ChopperON BRASIL #10

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Sumário # 10 04 Opinião. 08 Abajur, ferramentas. 10 Projeto ChopperMan. 38 Miniaturas Full Metal. 52 Suzuka XTR-PEPO. 64 Speed Fest 2015. 80 BMW Café Racer by FKC. 92 Dobro ou Nada 2015. 112 PNT, Corrida nacional de Calhambeques 2015. 126 Just Ride Along. 138 Oficina: Filosofia e mecânica.

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Tripulação e

PADRÃO E REMADOR: Nacho Mahou COMODORO: Adriano García BRIGADEIRO: Alberto Miranda FIGURA DE PROA: Maldita Sea Marinheiros de primeira viagem: Theseu Leonardo Rodrigues, Igor Albuquerque, Larissa Costa, Ferdi Cueto, Lebowski, Blindado, Frank Burguera, Cepas, Carlos Piqueras, Juanda Gas, Manolo Pecino, The Ronfuss, Pilar Gárgoles, David Vive-Harley. ARTE E CAPA: Hay Motivo

ChopperON

É uma publicação On Line

Nacho Mahou Comunicación Creativa

info@nachomahoucc.com

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PUBLICIDADE E MARKETING Alberto Miranda: chopperonbrasil@gmail.com

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Bitácora i Nacho Mahou

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” Tenha sempre perto aos seus amigos, mas mais perto ainda aos seus inimigos”: Michael Corleone O Poderoso Chefão. Os primeiros, são bem mais bacanas, não acha? Começa esse eclético ChopperON #10.

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O primeiro é um camarada com um nome familiar: ChopperMan, Mario, um biker português apresenta o seu interessante projeto, o que nós chamamos “motógrafo”.

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Outro amigo da gente é o Rodrigo, um cara que desenvolve arte com sucatas, enfeites motociclísticos feitos com metais e bom gosto.

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As velhas motos de corridas de resistência inspiraram o Pepo nessa proposta feita numa Bandit 600 do ano de 1998.

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Outro incondicional aparece na ChopperON com uma reportagem sobre a SpeedFest, um evento muito quente dentro do mundo custom, embora nesse ano a chuva tentou apagar a sua chama.

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Lebowsky é um grande amigo e a sua participação nesse número #10 é para ficar de queixo caído: uma Café Racer com a base da BMW preparada pela FKC.

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Cepas é um irmão carnal há muitos anos e muitos quilômetros. Ele pegou uma reportagem inédita da geladeira e nós a publicamos: “Feita para correr”.

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Nossa grande e querida amiga Pilar Gárgoles traz até o número #10 o evento prometedor de Dobro ou Nada, das terras dos “hermanos”.

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Grandes amigos e grande diversão, isso é o resumo da PNT, a Corrida nacional de Calhambeques.

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A técnica fica para o nosso brother Frank Burguera. Nesse número ele filosofa com a mecânica.

