Imagens para o futuro

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São direitos sociais: a educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância e a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.

Artigo 6º da Constituição Federal de 1988

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Ahmad Jarrah Alex Almeida Amanda Perobelli

Ana Carolina Fernandes Andressa Zumpano

Antonello Veneri Brenda Alcântara Bruno Morais

Christian Braga Dan Agostini Danilo Verpa

Diego Baravelli Felipe Fittipaldi Gisele Martins

Helen Salomão Hudson Rodrigues Hugo Martins

Ilana Bar Ingrid Barros Isis Medeiros

Lalo de Almeida Luca Meola Luisa Dörr

Márcia Foletto Milena Paulina Mônica Zarattini

Rafael Mattar Rafael Vilela Raphael Alves

Rejane Alice Tiago Queiroz Walda Marques

TXAI SURUÍ

Coordenadora da Associação de Defesa EtnoambientalKanindé e do Movimento da Juventude Indígena de Rondônia (Arte Indígena, 13 de janeiro de 2023, Folha de S.Paulo)

ISIS MEDEIROS

Guerreiro Brasília, DF, 2022

Retomando o Brasil: demarcar territórios e aldear a política. Acampamento Terra Livre (ATL).

Fotógrafa documental mineira cujo trabalho foca os movimentos sociais e políticos, a luta feminista e as consequências desastrosas da atividade de mineração. Realizou a premiada série ‘Mulheres Cabulosas da História’, com releituras fotográfcas de 100 mulheres importantes da humanidade. Teve trabalhos publicados na National Geographic, BBC, Hufpost, El País, Folha de S.Paulo, entre outros. Participou de diversas exposições individuais e coletivas no Brasil e no exterior. Em 2020, publicou o livro ‘15:30’, que apresenta 5 anos de documentação visual dos desdobramentos do grave crime socioambiental da mineração em Mariana, MG.

ISIS MEDEIROS (PONTE NOVA, MG, 1989)

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“Através da arte, os povos originários vêm espalhando e semeando sonhos para adiar o fim do mundo. Trazem crítica e reflexão a um mundo que não consegue enxergar os outros mundos existentes aqui e que, por isso, também não consegue ver esses outros caminhos.”

Imagem-esperança,

Mônica Maia uma fenda no tempo

A bandeira Guarani impõe-se sobre a paisagem urbana; a lança, em punho, do guerreiro demarca espaços de poder; as mãos entrelaçam raízes ancestrais e os corpos livres giram em roda. Os banhos de rio, os ventos da infância e o som do bate-bola protesta contra opressões. O abraço no tronco que sangra é um gesto que protege os territórios inundados, as forestas derrubadas, os povos indígenas ameaçados, as escolas abandonadas, as pessoas em situação de rua e a fome. Memórias futuras que serão vistas dentro de um contexto histórico, algumas com indignação, outras, com o respiro de que, talvez, tenhamos tempo.

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A edição apresentada propõe uma narrativa que conecta temas e territórios com foco nos direitos sociais, objetivo da exposição coletiva “Imagens para o Futuro”, sob o ponto de vista de diversas gerações e regiões do país. As fotografas também dialogam com os direitos culturais e ambientais, aspectos fundamentais para a garantia dos direitos originários. Tudo é parte de quem somos, uma jornada em busca do autoamor, do afeto, da relação em harmonia entre semelhantes e diferentes, dos lugares de felicidade, como quem veste azul e emerge do mar.

As imagens atravessam diversas expressões, no caso da fotografa documental e jornalística, que circulam quase que simultaneamente com os fatos, impactam diretamente as realidades e provocam reações, refexões e movimentos que ressignifcam as fotografas. Alguns trabalhos utilizam práticas fccionais para propor debates sobre o tempo presente e a verdade, outros atuam nas áreas de pesquisas com o intuito de preencher lacunas e reescrever o que nos foi contado.

O lugar da fotografa é amplo, entre eles, destacam-se o da memória, do sentimento, do encontro e do documento. É importante reconhecer vestígios e fssuras, a fm de proporcionar recomeços onde não existam ambientes sensíveis ao gênero, à raça e às desigualdades sociais. Criar e compartilhar histórias visuais faz da imagem uma potente ferramenta cujos elementos se transformam em informação, comunicação e representação. Ao serem interpretadas já se tornam um tempo passado. Quais imagens ocuparão o futuro?

Imagem-resistência, dancemos nossas liberdades!

Mônica Maia é editora e curadora de fotografa, produtora cultural e idealizadora da plataforma Mulheres Luz

ALEX ALMEIDA

As bailarinas de Paraisópolis

São Paulo, SP, 2012

Uma cartografa afetuosa de um recorte de Brasil, que, pelas mãos de heroínas e heróis anônimos, não mais pede favor para existir e entrar: com o pé na porta, exige e escancara sua autoestima e confança. É o protagonista que cria seu próprio Lugar de Felicidade. O fotógrafo iniciou sua carreira em jornais da cidade de Santos, posteriormente, passou a atuar em jornais como a Folha de S.Paulo. Como fotógrafo freelancer, passou por mídias como UOL, Época e Reuters. Já foi fnalista do prêmio Conrado Wessel e, em 2018, foi eleito, pela revista francesa Fisheye, como um dos 11 fotógrafos de destaque da América Latina. ALEX ALMEIDA (SANTOS, SP, 1973)

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MILENA PAULINA

A dança

Paranapiacaba, SP, 2018

Inspirada em Matisse, a fotografa que faz parte da série “Eu, gorda”, nos leva a uma celebração de corpos livres. Dancemos a liberdade, o empoderamento, a retomada de si e da própria história. Pessoa não-binária, parda, gorda e bissexual. É fotógrafa, bordadeira, crocheteira, escritora, pintora, autodidata e viva. Está construindo a arte que quer ver no mundo. Em 2017, iniciou seu primeiro projeto fotográfco, denominado “Eu, gorda”, viajou pelo Brasil e fotografou mais de 300 pessoas. Suas fotografas já foram expostas em Nova York, São Paulo e Rio de Janeiro, publicadas na Alemanha e seguem sendo pautas de pesquisas estudantis pelo mundo todo. Hoje, a fotógrafa busca representar sua arte em diversos materiais e linguagens, mesclando, muitas vezes, tudo o que aprendeu até aqui. MILENA PAULINA (SÃO MIGUEL PAULISTA, SP, 1994)

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ANA CAROLINA FERNANDES Futuro?

