Tribuna Bancária nº 365

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TRIBUNA Bancária Sindicato dos Bancários de Niterói e Região

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Ano LIV – Nº 365 – fevereiro de 2013

CONQUISTA DOS BANCÁRIOS:

Nova tabela de isenção de IR na PLR já está valendo A PLR recebida por milhões de trabalhadores não terá mais o desconto de imposto de renda, conforme a Medida Provisória nº 597 Até o valor de R$ 6 mil a isenção é total. Acima desse montante, uma tabela progressiva será aplicada. A conquista foi resultado de uma luta de entidades sindicais dos bancários, metalúrgicos, químicos, petroleiros, eletricitários e urbanitários. No caso dos bancários, o que foi pago de IR - na primeira parcela da PLR, recebida em outubro de 2012, após assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) - poderá ser restituído na declaração feita em 2013. Quanto à segunda parcela, que virá até março próximo, essa segui-

rá a nova tributação, o que trará um significativo ganho para os trabalhadores. Valores Tudo que é recebido de PLR, inclusive a PLR adicional, até o valor de R$ 6 mil estará totalmente isento do pagamento de IR. Em 2012, o desconto de IR para esse montante foi de R$ 893,47. Nos ganhos até R$ 10 mil, o desconto do

imposto cai de R$ 1.993,47 para R$ 375. Para quem recebe até R$ 15 mil, o IR cai de R$ 3.368,47 para R$ 1.338,75. E para a PLR de R$ 20 mil, o desconto que era de R$ 4.743,47, vai para R$ 2.704,37. Como calcular Para calcular o imposto devido, aplica-se a alíquota correspondente à faixa que representa o valor da PLR

recebida e subtrai-se o valor da parcela a deduzir do imposto. Por exemplo, se sua PLR for de R$ 10 mil, aplica-se a alíquota de 15% e obtém-se um resultado de R$ 1.500. Desse valor de R$ 1.500, subtraia R$ 1.125 (que corresponde à parcela a deduzir para essa faixa da PLR), e finalmente, você conseguirá o valor do imposto a ser pago, que nesse caso será de R$ 375.

Sindicato fecha 8 agências do Santander em protesto contra demissões

Em dezembro, o Sindicato dos Bancários de Niterói e região paralisou oito agências do Santander em Niterói em protesto contra as demissões ocasionadas pelo banco. O número de demitidos ultrapassa 1.200 funcionários em todo país. Os protestos aconteceram por todo país e, em meados de janeiro, dirigentes sindicais se reuniram em mesa redonda com representantes do banco no Ministério Público do Trabalho em Brasília. Na oportunidade, o Santander se negou a discutir as demissões imotivadas. Em outra audiência, no Ministério do Trabalho, o jornal jan 2013.indd 1

banco voltou a negar-se a discutir as demissões e a rotatividade. Conforme análise do Dieese, 1.216 dos 1.280 funcionários foram demitidos sem justa causa, o que significa 95% dos casos. “Como se não bastassem as demissões que vem assombrando os companheiros do Santander, o assédio moral vem sendo uma prática constante por parte de alguns gestores que se julgam donos do banco, tanto nas áudio-conferências como nas reuniões que acontecem com frequência na regional em Niterói. A COE, Comissão de Emprega-

dos do banco, vai cobrar uma dio moral! O anonimato é gaprovidência em relação às rantido”, relata Júlio Pessoa, denúncias. Denuncie o assé- diretor do Sindicato.

