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In memoriam Felícia de Assunção Pailleux

parte da 2ª Divisão do CEP, e que como outros compatriotas que optaram no final do conflito bélico por não regressar a Portugal, onde grassava uma profunda crise política, económica e social, fixou-se na zona onde combateu, no Norte-Pas de Calais, uma zona de minas de carvão que absorveu muita mão-de-obra.

Ao longo das últimas quatro décadas, Felícia de Assunção Pailleux foi a porta-estandarte da bandeira de Portugal nas cerimónias evocativas da Grande Guerra no cemitério de Richebourg e no monumento aos soldados lusos em La Couture, no Norte-Pas de Calais, honrando a memória do seu pai, soldado e emigrante português falecido em 1975, que muito antes da emigração massiva dos anos 60 escolheu como muitos outros antigos companheiros de armas a França para viver, trabalhar e constituir família.

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O incansável papel de dinamização e perpetuação da memória dos saldados portugueses tombados em combate no decurso da Grande Guerra concorreu para em 2018, no decurso das comemorações do centenário da Batalha de La Lys, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, distingue-se numa cerimónia ocorrida no cemitério de Richebourg, Felícia de Assunção Pailleux com a Medalha da Defesa Nacional. Uma medalha militar portuguesa, justamente atribuída à filha do antigo soldado e depois emigrante João Assunção, criada no alvorecer do séc. XXI, em 4 classes, destinada a galardoar os militares e civis, nacionais ou estrangeiros, que, no âmbito técnico-profissional, revelem elevada competência, extraordinário desempenho e relevantes qualidades pessoais, contribuindo significativamente para a eficiência, prestígio e cumprimento da missão do Ministério da Defesa Nacional.

O CDS-PP Madeira tem um passado de trabalho na defesa dos direitos dos nossos emigrantes.

Prova disso é que a 28 de junho de 2020 foi aprovado, na Assembleia Legislativa da Madeira, uma proposta Lei à Assembleia da República, que visava a alteração da Lei do Seguro Social Voluntário, a fim de permitir aos portugueses residentes no estrangeiro puderem descontar para a Segurança Social.

Em abril último, foi discutido e aprovado um Projeto de Resolução para o cumprimento do Convénio Bilateral de Segurança Social entre Portugal e a Venezuela.

Estas propostas partilham de uma base comum, ambas foram apresentadas pelo CDS-PP Madeira, dando voz às reivindicações dos portugueses da nossa diáspora e ambas as propostas tiveram o mesmo tratamento, ficaram enterradas no fundo da gaveta do Governo Socialista na República.

Perante o discriminatório Programa Regressar, que excluí às Regiões Autónomas, foi, novamente, o CDS-PP Madeira a se chegar a frente, pedindo a sua inconstitucionalidade.

A persistência do CDS-PP Madeira na defesa dos emigrantes deu fruto, pena que não foi o fruto que os nossos emigrantes esperavam.

No programa Regressar, o PS reconheceu a necessidade de incluir as Regiões autónomas e apresentou uma proposta ao Orçamento de Estado, mas mandou a fatura para as contas da Madeira e Açores.

O Partido Socialista parece ter descoberto os problemas das nossas comunidades em 2022, provavelmente pelas mãos do Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas que, até ser nomeado, ocupava um lugar na Assembleia da Região e assistiu, na primeira fila, a luta do CDS-PP Madeira pelos direitos da nossa diáspora. Acordaram tarde, mas ainda bem que acordaram para