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Histórico A

atividade de inspeção em voo deu seus primeiros passos no Brasil após a assinatura do Projeto CONTRAF em 1956. Na época, uma parceria entre os governos brasileiro e norte-americano viabilizou as primeiras experiências da inspeção em voo em território nacional e o início dos estudos para sua implementação no país.

Uma aeronave-laboratório, o Beechcraft C18S de matrícula N-74, equipada com painel básico de inspeção em voo, foi enviada ao Brasil para avaliar os primeiros auxílios à navegação e à aproximação a serem instalados. Na ocasião, uma equipe de pilotos brasileiros acompanhava a bordo os trabalhos realizados pela tripulação norte-americana, de modo que, em dezembro de 1956, foi realizada a primeira missão de inspeção em voo no Brasil, uma avaliação do local de instalação de um VOR (VHF Omnidirectional Range) em Caxias, no Rio de Janeiro.

Dois anos depois, em 1958, formou-se a primeira tripulação operacional exclusivamente brasileira de inspeção em voo, quando foram adquiridos o primeiro avião-laboratório de matrícula nacional (EC-47 com a matrícula FAB 2065) e um laboratório de aferição e calibragem. A primeira inspeção em voo em nosso território, com aeronave e tripulação brasileiras, foi realizada em 21 de fevereiro de 1959, uma verificação de adequação do sítio de Itaipuaçu, em Maricá, Rio de Janeiro, para instalação também de um VOR.

A partir de então, o número de inspeções em voo aumentou gradativamente e, cada vez mais, tornou-se necessário um setor especialmente dedicado ao planejamento, à interpretação e análise dos resultados obtidos durante as missões de inspeção.

Em 1960, foi criada a Seção de Registro e Controle de Voo, dentro da composição da Diretoria de Rotas Aéreas (DR). Doze anos mais tarde, em 1972, com a reestruturação das atividades de proteção ao voo –que transferiu as atribuições da DR para a Diretoria de Eletrônica e Proteção ao Voo (DEPV) - a atividade de Inspeção em Voo passaria a ser executada por uma nova organização militar, especialmente criada para a função, ativada no ano seguinte, em 17 de abril de 1973: o Grupo Especial de Inspeção em Voo (GEIV).

Sediado no Complexo Santos Dumont, no Rio de Janeiro, o GEIV desde então vem capacitando um efetivo crescente de pilotos inspetores, mecânicos de aeronaves, operadores de Sistema de Inspeção em Voo e profissionais empenhados em atividades de apoio.

Desde 2001, o GEIV está subordinado ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), órgão central do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB) que, junto ao Comando da Aeronáutica, vem empenhando esforços em prol da capacitação dos integrantes do GEIV e da modernização de sua frota e equipamentos. A partir de 2016, com a chegada dos novos jatos da Embraer, a unidade aumentou ainda mais sua capacidade operacional.

Atualmente, o GEIV dispõe de oito modernas aeronaves-laboratório: quatro EMBRAER Legacy IU-50 e quatro Hawker 800 XP IU-93M. Elas são equipadas com um moderno sistema de Inspeção em Voo embarcado, que avalia os sinais eletrônicos provenientes dos auxílios à navegação aérea, em conformidade com o que há de mais atual no mundo.