ChopperON BRASIL #8

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Sumário # 8 04 Opinião. 06 Tabela Botas, réplicas, livro. 08 Indian Chief Dark Horse. 16 South Garage Kelevra. 28 Mey de Damián Rodríguez. 48 La Gringa. 68 Schorem Barbers of Rotterdam. 72 West Garage. 86 Hot Company Brasil, a fábrica das maravilhas. 86 A nova casa do Caju. 102 Café de Célio, Triumph 112 Oficina Verificación de puntos vitales.

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Tripulação e

PADRÃO E REMADOR: Nacho Mahou COMODORO: Adriano García BRIGADEIRO: Alberto Miranda FIGURA DE PROA: Maldita Sea Marinheiros de primeira viagem: Gerson Carvalho, Gustavo Faria, Marco Armazem, Fabiano Guma, Ferdi Cueto, Lebowski, Blindado, Frank Burguera, Cepas, Carlos Piqueras, Juanda Gas, Manolo Pecino, The Ronfuss, Pilar Gárgoles, David Vive-Harley. ARTE E CAPA: Hay Motivo

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É uma publicação On Line

Nacho Mahou Comunicación Creativa

info@nachomahoucc.com

PUBLICIDADE E MARKETING Alberto Miranda: chopperonbrasil@gmail.com

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Bitácora i Nacho Mahou

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“Devemos atuar como homens de pensamento; devemos pensar como homens de ação”. Henri Bereson. Isso é o que vamos fazer com a ChopperON #8. Entramos em matéria, mas razoando.

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Indian Motorcycles apresenta uma sombra misteriosa, escura, quase tenebrosa. Estamos falando da nova Dark Horse, que (tomara) chegará logo às nossas estradas.

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Da Argentina chega uma chopper do jeito que a gente curte. Sem projetos complicados. Simples e com estilo. H-D puro. Miss Gárgoles fala sobre os detalhes.

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Uma Virago 535 virou café, nossos amigos da Grilo Gringo são os responsáveis do projeto, o primeiro da Custom House de Curitiba.

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Minha nossa! Cortou o cabelo? Estamos na Schorem Barbers of Rotterdam. Os barbeiros mais canalhas da Holanda. Estacione na sua calçada e espere a melhor experiência da sua vida, um bom trato no seu cabelo e umas brejas holandesas, lógico!

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O Caju está de “casa” nova e juntou um monte de amigos, motos e cervejas para bebemorar a nova oficina na West Garage.

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Ale abriu as portas da fábrica das maravilhas para a ChopperON, Chevrolet, Ford e outras maravilhas foram fotografadas enquanto dormiam...

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Frank Burguera explica o necessário sobre a verificação de pontos vitais após um letargo na moto.

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Atue com o pensamento; os que me conhecem sabem do que estou falando. Amen, man!

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Editorial · cartas ores Beleza Observad Nacho Mahou © ssar um pacapazes de atrave an ns pe o mp te estar desepois de um norama que parece npe , as is co ir respirado nas minhas enhado para curt s na ze de i rr co o repetidas so em que eu re do, de pulmão chei to au a rm fo de aah. Nós, de quilômetros zes, mmmmmmh, aa ve ão is ec pr m co paramos no mática, tomando ontempladores”, “c m gu al do an iv a para ver as curvas, esqu rtice de uma curv vé o nd la ib dr a, ser pintaobjeto na estrad go que poderia al pdó pi le m gu ido pelo com a cabeça al por Turner, esculp do o, nh mi ca u me crito por tero que cruza chelangelo ou es Mi o. çã re di voando na minha ar. Minha men- Cortáz você Estou abstraído. ade, desse jeito rd ve É es pr ve de e que a curte escolhe no qu perde a adrenalina e qu o do to mas assim tar atenção em va perfeita tem, eu Se o. nt me mo beleza esacontece nesse você ganha com a , do ra gu fi o id parar (no sent ca. rrendo mil- téti a monainda estou reco r até o topo de um bi Su ês tr o sã lo aa vontade de has) para analis tanha e segurar e qu as ad it ag cê olha a as cachoeiras scer, enquanto vo de o. ns ma fuma em pé morrem no meu re perspectiva, você ”; se er “p em como an1. A condução e curte da paisag se me e qu s to ássicos com 2. Os pensamen tes fizeram os cl no m ra mo e te lgas com as param do presen o Partenon, os be gritte, ou subconsciente; maçãs do René Ma rto en do ão aç mortais com 3. A contempl qualquer um dos no. num show. icada nas AC/DC à costa maA primeira é prat Se deter frente ci in pr , as rv irá cheirar estradas com cu rina lhe permit sa li a ad tr es roya, escupalmente; uma uma pintura de So a ur uc lo a é at e Storm by pode lhe levar tar Riders on th rar da cena por tédio. The Doors ou lemb ia pr ro ap o it Star Wars. A A segunda é mu s. do deserto da to re s ho ec tr ) está aí, da para os beleza (ou a Arte e it le de o ar in você, apenas Você pode imag muito perto de fe a e mp ro cê enção. Ache do momento. Vo precisa da sua at se e o br re cé u ar e curta! chadura do se seu momento, tome do da la ba da o evade, lembrand ou os beijos final de semana hoje de mancom aquela gata passado rehã, pensando no cente. baseada na E a terceira está l, a contemcultura universa ta . Nem todos ra está aber plação da beleza Nossa Cartei irt pa o ra sã pa s ta as cartas os motociclis m ra receber su co pa e a ic át pr vão ter dários desta o e sempre lçã ra da ca re , go a lo ai das frases como “v a seleção uma postal e resposta. Um ho!” ou “compre tes s ou importan o saco” são mais originai pare de encher