Bento Rodrigues, Mariana, MG, 2016

Três anos, aproximadamente, depois da realização dessa foto, uma tragédia ainda maior aconteceu em Brumadinho, MG, matando 270 pessoas soterradas. Para muitas pessoas, essa imagem se tornou uma premonição anunciada, já que vários estudos indicavam falhas graves na estrutura e segurança da Barragem do Córrego do Feijão, em Brumadinho.

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ISIS MEDEIROS

Sobre o que ainda não foi contado

Canaã, MG, 2020

Trabalho documental “Histórias do Meu Quintal”, em processo.

BRUNO MORAIS

Sertão imaginário

Lajedo, PE, 2019

Imagem construída no contexto de uma pesquisa em andamento sobre o imaginário e o cristianismo pagão do sertão brasileiro.

Fotógrafo brasileiro formado pela Escola de Fotógrafos Populares da Maré, no Rio de Janeiro. Seu trabalho explora o potencial da fotografa para contar histórias em várias camadas que apresentam a realidade como um ponto de partida para o debate em vez de uma verdade absoluta. Com uma combinação de práticas fccionais e documentais, sua pesquisa visual visa a refetir sobre a complexidade das questões contemporâneas do Sul global, a partir de uma perspectiva ampliada que evita o exotismo e o dramatismo superfcial. BRUNO MORAIS (RIO DE JANEIRO, RJ, 1975)

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Fotógrafa e Videomaker desde 2012, integrou as principais equipes em jornais do Estado de Pernambuco. Foi vencedora do Prêmio Nacional CNH (2018), do Prêmio do Ministério Público do Trabalho (2016) e do Melhor da Fotografa pela Fundarpe (2019). Com uma produção voltada para os direitos humanos, realizou projetos para: UNICEF, El País, ONU, TAB UOL e The Intercept Brasil.

BRENDA ALCÂNTARA (RECIFE,PE, 1992)

BRENDA ALCÂNTARA

Trajeto de memórias

Nazaré da Mata, PE, 2018

A lança que se monta no vento, o ferro que frma a terra. É tudo aquilo que não se vê, mas se sente. As lacunas do trajeto são os espaços da memória. Tudo é instante, como o caboclo que rodopia e some, mas fnca.

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ANTONELLO VENERI

Uma extraterrestre no Rio Vermelho Salvador, BA, 2020

Do nada, ela aterrissou no meio da Festa de Iemanjá. A menina vestida de azul parou, por alguns instantes, nas pedras do mar e colocou as fores na frente do rosto, e as duas rosas brancas se tornaram seus olhos.

De origem italiana, o fotógrafo vive e trabalha no Brasil há 14 anos. Em seu trabalho destacamse os temas relacionados aos direitos humanos e as questões sociais. Colabora com o projeto Everyday Brasil e com a agência internacional de notícias AFP. Tem reportagens e fotos publicadas em veículos nacionais e internacionais, como National Geographic, Washington Post, The Guardian, Le Monde, El País, Folha de S.Paulo, Jornal O Globo, La Repubblica, NPR, entre outros. Realizou 14 exposições individuais e ganhou prêmios nacionais e internacionais de fotografa.

ANTONELLO VENERI (TRENTO, IT, 1973)

REJANE ALICE

Ventos de infância

Às margens do Rio Paraguaçu, região de Santiago do Iguape, BA, 2022

Guardei ventos de infância em uma latinha qualquer. Salvei meu mundo todo.

A fotógrafa participou de exposições no Museu Rodin, em Paris, na Galeria Alma e no Museu Gregório de Mattos, em Salvador. Suas obras também foram exibidas no Museu de Artes Modernas da Bahia. Selecionadas em várias Bienais de Arte Fotográfca Brasileira, suas fotografas encantam pela dualidade das cores e pelo poder do preto e branco. Reconhecida, sua obra “Um olhar uma Luz” faz parte do acervo permanente do MAM. REJANE ALICE (FEIRA DE SANTANA, BA, 1964)

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DIEGO BARAVELLI

Sem título

Alto Paraíso, GO, 2019

Indígena Kayapó mostra sua mão com tinta de jenipapo antes de realizar uma pintura corporal. É formado em Geografa e trabalha como fotógrafo profssional há 13 anos. Com uma visão geográfca e social crítica e apurada, retrata os refexos dos contrastes dos locais por onde passou. Trabalhou em vários projetos de algumas entidades, tais como: Ministério da Educação; Universidades Federais, como as de Brasília e de Tocantins; Banco do Brasil e Caixa Econômica. Suas publicações podem ser conferidas em projetos como a Wiki Educação Brasil e em veículos nacionais e internacionais, como National Geographic, The Wall Street Journal, El País e O Globo. A identifcação de Diego com as causas humanitárias e ambientais o levam a documentar as atividades de grandes organizações, entre elas: Médicos Sem Fronteiras, Greenpeace, GRAD (Grupo de Resgate de Animais em Desastres) e Instituto Socioambiental (ISA). DIEGO BARAVELLI (SÃO CARLOS, SP, 1981)

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CHRISTIAN BRAGA

A queda da foresta Amazônia, Rondônia, 2018

Território indígena Karipuna ameaçado pela grilagem e pelo desmatamento.