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Editorial · cartas cetes a p a c e r b o s s e d a Mitos e verThdeseu Leonardo Rodrigues © el e bonito, ser mais confortáv capacete to pode viajar ou , te Sim evi e? os, pod men e rto apacete abe ti- mas te proteg cer capacetes o and com est es dad vez oci aberto pode, uma andar em altas vel er lqu qua em do usa ficado ele pode ser te abertos. no ALIEXPRESS. Ele para uso de capace Comprei um capacete lugar. A exigência ócu com do usa ser e dev é bom? aberto é que ele e sabemos que é ggles) ou viseiras. Deve ser bom, bonito oria os capacelos de proteção (go não a eir vis ou mai óculos barato. Mas... Na sua da China são proCapacete aberto sem es penalidades. E não, tes vendidos por sit pode e é passível de e. nês, ou pod de sol não o mercado interno chi a par s ido duz para a polícia óculos quais ser não nos s , ano res s ula Trê pop de s Capacete com mais para mercados mai para ade lid qua de existe exigência ve mais para uso? aparecia idênste uma legis- não tem exi ele Não a, os. sej men Ou Mais ou testes. do, mas é troca do mesmo. Mas capacete certifica lação que exija a a es- tica a um xa qualisol bai no de uso al de eri s produzido com mat depois de três ano era devidos alt se nos sa por pas iso ge do dade que nem de lon trutura do casco e ia do mesmo. ênc ist res a o end testes. compromet serve mais? Selo do INMETRO Capacete que caiu não r da sua mão até o é a garantia que cai te O selo do INMETRO O fato de o capace de Mas elo mo. mod o mes u do ovo apr o uso meteu e o chão não condena reu fabricante sub de segurança na qual o mesmo sof a testes mínimos te ace cap uma queda de moto, . ura tifica que o rut cer est a que e 1 met 747 pro NBR impacto sim com má exigida pela de é o proteção. Ele com u. bro uso a que par Caí e meu capacete mesmo está apto passível de é o sel de capacete sem qualidade? a função dos O uso ca, mar de nte es. Independe a penalidad ar impactos. Por ess Em resumo... capacetes é ameniz nen, ido teg pro o ar as dúvidas antes and É sempre melhor tir razão, mesmo você est sua da % 100 ir obvio que é melhor ant gar pior acontecer. É hum capacete pode de bicicleta do eira o produto, do man te ma ace mes cap Da um r de. integrida impacto, e você usa o teção. Mas se pro er a orv hum abs a nen r par ele é feito sinal que não usa r, bra te vale a pena que u ace e/o cap um har você vai comprar por isso, pode rac seu com u os, uma vez pri fat cum os e o ção levar em considera que absorveu o impact indo em um caest inv ará ão. est teç já pro ê que voc papel de ado, não tem selo, Meu capacete é import pacete novo. . sil Bra no pesa e sim Invesde ven Segurança não é des mas é igual ao que res ila sim tes ace cap As fábricas produzem timento. do com capacete e ades de matéria prima. Ande sempre equipa com diferentes qualid mar da oma ren ê vai ver que o uma voc de ão, te teç ace Exemplo, um cap e ser roupas de pro é barato comparado aquepod , EUA nos do pra ca americana, com ado mo valor investido s pesado que o mes que te deixa um ral até 400 gramas mai - le pequeno tombo mer ao ado er movimentar tin pod des sem ca s mar dia ma 20 mes de modelo da - no braço ocidade, ainda assim não pas eito. Em alta vel cado Brasileiro e, quer ou dormir dir melhor a não o ou Iss do O. mun ETR do INM te sar nos testes do s o melhor capace você poi que er, r teg edi pro imp lhe vai roupa do mundo não dizer que ele não vai idas tes dúv tes os sem a mas par ionado ue quando cair, o mesmo foi dimens el que pa- se machuq que nada em rív hor inc mel por é que ão T) teç americanos (DO - qualquer pro que nós possamos não gentes que os do Bra uma queda. Por mais reça são menos exi do Brasil hoje são valorizar, os testes sil. de 500 reais? testes da Europa ou os is que rea 50 tes de gen te Capace s cumprem mais exi doi como base para os vem , ser dos e ica hoj tif e Uma vez cer exigi- e dos USA, IMA MÍN nça ura seg muitos países. com o papel de acete de fibra trida. Obviamente um cap ABS de te ace um cap composta é melhor que por si já responde (plástico). O preço e a pena lembrar que a pergunta. Mas val iro cumprem com o mín tanto um como o out . nça ura mo de seg ta é mais seguro que ra está aber Capacete fechado Nossa Cartei ra pa aberto? cartas e realmente é... Careceber suas ra Parece meio óbvio, pa cao , uro seg mais vão ter pacete fechado é sim o e sempre çã e mandíbula e da fac re sua a xa dei pacete aberto a seleção das seja, você está com desprotegidas, ou sposta. Uma rre abe te ace Cap o. act portantes face livre para o imp iginais ou im

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de motos modelo 01 ão aç nt me vi mo ra pa Plataforma

ra Classic, gigante Electra Glide Ult e nom meu , rON ppe Cho amente 485 Olá pessoal da moto que pesa aproximad o mundo mas , ini sol Con o cel Mar é quilos mais o piloto. rcelo 01 é todo me conhece como “Ma Além de regulável, a PMM es mes 3 de ca cer Há podendo ser Sacerdotes”. totalmente desmontável, de ido ped o ok ebo er lugar recebemos via Fac transportada para qualqu para que es ent cli e gos ami necessária. a ios vár onde sua utilização sej estava que eo víd um s emo íss conta assist Nosso projeto levou em nte eme ant ess inc ado por isso sendo repass dezenas de variáveis e e Est o. mot de linha em sua nas comunidades usamos materiais de 1ª sendo ley Har uma va tra mos eo víd construção. e por uma chapa de movimentada com facilidad Fabricada em aço 1020, ira nte dia a rod a e ond plataforma, das de espessura, seira sobre 5/16” polega e usando ficava livre e a roda tra soldada no processo MIG e clientes gos ami es ess os; ízi de 3” s rod 4 rodízios com rolamento semos uís str con que a par iam nos ped metro, tem se sse a polegadas de diâ nde ate que e al ion nac e eficiente um modelo mostrado a mais segura o. mot de s no Brasil. todos os modelo plataforma já fabricada udos, est de es mes 4 de r a nta ois ese Dep Gostaria de lhes apr nte lme era lit s elo mod 8 e esso do testes plataforma com mais suc 01, PMM a os gam che o, lix cial de 150 jogados no Brasil, com um lote ini a par a orm taf pla 01 em 18 de a mais perfeita unidades, lançamos a PMM mercado do os mot de ção nta mos mais de ime buí mov março e hoje já distri vel, ela ulá reg e ent alm tot al, nacion todo o pais!!! até a 300 unidades em rs ote sco os uen peq de atende des

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Tablón Abajur · Ferramentas

Lâmpada Industrial Yamaha XS650

Feita a mão em Chicago, EUA, com peças procedentes de uma moto Yamaha XS650: pistão, biela... São peças únicas e feitas sob encomenda. Trabalham com LED. Preço: $450

Ferramenta Caneta micro

Feita de aço S2 e com trabalho artesão de precisão, é uma multi-ferramenta ideal para trabalhar com eletrônica, celulares,

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diferentes. Sempre perto e sem atrapalhar. 54 $

Machado Survco

Do mesmo tamanho de um cartão de crédito, esse machado conta com 21 funções, é feito de aço inoxidável e tem uma imagem bacana. Preço: 23 $.