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adas. serão public

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tage Softail H-D Fat Boy vs Heri is Não posso estar ma s sa es e tr indeciso en ava st go duas motos. Eu seu mais da Fat, com o e look mais moderno ngos lo s eu pn urbano, os s, da e as rodas sóli nha mas a Heritage é mi ente paixão, principalm to al pelo guidão esta comprido. Acho que or representa um melh m negócio, por vir co , os ri só es todos os ac lhor me um representando s custo-benefício (a rodas de raios são uma bacanas e aportam Acho ). imagem clássica -las que vou ter que vê ra pessoalmente, embo rte pa r te eu quisesse o, it fe do trabalho já em o porque demoro muit r me decidir. Após ve

e as fotos, achava qu e qu a a Heritage era o it tinha o guidão mu o, mais largo. Contud tem as du as penso que da e o guidão quas r do mesma altura (apesa ser guidão da Heritage po mais comprido, o co o a” ns pe da FatBoy “com é se tamanho). Não sei de uma ilusão ótica ou perspectivas.

Obrigado pela sua consulta, man. Na o realidade a posiçã nte dos braços é leveme C, ST FL na mais elevada o rg la sendo mais A (pouco) na Fat Boy. mas decisão é difícil, e é qu e nt a gente gara das er certa em qualqu duas motos. man. Curta da estrada, hou. Ma o ch Na

e na estrada. a ru na as lh di ma Ar u Moro em Minas e esto r cansado de não sabe u onde vou ter me acidente. Na semana vou passada “alguém” le (para casa ou para “puta que pariu”) uma tampa de bueiro e meu irmão caiu na armadilha. Ontem eu vi sujeira de óleo a DIESEL numa rotatóri e qu (fiz umas fotos . Na encaminho em anexo) iga br l Europa o pessoa por mais segurança e nas ruas e estradas tes aqui estamos conten as ad com nossas estr cheias de buracos e armadilhas...


Tabela Botas · Miniaturas · Livro

Botas de motociclista Chippewa

Botas de 6 polegadas. Cobre o pé justo acima do tornozelo para uma proteção total. São fabricadas com couro Apache e a sola é da marca Vibram. As ponteiras de aço integradas protegem o pé. Os cadarços levam a bandeira americana, onde são fabricadas estas botas.

Miniaturas Full Metal

Replicas feitas em metal totalmente a mão. Acabamento com tinta automotiva. Cada peça é única. CAFE RACER: R$400,00

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How To Restore Your H-D Se você possui uma Harley-Davidson clássica

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uma para restaurar, você não pode prescindir deste livro. Com toda a informação recolhida após cinco anos de investigações e analise: é uma guia completa para restaurar corretamente as Harley clássicas

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Indian Chief Dark Horse

Shoot to Thrill

Back in Black, 1980, Bahamas. Um disco de luto, o primeiro de AC/DC sem Ronald Belford Scott, mais conhecido como Bon Scott. Volta ao negro. Seu grande sucesso Shoot to Thrill intitula este artigo. A Indian Chief Dark Horse 茅 um disparo que arrepia. Preta, mas sem luto algum.

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Indian Chief Dark Horse eAMahou AIndian e

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sétimo LP da banda australiana conquistou o topo da fama do Rock and Roll sem seu cantor mais carismático, Bon Scott, que morreu tragicamente. Após 50 milhões de cópias é o LP mais vendido de AC/ DC. É apenas superado pelo LP “Thriller” de Michael Jackson e “The Dark Side of the Moon” de Pink Floyd. Agora que AC/DC ocupará os

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estádios de futebol com os seus novos shows, apenas uma pessoa vai mostrar os joelhos no lugar dos 22 jogadores. Estamos falando de Angus Young, o escocês fundador da banda, junto ao seu irmão, Malcolm. A Indian Chief Dark Horse também vai ser mostrada e admirada nas ruas do meio mundo logo e, assim esperamos, no Brasil, em 2015. É a nova aposta da Indian Motorcycle, todo no negro

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e não no vermelho. Basicamente é uma Indian Chief com duas novidades: a primeira é evidente, a escuridão fosca. A outra, seu banco “solo”. Uma moto desenhada apenas para o piloto solitário e noturno, para ir mais aos bares do que ao trabalho. Uma moto de solteiro boêmio. Levar apenas um banco implica ter prontas algumas respostas para algumas perguntas: Pode me levar para casa? “Vai ter que pegar um taxi, gata”.


E eu, onde vou me sentar? “Na puta, chapa”. Onde coloco os pés? “Nas minha coxas, mulher”. Eu conheço muitos defensores das motos de banco monoposto, sobretudo pelos horríveis bancos traseiros, pouco confortáveis para a garupa. E, depois, chega o grande dilema: Meu bem, pode colocar um encosto na moto para mim? Isso é o que sempre acontece depois de instalar o banco duplo. Ah não! Minha moto com

um encosto “fofo”? Porra, um encosto é como um Cristo com pochete. A nova Dark Horse é assim: um cavalo preto, misteriosa, contundente. Incorpora o famoso motor Thunder Stroke® 111 e está equipada com partida sem chave, ABS, e control Cruise. As únicas peças que brilham nas trevas da nova Indian são os escapamentos, um por cada lado da moto; a tampa de com-

bustível, os manetes e os enfeites laterais. O preço? Na Europa estará disponível por 22.500 € (com 5 anos de garantia). Vamos ver qual vai ser seu preço no Brasil. A Dark Horse é um cavalo que você pode amarrar na porta da sua fazenda ou deixa-lo descansando no celeiro, até a noite cair, aguardando que as estrelas indiquem o momento certo para dar partida na máquina.