Diretores: Moisés, Marize, Fabiano, Cláudio, Altair e Júlio

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Apesar do lucro de R$ 11,5 bi, Bradesco fecha 1.299 empregos em 2012

O Bradesco obteve lucro líquido ajustado de R$ 11,523 bilhões em 2012, o que significa um crescimento de 2,9% com relação ao ano anterior, mesmo com a redução de juros e spreads e com o aumento de 15,31% (ou R$ 1,85 bilhão) das Provisões para Devedores Duvidosos (PDD) para uma inadimplência superior em apenas 0,2 pontos percentuais (de 3,9% para 4,1%) no período. Apesar do aumento do lucro bilionário, o Bradesco fechou 1.299 postos de trabalho no ano passado,

segundo o balanço da instituição financeira anunciado nesta segunda-feira 28. O Bradesco é o primeiro banco a divulgar os resultados de 2012. Só no Rio de janeiro o Bradesco demitiu 28 funcionários no fim de 2012. Agora, o número de demitidos já chega a 50, a maioria gerentes. Em protesto contra essa política nefasta do banco, os bancários protestaram paralisando oito unidades. O corte de vagas aumenta a preocupação dos bancários com o emprego, já manifestada no último dia

10 ao presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, durante sua primeira visita à sede da Contraf-CUT, em São Paulo. O montante provisionado pelo Bradesco para os atrasos superiores a 90 dias (R$ 13,9 bilhões) é maior que o lucro líquido ajustado anunciado. Já o Índice de inadimplência superior a 90 manteve a marca de 4,1% do trimestre anterior. Com relação a dezembro de 2011, a inadimplência cresceu apenas 0,2 pontos percentuais. “O Bradesco repete a manipulação contábil, usada por todo o sistema financeiro no ano passado, de esconder o lucro superdimensionando as provisões para devedores duvidosos em relação à inadimplência real, que praticamente ficou inalterada”, critica Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-Cut. As despesas de pessoal cresceram 5,4% no ano passado, abaixo dos 7,5% do reajuste dos salários e

dos 8,5% do reajuste do piso da categoria bancária na campanha nacional de 2012. A cobertura das despesas de pessoal sobre a receita de prestação de serviços chegou a 140,07% no Bradesco no período, um acréscimo de 12,2 pontos percentuais. “Esse mecanismo de usar as demissões e a rotatividade para reduzir a massa salarial é uma prática obscena do sistema financeiro, que explica por que o Brasil, apesar de já ser a sexta maior economia, ainda está entre os 12 países mais desiguais do planeta”, critica Carlos Cordeiro.

Fortaleça seu Sindicato! Sindicalize-se!

Agência é fechada por causa de forte fumaça O ano de 2013 começou com problemas em várias unidades bancárias. A agência 2998 do Itaú, localizada no centro de Niterói, teve de ser fechada por falta de condições de trabalho duas vezes. A causa da primeira intervenção foi uma fumaça proveniente de uma pane elétrica que teria ocorrido no prédio ao lado do banco. Em todo in-

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terior havia muita fumaça impossibilitando o trabalho dos bancários. Já a segunda paralisação foi por um forte cheiro de tinta e problemas no ar condicionado da unidade. Participaram das atividades os diretores Heber Mathias, Ivan, Miro, Ildo, Jorge Antônio “Porkinho”, Haidêe Antunes, Moisés, Cristina e Paulo Celso.

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Direção do BB consegue transformar sonho em pesadelo Nos anos 1990, contrariando a CLT, decretada nos anos 1940, o Governo Collor inventou o “funcionário de 8 horas” no Banco do Brasil. No final do século XX, o Governo FHC (PSDB) inventou o Asneg, que como o nome diz, é um assistente, mas o considerou um “cargo de confiança” no BB. Agora, no século XXI, o Governo do PT reconhece que o Asneg é mesmo um assistente e, como já ocorre na CEF e no Bradesco, tem direito à jornada de 6 horas. Um avanço? Seria, se o banco não exigisse que o Asneg tenha que “aceitar” uma redução de salário de cerca de 20%. Vai querer? É pegar e largar! Pegar a jornada de 6 horas e largar o salário. Além disso, o Governo Dilma instituiu no BB o comissionado com cargo de confiança “especial”, mas sem gestão sobre pessoas, que também tem que “aceitar” o “cargo de confiança”, apesar do aumento da responsabilidade. O novo Plano de Funções