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Proyecto ChopperMan

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Câmara na mão, chopper no punho ChopperMan é o projeto pessoal de Mario Tojo e consiste basicamente em retratar outros chopper desde o seu. Mas não num estúdio, e sim sobre o melhor dos cenários: a estrada.

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Proyecto ChopperMan e A ChopperMan

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omecei o projeto ChopperMan há cerca de 2 anos, inspirado por fotógrafos americanos como Josh Kurpius e Mikey Arnold (do Forever Chaos Life), mas sem querer «copiar» o estilo de cada um deles. Por ter a oportunidade de viajar, lado a lado, com vários motociclistas que se tornaram amigos, nasceu

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a vontade de mostrar as suas motos, cuja identidade ganhou, com sucessivas transformações, a visão e imagem dos seus proprietários. Quero mostrar que a moto é uma extensão do seu proprietário, tornando-se parte integrante daquilo que ele é, do seu modo de viver e ver a vida. Neste “set” de fotografias, pretendo ainda mostrar que a moto

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perde o seu valor enquanto objeto mundano e banal quando através da transformação e personalização ganha um novo estatuto como obra de arte e até mesmo uma vida própria com o seu proprietário. Com estas fotos, não quero mostrar apenas motos bonitas, feias ou que, hoje em dia, estão na moda. A intenção é ir além das modas ou do sentido estético do feio ou do boni-


to, transmitindo um estilo de vida, no qual quase sempre o conforto é discriminado em razão da estética, mas a sensação de liberdade e diferença está sempre marcada e presente. A cor das fotografias apresenta uma grande saturação. Uma opção subjetiva e pessoal, pois em vez de querer uma imagem real, documental, pretendo criar um efeito

imagético quase de pintura, quase onírico e, por consequência, mais próximo das sensações que estas motos e viagens proporcionam. É, para mim, fundamental colocar as imagens destas motos num plano atemporal, onde a sensação de liberdade e movimento se perpetua. Todas estas fotos são tiradas enquanto viajo com a minha moto,

pois acredito que é uma das formas mais puras que se pode utilizar para fotografar na estrada. A relação próxima e intensa com o objeto fotografado, muitas vezes no limite para conseguir uma boa fotografia, permite retratar este universo como poucas vezes o veremos. A ChopperON gostaria de dizer um muito obrigado para a Zombie Chopper Run.

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Proyecto ChopperMan

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Proyecto ChopperMan

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O AUTOR DA REPORTAGEM, PRONTO PARA RODAR DESDE

“JO BAR”, CABO DE GATA, ESPANHA. O

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Miniaturas Fullmetal

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Miniferro Há um tempo, colocamos a foto de uma Café Racer feita com sucatas e muitos perguntaram muitas coisas sobre ela... Agora, vamos tirar as dúvidas...

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Miniaturas Fullmetal e Alberto Miranda AIgor Albuquerque

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á fazia um tempo que eu encontrava na internet umas fotos de umas miniaturas bacanas, motos feitas de ferro, de sucata e com uma qualidade enorme... Depois de pesquisar um pouco, fiquei sabendo que o autor dessas “mini jóias” era o Rodrigo Rodrigues (R&R, man!) e que, com o apoio do fotógrafo Igor Albuquerque, estava começando um sonho, a sua própria marca: Miniaturas FullMetal. Rodrigo sempre teve o sonho de customizar motos, desde criança. Hoje o cara faz um trabalho excelente criando miniaturas, motos que são feitas apenas de sucatas, como rolamentos, muita inspiração e de-

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dicação aos pequenos detalhes. As palavras do Rodrigo lembram muito às dos grandes customizadores: “Minha maior satisfação é produzir miniaturas fiéis às motos reais de meus amigos, clientes e parceiros, e sempre tento fazer o melhor para me superar”. Ele demora muitas horas em cada trabalho e aplica tinta automotiva para que as peças, além de serem bonitas, sejam eternas. Além de miniaturas de motos, o Rodrigo faz umas guitarras bacanas com correntes de moto e rolamentos, umas guitarras que são o enfeite mais doido para colocar na sua sala, bar ou na sua garagem, mas essas peças você deverá ver no face ou no instagram da Miniaturas FullMetal...