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Indian Chief Dark Horse

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UMA MOTO DESENHADA PARA APENAS O PILOTO SOLITÁRIO E NOTURNO, PARA IR MAIS AOS BARES DO QUE AO TRABALHO

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Indian Chief Dark Horse

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A INDIAN CHIEF DARK HORSE TAMBÉM VAI SER MOSTRADA E ADMIRADA NAS RUAS DO MEIO MUNDO LOGO E, TOMARA, NO BRASIL NESTE ANO

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South Garage Kelevra

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Alta-costura para vestir ao monstro Desde a capital da Lombardia italiana, os caras da South Garage Motor Company apresentam um kit de peças com uma imagem vintage, tudo dentro de um catálogo cuidadoso, para transformar uma Ducati Monster em uma elegante Cafe Racer, com a qual você será alvo de muitos olhares.

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South Garage Kelevra

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e Manel Hospido ASouth Garage

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salto qualitativo que esta oficina de transformação italiana teve desde que abandonou a sua antiga localização, em uma pequena localidade da Campânia, no sul da Itália, para se deslocar até a industrial Milão, foi imenso. Fruto disso é a sua ampla variedade de catálogos, específicos para distintas marcas e modelos, sempre com seu distintivo estilo que fica entre o Cafe Racer e o vintage mais nostálgico, o que, junto à sua presença nas mais importantes feiras dedicadas às duas rodas do país Transalpino, fez eles aumentarem as suas expectativas de negócio. Um exemplo do que falamos é a moto que apresentamos neste ChopperON #8. A base Atrás deste curioso nome de origem hebraico, esse pequeno atelier milanês nos apresenta, numa moto, um excelente catálogo de peças para quase todos os modelos da Ducati Monster com chassi multitubular, desde a 900 de 1992 até a S4RS do ano 2006. São mais de dez anos e milhares de motos que podem ser doadoras para conseguir uma impactante transformação. O modelo utilizado como base para as fotos que ilustram este catálogo é o S4R, uma Ducati que foi muito importante na sua época por ser a primeira em ter o motor

de uma Superbike, o “Testagrossa” da 996, num chassi Monster, com a obrigada adaptação da curva de potência para as necessidades de uma naked. Para esta transformação o motor foi mantido, mas nele foram feitas importantes melhoras estéticas, como deixar as correias de distribuição e a embreagem sem tampar, à vista, dando uma imagem mais radical e industrial. O chassi, o clássico “trellis”, fabricado com tubos de aço que compartilha com outros modelos da serie S. O garfo Showa é invertido com bengalas de 43mm e tratamento antifricção Tin, e o basculante monobraço, combinado com umas rodas de liga leve Marchesini “Penta”, é substituído em algumas fotos por outro mais clássico de braço duplo com rodas de raios. O catálogo O kit básico está formado por um redondeado tanque de gasolina e uma rabeta “monoposto”, ambos com uma marcada imagem retro, que estão acompanhados por outras peças menores (como a arruela do filtro de gasolina, uma tampa feita de alumínio, uns filtros para substituir o Air-Box, os suportes de fixação e a caixa da bateria). O kit está disponível em fibra de vidro ou em alumínio. Seja em fibra ou alumínio, há que se notar o impressionante trabalho de pintura feito por Ivan Motta da Ivan Design.

Junto ao kit, desde o número 4 da Vía Garone em Milão, propõem outras peças da mais alta qualidade. Uma delas é um banco feito à mão em pele bobina, com oito opções de cores, com aplicação de um efeito de envelhecido. Também temos um escape bacana com saída alta que combina aço e titânio modelado e soldado a mão. Para a parte dianteira oferecem uns suportes vintage para o farol, uma mesa com triple fixação e um minimalista paralamas dianteiro, tudo fabricado em alumínio e que você pode adquirir nas cores natural ou preto. Por último, queremos destacar duas peças muito desportivas, que qualquer bom Cafe Racer não pode esquecer. O semiguidão com duas opções de altura e as pedaleiras reguláveis, que podem ser adaptadas em altura e inclinação. Essas duas peças são elaboradas em CNC e podem ser compradas também na cor preta. Resumindo, no mercado temos muitos acessórios e kits para transformações tipo Cafe Racer e, aos poucos, está ficando mais difícil se diferenciar da concorrência. O pessoal da South Garage Motor Co. está se destacando misturando o bom gosto, a máxima qualidade e uma ótima apresentação. Nos próximos messes vão estrear a sua loja online, o que dará a oportunidade de acessar o amplo catálogo de peças através da rede. Ah! A tradução de “kelevra” é: cachorro mau ou louco.

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South Garage Kelevra

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FICHA TÉCNICA MOTOR Tipo: bicilíndrico em L com 4 válvulas por cilindro. Cilindradas: 996 CC. Distribuição: desmo por correias. Refrigeração: liquida. Câmbio: 6 marchas. Embreagem: multidisco em seco. PARTE CICLO Chassi: multitubular “Trellis” CRMO. Basculante: monobraço multitubular em alumínio ou braço duplo em aço. Carroceria: sgm, em fibra ou alumínio. Suspensão dianteira: garfo invertido Showa regulável, ø 43 mm com tin. Suspensão traseira: sistema progressivo com amortecedor Sachs pluri-regulável. Freios dianteiros: 2 discos ø 320 mm com pinças de 2 ou 4 pistões Brembo. Freio traseiro: 1 disco ø 220 mm com pinça de 1 ou 2 pistões Brembo. Roda dianteira: alumínio de 17”, Marchesini “Penta” ou com raios metálicos. Roda traseira: alumínio de 17”, Marchesini “Penta” ou com raios metálicos. Pneu dianteiro: 120/70 ZR17. Pneu traseiro: 180/55 ZR17.