Fotógrafo, documentarista e membro da agência brasileira de fotografa Farpa, tem seu trabalho voltado às questões socioambientais e de direitos humanos. Contribui com organizações nãogovernamentais nacionais e internacionais, como Greenpeace, WWF e Instituto Socioambiental ISA, com trabalhos voltados para a documentação e monitoramento de crimes ambientais e para a preservação e proteção da Amazônia. Já publicou histórias em mídias, como National Geographic, Al Jazeera, Vice, The Guardian, entre outras. CHRISTIAN BRAGA (MANAUS,

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AM, 1991)

FELIPE FITTIPALDI Sem título

Extrema, MG, 2018

Rodrigo Guedes posa para um retrato em frente a uma jovem fgueira plantada por ele na comunidade onde vive, em Extrema, MG. Ele faz parte do Projeto Conservador das Águas, que visa a recuperar nascentes na Serra da Mantiqueira, com apoio da Nature Conservancy.

O fotógrafo tem seu trabalho focado em temáticas sociais e ambientais. Bacharel em Comunicação e pósgraduado em Comunicação e Imagem, é colaborador de jornais, revistas e alguns órgãos, tais como: National Geographic Society, New York Times Magazine, The Guardian, Nações Unidas, El País. Expôs em Nova York, Roma, Tóquio, Arles, Alemanha, Portugal, Milão, Montreal, Toronto, Addis Ababa, Rio de Janeiro e São Paulo. Em 2017, foi premiado com o LensCulture Emerging Talents Award e o Pictures of the Year - POY Latam Em 2018, foi selecionado pela World Press Photo Foundation para o 6x6 Global Talent Program. Em 2019, recebeu o Explorer Grant pela National Geographic Society. Em 2020, seu trabalho passou a integrar a coleção da Biblioteca Nacional da França.

Em 2022, recebeu o World Report Award e o Grand Prix ISEM.

FELIPE FITTIPALDI (RIO DE JANEIRO, RJ, 1982)

ANDRESSA ZUMPANO

Sem título

Assentamento Alegre. Riachão, MA, 2019

Abner toma banho no Rio das Mortes.

Fotojornalista e documentarista maranhense, que, atualmente, reside no estado de Minas Gerais. Participa e colabora com missões de investigação em localidades onde há povos e comunidades tradicionais em situação de confito agrário no Brasil. Trabalhou com camponeses e comunidades tradicionais do Maranhão, em colaboração com a Teia dos Povos e Comunidades Tradicionais do Maranhão. Publicou em veículos independentes, como Diplomatique Brasil, Agência Pública, El País Brasil, Cláudia, Brasil de Fato, Fundo Brasil de Direitos Humanos, e em jornais internacionais, como National Geographic e Le Courrier. Foi bolsista no Emergency Fund for Journalists da Inside National Geographic (2021). ANDRESSA ZUMPANO (SÃO LUÍS, MA, 1993)

LALO DE ALMEIDA

Pantanal em chamas

Pantanal, MT, 2020

Veado morto em um pasto queimado por incêndios forestais, em 13 de agosto de 2020, em uma área do Pantanal devastada por um incêndio do qual nem mesmo o mais veloz dos animais poderia escapar.

O fotógrafo colabora há 29 anos com o jornal Folha de S.Paulo, no qual vem desenvolvendo narrativas multimídias premiadas internacionalmente, tais como: “Um Mundo de Muros”, “Desigualdade Global”, “A Batalha de Belo Monte” e “Crise do Clima”. Em 2021, sua série de fotografas “Pantanal em Chamas” foi contemplada com o primeiro lugar na categoria Meio Ambiente, pela World Press Photo. Também em 2021, foi escolhido como fotógrafo ibero-americano do ano pelo Pictures of the Year - POY Latam. Paralelamente ao fotojornalismo, sempre desenvolveu trabalhos de documentação fotográfca, como o projeto “Distopia Amazônica”, que recebeu o prêmio Eugene Smith Grant in Humanistic Photography, e foi o vencedor global, na categoria Projetos de Longo Prazo, pela World Press Photo, em 2022. LALO DE ALMEIDA (SÃO PAULO, SP, 1970)

p.28/29

DANILO VERPA

Sem título

São Paulo, SP, 2022

Imagem aérea da Praça

Princesa Isabel, local ocupado pelo fuxo da cracolândia.

Formado em jornalismo, desde os 15 anos trabalhou em redações como ofce boy, diagramador, repórter e repórter-fotográfco.

Há 15 anos, é fotojornalista na Folha de S.Paulo. Nesse período, participou de coberturas nacionais e internacionais. Ao longo de sua trajetória, recebeu reconhecimentos importantes, como o prêmio Pictures of the Year - POY Latam (2017), e o prêmio Vladimir Herzog (2021), como vencedor na categoria Multimídia.

DANILO VERPA (LONDRINA, PR, 1983)

LUCA MEOLA

No palco da realidade

São Paulo, SP, 2020

Índio Badaróss, natural de Pernambuco, é usuário de crack há cerca de 25 anos. Também conhecido como “Basquiat da Cracolândia”, desenvolve pinturas e performances a partir de tinta e suportes encontrados na rua enquanto exerce sua profssão de catador de material reciclável. É integrante do coletivo Birico.arte, um grupo de artistas de casa e da calçada, unidos para fortalecer projetos nesse território estigmatizado. Fotógrafo documental, é formado em Sociologia. Mudou-se para o Brasil em 2014, onde colabora como fotojornalista em mídias internacionais. Seu interesse pelos submundos o levou a desenvolver, nos últimos anos, uma documentação da Cracolândia de São Paulo. Este trabalho recebeu o prêmio Colonna e o primeiro prêmio do Urban Photo Award, na Itália, além do Prêmio Militão Augusto de Azevedo, do Museu da Cidade de São Paulo. LUCA MEOLA (MILANO, IT, 1977)

MÔNICA ZARATTINI

Nossa escola

Monte Santo, BA, 2016

Carteiras empilhadas retratam o abandono da nossa educação.