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Suzuka XTR-PEPO

Essa moto esportiva de visual dos anos 70, criada sobre a base de uma Suzuki, é a evidência da volta ao trabalho do Pepo Rosell, um dos construtores mais renomados dentro e fora das fronteiras espanholas. Agora, sob o nome de XTR-PEPO. ChopperON

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Endurance tribute

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Suzuka XTR-PEPO e Manel Hospido ASergio Cardeño

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ualquer um que olhar para um dos trabalhos do Pepo pode adivinhar a sua admiração pelas motos de resistência dos anos setenta e oitenta, uma época em que esse tipo de corridas tinha um grande número de torcedores na velha Europa, com corridas míticas como As 24 Horas de Le Mans ou Montjuic e o prestigioso Bol D´Or. Provas nas quais homens e a mecânica eram levados ao limite. Nelas, percebeu-se, pouco a pouco, a hegemonia das marcas japonesas, que foram demonstrando ser as mais confiáveis mecanicamente. Esse fato foi determinante para a criação da sua própria prova em 1978, as 6 Horas de Suzuka, na qual os quatro gigantes do setor do Japão brigam desde essa época, em todos os invernos, por algo que vai mais além da vitoria... A sua honra. Desde a sua pequena oficina de Madri, Pepo quis fazer um tributo à época dourada do “Endurance”. Para isso ele apostou pela construção de uma moto baseada numa Suzuki, marca que dominou o mundial da categoria nas últimas décadas. E ele acertou no nome, uma referência ao circuito japonês: Suzuka. Mecânica simples Para a fabricação da Suzuka, começaram com o quadro e o motor de uma Bandit 600 do ano 1998. O motor é um quatro cilindros em ChopperON

linha com refrigeração óleo/ar que fornece uns 80cv nas 10.500rpm. Grande parte do sucesso da Bandit foi graças ao propulsor que combina importante resistência e confiança mecânica com desempenho muito bom para a sua época. Para apimentar um pouco o motor, XTR substituiu o filtro de ar por um K&N Racing e colocou um escapamento tipo megafone da marca italiana Spark. Também foi instalado um minimalista tacômetro redondo com hodômetro digital integrado da T&T Electronic, acentuando o visual racing do conjunto e melhorando a visibilidade do regime do motor. Um quadro honesto Para fabricar a Suzuka decidiram manter o chassi de origem, um de verso duplo de canos redondos fabricado em aço modificado apenas na parte traseira e que ganhou um novo subchassi para poder receber a rabeta de uma Ducati TT2, que ao mesmo tempo foi transformada para poder montar a bateria e as luzes traseiras. A mesma origem transalpina tem a sua elegante semi-carenagem, que ganhou dois faróis no estilo das motos de resistência dos anos de 1970 que eram de uma Derbi Senda (moto de baixa cilindradas espanhola). O tanque de gasoli-

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na é o original e, tanto ele como as outras peças da carroceria, recebeu uma bonita decoração vermelha e preta com as bordas em branco feita pelos caras da “Artenruta”. Voltando a falar sobre a parte ciclo, o garfo dianteiro é o original da Suzuki GSXR 750 do ano 92. Trata-se de uma Showa invertida de 41mm de diâmetro totalmente regulável. Deste mesmo modelo são também as rodas de alumínio, de três paus; as pinças de freio Nissin, de quatro pistões, na parte dianteira e a balança traseira, que precisou de um importante trabalho de adaptação no quadro. Bons detalhes Para finalizar queremos lembrar que algumas peças foram feitas a mão. Uma delas é a aranha, encarregada de segurar a cúpula, os faróis dianteiros e o tacômetro. Além da aranha, devemos falar sobre o semiguidão, fabricado em ergal. Destacam-se os manetes de freio dianteiro e a embreagem, reguláveis e dobráveis em caso de queda. Também feitas na XTR-PEPO, do mesmo jeito que a simples e funcional iluminação traseira. Em resumo, a ideia que a moto transmite é que Pepo Rosell voltou em cena com muita vontade após uns longos meses de descanso, com novas ideias e com a intenção de diversificar a mecânica que ele vai trabalhar. Tal vez, como é costume dizer, às vezes é necessário se afastar um pouco da árvore para poder enxergar o bosque... ChopperON

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Suzuka XTR-PEPO

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FICHA TÉCNICA XTR-PEPO Suzuka Moto doadora: Suzuki Bandit 600 ’98. Construtor: XTR-PEPO. Motor Tipo: Quatro cilindros em linha, com 4 válvulas DOHC. Cilindradas: 599cc. Potência: 80cv nas 10.500rpm. Torque: 54Nm nas 9.500rpm. Refrigeração: Ar/óleo. Coletores: originais. Escapamento: SPARK, tipo megafone. Filtro de ar: K&N Racing. Bateria: LIPO. Parte ciclo Chassi: original modificado na parte traseira. Sub-chassi: XTR. Aranha: XTR. Semiguidão: XTR, feito em ergal. Suporte de estribeiras: Suzuki GSXR 750’92. Estribeiras: Puig. Garfo: Showa invertido Ø 41mm, regulável. Balança traseira: Suzuki GSXR 750’ 92, modificada. Rodas: Alumínio de 3 paus. Freio dianteiro: Pinça dupla Nissin 4 pistões. Freio traseiro: Pinça Nissin 2 pistões. Discos de freio: NG. Manetes: XTR, reguláveis. Instrumentos: T&T. Faróis: Derbi Senda. Luzes traseiras: XTR. Paralamas: Suzuki GSXR 750’92. Semi-carenagem: Ducati TT2, modificada. Tanque gasolina: original, 19 litros. Rabeta: Ducati TT2, modificada. Pintura: Artenruta.

