de haver crianças de outra sala, a oficina aconteceu de forma mais organizada e produtiva. Para finalizar o momento foi feita a mediação do livro: A onça e a anta. 16/09/2016 No terceiro encontro com o primeiro ano foi necessário modificar o planejamento e usar o plano B, devido ao imprevisto de duas salas terem que se juntar por uma das professoras ter se ausentado. Assim depois de organizar as duas turmas na sala, algumas brincadeiras foram realizadas dentre elas: Salada mista, que consiste em nomear as pessoas com nome de frutas e ao dizer o nome da fruta essas devem se levantar e trocar de lugar, enquanto o coordenador trata de tomar o lugar de alguma delas. Quem ficar em pé diz outro nome de fruta, ou salada mista se quiser que todos se movimentam.

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A outra brincadeira foi Gatinho conquistador - todos ficam na roda concentrados e uma das pessoas, o gatinho, precisa conquistar alguém. Para isso ele deve miar, fazer graça; enquanto a conquista em questão não poderá rir. Se isso acontecer a pessoa toma o lugar do gatinho. Me dá o seu cantinho - As crianças em roda todas sentadas e uma chega perto e pede o seu cantinho. O doador do canto poderá negar se quiser ou ceder o lugar. Enquanto eles estão nessa negociação os demais componentes da roda combinam através de sinais, quando saem do lugar a criança que está em pé tentará sentar.

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O gato mia - uma brincadeira já conhecida da turma. Uma criança sai da sala, enquanto a turma combina quem será o gato. Todos cobrem o rosto e apenas o gato mia. A criança que saiu deverá descobrir quem é o gato. Nessa brincadeira a dificuldade foi bem grande. Muitos miavam... foram feitas algumas tentativas até conseguir fazer a brincadeira corretamente. O objetivo das brincadeiras é: levantar a autoestima, integração do grupo, desenvolver a autonomia, trabalhar a coordenação motora, atenção, concentração, percepção auditiva, localização, tomada de consciência de espaço, comunicação com o colega e desenvolver o raciocínio. A avaliação do dia foi bastante positiva, as crianças gostaram das brincadeiras e as duas turmas interagiram sem contratempos. No dia 15 de setembro o foco da oficina foi a contação de história e a dinâmica foi a história desenho: O lápis e o Rato. Nessa dinâmica à medida que se desenha vai contando a história e deu-se enfoque na figura geométrica: o Círculo, que é o conteúdo que a professora estará trabalhando por esses dias. No início da oficina a primeira atividade foi a brincadeira da Salada mista à pedido das crianças e em seguida foi proposto a brincadeira Melancia. Uma brincadeira que trabalha a oralidade, autoestima, respeito.

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Em seguida a contação de história e depois as crianças fizeram o desenho do que foi contado. O próximo passo é a montagem de um livreto com a história, o qual as crianças cuidarão de ilustrar com desenhos e colagens. O dia foi produtivo e as crianças já começam entender melhor as brincadeiras, as regras que elas impõem e conversarem sobre os conflitos. 22/09/2016 Nesse dia não houve oficina devido à paralisação da escola.

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