Doutora em Artes, Mestre em Comunicações e Bacharel em História pela USP. Atuou como fotojornalista nos jornais O Estado de S. Paulo e Jornal da Tarde, por 26 anos, e como Editora de Fotografa nos últimos nove. Foi conferencista do Festival Internacional de Fotografa de Bogotá (2022). Em sua trajetória, recebeu prêmios, tais como: III Prêmio Embratel de Fotografa (2001); XXIII Prêmio Vladimir Herzog (2001) e Troféu Mulher Imprensa - 13ª Edição (2018). Em 2018, publicou o fotolivro “Plano, Seco e Pontiagudo”. Realizou exposições individuais, como “Paulicéia”, no MIS-SP (1999) e “Viva La Diferencia!”, no Museu da Ciência de Barcelona (2007). Integra os acervos do MAM-SP e do Museu do Futebol de SP. É ativista do coletivo Fotógrafas e Fotógrafos pela Democracia, vice-presidente da ARFOC-SP e diretora da Rede da Fotografa. MÔNICA ZARATTINI (SÃO PAULO, SP, 1962)

ANTONELLO VENERI

Kaique-Kali

Salvador, BA, 2013 Apenas por um instante Kaique tornouse a poderosa deusa indiana Kali, a que tem muitos braços. A magia das crianças e da fotografa.

Ladeira da Preguiça, Salvador, Bahia.

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“Se o ancestral movimenta o tempo espiralar que nos rodeia, seria o ato de criar a partir da memória um culto à ancestralidade? Uma missão cumprida no Ayê seria uma linha riscada na lista dos ancestrais?

Ser continuidade é não deixar os laços desatarem, é perpetuar a memória de afeto e de poder silenciada na violência contra a diáspora. Ser continuidade é um legado de Agbara.”

SHAI ANDRADE

Artista interdisciplinar, cineasta e pesquisadora de Memórias Matriarcais Afrodiaspóricas

HUGO MARTINS

Agbara

Salvador, BA, 2016

A potência do encontro entre a essência da matéria e a força do Asè. Na fotografa, Akins Ramos.

Artista visual, vive atualmente em Salvador, Bahia. Sua sensibilidade é fruto da experiência com a fotografa e o design gráfco. Começou a fotografar em 2004 e encontrou, na fotografa e nas artes visuais, a maneira de expressar o que vive, diariamente, no ambiente que o rodeia. Acredita que a fotografa seja a maneira perfeita para armazenar fatias das realidades do mundo ou de realidades criadas sob o ponto de vista do fotógrafo. Seu trabalho se movimenta entre a fotografa de rua e a fotografa documental no Brasil, especialmente na Bahia (tanto na cidade quanto no interior), local que é a base para a sua criação. HUGO MARTINS (SÃO BERNARDO DO CAMPO, SP, 1978)

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A dignidade da pessoa humana, parâmetro essencial em um Estado Democrático de Direito, está prevista como um princípio fundamental da República Federativa do Brasil.

A dignidade humana, assim como o prazer da existência e suas inúmeras possibilidades e caminhos, está absolutamente atrelada à qualidade de vida e ao bem-estar social disponíveis para cada indivíduo que atua, pessoal e coletivamente, na sociedade na qual está inserido.

O anseio pela felicidade é, certamente, algo particular

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Mirar o futuro,
Ivana Debértolis iluminar o presente

e subjetivo, porém, não é difícil concordar que não há contentamento sem um mínimo de condições iniciais para o exercício da liberdade.

As incertezas e as desigualdades sociais, econômicas, culturais e existenciais são obstáculos a serem superados na busca por essa satisfação. Enxergar a outra pessoa na plenitude da sua dignidade, dos seus direitos e das suas diferenças faz parte dessa construção desejada.

As fotografas, aqui apresentadas, propõem uma narrativa imagética contestadora e abrangente das diversas realidades existentes país afora. Observamos o presente e apontamos uma fecha para o futuro, lançando a pergunta: Que Brasil queremos para as próximas décadas e gerações?

As imagens miram o futuro e aventam possíveis caminhos para a nossa sociedade, do ponto de vista dos direitos sociais, e sugerem uma refexão sobre os modelos atuais de convivência humana, além de apresentarem iniciativas que poderiam salvar nosso porvir, por contribuírem para uma sociedade mais justa, igualitária e com respeito às diferenças e liberdades individuais.

O futuro proposto, nesta exposição coletiva, se traduz como uma representação de esperança e um clamor por mudanças sistêmicas urgentes e ações positivas, individuais e coletivas, públicas e privadas, que assegurem os direitos humanos básicos, por meio de ações como: erradicação da pobreza e redução das desigualdades, de forma sustentável; ampliação dos direitos e fortalecimento da democracia; interrupção de qualquer tipo de violência e das opressões raciais, de gênero, de orientação sexual, entre tantas outras.

O sentimento de existir deve(ria) ser uma experiência boa e fraterna para todos os seres humanos, na maior parte de sua íntima trajetória. Cabe, aqui, neste recorte imagético de tempo e espaço, imaginar a existência como lugar sonhado e alcançado, no qual nenhum ser é alheio, onde tudo está interligado e todos a ele pertencem e nele se reconhecem sem distinção.

O futuro pelo qual ansiamos também anseia por nós.

Ivana Debértolis é editora de fotografa, produtora cultural e coordenadora do projeto Everyday Brasil

HUDSON RODRIGUES

Resiliência da alma

Salvador, BA, 2022

Abraçando a beleza cósmica da diversidade: uma jornada de autoamor e aceitação.