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Speed Fest 2015

O ano d´água

Novamente, chegou o Speed Fest, o evento feito por e para bikers da zona da Catalonia, na Espanha, embora o pessoal chegue de qualquer parte da Terra e sempre é bem-vindo.

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Speed Fest 2015 eA David viveharley.es

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ovamente, chegou o Speed Fest, o evento feito por e para bikers da zona da Catalonia, na Espanha, embora o pessoal chegue de qualquer parte da Terra e sempre é bem-vindo. Nesse ano, a organização investiu esforço e tempo em melhorar ainda mais o Speed Fest de Castellar del Vallés. Uma prova disso é que conseguiram que vários especialistas da Mooneyes estivessem no evento. A chuva fez muitos bikers não irem ao Bike Show, deixando um grande vazio no círculo central. Vazio que os organizadores souberam completar com muito bom gosto, e você já sabe... No Speed Fest você pode encontrar de tudo. Com um par de carros bons, desses curtinhos com motores de 8 cilindros que os americanos sabem fazer e um Shelby Cobra, termina-se tampando qualquer vazio que possa ter num evento. A qualidade dos trabalhos dos que se deslocaram foi máxima. Chamava a atenção -pelo menos a minhaum par de criações com o Japan Style incrustado, com os seus motores Shovel e Knuckle, sua partida no pé, seus cabos de tecido, suas velas à vista... Até a sua lata de Asahi. Muitas outras conservavam, acima de tudo, o espírito do KUSTOM e do HAND MADE. Além disso, o evento teve uma reunião de Volkswagen Beetle, fuscas com nome chiquérrimo, e kombis, que davam uma nota de cor na outra parte do evento. A diferença desse ano com anos anteriores foi que também no domingo o Speed Fest foi celebrado no Espai Tolrà, assim como no sábado. Por medo da chuva, a organização optou por fazer dois dias indoor, e, desse jeito, a gente teve a chance de viver um Speed Fest diferente de todos os outros. Vamos ver se o pessoal gostou da ideia e as próximas edições serão também 100% indoor; embora seja bacana ter a cabeça debaixo de um teto no sábado e debaixo do sol no domingo. A venda de ingressos no domingo foi magnífica. Obviamente sem os 4x4, skaters, riders do BMX, mas com muito público e bastante fila no evento para poder acessar ao recinto e curtir todos os stands.

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BMW Café Racer by FKC

Engrenagem A BMW R nine T de fábrica já é uma máquina bonita com a que a marca bávara entra forte no setor do Café Racer.

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BMW Café Racer by FKC eA Lebowsky

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sse modelo da BMW tem um peso de 222 kg e 110 CV, 1.170 cc, motor bicilíndrico de 4 tempos e 8 válvulas. Essa moto tem uma relação peso-potência incrível. Tudo isso é um bom começo para pensar numa customização. Sergio Tarda ficou apaixonado pela BMW e pensou em melhorá-la para ela ficar mais pessoal e única. O resultado: a BMW Café Racer by FKC, que reflete o sucesso de trabalhar com Marcos Vázquez – Free Kustom Cycles-. FKC foi acoplando as peças e trabalhando até a combinação perfeita para cumprir as expectativas do proprietário. “A primeira vez que eu vi a moto, meus olhos foram direto para a parte traseira, foi instintivo…”. Rabeta BMW, com a lanterna traseira Rizoma Club S, a substituição do suporte da placa por um Valley Performance com o trabalho da FKC e, nos laterais, umas setas minimalistas também Rizoma Club S. “Posso assegurar que não vai deixar indiferente a ninguém quando ela passar”, afirma Marcos. A saída dos gases é tarefa de um escapamento Remus na cor preta carbono, conservando o mesmo suporte da BMW e deleitando com um elegante som. Se você olhar para a frente da moto e observá-la com atenção, você pode achar detalhes que são o orgulho do proprietário e da FKC: O guidão original, mais alto, virou semiguidão da ITR. Os espelhos de fábrica agora são Rizoma “SPY R”. O preparador manteve os punhos originais, mas trocou os manetes, que agora são da Puig. As setas dianteiras são similares às traseiras e, no centro, colocaram um farol Black Bates 5-3/4”. O hodômetro também foi substituído por um da marca Motgadget ChopperON

