Aeroespaço 07

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AEROESPAÇO

Informativo do Departamento de Controle do Espaço Aéreo - DECEA

NOTÍCIAS

Ano 2 - Nº 7

Radar Tridimensional Transportável do 4º/1º GCC - Santa Maria/RS


Cartas dos Leitores Estou trabalhando, atualmente, como Consultor para a Aeronáutica na EMBRATEL, e muito me interessaria receber a Revista Aeroespaço, já que esta publicação traz muitas informações interessantes sobre o DECEA e os Órgãos a ele subordinados. Estou trabalhando diretamente nos projetos tanto do DECEA quanto dos CINDACTA, e seria muito interessante conhecer bem estas unidades e seu modo de trabalho. Assim, poderei estar aprimorando tanto o meu conhecimento sobre estas unidades, quanto a qualidade do meu atendimento. Grato, desde já, pela atenção. Luis Gustavo de Barros Gabriel Embratel/Consultor de Soluções em Vendas Parabéns pelo excelente trabalho a todos da AEROESPAÇO. A grande contribuição da revista para o DECEA é inquestionável, pois, além de informar e ensinar, insere cada um de nós neste complexo contexto que é o Sistema de Controle do Espaço Aéreo. Com textos muito bem escritos e ilustrados podemos conhecer cada vez mais o nosso “mundo aeronáutico”. José Otávio Biscaia Engenheiro Cartógrafo - Instituto de Cartografia Aeronáutica - ICA Gostaria de parabenizar a equipe da revista Aerosespaço pelo belo trabalho de divulgação das mais diversas áreas de atuação do DECEA, bem como da valorização do trabalho dos profissionais do SISCEAB. Aproveito, ainda, para elogiar a matéria sobre Busca e Salvamento constante da edição de número 6 do Informativo que, além de esclarecedora, destaca o nobre trabalho realizado por aqueles profissionais. E, como sugestão, apreciaria ver publicada uma matéria sobre a CARSAMMA, Agência de Monitoração da Região CARSAM que, sediada no CGNA, em São José dos Campos, desenvolve um interessante estudo de Avaliação na Segurança do Espaço Aéreo na Região supracitada, dentre outras, que, acredito, seria de grande valia para os leitores. Carlos Antonio de Almeida NUNES - 1º SGT BCT Efetivo da D-ATM-3 (Divisão de Gerenciamento de Tráfego Aéreo) do DECEA Aproveito este espaço para parabenizar a equipe da revista Aeroespaço pelo trabalho que está sendo desenvolvido. A revista proporciona aos seus leitores a oportunidade de conhecer e visualizar, através de belíssimas fotos e excelentes matérias, o trabalho de várias Organizações Militares, até mesmo as mais longínquas. Gostaria de ressaltar a importância da seção “Eu não sabia!”. As matérias divulgadas nesta seção são escritas de maneira bastante esclarecedora, facilitando o entendimento dos leitores. Agradeço também a oportunidade de divulgar algumas das ações realizadas pelo SRPV-RJ e pelos DTCEA subordinados. Luciana Edelsberg Bolde Comunicação Social do Serviço Regional de Proteção ao Vôo do Rio de Janeiro Poder apreciar o conteúdo de uma boa publicação tão logo ela seja editada era, há bem pouco tempo, algo muito raro na rotina dos Destacamentos, em especial os isolados e mais distantes de sua Sede. O excelente trabalho da equipe da revista, não somente observado na qualidade e no conteúdo das edições, mas também na abrangência e na rapidez de sua distribuição, torna visível o compromisso com o leitor que, além de receber informações atualizadas, sente-se prestigiado e com a certeza de que, mesmo distante, faz parte da grande equipe do DECEA. Fica aqui registrado o reconhecimento e a admiração pelo sucesso e eficiência da Aeroespaço Notícias. Valdir Eduardo T. Codinhoto – Maj Av Chefe da Seção de Planejamento do CINDACTA 3

Expediente Informativo do Departamento de Controle do Espaço Aéreo - DECEA, produzido pela Assessoria de Comunicação Social - ASCOM/DECEA Diretor-Geral: Ten Brig Ar José Américo dos Santos Assessor de Comunicação Social: Paullo Esteves - Cel Av R1 Redação: Daisy Meireles (MTB 21286-DRT/RJ) Telma Penteado (RJ 22794-JP) Diagramação & Capa: Filipe Bastos Fotografia: Luiz Eduardo Perez Batista Ilustração: Messias Bassani - CB SDE Home page: www.decea.gov.br - Intraer: www.decea.intraer E-mail: ascom@cc.sivam.gov.br ou aeroespaco@decea.gov.br Endereço: Av. General Justo, 160 - Centro - 20021-130 - Rio de Janeiro/RJ Telefone: (21) 2123-6585 - Fax: (21) 2262-1691 Editado em: março/2005