Fotógrafo e diretor criativo, homem negro, formado em design gráfco, começou a fotografar em 2007. Seu trabalho está voltado para a cena urbana e seu cotidiano, em busca de retratar singularidades da vida na cidade grande e seus personagens. Sua primeira exposição individual, ”BAMBAS”, foi realizada em 2018, no MIS - SP. Foi vencedor do Salão Nacional de Fotografa

Pérsio Galembeck (2019). Como diretor criativo, realizou videoclipes dos artistas brasileiros Projota e Drik Barbosa. Seu trabalho já esteve na Rolling Stone Brasil, Vice, Eyeshot Street Fashion, O Menelick 2º Ato, entre outras publicações.

HUDSON RODRIGUES

(SÃO PAULO, SP, 1981)

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DAN AGOSTINI

Palomas

São Paulo, SP, 2021

PAUTA IDENTITÁRIA

Não somos vítimas

Se somos

Fomos revitimizadas

Mimimi

É quando eu grito que dói

Que você termina de me matar

Se dói, não sou eu que sinto

Se te mato, eu morro junto

Te arranco humanidade

E perco a minha

Monstra

Sou a sua imagem e semelhança

Ainda que homem

Cisgênero por Uma Reis Sorrequia

Fotógrafe documental, formade em fotografa com especialização em Arte Contemporânea. Atualmente, leciona fotojornalismo, colabora com veículos nacionais e internacionais, é membro das organizações Women

Photograph e Diversify Photo e é co-fundadore dos coletivos Doroteia e Chama Sapatão. Utiliza a fotografa como ferramenta de expressão e refexão a fm de construir narrativas relacionadas a questões de gênero e direitos humanos. Já recebeu prêmios, como Pictures of the Year - POY Latam e This is gender- 50/50 Global Health, participou de exposições no Brasil e no exterior e teve seu trabalho fnanciado por órgãos públicos e privados, como Funarte, National Geographic, Lucie Foundation e Vist Projects. DAN AGOSTINI (PORTO ALEGRE, RS, 1985)

ILANA BAR

Escalda pés, da série Transparências de lar

Atibaia, SP, 2014

A imagem faz parte do ensaio “Transparências de lar”, que documenta o universo cotidiano e emocional da própria fotógrafa, mostrando o dia a dia de sua família e a convivência entre gerações: bebês, crianças, adultos, idosos, gêmeos e pessoas com Síndrome de Down. O ensaio propõe uma refexão humana sobre: vida, beleza, semelhança, diferença e afeto. Artista, fotógrafa e pesquisadora. É bacharel em fotografa pelo Centro Universitário Senac e mestra em Artes Visuais pela ECAUSP. Seus projetos e pesquisas envolvem o universo familiar e laços afetivos com pessoas e espaços. Foi contemplada com o 1º lugar no 8º Festival Internacional da Imagem Fotográfca (2010), em Atibaia, SP. Participou da exposição FotoFest International Discoveries (2017), em Houston, TX, com a série “Transparências de lar “. Esta mesma série foi contemplada com o Prêmio Nacional de Fotografa Pierre Verger (2016/2017), e com o Prêmio Nera Di Verzasca, no Verzasca Foto Festival, Sonogno, Suíça (2018). ILANA BAR (SÃO PAULO, SP, 1988)

p.40/41

INGRID BARROS

Agarradinho

maranhense

Praia do Mangue

Seco, Raposa, MA, 2019

Casal dança reggae a dois, o jeito maranhense, conhecido como “agarradinho”.

Fotografa realizada durante as gravações do videoclipe “TQT”, do músico e artista Paulão, que teve como temática esse jeito de dançar.

Fotógrafa, diretora criativa e documentarista, com atuação no jornalismo e audiovisual independente. Tem sua linguagem voltada para temáticas de identidade, território e direitos humanos, música e cultura popular. INGRID BARROS (PINHEIRO, MA, 1992)

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ANA CAROLINA FERNANDES Da série Bate-bolas

Engenho Novo, Rio de Janeiro, RJ, 2022

Alguns dizem que os batebolas surgiram sob a infuência da colonização portuguesa e de algumas festas, como a Folia de Reis, e que suas indumentárias derivam de fantasias europeias. Outros contam que escravos libertos, vestiam fantasias para que pudessem brincar o Carnaval e, ao mesmo tempo, protestar contra a opressão que sofriam ao bater as bolas no chão. A prática popularizouse nos subúrbios cariocas no início do século XX.

A fotógrafa trabalhou por mais de 20 anos como fotojornalista em grandes jornais do país. No momento, atua como fotógrafa independente e desenvolve trabalhos documentais, com olhar humanístico, voltados para a injustiça, a desigualdade social e os direitos humanos, contando histórias do povo brasileiro e suas diversas culturas, sem nunca abandonar o Fotojornalismo.

ANA CAROLINA FERNANDES (RIO DE JANEIRO, RJ, 1963)

TIAGO QUEIROZ O descanso dos bike boys

São Paulo, SP, 2019

Cena registrada durante reportagem sobre a nova forma de trabalho surgida no fnal dos anos de 2010, como a entrada no mercado informal e precarizado para milhares de jovens, muitas vezes moradores das periferias das grandes metrópoles.

Repórter-fotográfco do Jornal

O Estado de S. Paulo há vinte anos, formado em Jornalismo pela PUC, já participou de importantes coberturas, tais como: acidente da TAM (2007), rompimento das barragens de Mariana e Brumadinho, pós-terremoto do Haiti (2010), manifestações de junho de 2013 e da pandemia de Covid-19. As pautas pelas quais tem predileção são as que abordam personagens à margem da sociedade, como os “Meninos Prateados” (2015), sobre o trabalho infantil, tema que rendeu um livro em conjunto com a repórter Bruna Ribeiro e menção honrosa do prêmio Valdimir Herzog (2022). A foto dos bike boys é fruto desse esforço em trazer luz aos mais vulnerabilizados.