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Motoscope Pro digital, que faz um ótimo trabalho. A suspensão dianteira é um garfo telescópico invertido, enquanto a traseira é uma nova balança monobraço de alumínio fundido e sistema Paralever BMW Motorrad: um amortecedor central que pode ser ajustado. As duas rodas são de diâmetro de 17” de 3,5’’ na dianteira e 5,5” na traseira. O pneu escolhido é um Metzeler: 120/70ZR17 para a roda dianteira e 200/50ZR17 para a traseira. Uma potência como a que oferece esse motor deve ser capaz de se deter de forma efetiva. Esse trabalho é feito por uns discos de freio da BMW combinados com umas pinças da Brembo. A pintura, realizada pela PICASTUDIO, combina o preto black piano com um branco osso metalizado que brilha debaixo do sol, assim como os detalhes em ouro. Nosso resumo, uma BMW R9T melhorada, com caráter próprio e um estilo ao gosto do consumidor que, com certeza fará o mundo todo virar a cabeça para ver a moto do Sergio. Eu sou um dos que fez isso. “Gostaria de agradecer o meu grande amigo e proprietário da moto, Sergio, pela confiança, por acreditar no projeto e ter paciência durante a sua execução. Também gostaria de agradecer os clientes e amigos que curtiram a transformação dessa BMW”.


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Doble o Nada 2015

Ótimo começo

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Cada vez são mais numerosas as iniciativas e “reuniões” que vão-se comemorando nas terras argentinas. Umas começam caminhar rumo à consolidação –como a Rock’n’Drive- e outras estão ainda de fralda, pois elas acabaram de nascer –como a Dobro ou Nada-. Porém, ainda estando em diferentes estágios de evolução, a origem e o seu objetivo são os mesmos: mostrar e compartilhar o seu lifestyle.

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Doble o Nada 2015 e Pilar Gárgoles AÓscar Romagnoli

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ma equação formada por dois termos: “Dama’s Motorcycles” e “La Milla del Diablo”. Duas únicas soluções possíveis: Dobro ou Nada. Há dois anos, quando viajei por Argentina, conheci o Damián, um dos sócios da Dama´s Motorcycles. A sua paixão pelas motos e todo esse mundo o fez se aventurar, junto com uns colegas, na criação desse projeto tão particular de oficina dos amigos para os amigos que é a Dama’s. Há algum tempo publicamos uma das suas criações: a Mei. Diego e Guada são os outros membros da equação. Há relativamente pouco tempo abriram o seu negócio, “La Milla del Diablo”, uma loja muito bacana na qual você pode comprar e vender tudo relacionado com o mundo da moto: jaquetas, luvas, capacetes, camisetas, peças de moto… Novas ou usadas. Diego é o encarregado da customização das máquinas com o seu estilo diferente. A loja virou um ponto de reunião para muitos amantes das Custom e Café racer, movimento que aos poucos vai ganhando mais importância na Argentina. Desse jeito, com essa matéria prima começou a ideia da reunião “Dobro ou Nada”. Uma equação com diferentes resultados, um encontro que deveria juntar num mesmo espaço as paixões dos seus organizadores: Harley ,Triumph,

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Café Racers, música e amigos, além do objetivo de achar a fórmula adequada para que o evento não seja mais um simples encontro, e sim um evento que faça a diferença e seja repetido no tempo. Um total de 250 motos (200 Harleys, 50 Triumph e Café Racer) num evento no qual os assistentes puderam curtir de um dia cheio de atividades: rota até o local do Off Road Bar, que fica a 25 km da cidade de Buenos Aires e é caracterizado por ser ponto de encontro de Rockabillies e carros de época nos finais de semana; Bike Show com prêmios, jogos de habilidade, almoço americano, Bandas ao vivo, babe bike wash (lavagem de motos feito por umas lindas “chicas”). Com tudo isso resolveram a equação. Segundo os organizadores o resultado foi muito positivo. As suas expectativas foram superadas, o que fez pensar em seguir fazendo novas convocatórias nessa linha e unir os apaixonados pelas motos com diferentes estilos e ideias baixo uma mesma ideia. Nós da ChopperON queremos parabenizar a Union Cycles e a sua “Ramona” por ter ganho o Bike Show e sobretudo os organizadores dessa criança que nasceu nesse ano. Tomara que os trabalhos continuem evoluindo e crescendo e, no próximo ano, a gente veja a criança começar a caminhar.

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A corrida de calhambeques Realizado em Franca, o PNT – Corrida de Calhambeques encerrou mais uma edição com chave de ouro e participantes de Belo Horizonte deixaram suas marcas

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e Alberto Miranda A Larissa Costa

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quinta edição do PNT – Corrida de Calhambeques, que aconteceu no último fim de semana, em Franca (SP), encerrou sua programação com sucesso de público, recorde na pista e muito entusiasmo dos participantes, além, é claro, de emoção e diversão nas corridas dos antigos. Competidores de diversas cidades do Brasil trouxeram na bagagem euforia, vontade de vencer e, principalmente, aleChopperON

gria em encontrar amigos e demais apaixonados pelo antigomobilismo, com seus carros fabricados até 1936 e motos até 1950. Foram três dias de evento, com pilotos de 16 a 92 anos, entre homens e mulheres e 45 automóveis participantes – sendo 11 de Belo Horizonte. Nesse período, os mineiros mostraram que diversão e competição podem, sim, caminhar juntos. Na área do Box, a alegria dos belo-horizontinos era contagiante, e nenhum deles deixava por