deu um passo à frente, o reconhecimento das 6 horas do Asneg, e, no mínimo, três para trás: redução de salário, aumento da responsabilidade do Gerente de Contas e autoritarismo na imposição da “aceitação” das novidades. Uma questão trabalhista foi resolvida? Em parte, pois aumentou a possibilidade da conquista na Justiça da 7ª e da 8ª horas dos últimos cinco anos. Daí, o apelo do BB à Comissão de Conciliação Voluntária, a CCV, ao acordo extrajudicial nos sindicatos. “Quando parecia que o Banco ia corrigir rumos tortos, aparece com essa imposição. A empresa nos toma como cordeirinhos inocentes ou como jumentos irracionais?”, comentou um funcionário do banco. Essa discussão o Sindicato propôs na Assembleia realizada no dia 02 de fevereiro onde os bancários debateram sobre as atitudes pessoais (aceitar ou não) e jurídicas apontadas pela entidade.

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Empregados da CAIXA criticam novo sistema de registro de ponto

Funcionários da Caixa reclamam da nova medida adotada pelo banco com relação ao ponto dos empregados descomissionados. A mudança ocorreu através da Resolução nº 044/2012 que determina a proibição do registro do ponto dos trabalhadores em terminal aberto exigindo, assim, que cada um acesse o sistema em sua estação de trabalho para gravar o horário.

A atitude gera, de acordo com funcionários, prejuízos salariais, uma vez que a demora na abertura com seus dados pessoais de um terminal com o carregamento dos dados do sistema, que leva em média leva-se de 10 a 15 minutos/dia para acessar e ‘bater’ o Sipon, a entrada na agência, sem considerar a abordagem dos clientes já no ‘hall’ de autoatendimento, os problemas diários da porta-giratória e a lentidão de abertura dos terminais de computador ocasionam na perda de aproximadamente oito a doze dias de trabalho por ano (80 a 120 dias/10 anos).

Saga: calor = ar condicionado com defeitos nos bancos

O intenso calor que vem fazendo neste verão trouxe problemas com ar condicionado na maioria dos municípios atendidos pelo Sindicato. Toda semana a história se repete. Funcionários trabalham no sufoco pela falta de

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manutenção nos aparelhos de ar refrigerado dos bancos. As ocorrências foram registradas nos municípios de Niterói, São Gonçalo, Maricá, Rio Bonito, São Pedro da Aldeia, Itaboraí e Cabo Frio. Os campeões em falta de condi-

ções de trabalho foram: Itaú, HSBC, Bradesco e Santander. Os bancos públicos também registraram problemas como Banco do Brasil e CEF no centro de Niterói. Diante das denúncias, diretores do sindicato chegaram a fechar algumas agências por falta de condições mínimas para o funcionamento. As unidades visitadas pelos sindicalistas promoveram soluções paliativas. Na maioria os problemas detectados foram de ordem técnica ou manutenção. Em algumas situações a falta de água contribuiu para o não funcionamento do ar refrigerado.

Basta começar a esquentar, pronto! A novela sobre aparelhos de ar-condicionado quebrados se repete e os atores principais desta saga são os bancários, que precisam trabalhar com roupa social, alinhados, sofrendo com o calorão e cumprindo metas abusivas. Os bancários devem denunciar todo tipo de problema para garantir boas condições de trabalho em suas agências. A comunicação pode ser anônima por telefone, (21) 2717-2157, ou diretamente na sede do sindicato. Os diretores de base também estão à disposição dos bancários.