Página 2 • Índice/Expediente • Cartas dos leitores Página 3 • Editorial • Nossa Capa Página 4 • Em cerimônia conjunta, CISCEA/CCSIVAM e SDAD mudam suas lideranças Página 5 • Passagem de Comando é realizada no DTCEA do Galeão • 3º/1º GCC - Esquadrão Morcego recebe seu novo Comandante Página 6 • GEIV tem novo Comandante Página 7 • DECEA estabelece plantões de orientação social para o efetivo • DTCEA de Pirassununga tem novo Comandante Página 8 • Nova Chefia para o CCA-RJ • DTCEA de São Roque realiza passagem de Comando • DTCEA de Barra do Garças - Novo Comando Página 9 • ICA tem novo Diretor • CINDACTA III recepciona novos oficiais do EAOF Página 10 • FAB resgata sobreviventes de acidente aéreo na Amazônia • DTCEA Cuiabá realiza passagem de Comando Página 11 • Implementada a RVSM no espaço aéreo das regiões do Caribe e América do Sul Páginas 12 e 13 • Seção: Eu não sabia! Tema:CRUZEX Páginas 14 e 15 • Um resgate inusitado Página 16 • PAME recebe novo Diretor • ICEA: novo Diretor assume Página 17 • Um momento emocionante na passagem de Comando do 1º GCC Páginas 18 e 19 • Seção: Conhecendo o DTCEA RIO BRANCO - AC Páginas 20 e 21 •Seção: Quem é... Major Amélia Página 22 • Meteorologistas visitam o DTCEA de Manaus • DTCEA do Gama tem novo Comandante Página 23 • GEIV realiza Inspeção em Vôo no Paraguai • Novo Comando no DTCEA de Santa Cruz


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pós as férias escolares e o Carnaval, aqui seguimos nós, do SISCEAB, em nossa tradicional faina cotidiana, garantindo, com o trabalho incansável, a segurança dos nossos céus. Quando usamos a expressão “incansável” para nos caracterizar, queremos dizer exatamente o que a palavra significa, segundo o Aurélio: “que não se cansa, assíduo, constante, ativo, laborioso”. Nada mais assíduo e laborioso do que o controle permanente do nosso espaço aéreo. De modo geral, quando nos referimos a este controle efetivo, somos levados a imaginar, primeiramente, o fluxo do tráfego aéreo, sempre crescente e desafiador, ocorrendo em tempo real sem simulações ou virtualidades. O momento presente é sempre único. Somos, na verdade, os artífices do agora. Não nos é permitido postergar, adiar, pensar melhor, esperar, deixar para mais tarde, marcar uma reunião para decidir em consenso, discutir, contestar. Os movimentos têm que ser precisos, diretos, eficazes, prestos, oportunos, imediatos. As instruções, claras, objetivas, dentro de um contexto de complexo automatismo. Mas, e o imponderável, o surpreendente, o emergencial, o atípico? Onde se encaixam neste formidável arranjo de regras, métodos, procedimentos, cartas, informações e arquitetura espacial? Eles se encaixam de uma forma muito especial. Quando ocorrem, são submetidos ao julgamento do ser humano, por trás da máquina, e, neste momento, passam a valer os atributos da inteligência, do raciocínio, do discernimento, da avaliação. E é este ser humano que, em frações de segundo, tem que decidir o que fazer. E só poderá fazê-lo, corretamente, se estiver treinado, preparado, adestrado, doutrinado, motivado e, portanto, capacitado. Se for profissional. São coisas assim que representam o diferencial na atividade do controle do espaço aéreo - o ser profissional. Neste ponto, somos remetidos aos nossos núcleos de formação, aperfeiçoamento e elevação de nível que dão partida neste profissionalismo. Depois são os chamados on job trainning - o aprender trabalhando - que acabam apurando a formação profissional. O convívio, a experiência compartilhada e o dia-a-dia operacional são outros valores que se agregam a isto e que têm importância capital. Consideramos este ciclo permanente de aprendizagem uma das nossas mais extraordinárias virtudes. Mas assim é em todas as nossas atividades, inclusive naquelas de apoio técnico e administrativo. Artífices do agora. O momento presente é, definitivamente, soberano, e exige a superação de eventuais dificuldades, quer sejam burocráticas, de legislação ou de soluções técnicas. O que demanda tempo tem que ser equacionado com antecedência capaz de surtir os efeitos necessários, no instante exato. Isto vale para tudo no nosso Sistema. Da compra de sobressalentes às mudanças de procedimentos operacionais, demandadas de acordos internacionais. Do combustível das viaturas às reuniões técnicas em painéis da OACI. Das revitalizações dos CINDACTA às operações do 1º GCC e seus esquadrões nos treinamentos com a Força Aérea Brasileira. Da implantação de novos sistemas de comunicações à construção de vilas habitacionais na região Norte do Brasil. É esta sintonia, este sincronismo, aprendidos e exercitados ao longo de mais de 40 anos de existência, legado maior de nossos antecessores, que faz o SISCEAB ser admirado e respeitado, e que é motivo de orgulho para nós, que o integramos. Nesta edição, fizemos questão de enfocar cada Passagem de Comando realizada dentro de nosso Sistema, por considerarmos que o momento em que o Oficial dá por encerrada sua missão como Comandante é único e portador de grande significação, tanto para ele quanto para o grupo de pessoas dirigido e orientado por ele. É, também, uma forma de agradecer e reconhecer o trabalho que esses Oficiais realizaram. Parabéns a todos! Por fim, nosso esforço, nos últimos oito meses, tem sido estimular nossa comunicação interna, o que vem sendo conquistado gradativamente. Devemos, também, a você, esta conquista, por sua atenção, seu estímulo e sua colaboração com o nosso Informativo Aeroespaço. Participem deste nosso projeto, enviando seus trabalhos e experiências vividas no formidável e apaixonante Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro. O nosso especial “Muito Obrigado”.