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South Garage Kelevra

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O MODELO UTILIZADO COMO BASE PARA AS FOTOS QUE ILUSTRAM ESTE CATÁLOGO ÉO

S4R, UMA DUCATI QUE FOI MUITO

IMPORTANTE NA SUA ÉPOCA

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Começando um novo caminho a ChopperON Magazine Brasil a

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South Garage Kelevra

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O KIT BÁSICO ESTÁ FORMADO POR UM REDONDEADO TANQUE DE GASOLINA E

“MONOPOSTO”, OS DOIS COM UMA MARCADA IMAGEM RETRO. UMA RABETA

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South Garage Kelevra

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O PESSOAL DA SOUTH GARAGE MOTOR CO. ESTÁ SE DESTACANDO MISTURANDO O BOM GOSTO, A MÁXIMA QUALIDADE E UMA ÓTIMA APRESENTAÇÃO.

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Mei de Damián Rodríguez

Dama´s beauty parlour ChopperON

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“A moto não é apenas um pedaço de ferro. É bem mais do que isso, eu acredito que ela tem alma, porque uma coisa tão bela não pode carecer de alma” Valentino Rossi

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Mei de Damián Rodríguez e Pilar Gárgoles AVesponas CBA

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ão é a primeira vez que eu escuto que a moto, para muitos homens, é como uma mulher que nunca falha, que sempre está do seu lado, que não reclama, tem paciência e, por isso, também não é estranho que invistam em “mimos” para ela. Pintura nova, melhores pneus, parafusos de cores... Todo o que for necessário para a dama ficar mais bela. Por isso que não me estranhou que o conceito de oficina que pensaram Damián, Lucas, Elbio e “El negro” fosse um tipo de “salão de beleza” nel, em que as motos de seus amigos recebessem todos os tratamentos necessários, com os melhores profissionais, para conseguir que se destacassem entre as outras motos. Mei: Sempre é bom conferir que a maquinaria funciona corretamente antes de começar o uso. Por isso os primeiros trabalhos que passaram pelas mãos dos profissionais da Dama’s Beauty Parlour foram suas próprias “mulheres”. Mei é a dama de Damián Rodríguez, um dos sócios desta aventura empresarial tão especial e diferente. A base escolhida foi uma Sportster 883 do ano 93 e o estilo e o objetivo final, uma mistura de japonês e Detroit Bros. A sessão de beleza que tinham programada para Mei começava com a desmontagem geral da moto com o objetivo de corrigir, melhorar e personalizar a

base escolhida. Do trem dianteiro foi melhorado o garfo e trocado o guidão por um menor e mais atrevido, estilo Frisco (similar al Old School “Skool Square” da Biltwell). O freio dianteiro foi eliminado. O motor, Harley-Davidson de 53 cv, foi retocado para dar à moto firmeza na estrada e velocidade, se for necessário um pouco de aceleração. O “motor cam” foi trocado, também foi incorporado um carburador S&S Super S e foi instalada à corrente uma transmissão secundária. Do trem traseiro foram cortadas algumas partes. O paralamas, de uma Harley-Davidson Flathead de 1948, foi modificado por completo pela oficina, dando nele um estilo duck tail utilizado em muitos tipos de transformações. Os amortecedores foram trocados para fazerem a moto mais compacta e ganhar o look japonês que o dono gosta. Os pneus da moto, que ainda estão nas rodas originais de 19 polegadas na dianteira e 16 na traseira, são Firestone 500x16 traseiro e um All Road dianteiro. Os controles, escapamentos e suportes também foram trocados e são artesanais. O tratamento que Mei recebeu foi escolha do tanque e do banco. O tanque é um Aermachi Harley dos anos 70. A peça não estava nas melhores condições. Precisava de um importante processo de restauração e encomendaram o trabalho ao melhor. Na Argentina, falar

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de um bom restaurador é falar de Cristian Oviedo (www.facebook. com/cristian.oviedo.731?fref=ts), um dos melhores recuperadores de motos clássicas, especialmente das marcas Harley-Davidson e Indian. O tanque deu à Mei essa imagem das motos de Detroit Bros que misturam o antigo e o artesanal, com o mais moderno e preciso. O banco, tipo broad track de 1914, foi realizado por Gabriel Ramírez, um dos artesãos de couro mais solicitados para realizar os trabalhos em pele. Para finalizar, a sessão de maquiagem (www. facebook.com/alejandro.minissale?fref=ts). Foi o profissional quem usou a sua arte para conseguir que a imagem final da Mei seja todo o que era esperado. Ale é um pintor na Argentina, famoso pelas suas Metal Flakes e por ser uma referência dentro da Kultura Kustom do país. O resultado final consegue atingir os objetivos de estilo marcados num começo. Mei é uma das Dama´s de este jovem projeto nel que participam os quatro amigos amantes das motos. Esse desejo que tiveram um dia de fazer suas motos sonhadas está virando realidade depois de muitos projetos.


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Mei de Damián Rodríguez

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MEI É A DAMA DE DAMIÁN RODRÍGUEZ, UM DOS SÓCIOS DESTA AVENTURA EMPRESARIAL TÃO ESPECIAL E DIFERENTE.

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A BASE ESCOLHIDA FOI UMA SPORTSTER 883 DO ANO 93 E O ESTILO E O OBJETIVO FINAL, UMA MISTURA DE JAPONÊS E DETROIT BROS.

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O TANQUE É UM AERMACHI HARLEY DOS ANOS 70. A PEÇA NÃO ESTAVA NAS MELHORES CONDIÇÕES

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Mei de Damián Rodríguez

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O BANCO, TIPO BROAD TRACK DE 1914, FOI REALIZADO POR GABRIEL RAMÍREZ , UM DOS ARTESÃOS DO COURO MAIS SOLICITADOS PELOS CONSTRUTORES ARGENTINOS.