TIAGO QUEIROZ (SÃO PAULO, SP, 1976)

Sem título

São Paulo, SP, 2018

Fotografa realizada no Páteo do Colégio, na cidade de São Paulo.

Fotógrafo e diretor de fotografa, desde 2009, transita entre a fotografa documental e a publicidade. Seus trabalhos já foram publicados pela Aperture Foundation e pelo Lens Blog e nos jornais The New York Times, Folha de S.Paulo e O Estado de S. Paulo. Participou da exposição Nova Fotografa (2016), no MIS-SP. RAFAEL MATTAR (SÃO PAULO, SP, 1991)

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RAFAEL MATTAR
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GISELE MARTINS

Sertão azul

Santana do Cariri, CE, 2023

Casa sertaneja em Brejo Grande, zona rural do município de Santana do Cariri, CE.

Formada em Economia, em 2005, fez sua primeira exposição individual na Pinacoteca de São Paulo, intitulada: “Olha que Eu Vim Lá de Longe”. A série retratou a religiosidade afrobrasileira no bairro paulistano do Bixiga e ganhou o Prêmio Leica-Fotografe (2006). Foi fnalista do PhotoEspaña (2015), com o ensaio “À Margem”, exibido na Galeria FASS, no mesmo ano, e publicado, em livro, em 2018. Em 2021, o ensaio “Interiores” foi publicado como livro da Coleção Photothings. Participou de diversas mostras coletivas no Brasil, na França e nos EUA. Possui fotos no acervo da Pinacoteca de São Paulo e na Bibliothèque Nationale de France. GISELE MARTINS (SANTOS, SP, 1967)

MÁRCIA FOLETTO

Rua Santa Clara

Rio de Janeiro, RJ, 2006

Vistas de cima, árvores formam uma espécie de tapete verde em meio aos prédios da Rua Santa Clara, em Copacabana, uma das mais arborizadas do Rio de Janeiro. Esse corredor é formado, basicamente, por oitis, que, além da beleza, ajudam a amenizar o calor carioca.

Fotojornalista desde o fnal dos anos de 1980 e integrante da equipe do jornal O Globo, desde 1991. Participou de coberturas jornalísticas importantes no país, tais como a Eco-92, a chacina da Candelária (1993) e o desastre de Brumadinho (2019).

Recebeu prêmios nacionais e internacionais, entre eles o Prêmio Petrobrás de Fotojornalismo (2017), com a série sobre o desastre de Mariana, e o Prêmio Rey de Espanha (2016), com uma foto do ensaio “Os Miseráveis”, que retratou o aumento da pobreza no Rio de Janeiro. MÁRCIA FOLETTO (SANTA MARIA, RS, 1968)

RAPHAEL ALVES

Até onde chega o verde Manaus, AM, 2021 Maior cidade da Amazônia brasileira, Manaus vive em confito com o meio ambiente. Questões agrárias, grilagem de terra e uma política de marginalização e periferização da pobreza contribuem para que a cidade sofra com a falta de espaços verdes. Embora esteja localizada no seio da selva amazônica, é uma das capitais menos arborizadas do país. Até quando o verde que resta resistirá ao desordenamento urbano?

Estudou Jornalismo na Universidade Federal do Amazonas, Fotografa, na Universidade Estadual de Londrina, e Artes Visuais, no SENAC. É mestre em Fotojornalismo e Fotografa Documental pela University of the Arts, de Londres (ING). Colabora com agências e veículos nacionais e internacionais e é membro do projeto Everyday Brasil. Seu trabalho já foi premiado pelo Pictures of the Year - POY Latam (2017 e 2021), pela International (2022) e com uma bolsa editorial da Getty Images (2021).

RAPHAEL ALVES (MANAUS, AM, 1982)

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AMANDA PEROBELLI

Sem título

Eldorado, Vale do Ribeira, SP, 2017

Trabalhador recolhe cacho de banana no Quilombo Ivaporunduva, localizado na cidade de Eldorado, no Vale do Ribeira, interior do estado de São Paulo. A produção de banana orgânica para consumo e comercialização é uma das principais atividades econômicas da comunidade. O Vale do Ribeira é a região do Estado de São Paulo com o maior número de comunidades quilombolas. O carro-chefe da produção e da receita de Ivaporunduva é a banana orgânica. A comunidade vende cerca de 600 mil kg de banana por ano.

Depois de se formar em jornalismo, trabalhou, principalmente, em jornais, revistas e outras plataformas do país. Desde 2018, trabalha como freelancer da Reuters e, em 2022, entrou para a Reuters como fotógrafa staf. Assuntos relacionados às mulheres, diversidade, questões sociais e do meio ambiente têm sido os principais temas de interesse da fotojornalista. AMANDA PEROBELLI (SÃO PAULO, SP, 1985)

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WALDA MARQUES

Vitória-régia

Belém, PA, 2023

Naiá fcou bem perto da lua.

Atua na fotografa desde 1989, é também técnica em Publicidade, maquiadora e produtora. Realizou sua primeira exposição individual em 1992, com “Maria, tira a máscara que eu quero te ver”, trabalho voltado para a cena teatral. Walda, que iniciou sua carreira com a maquiagem em estúdios fotográfcos, produtoras de vídeos, teatro e televisão, atualmente atua em seu estúdio com várias direções no campo fotográfco. Na TV Cultura do Pará, foi diretora do núcleo de videoclipes, assinando várias produções. Com várias exposições, mostras coletivas, fotonovelas e vídeos em sua trajetória, seu estúdio é, hoje, sua fonte de inspiração, local onde tudo se transforma.

WALDA MARQUES (BELÉM, PA, 1962)

LUISA DÖRR

Sem título

Serra Grande, BA, 2020

Esta fotografa faz parte de um projeto, a longo prazo, denominado “Diário de Mata Atlântica”, produzido no sul da Bahia. A imagem específca foi realizada para o jornal Holandês intitulado DeVolkrant.