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Reintegrações permanecem Ação Social: Creche em São em alta no Sindicato Gonçalo recebe doações

Novas reintegrações ou cancelamentos de demissões foram registrados entre os meses de dezembro e janeiro pelos departamentos jurídico e de saúde do Sindicato dos Bancários de Niterói. As ações ocorreram no banco Santander, Itaú e Citibank. Cerca de nove bancários tiveram seus direitos garantidos e voltaram ao trabalho em suas agências. O trabalho de garantir o emprego do bancário se tornou um marco da direção do Seeb-Niterói. A entidade é recordista na manutenção do emprego pela sua seriedade na condução dos processos. Os departamentos de saúde e jurídico têm trabalhado de forma a atender toda categoria na busca de garantir direitos, saúde e condições de trabalho. Os bancários que reconquistaram o direito de

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permanecer no emprego foram: Mariana de Oliveira Andrade (Assistente Regional/Santander); Maria da Conceição Sérgio Moreira (Gerente de Atendimento/Santander); Izabel Pinho Barroso Costa (Assistente de Atendimento/ Santander); Fernanda Santos de Souza (Assistente Operacional/Itaú); Viviane Pereira Gonçalves (Gerente Geral/Itaú); Suzana Lyra Tavares Crespo (Itaú); Marília Muniz Lima (Gerente PJ/Itaú); Patrícia Carvalho de Oliveira (Gerente PJ/ Citibank); Sérgio Pinto Ferreira (Caixa/HSBC). O bancário Fabrício Alves Monteiro, caixa na agência 6078 do Itaú – Alfredo Backer, em São Gonçalo, chegou a ser reintegrado, mas, infelizmente, faleceu em dezembro de 2012. A direção do Sindicato aproveita para apresentar condolências à família do colega.

Sindicato dos Bancários de Niterói e Regiões

Sede: Rua Maestro Felício Toledo, 495, sobreloja, Centro, Niterói, CEP 24.030-105 - Tel/fax: (21) 2717-2157 Subsede: Avenida Júlia Kubitschek, 16, sala 215, Parque Riviera, Cabo Frio, CEP 28905-000 - Tel/fax: (22) 2643-4317 e-mail: sindicato@bancariosnit.org.br Jornalista Resp.: Willian Chaves (MTb 12.704) Diagramação: Wilton Ricardo Sérgio Projeto gráfico: Marcio Maturana (MTb 17625) Impressão: Gráfica Porciúncula (3 mil exemplares)

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Diretores do Sindicato dos Bancários de Niterói e região levaram donativos à Creche Cidadão do Futuro no bairro Itaúna em São Gonçalo. As doações foram colhidas durante a festa de Natal realizada pela entidade. Cerca de 104 crianças receberam também brinquedos e lanche. A creche Cidadão do

Futuro vive de doações e presta um serviço social importante na educação das crianças. As doações só foram possíveis graças aos bancários que atenderam à convocação do Sindicato. Participaram da ação social, os diretores Márcio (Papai Noel), Ildo, Miro, Marize Duarte e Júlio Pessoa.

Plantão Dr. Custódio Criminalista

Toda última sexta-feira de cada mês

Vigilantes param pelos 30% de periculosidade

Os vigilantes realizaram uma forte paralisação de 24 horas em protesto pelo pagamento do adicional de periculosidade sancionado pela presidenta Dilma Roussef. A nova lei, intitulada “Lei Fernando Maia” recebeu o número de Lei 12.740/2012. O texto altera o art. 193 da CLT . Mesmo com a lei já em vigor, empresários da segurança se negam a pagar os 30% de periculosidade. “Em Niterói estamos organizados para mobilizar toda categoria. A lei já vale para todo país e algumas empresas até já pagaram os 30% em janeiro. Por que

então as empresas do Rio não pagam? Nos apoiaremos em todos os remédios legais e buscaremos a garantia de que a categoria comece a receber o tão sonhado direito”, afirma o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Niterói e região, Cláudio Vigilante. O Ministro do Trabalho, Brizola Netto, já iniciou a regulamentação da lei e montou uma comissão tripartite envolvendo o governo, trabalhadores e empresários. O Sindicato dos Bancários deu total apoio à manifestação dos vigilantes no dia 1º de fevereiro.

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