Ten Brig Ar José Américo dos Santos Diretor-Geral do DECEA

Radar Transportável do 4º/1º GCC Esquadrão Mangrulho

Este entardecer, de fundo azul intenso, destacando a silhueta do Radar Transportável do Quarto Esquadrão do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle, (4º/1º GCC - Esquadrão Mangrulho), só poderia mesmo acontecer nos céus de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, em pleno verão de 2005. A idéia de dar destaque aos meios de detecção dos Grupos de Comunicação e Controle (GCC), visa chamar a atenção de nosso público interno para esta atividade do SISCEAB, que nem sempre está muito visível para nós. Em permanente estado de mobilização e prontidão, os Esquadrões do 1º GCC têm comprovado a sua capacidade e competência em inúmeras oportunidades onde serviu de suporte às operações de aplicação da Força Aérea. O Radar Transportável – MRCS-403, ladeado pelos Caças A1 do 3º/10º GAv (Esquadrão Centauro), cujo elemento impecável foi proporcionado pelos Primeiros Tenentes RICARDO e SCHNEIDER, simboliza bem o que chamamos de “BRAÇO ARMADO DO DECEA”. Aí está a nossa capa.


Em cerimônia conjunta, CISCEA/CCSIVAM e SDAD mudam suas lideranças

Diretor-Geral do DECEA cumprimenta o novo Presidente da CISCEA/CCSIVAM

O Diretor-Geral do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), Ten Brig Ar José Américo dos Santos, presidiu a cerimônia de troca da Presidência das Comissões CISCEA (Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo) e CCSIVAM (Comissão para Coordenação do Sistema de Vigilância da Amazônia) e da Subdiretoria de Administração (SDAD) do DECEA, no dia 31 de janeiro, no Clube de Aeronáutica do Rio de Janeiro. CISCEA/CCSIVAM

O Brig Ar Ramon Borges Cardoso passou a presidência das Comissões CISCEA/CCSIVAM para o Brig Ar Álvaro Luiz Pinheiro da Costa, que já atua nas Comissões desde 1996, sendo seu último Vice-Presidente Executivo. Inovando na forma de apresentação da Ordem do Dia, o Brig Ramon intercalou uma projeção de imagens com o seu discurso sobre as realizações e o futuro das Comissões. “O ano de 1980 foi marcante para a CISCEA, pois estabeleceu o início dos trabalhos de uma Comissão que muito fez para o SISCEAB. E, 2005 é o ano decisivo para a CCSIVAM, pois ela com-

pleta a sua jornada de implantação do SIVAM. Essas duas Comissões deixaram e deixam, ainda, um legado de obras fundamentais para o Comando da Aeronáutica e, por que não dizer, para o Brasil” - declarou o Brigadeiro. “Hoje é dia de olhar para o futuro... para o que falta ser feito. E há muito por fazer”, enfatizou Ramon, que segue sua carreira militar no comando do II COMAR (Segundo Comando Aéreo Regional), em Recife. Ele despediu-se confiante de que a CISCEA e a CCSIVAM estão em boas mãos. E, dirigindo-se ao efetivo presente das duas Comissões, disse emocionado: “Afinal, elas estão em suas mãos”.

Franklin afirmou em seu discurso: “Foram sete meses de árduo trabalho, facilitado pela dedicação e comprometimento dos integrantes do SDAD, aos quais rendo minha justa homenagem e expresso a minha gratidão”. Franklin, em sua mensagem destacou a valorização do maior patrimônio do DECEA: os recursos humanos. “O grande contingente de profissionais que integram nossas Organizações representa parcela significativa dos recursos humanos do Comando da Aeronáutica e tende a se expandir, face ao natural crescimento do tráfego aéreo no Brasil. Assim sendo, a busca de soluções que não comprometam a expansão das atividades de controle do espaço aéreo, e que não pressionem os parcos recursos de pessoal do Comando da Aeronáutica, tem sido um desafio constante a ser vencido. Desse modo, não tenho dúvidas ao afirmar que minhas preocupações continuarão monopolizando a atenção do Chefe do SDAD, e requerendo o engajamento de todos os Chefes, Comandantes e Diretores de Organizações do SISCEAB na busca pela otimização e apoio aos nossos preciosos recursos humanos”. Desejando sucesso ao novo Subdiretor, o Cel Franklin - que hoje está atuando interinamente na Vice-Presidência da CISCEA - disse estar torcendo pelo êxito do Brig Alves.