A fotógrafa tem seu trabalho focado na paisagem humana feminina e usa o retrato como veículo para contar histórias e explorar a complexidade da natureza humana e da feminilidade. Suas fotografas foram publicadas nas revistas TIME e National Geographic, no The New York Times, entre outros. Foi selecionada para o LensCulture Emerging Talent (2015). Ganhou o POYi Documentary Project of the Year (2018), com o projeto ‘FIRSTS’ realizado com a TIME, e o Magenta Flash Forward Award com a história de Maysa. Ganhou o 3º prêmio com “Falleras”, na categoria Histórias de retratos, do World Press Photo Award (2019). Sediada na Bahia, desenvolve, atualmente, projetos relacionados a mulheres e tradições culturais.

LUISA DÖRR (LAJEADO, RS, 1988)

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HELEN SALOMÃO

Ancestrais

Salvador, BA, 2021

Imagem produzida durante o curta-metragem “Raízes Mapas”, flme de sua autoria, que mostra a potência das matriarcas na edifcação dos lares e a valorização do afeto, do cuidado, dos rituais, da memória e da tecnologia atemporal e digital na história.

Atualmente vivendo em São Paulo, é uma artista visual multidisciplinar que apresenta, em seus trabalhos, percepções e trocas cotidianas e territoriais e a relação entre seu corpo, o tempo, a origem e a família. Dialoga sobre humanização, poder, memória, digitais na história, afeto, ancestralidade e espiritualidade. HELEN SALOMÃO (SALVADOR, BA, 1994)

RAFAEL VILELA

Ruínas forestais

Pico do Jaraguá, São Paulo, SP, 2022

Guerreiro Guarani Mbya protesta no Pico do Jaraguá contra a possível aprovação do Marco Temporal.

Fotógrafo e jornalista brasileiro que documenta a crise climática e econômica em seu país. Seu projeto “Ruínas Florestais”, que documenta a resistência da comunidade indígena Guarani Mbya nos arredores de São Paulo, a maior metrópole das Américas, foi fnalista do prêmio Leica Oskar Barnack (2022). Ganhou o prêmio World Press Photo Book Award e o Pictures of the Year - POY Latam (2021), com seu projeto Covid Latam. Em 2022, recebeu o prêmio Catchlight Fellowship e foi nomeado como explorer da National Geographic Society. Em 2023, sua participação na série de reportagens “The Amazon, Undone” foi fnalista no prêmio Pulitzer de Jornalismo. RAFAEL VILELA (SÃO PAULO, SP, 1989)

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“A teia da vida, essa fina camada que recobre o nosso Planeta, está conectada aos rios-veias e ao coraçãofloresta, que bombeia água, pulmão-mar que gera vida. A interconexão de tudo e a permanência de todas as espécies, inclusive a humana, é líquida. Quando, humildemente, perceberemos que ser apenas mais uma espécie, sem acreditar que ocupamos um lugar privilegiado, é o sentido da vida? A resposta nos dará um futuro.”

PAULINA CHAMORRO

Jornalista, diretora do doc Mulheres na Conservação, TEDx speaker, podcaster em Vozes do Planeta e integrante da Liga das Mulheres pelo Oceano

Manaus, AM, 2015

Criança emerge do Rio Negro, na Zona

Oeste de Manaus, apoiando-se em uma balsa interditada pela Antaq.

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RAPHAEL ALVES Sem título

AHMAD JARRAH

Mãos da foresta

Juara, MT, 2022

Comunidades ribeirinhas, indígenas e extrativistas, unem-se contra a construção de Usina Hidrelétrica, na Amazônia, que inundará seus territórios.

Mestre em Estudos de Cultura Contemporânea, bacharel em Comunicação

Social, jornalista, fotógrafo, documentarista e professor do ensino superior. Atua como assessor de comunicação, roteirista e colaborador da A Lente, projeto do qual é um dos criadores. É grantee do Pulitzer Center e do Earth Journalism, além de ser, também, membro do projeto Everyday Brasil e coordenador pedagógico do LABCOM A Lente. Já atuou em coletivos culturais, coordenou festivais de arte, mostras e semanas de formação em audiovisual e participou da elaboração do Plano Nacional de Cultura, do Fundo Setorial do Audiovisual, e de políticas culturais nacionais, regionais e locais.

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Governador Tarcísio de Freitas

Vice-Governador Felício Ramuth

Secretária de Estado de Cultura e Economia Criativa Marilia Marton

Secretário Executivo Marcelo Henrique de Assis

Chefe de Gabinete Daniel Scheiblich Rodrigues

Coordenadora da Unidade de Preservação do Patrimônio Museológico Maria Beatriz Henriques

Diretora do Grupo de Preservação do Patrimônio Museológico Vanessa Costa Ribeiro

Diretora do Grupo Técnico de Coordenação do Sistema Estadual de Museus Renata Cittadin

Diretora do Núcleo de Apoio Administrativo

Denise dos Santos Parreira

Equipe Técnica da Unidade de Preservação do Patrimônio Museológico Angelita Soraia

Fantagussi, Edna Lucia da Cruz, Eleonora

Maria Fincato Fleury, Fabiana Josefa da Silva Magalhães Araújo, Kelly Rizzo Toledo

Cunegundes, Luana Gonçalves Viera da Silva, Luiz Fernando Mizukami, Marcia Pisaneschi

Sorrentino, Mirian Midori Peres Yagui, Marcos

Antônio Nogueira da Silva, Rafael Egashira, Regiane Lima Justino, Roberta Martins

Silva, Sofa Gonçalez, Tayna da Silva Rios

AHMAD JARRAH (CUIABÁ, MT, 1981)

ASSOCIAÇÃO CULTURAL CICCILLO MATARAZZO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Presidente Luís Celso Vieira Sobral