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GriloGringo Custom House

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La Gringa Foi inaugurado no dia 28 de março, o GriloGringo Cafe Racer Studio, em Curitiba. Na ocasião, foi apresentada ao público e aos clientes da GriloGringo Custom House a primeira moto customizada no estúdio La Gringa.

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GriloGringo Custom House e A Marco (Gringo)

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a chefia do projeto e do estúdio está Marcio Guimarães, cuja história com motos está enraizada em sua alma, desde há muito tempo. Foi o primeiro aqui no Brasil a transformar uma Harley-Davidson 883 R em uma Iron 883, quando o modelo, recém lançado nos Estados Unidos, ainda não tinha sido importado para cá. Apaixonado por modificações fez, para seu uso pessoal uma Supermotard, com base na Honda XLX 350R. Em 2008, emigrou para a Nova Zelândia para cursar a faculdade de Business, mas a paixão falou mais alto e acabou por trabalhar na concessionária Harley Davidson de Auckland e, nas horas vagas, no porão da sua casa, construiu 4 Café Racers, 3 BMW série R e uma Moto Guzzi 750. Com uma dessas BMW, somada à Moto Guzzi, viajou com um amigo pelas duas ilhas, chegando ao extremo sul, na cidade de Invercargill, onde puderam conhecer a casa onde morou Burt Munro e o respectivo Museu. Tudo isso serviu para apimentar ainda mais a sua paixão. Já de volta ao Brasil, trabalhando como advogado, sentia-se desconectado, já que estava afastado das motos que tanto amava. Um dia, frequentando a Grilo Gringo Custom House, um dos tatuadores que ali trabalham pediu uma opinião sobre uma moto que ele queria comprar: uma Honda Bizz. Marcio comentou que seria uma ChopperON

base legal pra uma Café Racer de baixo custo e que se ele quisesse faria pra o serviço. Na mesma hora Marco Guimarães, amigo de muitos anos, disse que tinha uma Yamaha Virago 535 que estava à venda havia mais de um ano. Perguntou: “Dá café?”. O resto é história. A moto chegou na GriloGringo há quatro meses e o trabalho começou a ser feito dentro de uma garagem que servia de depósito para a casa. Era para ser um projeto básico, com somente algumas mudanças para tentar melhorar a possibilidade de venda da moto. Mas o tempo passou e a forma como a moto foi se transformando fez com o projeto fosse encarado mais seriedade. A Virago foi desmontada totalmente, para analisar as linhas que deveriam ser mudadas para que se pudesse fazer uma Cafe Racer de verdade. Como o quadro da Virago é muito baixo na altura do banco e inclinado para frente na altura das mesas, optaram por redesenhar a parte superior para que se obtivesse a linha reta tão querida por amantes deste tipo de moto. Assim foi feito após a aquisição de um tanque de combustível de Suzuki GT 380 que foi cortado em sua parte de baixo e totalmente refeita a sua estrutura para adaptar-se ao quadro. Quem conhece a Virago sabe que a parte superior do quadro abriga o filtro de ar, o que os levou a trabalhar por mais de 40 horas somente para adequar a parte superior do tanque ao quadro original. As rodas e os

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raios foram recromados, e todas as peças em alumínio foram polidas para se chegar ao acabamento desejado. Toda a roupa da moto foi refeita em chapas de aço, com muito trabalho manual, em roda inglesa e martelete pneumático. Muita coisa teve que ser mudada, como o reposicionamento da parte elétrica e captação de ar para os carburadores. A parte da rabeta é fixa ao quadro e possui, com a retirada do banco, acesso a componentes elétricos e lanterna traseira já que tudo foi pensado para facilitar no momento de uma possível manutenção. Optaram por uma pintura clássica em dois tons, Verde (British Racing Green) com faixas em caramelo acompanhando a cor do banco e dos manetes. Essa segunda cor foi obtida a partir da cor escolhida para o couro e misturada exclusivamente para a moto, com a colaboração do amigo Lúcio da Bonneville Custom Garage, empresa especializada em restauração e Hot Rods, que abraçou a ideia e deu uma ajuda inestimável. Os tubos de escapamento foram redesenhados e construídos em aço inox de 2 polegadas, soldados em pequenos pedaços com solta TIG, justamente para que se chegasse à tonalidade de dourado após aquecidos. Após a montagem, e com o resultado obtido, chegaram à conclusão que a empreitada merecia algo mais. E assim, nasceu a Grilo Gringo Café Racer Studio – e “morreu” um advogado.


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GriloGringo Custom House

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A PARTE DA RABETA É FI XA AO QUADRO E POSSUI, COM A RETIRADA DO BANCO, ACESSO A COMPONENTES ELÉTRICOS E LANTERNA TRASEIRA JÁ QUE TUDO FOI PENSADO PARA FACILITAR NO MOMENTO DE UMA POSSÍVEL MANUTENÇÃO

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GriloGringo Custom House

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UMA YAMAHA VIRAGO DA CAFÉ, SIM.

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Schorem Barbers of Rotterdam

O corte perfeito

Quando você cumprimenta um bom amigo, às vezes tem a liberdade de dizer: “E aí, seu canalha?”. Desse jeito se acham os administradores desta barbearia de Rotterdam: Schorem, canalha, em holandês.