SDAD

O Cel Av Franklin Nogueira Hoyer transferiu o cargo de Subdiretor de Administração, que ocupou - interinamente - no período de julho de 2004 até janeiro deste ano, para o Brig Ar Cláudio Alves da Silva. Segundo o Cel

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Ao centro, o Diretor-Geral, que presidiu a cerimônia


3º/1º GCC - Esquadrão Morcego recebe seu novo Comandante

Momento da cerimônia

No dia 16 de dezembro de 2004, o Maj Av José Luis Jardim Gouveia assumiu o Comando do Terceiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (Esquadrão Morcego), tendo recebido o cargo do Maj Av Domingos Teixeira Eiras. A cerimônia foi realizada no pátio de desfile do Comando da Base Aérea de Natal (BANT) e contou com a presença de diversas autoridades da Guarnição. Diretamente subordinado ao 1º GCC (Primeiro Grupo de Comunicações e Controle), o Esquadrão Morcego tem a missão de operar um Sistema de Controle de Aproximação Transportável.

O Esquadrão está equipado com Radares de Vigilância Primário e Secundário e um Radar de Aproximação de Precisão. Em Natal, sítio sede do 3º/1º GCC, o Esquadrão participa do controle do grande volume de tráfego aéreo da terminal e tem contribuição fundamental na formação e treinamento dos pilotos da Força Aérea Brasileira. O Maj Av Domingos Teixeira Eiras despediu-se do 3º/1º GCC para assumir a importante função de Operações do 1º Grupo de Comunicações e Controle.

Passagem de Comando é realizada no DTCEA do Galeão

O Chefe do SRPV-RJ participou da cerimônia

Tendo a presença de autoridades militares e da comunidade aeroportuária do Galeão como convidados, no dia 02 fevereiro de 2005, o Destacamento do Controle do Espaço Aéreo do Galeão (DTCEA-GL) realizou a cerimônia militar de Passagem de Comando.

O cerimonial foi presidida pelo Brig Ar Cláudio Alves da Silva, Chefe do SDAD (Subdepartamento de Administração) do DECEA. Estiveram presentes, também, à solenidade o Cel Av Luiz Cláudio Ribeiro da Silva, Chefe do SRPV-SP (Serviço Regional de Proteção ao Vôo de São Paulo) e o Ten Cel Av Almir Coelho Santos Filho, Chefe Interino do SRPV-RJ (Serviço Regional de Proteção ao Vôo do Rio de Janeiro), entre outras autoridades militares e civis. A cerimônia foi iniciada com a execução do Exórdio pela banda da BAGL (Base Aérea do Galeão), apresentação da Tropa, e leitura do Ato de Exoneração do Maj Av Jorge Luiz França Alves e do Ato de Desig5

nação do Maj Av Ary Rodrigues Bertolino, pelo Ten QOEA CTA Paulo Sergio de Jesus Barcellos. Em sua despedida, o Maj França lembrou da sua trajetória na vida militar e no DTCEA-GL, deixando a todos, comandantes e comandados, exultantes pelo exemplo e brilho de suas palavras. Após a entrega do Distintivo de Organização Militar (DOM) pelo Comandante substituído, foi realizada a revista à tropa pelo novo Comandante. O Brig Ar Cláudio Alves da Silva proferiu palavras de estímulo a todos os presentes, e deu por encerrada a cerimônia militar.


GEIV tem novo Comandante

O Ten Cel Av Ramão Galvarros Bueno passou o Comando do GEIV ao Ten Cel Av Gustavo Adolfo Camargo de Oliveira, ex-Chefe da Divisão de Comunicações Navegação e Vigilância do DECEA

À direita, o novo Comandante do GEIV, Ten Cel Gustavo

A solenidade de passagem de Outro sentimento forte para o Ten Cel Bueno foi o orgulho de ter ombreado comando do Grupo Especial de Inspejunto ao efetivo deste Grupo. Não lhe ção em Vôo (GEIV) foi realizada no dia restou dúvidas da “participação do GEIV 21 de janeiro de 2005, pelo Diretorno desenvolvimento do Controle do Geral do Departamento de Controle do Espaço Aéreo, bem como da tarefa de Espaço Aéreo, Ten Brig Ar José Américo dos Santos. Em seu discurso inflamado, o Ten Cel Bueno retornou ao início de seu comando no GEIV: “Voltome, neste momento, para o dia em que recebi o cartão, datado de agosto de 2002, do - então - DiretorGeral do DECEA, Ten Brig Ar Lencastre, onde, após as felicitações de praxe, havia uma palavra em letra bem escrita: ‘CAPRICHE!’. Aquela palavra foi como uma injeção de ânimo para A revista à tropa mim nestes dois últimos anos, pois todas as vezes que pensei em esmorecer, era como fortalecimento da soberania e integrase ouvisse a voz daquele Diretor-Geral, ção nacional”. ecoando em minha cabeça. Muito obriO Ten Brig Ar José Américo foi elogado, Brigadeiro Lencastre, pela congiado por sua visão estratégica e por fiança ao me indicar e por colocar sob seu “apoio incondicional (...), onde com minha responsabilidade uma das mais pouco tempo de leituras e reuniões, importantes unidades do SISCEAB”. soube encontrar uma solução para a 6