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menos quando chegava a hora de correr com os turbinados ou clássicos calhambeques. Paixão, emoção e alegria marcaram a presença do estado de Minas Gerais no evento. Tamanha empolgação não poderia ter resultado diferente: três conquistas de peso. Gustavo e Milton Lapertosa, piloto e co-piloto, fizeram bonito na pista na categoria Ford A (modelos da Ford fabricados entre 1928 e 1931) e deixaram sete carros para trás, garantindo a primeira colocação.


Já na categoria Transplantados, carros antigos com a mecânica modernizada, os belo-horizontinos Gilton e Thiago Bartolomeu, com o Whippet 1930, subiram ao pódio para receber o troféu de segundo lugar e ficaram ao lado de Pedro Piquet, filho do tricampeão mundial de F1 Nelson Piquet e que fez a volta mais rápida do PNT, com 36,04 segundos, batendo o recorde das pistas. Na Speed, categoria que reúne os carros originais de corrida, o segundo lugar também ficou com os

mineiros. Cláudio Carvalho e Carlos Sujeira pressionaram Nelson Piquet na pista com o Ford Hi-Boy 1934 e terminaram a prova com categoria e foram aplaudidos pelo público. “É gratificante receber pilotos, ex-pilotos e entusiastas no PNT. Mais uma vez, o evento foi um sucesso, com diversão garantida para todas as idades, arquibancadas repletas de público e competidores satisfeitos e felizes com as corridas. Somos a única competição no Brasil de carros fabricados até 1936 e

não vamos deixar de promover esse encontro motorizado, dinâmico e participativo. Que venha 2016!”, afirma Tiago Songa, organizador da Corrida de Calhambeques. O Pé na Tábua – Corrida de Calhambeques é um evento de cunho cultural, que permite aos pilotos uma forma inusitada de exposição dos carros antigos. A 5ª edição do PNT contou com patrocínio da Cral Baterias, Motul, Scuderia Ferracin e Autotrac, apoio da Prefeitura de Franca e realização da Associação de Pilotos Vintage.

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Em 2014, Henrique Costa, Cristiano Souto e Pedro Resende criaram a Just Ride Along, uma startup que desenvolve serviços para motociclistas, unindo as maiores paixões dos três amigos: empreendedorismo, tecnologia e motociclismo.

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Just Ride Along startup e Alberto Miranda A Just Ride Along

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m 2014, Henrique Costa, Cristiano Souto e Pedro Resende criaram a Just Ride Along, uma startup que desenvolve serviços para motociclistas, unindo as maiores paixões dos três amigos: empreendedorismo, tecnologia e motociclismo. De Belo Horizonte (MG), uma região que já é polo empreendedor e tecnológico do Brasil, surgiu a vontade dos empresários

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para melhorar a experiência do motociclista, evoluindo a maneira como ele se relaciona com o veículo, seus amigos e a estrada. O aplicativo conecta os apaixonados pelas duas rodas e soluciona os problemas de planejamento, controle e segurança das viagens. Com funcionalidade de GPS, a ferramenta que, por enquanto, está disponível em português e inglês, contará com telemetria, big data e uma “rede social” para unir viajantes em

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prol da melhoria de seus passeios. Nele, o usuário poderá criar e planejar sua própria rota, compartilhar com amigos, monitorar seu desempenho, criar grupos para viagens, enviar alertas de incidentes no caminho, e acompanhar, comparar e até “desafiar” outros motociclistas. O app foi desenvolvido para iOS e será lançado gratuitamente na Apple Store na segunda quinzena de maio. Já a versão para


Android está planejada para o segundo semestre deste ano, para atingir quase todos os motociclistas. A expectativa é que o aplicativo some cerca de 50 mil usuários no primeiro ano de atuação. Segundo Henrique Costa, o objetivo é que a startup feche parcerias com lojas, serviços, concessionárias e montadoras para aproximar fornecedores e consumidores, favorecendo a comunicação direta e provendo acesso e análise de big data

da comunidade para entender as vontades e necessidades do público. “Somos motociclistas e entusiastas do mundo em duas rodas, por isso acreditamos ser possível melhorar a experiência para todos os envolvidos: pilotos, serviços e marcas”. O sócio conta que “a ideia é aproveitar o cenário de crescimento nacional e mundial no segmento de motos de alta cilindrada para oferecer um serviço em constante evolução.

Nós acreditamos em dispositivos e produtos que aumentem a interação entre o motociclista, sua moto e todos os fatores que influenciam na sua segurança, conforto e diversão”. O app já está cadastrando usuários interessados em testarem o serviço em seus iPhones. As primeiras 300 pessoas que se cadastrem no site poderão aproveitar o aplicativo antes de todo mundo e colaborar com a evolução e ajustes da ferramenta.