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Schorem Barbers of Rotterdam

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e Nacho Mahou ASchorem

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e você sair para passear pela cidade de Rotterdam de manhã, na rua Nieuwe Binnenweg, perto do número 104, é provável que encontre um monte de homens. Rockers, motociclistas, tatuados, com gravata, turistas e até crianças. Esses homens não estão reclamando nada, não estão numa manifestação, apenas estão esperando. Todos eles têm uma coisa em comum: O cabelo bagunçado. SCHOREM: A CLAVE DO SUCESSO No catálogo você tem duas possibilidades, corte de cabelo com estilo clássico (12 opções) e rasurado ou arrumar a barba. No local apenas são admitidos homens ou garotos. Os cabeleireiros estão tatuados visivelmente, e no trabalho estão vestidos com um ótimo aspecto retrô, incorporando gravatas borboletas, camisas clássicas, calças tweed e coletes, todos eles levam um boné da pós-guerra, chapéucoco ou chapéu de ráfia, piercings e camisetas “agroman”. Muita testosterona masculina, bem controlada e atenuada com toalhas quentes

e cervejas frias. É uma experiência única. Não é apenas um corte de cabelo. Pessoas de toda a Holanda e de outras partes do mundo fazem fila num local que não admite reservas. Os fundadores, Bertus e Leen, sabem o que fazem. Fazem seu tra-

balho sem esquecer das próprias normas. “Ser barbeiro é cuidar das pessoas. Você trabalha para os seus clientes, não para sua autoestima”, relata Bertus enquanto agita um copo de vidro gravado com dois dedos de Escocês dentro. Levamos anos indo a locais desse tipo, como

alguma das muitas barbearias que estão abrindo no Brasil (espaço 13, 9 de Julho, Lucky Friends, Grilo Gringo, etc.). Um tipo que está virando local de referência para se encontrar, tomar um café, uma breja, ou até mesmo fumar um bom charuto, enquanto se escuta música e sente suas costeletas sendo arrumadas. É um pátio de recreio para maiores. Agora isso é ser “hipster”, manda caralho! “Estaremos cortando cabelos dentro de 25 anos. Isto não é uma moda. Isto é estilo”, relatam Bertus e Leen. Eles são os caras, os chefes do topete e do gel fixador. Os dois criaram um covil “canalha” para o macho, um lugar onde os homens podem ser homens, podem beber, bater um papo e, evidentemente, arrumar o visual. Esse é um local que deve estar na lista de locais que temos que conhecer. Uma experiência mística, instalada na velha escola e misturada com tons de rock’n’roll. Maxi, a gente está com saudades e temos certeza de que você estará arrumando aos querubins, ao ritmo de música mambo. Do jeito que você sabe, amigo.

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Schorem Barbers of Rotterdam

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MUITA TESTOSTERONA MASCULINA, TRATADA COM TOALHAS QUENTES E MUITA CERVEJA FRIA.

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OS FUNDADORES, BERTUS E LEEN, SABEM O QUE FAZEM. FAZEM SEU TRABALHO SEM ESQUECER DAS PRÓPRIAS NORMAS

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Schorem Barbers of Rotterdam

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ELES CRIARAM UM COVIL “CANALHA” PARA O MACHO, UM LUGAR ONDE OS HOMENS PODEM SER HOMENS, PODEM BEBER, BATER UM PAPO E, EVIDENTEMENTE, ARRUMAR O VISUAL

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A nova casa do Caju Nosso amigo Caju saiu da sua antiga oficina e foi parar na West Garage. Para comemorar e apresentar a oficina e a loja aos amigos, no último sábado de fevereiro fez uma festa com o melhor estilo.

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West Garage

e A Alberto Miranda

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m amigo manda uma mensagem privada pelo Face e no “Zapzap” lhe convidando para uma festa com cerveja, Truck Food, e um monte de peças para comprar com descontos absurdos. O que fazer? A ChopperON foi. Nosso GPS sabia o caminho, a gente tinha estado na West Garage antes, ok, let´s go!!! Quando chegamos, vimos um monte de motos na rua, a festa prometia. Entregamos nosso presente ao Caju, uma garrafa de puro álcool mineiro e começamos a fazer fotos até que as cervejas foram mais das que são permitidas para “dirigir” uma máquina de fotos... Caju, man, faça logo outra festa...

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West Garage

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MILHARES DE PEÇAS NOVAS E USADAS À VENTA, TUDO COM UM GRANDE DESCONTO, UM DESCONTO DE VERDADE.

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West Garage

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O POTATO TRUCK ESTAVA PRESENTE, VENDENDO PATATAS E COM O

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HOT DO BETO.


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UM CARRO DO ANO 32 NA PORTA, LÓGICO, O MELHOR ESTILO DESDE O COMEÇO...

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West Garage

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AS PLACAS NA NOVA CASA DO CAJÚ SÃO CERTAS, “BANHEIRO” NO BANHEIRO, “CUSTOMIZED” NAS MOTOS CUSTOMIZADAS...

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West Garage

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A OFICINA É UMA OBRA DE ARTE, LOGO VAMOS VOLTAR PARA VER O QUE É FEITO NELA!

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Hot Company Brasil

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A fábrica de sonhos. As letra HCB significam “Hot Company Brasil”, para mim (e para muitos) significam “Hora de Começar a Babar...