decolagem definitiva do GEIV para o seleto grupo dos melhores órgãos de inspeção em vôo no mundo”. Procurando valorizar a imagem do GEIV, afirmou: “... espero... nunca mais se apagar a glória de um Grupo tão dileto, pois - enquanto outras unidades da Força conduzem suprimentos, víveres, máquinas, armas etc, o GEIV traz, no âmago de suas missões, o que o mundo mais aprecia, o conhecimento. E é isso que nos faz ser um Grupo tão ESPECIAL”. Analisando sua atuação, o Ten Cel Bueno disse: “entro, agora, para o histórico do GEIV, onde procurei plantar a idéia do valor de cada ser humano. E essa idéia se mostrará mais forte quando essa paixão a levar decididamente avante, mais, inclusive, do que todos os elementos da natureza”. Finalizando seu discurso, ele deu as boas-vindas ao seu substituto: “Meu amigo, Ten Cel Gustavo, o seu sucesso à frente do GEIV já começou desde a sua indicação. Seus futuros comandados sabem do seu potencial e do conhecimento adquirido por você nestes anos de labuta junto ao SISCEAB. Tenho a certeza que a sua escolha foi fruto desse belo currículo e que para você, a partir de agora, começam também os dois melhores anos profissionais de sua vida. Seja tão feliz como eu fui e faça que o nome GEIV jamais desça do patamar já alcançado”. O novo comandante passou em revista à tropa, acompanhado do ex- Comandante, após receber a continência dos integrantes do Grupo. O Ten Cel Bueno segue sua carreira como atual Chefe da Divisão de Gerenciamento de Recursos Humanos (D-RHU) do DECEA.


DECEA estabelece plantões de orientação social para o efetivo O Departamento de Apoio ao Homem do DECEA tem como objetivo proporcionar informações e acompanhamento aos militares e civis pertencentes a este efetivo e seus dependentes, acerca de como e onde conseguir atendimentos relacionados com saúde, educação, renda, problemas jurídicos, sociais e outros. As questões de maior procura são as que envolvem saúde, renda e educação, e vão além do que é previsto na ICA 161-1, acerca da prestação dos benefícios sociais. Através de nossa práxis, foram acompanhados inúmeros casos que foram solucionados, como por exemplo, ausência de infra-estrutura que assegurasse as mínimas condições de vida às famílias, gerando problemas de saúde, principalmente infantil, uso de drogas, educação e renda, dentre outros casos. Para que isso fosse possível, foram estabelecidos os “plantões de orientação social”, que atendem a todo efetivo, prestando esclarecimentos, orientações e encaminhamentos para solucionar seus problemas. Contamos como recursos humanos: duas assistentes sociais, um sargento, um agente administrativo e um soldado. Vale ressaltar que, além de atendimento ao efetivo direto do DECEA, que é composto de cerca de 850 pessoas, dentre militares e civis, atendemos às unidades subordinadas, como o GEIV, com um efetivo de 218 militares e 2 civis; CCA-RJ, com efetivo de 107 militares e 11 civis ; e o 1º GCC, com 55 militares. Ao todo, perfazem

um público-alvo de 1243 pessoas. Para os efetivos do CCA-RJ e 1º GCC, foi estabelecido um plantão local, já que tais unidades ficam localizadas no bairro Ilha do Governador, e a sede do DECEA, no Centro da cidade do Rio de Janeiro, localizada a 14 quilômetros de distância. Para isso, uma assistente social é deslocada semanalmente para realizar os atendimentos. Além disso, cadastramos todos os nossos usuários, o que nos permitiu definir seu perfil. A partir daí, pudemos efetuar um levantamento das necessidades do efetivo e, em parceria com organizações do terceiro setor, governamentais e não governamentais, fosse disponibilizado o atendimento necessário. Dessa forma, o plantão tornou-se uma referência positiva para o efetivo, conquistando credibilidade e proporcionando o fortalecimento das relações com órgãos de outras naturezas (civis), atendendo não somente ao proposto na Diretriz de Comando da Direção-Geral, bem como priorizando um atendimento de qualidade e responsável.

O plantão tornou-se uma referência positiva para o efetivo, conquistando credibilidade

DTCEA de Pirassununga tem novo Comandante No dia 21 de janeiro de 2005, em cerimônia que contou com a presença do Comandante da Academia da Força Aérea (AFA), e presidida pelo Chefe do Serviço Regional de Proteção ao Vôo de São Paulo (SRPV-SP) e autoridades civis e militares, o Maj Av Roberto Profeta de Oliveira recebeu do Maj Av Renato de Castro Barreto Filho o cargo de Comandante do Destacamento do Controle do Espaço Aéreo de Pirassununga (DTCEA YS). O DTCEA YS tem como missão prestar o serviço de controle do espaço aéreo na Terminal Academia, bem como participar da formação dos oficiais aviadores da Força Aérea Brasileira. Na sua área de responsabilidade estão incluídas as áreas de instrução da AFA, bem como áreas de grande volume de tráfego aéreo civil do interior do Estado de São Paulo.

Após a cerimônia, o Major Barreto recebeu uma justa homenagem pelos excelentes s e r v i ç o s Momento da cerimônia prestados ao Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB) e os votos de sucesso nas suas futuras atribuições como Comandante do Grupo de Serviços de Base na Base Aérea de São Paulo.