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A verdadeira causa

A mecânica da moto é mesmo como a vida. Quando tudo vai bem simplesmente curtimos a moto sem preocupações e, quando algum problema aparece, pela nossa natureza, tentamos resolvê-lo do jeito mais imediato, para voltar a obter novamente as condições de funcionamento normais o mais cedo possível. Mas nem sempre essa reparação rápida é a melhor solução e é disso que vou falar nessa reportagem. / & Frank Burguera m exemplo prático, a fábula das varetas dos tuchos. Era uma vez, numa concessionária de motos americanas, um feliz cliente que estreava a sua nova máquina. O serviço técnico tinha preparado essa moto para sua entrega com uma revisão, uns ajustes e fazendo um test de uns 8 km. Por outro lado, a equipe de vendas lavou a moto e explicou ao cliente o funcionamento básico de seu novo brinquedo. Apenas duas horas depois, o cliente voltou até a oficina, frustrado e com o lateral da motocicleta cheio de óleo (Figura 1). Enquanto no departamento de vendas tentavam acalmar ao cliente falando que isso pode suceder numa moto nova, na oficina começaram a averiguar o que tinha acontecido. Efetivamente o lateral direito do motor estava coberto com gotas de óleo, e, após uma profunda inspeção, verificou-

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se que o vazamento procedia do cano dos tuchos; estava forçado e vazava o fluído. Após desmontar o cano encontraram a vareta dobrada (Figura 2), forçando o cano de proteção e criando um ponto para o óleo vazar. Comunicaram ao cliente que isso era apenas um erro de

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fabricação. Para solucionar o problema, rapidamente instalaram um kit de varetas reguláveis e hidráulicos novos (por prevenção) e, após conferir que tudo funcionava corretamente a moto foi entregue novamente ao cliente (Figura 3). No dia seguinte, a moto apareceu de novo na oficina, dessa vez


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num guincho, com o mesmo problema. A pressão estava agora na oficina, os mecânicos encontraram a vareta nova dobrada outra vez. Depois do achado, abriram o motor e encontraram uma válvula emprerrada no seu local (Figura 4), o que tinha provocado a avaria da vareta. Agora, eles acreditavam ter achado a causa do problema. Como a moto estava na garantia, pediram um novo cabeçote à fábrica, para evitar mais problemas. Satisfeitos com a re-

paração, entregaram a moto pela terceira vez, depois de una semana de trabalho, mas agora bem mais tranquilos. Mas ninguém disse que a vida é fácil: o guincho voltou no dia seguinte, com a moto perdendo óleo e exigindo uma solução. Após desmontar o cabeçote novo, mais

uma vez acharam a válvula emperrada e a vareta dobrada... No cabeçote novo? Para que a história seja bem mais rápida vou lhes contar que após muitas provas e desmontagens foi verificado que o motor tinha um defeito na fabricação. Não tinham furado o orifício de saída do óleo FIGURA 5

FIGURA 4 ChopperON

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Oficina Filosofia e Mecânica FIGURA 6

de um dos balancins (Figura 5), o que não permitia ao óleo lubrificar a válvula. A válvula emperrava levemente, e fazia dobrar a vareta, que forçava o cano de proteção e vazava o óleo pelo motor e o late-

ral da moto (Figuras 6 e 7). Foi substituído o balancim com defeito (a verdadeira causa) e outras muitas peças: uma nova guia de válvula, válvula, vareta, juntas... E o motor viveu feliz por muitos anos.

FIGURA 7

O PROBLEMA Para poder resolver um problema é importante compreender a sua definição: “Um problema é uma situação que saiu do caminho da normalidade devido a uma causa determinada. Se nós encontramos essa causa devemos reparála com uma solução e a situação voltará ao normal” (Figura 8). No ( exemplo anterior, os mecânicos estavam atuando com soluções focadas a resolver o problema (mais exatamente, os sintomas que o problema causava), mas não agiam sobre a causa, por isso o problema voltava novamente. O DIAGNÓSTICO A definição do que seria um bom mecânico, médico, políti-

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co, diretor de multinacional, jardineiro, etc. na execução do seu trabalho é a capacidade de aportar soluções que corrijam a causa dos problemas ou desafios que lhes sejam apresentados. O mais importante na hora de achar essa solução é poder diagnosticar corretamente qual é a origem ou a causa que faz virar uma situação normal em outra que sai do esperado (Figura 9). O diagnóstico precisa de conhecimentos, estudo dos sintomas, medições, comprovações e desenvolvimento de diferentes

soluções até se obter a mais certa, apoiando-se na experiência. A MORAL O ser humano possui uma capacidade inata para solucionar e criar problemas. A experiência acumulada e nossa capacidade de análises são o que determinam nos atuar sobre a causa ou simplesmente tentar corrigir os sintomas. Então, você sabe, da próxima vez que você tiver um problema na sua vida... Pense como um mecânico e procure a verdadeira causa desse problema (Figura 10).

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