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Hot Company Brasil e A Alberto Miranda

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esde que começamos com a ideia da revista no Brasil, sempre quis ir até a HCB. HCB não é apenas uma oficina, é um local onde você entra e sai sorrindo. Há uns dias falei com o Alexandre Benevides pelo Facebook e marquei uma visita... Ele me avisou: “Man, nos sábados eu recebo muitos clientes”. Agora sei que são muitos mesmo! Na oficina, na porta, um Belair Nomad, um carro único no Brasil, esperando. Dentro um monte de sonhos e um monte de arte. Mustang, picapes, Corvette, tudo com peças de alta qualidade e muitas horas de carinho... Ale tem um jeito de trabalhar ótimo, ele faz as coisas do melhor jeito, cada carro, cada picape, cada projeto é feito pensando que é para ele, em-

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bora seja para um cliente, um novo amigo. Como ele nos relata, a maior satisfação é quando o cliente valoriza o trabalho, valoriza a obra de arte. Os projetos começam sempre pelo metal, os funileiros trabalham pensando no projeto finalizado cortando e modificando o metal e, nesse momento, começa a transformação do projeto. Depois do “copy&paste”, as peças do carro passam a receber carinho durante mais ou menos 4, 5 ou 6 meses. A preparação da carroceria, o alisamento, demora uns 3 ou 4 meses, aí o carro fica pronto para pintura, pintura que é aplicada com carinho várias vezes e protegida com ver-

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niz, como deve ser. O nome da seguinte etapa é polimento, cada peça é polida individualmente antes de começar a montar o carro completamente com chassi, motor, eixos, carroceria... Agora é o momento em que eu deveria seguir contando coisas, detalhes, mas, com certeza, todos nós assistimos alguma vez o programa “Overhaulin” do Chip Foosse e todos sabemos as etapas e como são feitos os trabalhos nos carros...


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Hot Company Brasil

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A OFICINA É UMA OBRA DE ARTE, LOGO VAMOS VOLTAR PARA VER O QUE É FEITO NELA!

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Hot Company Brasil

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DESDE O CHASSI ATÉ O MENOR PARAFUSO, TUDO É TRATADO COM CARINHO.

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Hot Company Brasil

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TRABALHO MANUAL, NADA DE TROCAR PEÇAS, PRIMEIRO TENTAMOS DAR VIDA NELAS...

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Hot Company Brasil

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BRINQUEDO DE GENTE GRANDE. MOTOR FORD COM UM “BRONCO” QUE VAI SER O PESADELO DOS VIZINHOS...

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Hot Company Brasil

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TODO DETALHE É CUIDADO AO MÁXIMO PELO

ALE

E FAMÍLIA.

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Hot Company Brasil

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UMA DAS COISAS QUE A HCB SABE FAZER É UM INTERIOR CONFORTÁVEL, COMPLETO E COM UMA QUALIDADE SUPERIOR.

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Caf茅 de Triumph

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Café do Célio Café Racer é uma categoria de motocicleta desenvolvida para corridas de curto percurso que foram utilizadas no auge dos anos 50 e 60 por jovens corredores de rua. Célio Dobrucki customizou a linha Thruxton e Bonneville para a Triumph

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Café de Triumph e A Fabiano Guma

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élio Dobrucki sempre foi uma referência em customização no segmento das duas rodas, criando modelos com estilo único. Até agora trabalhava com a linha H-D, mas, com a vinda da Triumph e da nova concessionária CWB Curitiba, começou com a linha das Bonneville e das Thruxton. A oficina do Célio (Célio Motorcycles) customizou recentemente alguns modelos da marca britânica, entre as motocicletas customizadas estão os dois modelos clássicos da marca: a Bonneville T100 e a Thruxton. Os modelos Bonneville T100 ganharam pintura personalizada nos tanques, paralamas, rodas e no motor. As “Bonnies” também ganharam uma bolsa lateral e um novo banco. Além disso, também houve

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troca de guidão, de espelhos, escapamento, piscas, lanternas e do suporte de placas, tudo para ter uma imagem mais retrô, mais café racer. Celio customizou duas Boneville T100 que ficaram com um estilo dos anos 60, de ar retrô, que contrasta com a parte mecânica 100% de fábrica, e do século XXI. A Thruxton também ganhou uma pintura exclusiva com a bandeira da Inglaterra ao fundo, fazendo alusão às origens da marca. A motocicleta ganhou um novo banco, um suporte de placa, uma nova lanterna e novos piscas, tudo para deixá-la ainda

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mais com estilo Café Racer, já que a Thruxton é uma legítima café racer de fábrica, inspirada nos anos 60, que, como sabemos, é o modelo clássico mais esportivo da Triumph – compartilhando a base com a Bonneville T100. Nosso amigo Célio começou pintando capacetes quando era bem jovem, no início dos anos 90. Fez tanto sucesso com suas personalizações em capacetes de corrida que em 1996, quando a Harley Davidson se instalou em Curitiba, solicitou ao Célio que realizasse uma pintura exclusiva numa moto. Célio se identificou


muito com a marca e abriu em 1999 uma oficina de mecânica e customização especializada em motos Harley Davidson, a Celio Motorcycles. Celio Motorcycles faz todos os serviços disponíveis para Harley Davidson, desde uma troca de óleo básica, instalação de peças até a customização total da motocicleta. Desde

1999, Célio já customizou dezenas de Harley com pinturas personalizadas na moto, fabricação de chassi, escapamentos exclusivo e outras peças. É referência no Brasil quando o assunto é customização, tendo até já construído uma Harley Davidson nos Estados Unidos. Além da oficina, a Célio Mo-

torcycles é revendedora das marcas americanas mais conceituadas, como Vance & Hines, Python, Drag Specialties, Kuryakyn e Biltwell, além das peças originais da Harley (tudo disponível na loja virtual). Em 2013, Célio abriu a America Motorcycles. Uma loja de venda de motos Harley Davidson e outras motos premium, que conta com uma equipe especializada para garantir a compra da moto de seus sonhos. Todas as motos a venda são revisadas e contam com o apoio e garantia da oficina Célio Motorcycles. Célio Dobrucki realiza seus trabalhos (seja quais forem) com muita paixão e dedicação. Além disso, tem como principal preocupação a qualidade do produto e do serviço oferecido, para ter a máxima satisfação do cliente.