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Nova Chefia para o CCA-RJ

Cel Jurandir recebe o DOM do CCA-RJ

Nos dias 24 e 25 de janeiro de 2005 foi realizada a cerimônia alusiva a Passagem de Chefia do Centro de Computação da Aeronáutica-Rio de Janeiro (CCA-RJ) do Cel Int Marcos Elael da Silva ao Cel Inf Jurandir Nogueira da Silva. No dia 24, no auditório do CCA-RJ, houve uma cerimônia religiosa, celebrada pelo 1º Ten Capelão Fernando Augusto Sabino, na qual foram abençoados os Chefes substituto e substituído. Seguida à cerimônia religiosa, houve a inauguração da Galeria do Efetivo do CCA-RJ com a foto do exChefe com todo o efetivo e o nome de todos os integrantes, civis e militares, que passaram no CCA-RJ durante a gestão do ex-Chefe. No dia 25, foi realizada a apresentação dos Oficiais do CCA-RJ ao novo Chefe, o descerramento da foto do exChefe e a cerimônia militar de transmissão de cargo. Participaram da cerimônia de descerramento da foto do ex-Chefe da Galeria de Fotos, o Ten Brig Ar José Américo, as esposas dos Chefes substituído e substituto, civis e oficiais do CCA-RJ e convidados. Também realizada no auditório do

Efetivo do CCA-RJ se apresenta ao novo Chefe

CCA-RJ, a cerimônia militar foi presidida pelo Diretor-Geral do DECEA, Ten Brig Ar José Américo dos Santos, e contou com a presença de Oficiais-Generais, Oficiais, familiares do Chefe substituído e do Chefe substituto, convidados civis, além do efetivo do CCA-RJ. O Cel Elael, em sua despedida, mencionou algumas realizações de sua gestão, como uma breve prestação de contas para a sociedade. Ele disse, ainda, que essas realizações “só foram possíveis, devido a motivação, a vontade, ao entusiasmo e a participação do pessoal do CCA-RJ.” “Muito me honrou comandá-los. Pois nesta Unidade presta-se um tipo de serviço cada vez mais imprescindível à nossa Força Aérea, tendo em vista que, na Nova Ordem Mundial, a informação e o conhecimento ganham importância por tornarem-se fortes indicadores de poder. Em uma visão prospectiva, esta organização poderá ser um Centro de Excelência no Gerenciamento e Suporte a Redes e ao Banco de Dados, no âmbito do COMAER, alinhado às diretrizes do Órgão Central do STI, e reconhecido como uma referência na prestação de serviços de Tecnologia da Informação”, disse o Cel Elael, valorizando seus pares e a Unidade. Ainda durante o discurso, o ex-Chefe do CCA-RJ agradeceu a confiança, o apoio irrestrito e as orientações precisas e oportunas do Diretor-Geral do DECEA. “Agradeço também por ter proporcionado um ambiente saudável, cordial e amigo durante a nossa gestão à frente do CCA-RJ”, concluiu. Para o Cel Jurandir, novo Chefe do CCA-RJ, o Cel Elael desejou: “seja tão ou mais feliz como eu fui na Chefia desde Centro de Computação”. Seguido à cerimônia militar houve, no Pátio Interno do CCA-RJ, uma confraternização pela chegada do novo Chefe e a despedida de seu antecessor. O Cel Elael está, atualmente, atuando como Adjunto do Subdepartamento de Tecnologia da Informação do DECEA. 8

DTCEA de São Roque realiza Passagem de Comando No dia 18 de fevereiro de 2005, o Destacamento do Controle do Espaço Aéreo de São Roque (DTCEA-SRO) realizou cerimônia militar de passagem de Comando. Durante a cerimônia, presidida pelo Comandante do Primeiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA 1), o Maj Av Ailton Rodrigues transmitiu o cargo ao Cap Esp Com Fernando Antônio de Oliveira. O evento foi prestigiado com a presença do Vice-Prefeito da Estância Turística de São Roque, do Diretor do Hospital de Aeronáutica de São Paulo, do Chefe do Serviço Regional de Proteção ao Vôo de São Paulo e de convidados da comunidade local.

DTCEA de Barra do Garças Novo Comando

Flagrantes do evento

A passagem de Comando do Destacamento do Controle do Espaço Aéreo de Barra do Garças (DTCEA-BW) foi realizada no dia 11 de fevereiro de 2005. Na cerimônia militar, o 1º Ten Esp Com Carlos Alberto Moraes de Souza recebeu o cargo do Cap QOEA COM José Cícero Rocha de Almeida, que hoje está comandando o DTCEA de Santa Teresa, no Espírito Santo.


ICA tem novo Diretor O Coronel Engenheiro Danilo Groch procedeu à passagem do cargo de Diretor do Instituto de Cartografia Aeronáutica (ICA) ao Coronel Engenheiro José Carlos Rodrigues, em solenidade militar comemorativa, realizada nas dependências do hangar do Grupo Especial de Inspeção ao Vôo (GEIV), no dia 27 de janeiro de 2005. A cerimônia foi presidida pelo Ten Brig Ar José Américo dos Santos, Diretor-Geral do Departamento de Controle O ex-diretor e o atual em continência ao DGCEA do Espaço Aéreo (DECEA), que Autoridades militares dos três - nas palavras de agradeciComandos, bem como representantes mento do Cel Groch - foi o responsácivis das áreas técnica e cartográfica vel pelo estímulo à realização e pelos de entidades governamentais e da iniconselhos oportunos e objetivos, e ciativa privada estiveram presentes à ainda - pela orientação sobre os camisolenidade. nhos a seguir, em alguns momentos O Cel Groch, em sua despedida, importantes pelos quais o ICA passou agradeceu aos funcionários civis e em sua gestão.