Vice-Presidente Sergio Kobayashi

Conselheiros Denise Machado, Fernanda

Romano, Luis Henrique Sartoratti, Marcelo Hallake, Pilar Maria Thereza Procopio, Rita Okamura, Roberto de Souza Leão

CONSELHO FISCAL

Conselheiros Gil Marcos Clarindo dos Santos, Olinda Amazonas Martins, Rita

Marques, Sonia Maria da Silva

CONSELHO CONSULTIVO

Conselheiros Dalva Abrantes de Mendonça, Max Perlingeiro

MUSEU DA IMAGEM E DO SOM

Diretor-Geral André Sturm

Diretora de Gestão e Finanças Patricia Oliveira

Assistente Administrativo de Diretoria

Fernanda de Mello Amorim

Analista Administrativo Allyne Christina

ADMINISTRATIVO

Gerente Anelise Moraes

Equipe Kátia Galvão, Isabella Rotelli

AUDIOVISUAL

Coordenador Diego Valverde

Equipe Bruno Café, Lucas Mello, Rafael

Dornellas Feltrin, Wilson Guedes

CEMIS – Centro de Memória e Informação

Coordenadora Patricia Lira

Equipe Adriana Veríssimo, Alessandra Cavalcanti, Ana Paula Ferreira, Cássia Aranha, Cecilia Salamon, Christina Ravanelli, Cinthia Bueno, Cristina Araújo, Fabiana Ribeiro, Rodrigo Antonio, Rogéria Soares

COMPRAS

Supervisor Marcos Silva

Equipe Kelly Joana Darc, Leonor Santos

COMUNICAÇÃO

Supervisora Natália de Morais Ravagnani

Equipe Clarissa Janini, Cristiane B. Futagawa [Sushi], Isabella Arice, Thainá Yamada, Yuri Célico

CURSOS

Cristiane Amaral, Cristina Neves, Jessica Silva

DEPARTAMENTO PESSOAL

Coordenadora Taísa Passos

Equipe Bruna Passos, Bruna Sanchez

EDUCATIVO

Ícaro San Carlo, Laís Garcia, Mariane Souza, Thamires Araujo, Yule Liberati

FINANCEIRO

Gerente Luis Henrique Sartoratti

Supervisor Wesley Fontes

Equipe Emerson Araújo, Fernanda Santos, Jeferson Pereira, Murilo Santos, Natali Moura

INFORMÁTICA

Coordenador Cleber Santos

Equipe Renan Leonardo, Rodrigo Bilescky, Wanderley Leal

MANUTENÇÃO

Coordenador Felipe Ribeiro

Equipe Aldo Rosado, André Rodrigues, Carlos Cordeiro, Fábio Reis, Rafael

Correa, Salvador Silva, William Ricardo

PONTOS MIS

Supervisora Fabíola Cavalcanti

Equipe Fabíola de Lourdes, Giovani

Caldana, Lia Lima, Vitória Fonseca

Portaria Marco Araújo

Programação Bárbara Araujo, Carolina Rachid, Érica Chaves, Isabela Olmos, Júnior Oliveira, Renan Daniel, Vanessa Rodrigues, Vânia Almeida

RECEPTIVO E MONITORIA

Supervisora Rosa Maria Cavalcante

Equipe Ana Carolina Marchetto, Ariadne

Pinheiro, Beatriz Soares, Débora Filgueiras, Fernanda Borges de Lima, Francisco Ferreira, Helena Ariano, Isabela do Nascimento, João

Pichinim, Julia São Bernardo Cerqueira, Lais

Araujo Lino, Lais Charleaux, Lidiane Joventino, Maykon Alves José, Raíssa Rocha Bombini, Thainá Pimentel, Thais Faria, Thalita Pereira

RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

Assessora de Diretoria Solange Moscato

Equipe Débora Botelho Brandão, Gustavo Gerin, Julia Nakamura

Curadoria

Ivana Debértolis

Mônica Maia

Produção Executiva

Everyday Brasil

Mulheres Luz

Assistente de Produção

Livia Bitetti

Produção MIS

Vanessa Rodrigues

Direção de Arte e Projeto Gráfco

Fernanda Masini | Dabba

Clara Turazzi | Dabba

Projeto Gráfco Editorial

Thea Severino | Thema

Marcio Freitas | Thema

Audiopoema e Voz

Qual Futuro? | Karen Debértolis

Produção de Áudio

Sara Delallo | Estúdio Fábrika

Depoimentos

Paulina Chamorro

Shai Andrade

Txai Suruí

Palestra

Simonetta Persichetti

Assessoria de Imprensa

Juliana Gola

Impressão das Fotografas

Imagens De Papel

Montagem das Obras e Molduras

Lucrécia Couso | espaço opHicina

Montagem da Exposição

Install Produtora de Arte

Adesivos e Instalação

Allsigns Lapa

Revisão de Textos

Claudete Ribeiro

Tratamento de Imagens

Edson Sales

Sonorização

Fusionáudio

Acessibilidade

Casa do Braille

Intérprete de Libras

Sinalibras Acessibilidade

Transporte das Obras Surubim

Impressão Catálogo

Cinelândia Gráfca

Fotografas

Ahmad Jarrah

Alex Almeida

Amanda Perobelli

Ana Carolina Fernandes

Andressa Zumpano

Antonello Veneri

Brenda Alcântara

Bruno Morais

Christian Braga

Dan Agostini

Danilo Verpa

Diego Baravelli

Felipe Fittipaldi

Gisele Martins

Helen Salomão

Hudson Rodrigues

Hugo Martins

Ilana Bar

Ingrid Barros

Isis Medeiros

Lalo de Almeida

Luca Meola

Luisa Dörr

Márcia Foletto

Milena Paulina

Mônica Zarattini

Rafael Mattar

Rafael Vilela

Raphael Alves

Rejane Alice

Tiago Queiroz

Walda Marques

Apoio Realização

p.62/
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