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Café de Triumph

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NOSSO AMIGO CÉLIO COMEÇOU PINTANDO CAPACETES QUANDO ERA BEM JOVEM, NO INÍCIO DOS ANOS

90, AGORA FAZ ARTE NAS MOTOS.

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Café de Triumph

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ALÉM DA PINTURA EXCLUSIVA, AS “BONNIES” TAMBÉM GANHARAM UMA BOLSA LATERAL E UM NOVO BANCO.

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Café de Triumph

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A THRUXTON TAMBÉM GANHOU UMA PINTURA EXCLUSIVA COM A BANDEIRA DA INGLATERRA AO FUNDO, FAZENDO ALUSÃO ÀS ORIGENS DA MARCA.

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Oficina Verificación Puntos Vitales

On The Road Again Neste artigo técnico vamos falar sobre os pontos que devem ser verificados quando vamos utilizar a moto depois de deixala parada por um longo tempo. O motivo pelo qual a moto não foi utilizada durante um tempo pode ser variado, desde chuvas e invernos (dependendo da zona geográfica e o clima) até motivos pessoais, caminhando pelos mais diversos (Figura 1). FIGURA 1

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eA Frank Burguera

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este artigo técnico vamos falar sobre os pontos que devem ser verificados quando vamos utilizar a moto depois de deixa-la parada por um longo tempo. O motivo pelo qual a moto não foi utilizada durante um tempo pode ser variado, desde chuvas e invernos (dependendo da zona geográfica e o clima) até motivos pessoais, caminhando pelos mais diversos (Figura 1).

É importante saber que muitos dos procedimentos e comprovações que vamos comentar deveriam ser aplicados antes de cada viagem em moto.

FIGURA 2

BATERIA E SISTEMA ELÉTRICO O ponto mais débil de um veículo estacionado por muito tempo é a sua bateria. Dependendo de como tenha sido planejada essa parada da moto, deveria ter sido instalado um carregador-mantenedor para criar ciclos de carga e conservar a bateria (Figura 2). Em qualquer caso, o primeiro passo consiste em limpar bem os polos, realizar uma carga intensa com um carregador adequado e então instalar a bateria novamente na moto, aplicando gel protetor nos polos e cabos (Figura 3). Seria uma boa ideia aplicar também pasta dielétrica em todos os conectores (incluídos os cabos das velas) para evitar falsos contatos pela umidade ou a ferrugem (Figura 4). ÓLEOS DE MOTOR E TRANSMISSÃO Embora o veículo esteja estacionado, os óleos também devem ser trocados – principalmente porque absorvem a umidade do ambiente e estão misturados com os resíduos da combustão, perdendo assim as suas

FIGURA 3 FIGURA 4

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Taller Verificación Puntos Vitales

FIGURA 5 propriedades. É absolutamente obrigatória a troca dos óleos e do filtro seguindo as recomendações do manual de oficina. Outro truque antes de dar partida no motor é desmontar as velas e pulverizar um pouco de óleo de motor pela abertura do cabeçote.

contato com o chão. Se a moto não estiver nessas circunstancias, é importante verificar se não há deformações nas cobertas. Também deve ser verificado o estado da borracha (cristalização, rachaduras, deterioro, desgaste, etc.) e, em caso de dúvida, é melhor a substituição. É fundamental calibrar os pneus PNEUS Em condições ideais a moto teria com os valores recomendados que estar no alto, com as rodas sem pelo fabricante (Figura 5).

FIGURA 6

CABOS E FREIOS Temos que lubrificar todos os cabos que fazem trabalho mecânico, para isso vamos utilizar um bom óleo (os de grafite são ótimos) e podemos utilizar ferramentas específicas (Figura 6). Depois de lubrificá-los, devemos estica-los e fazer o ajuste para que o controle seja preciso e seguro. O líquido de freios deve ser substituído cada 2 anos (é importante não misturar Dot4 com Dot5), conferindo frequentemente o nível no tanque da bomba. Se escutamos barulho quando usamos o freio, podemos aplicar uma graxa especial nas pastilhas (Figura 7) e, se as pastilhas estiverem gastas, é o momento perfeito para montar umas novas. LIMPEZA GERAL O seguinte passo consiste em uma limpeza profunda com água e sabão antigraxa neutro. É mais indicado limpar à mão, com a mangueira, do que com a Wap (Figura 8). Com a

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FIGURA 7 FIGURA 8

FIGURA 9

FIGURA 10

moto completamente seca aplicaremos limpadores e protetores específicos para cromagens e pintura (Figura 9). Para finalizar, apenas resta lubrificar os pontos móveis (manetes e acelerador, pedaleiras, corrente, etc.), bem como componentes especificados no manual de oficina do veículo. Se a gasolina não foi tratada com um estabilizador (Figura 10), seria uma boa ideia trocar a gasolina por uma nova. AROUND THE CLOCK Agora podemos dar partida no motor. Enquanto esquenta no neutral, devemos dar uma volta de 360º na motocicleta, conferindo que tudo está no seu lugar (use suas mãos para verificar se não ficou nada solto). Outra coisa que devemos fazer é apertar todos os botões do painel (luzes, freios, setas e buzina), conferindo se estão funcionando, depois procedendo à uma prova na estrada, para ter

certeza do bom funcionamento de todos os sistemas da moto. O CONDUTOR TAMBÉM Nas situações onde a moto ficou muito tempo sem ter uso é importante saber que vai ter um período de adaptação do piloto até ele ter novamente a confiança e as habilidades

prévias. Então a dica é rodar com cuidado até verificar também que todos os “sistemas” do piloto trabalham adequadamente. Deste modo, conseguiremos curtir novamente nossa paixão com total segurança e liberdade.

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