militares do ICA: “expresso o meu profundo reconhecimento ao trabalho árduo e produtivo dos militares e civis, altamente comprometidos com aquilo que fazem no seu dia-a-dia, evidenciados no empenho dedicado aos pacotes e cartas especiais. Possuidores de elevado conhecimento profissional e acentuada honestidade de propósitos, cada um contribuiu com seu quinhão para o bom desempenho do Instituto”. O novo Diretor, Cel Eng José Carlos Rodrigues, recebeu mensagem de estímulo do Cel Groch: “desejo um trabalho profícuo e virtuoso à frente do ICA. Tenho certeza que, com sua atuação, o Instituto aumentará sua relevância junto ao SISCEAB e ao Sistema Cartográfico Nacional”. O Cel Groch está, agora, cursando a Escola Superior de Guerra (ESG), dando continuidade à sua carreira militar.

CINDACTA III recepciona novos Oficiais do EAOF

A turma Gênesis Brasil

Recepcionados pelo Comandante do CINDACTA III em seu gabinete, os novos oficiais do Estágio de Adaptação ao Oficialato (EAOF) 2004 foram parabenizados, sendo ressaltada a importância de tê-los no efetivo, pois a experiência profissional adquirida durante os anos de serviço será somada aos conhecimentos recebidos durante o Estágio de Adaptação, o que será de grande valor no desempenho das novas atribuições e responsabilidades. O Comandante destacou, ainda, que “a ascensão profissional ao oficialato é uma conquista desejada por muitos,

mas apenas aqueles que se dedicam e se esforçam em busca desse ideal conseguem ser vitoriosos. É com orgulho que este Centro os recebe. Que esse exemplo de entusiasmo e dedicação possa ser seguido por muitos, para que cada vez mais a Força Aérea Brasileira possa contar com militares, cujo profissionalismo e competência estão à serviço da Pátria”. Um EAOF diferente

A solenidade militar do EAOF 2004 (Turma Gênesis Brasil) foi realizada pelo Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica (CIAAR), no dia 20 de dezembro de 2004. O evento teve significado especial, pois pela primeira vez as mulheres participaram do Estágio de Adaptação ao Oficialato no CIAAR. São as primeiras graduadas ascendendo ao oficialato através do EAOF. A Turma Gênesis marca uma nova era. Foi 9

um momento histórico. E esse fato se reveste de maior relevância, considerando-se o importante papel da mulher na Força Aérea. É um exemplo de deter-

Apresentação dos oficiais ao Comandante do CINDACTA III

minação e competência que deve ser seguido por muitas. Parabéns às mulheres da Força Aérea Brasileira, por alcançarem mais uma conquista: a de Oficial Especialista da Aeronáutica, eis o grito de guerra da Turma Gênesis Brasil: “MULHERES DA FORÇA AÉREA, GARRA! FÉ! CORAGEM! DETERMINAÇÃO! HOMENS E MULHERES À SERVIÇO DA NAÇÃO! GÊNESIS, BRASIL!”


FAB resgata sobreviventes de acidente aéreo na Amazônia O Serviço de Busca e Salvamento AeroPara executar a coordenação mais pró- todos os seis ocupantes da aeronave náutico exerce suas atividades de coor- xima da área do desaparecimento da sinistrada foram resgatados com vida e denação por intermédio dos Salvaero aeronave, o Salvaero Amazônico deslo- encaminhados ao Hospital de JacareaCuritiba, Brasília, Recife, Atlântico e Ama- cou um Subcentro de Coordenação de canga para as primeiras avaliações médizônico. Cada um é responsável por uma Salvamento para o local, instalando lá a cas. grande área, que - juntas -, cobrem toda sua base de opeO coroamento a área SAR, territorial e marítima de res- ração. da missão aconponsabilidade brasileira. Devido às pésteceu em dois Desta feita, no último dia 15 de feve- simas condições momentos de reiro, mais um grupo de pessoas pôde meteorológicas extrema importâncomprovar o profissionalismo e a pres- na área de busca, cia: o primeiro, no teza das equipes de busca e salvamento as duas aeronaves destaque feito pela da Força Aérea Brasileira, conforme docu- engajadas, SAR Imprensa local à mentado a seguir. 6542 (SC-95) do atuação da AeroNo dia 13 de fevereiro, a aeronave Bee- 2º/10º GAv e SAR náutica no episóchcraft tipo BE-36, de dio, e o segundo, O resgate dos sobreviventes matricula PT-DJN, decono depoimento lou da Fazenda Novo da senhora Nilza 8684 (UH-1H) do 7º/8º Alves de Oliveira, vítima do incidente Progresso com destino GAv, não tiveram êxito e que, até pouco tempo, morava em a Jacareacanga, no Pará, nas buscas realizadas no Boston - EUA, transcrito pelos jornais da em vôo sobre a selva período da manhã do dia cidade de Manaus. Amazônica, com seis seguinte, dia 14. No depoimento, a senhora Nilza, apesar de pessoas a bordo. AproEntretanto, às 18h50 ter sofrido trauma na coluna vertebral e corte ximadamente às 10h40 local, daquele mesmo profundo na testa, declarou: “Queria abraçar a local, em contato rádio dia, o SAR 8684 avistou todos os militares da Aeronáutica. Eles foram com outra aeronave, os destroços da aeronave maravilhosos. Dá gosto de ser brasileira. Não informou que, com acidentada (PT-DJN) e quero mais sair do Brasil depois disso”. problemas no motor, A missão foi cumprida. O anonimato do seus ocupantes, todos iria “furar” a camada de excelente corpo de profissionais da Aeronáuvivos. Ato contínuo, este tica foi mantido e as ações requeridas foram nuvens sobre a qual helicóptero SAR pairou executadas com zelo, perfeição e eficácia, atinestava voando e tentar sobre o local do acidente, gindo grandes objetivos, que são a vigilância, a efetuar um pouso forO Helicóptero SAR utilizou a utilizando a técnica de proteção ao vôo, o controle do espaço aéreo e çado em um rio da técnica do Rapel rapel. Resgatou, inicial- a segurança do ser humano, quer na prevenregião. No entanto não mente, uma senhora idosa, em estado ção de acidentes, quer no resgate de sobreviprecisou a sua real posição, deixando de de choque e com diversos hematomas, ventes. se comunicar a partir daquele momento. Mais uma vez, o Serviço de Busca e Salvaencaminhado-a, de imediato, ao Hospital O Salvaero Amazônico foi notificado mento Aeronáutico honra o compromisso de Jacareacanga. dessa emergência, aproximadamente às de empreender todos os esforços, com a No dia seguinte, entre 09h e 11h45 14h local e, imediatamente, acionou os maior rapidez possível, “PARA QUE OUTROS local, ou seja, menos de 48 horas após recursos aéreos especializados pertenPOSSAM VIVER”. o acionamento do Salvaero Amazônico, centes à Segunda Força Aérea (II FAE).

DTCEA de Cuiabá realiza Passagem de Comando Autoridades civis e militares, além de convidados da comunidade local, prestigiaram a passagem de comando do Destacamento do Controle do Espaço Aéreo de Cuiabá (DTCEA-CY).

Realizada no dia 22 de fevereiro de 2005, a cerimônia militar contou com a presença do General de Brigada Carlos Alberto dos Santos Cruz, Comandante da Décima Terceira Brigada de Infantaria Motorizada. 10

O Maj Av Antônio Sérgio Coutinho da Silva passou o cargo ao Cap Av Alexandre Correa Lima, em ato de passagem presidido pelo comandante do CINDACTA I, Cel Av Paulo Gerarde Mattos Araujo.


Implementada a RVSM no espaço aéreo das regiões do Caribe e América do Sul Texto: Paullo ESTEVES - Cel Av R1

O BRASIL, através do DECEA, segue - lado a lado - com a vanguarda tecnológica da navegação aérea Entrou em vigor, desde o dia 20 de janeiro de 2005, em todo o espaço aéreo nacional a RVSM – Separação Vertical Mínima Reduzida, um mecanismo operacional que altera e reduz a separação entre as aeronaves em vôo, decorrentes de estudos realizados por Painel da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI) e aplicável à região do Caribe e América do Sul , onde se situa o nosso País. Este Painel, do qual participam todos os países signatários da OACI, foi criado em 1954 e, desde então, vem estudando e propondo mudanças nas separações mínimas entre os aviões em determinados níveis de vôo. A RVSM, que acaba de entrar em vigor, diminui a separação vertical entre aviões em vôo de 2000 pés (cerca de 600 metros) para 1000 pés (cerca de 300 metros), fazendo parte de um conjunto de medidas do projeto Global CNS/ATM, que visa aumentar a capacidade do espaço, ou seja, como acomodar mais aeronaves nos céus. Para favorecer o entendimento, significa dizer que nosso espaço aéreo foi “cortado” em fatias mais finas e isto passa a valer entre os níveis de vôo FL 290 (29 mil pés – cerca de 8.700 metros de altura) e FL 410 (41 mil pés ou cerca de 12.300 metros de altura). Para o usuário comum do transporte aéreo (passageiro ou tripulante), esta minúcia, pode parecer, além de confusa, pouco relevante, mas é um passo importante no volume, fluidez, velocidade, arranjo espacial e segurança das aeronaves. Há pouco tempo atrás, um jornalista me questionava sobre qual seria o ponto de saturação dos espaços aéreos mundiais, caso o volume de aviões seguisse, crescendo em proporções geométricas como agora. É uma dúvida absolutamente natural se a gente imaginar a questão no plano apenas horizontal, onde, em determinado momento, poderia sim, faltar espaço. Ocorre que, verticalmente, as possibilidades são quase que ilimitadas. Além disto, a organização de

um espaço aéreo depende basicamente de visualização, isto é, se eu puder “enxergar” completamente o espaço aéreo sob minha responsabilidade, posso proceder a arranjos espaciais, vertical e horizontalmente, ao sabor das conveniências operacionais, garantindo fluidez, velocidade e segurança nos movimentos aéreos. Como estamos falando de uma atividade Sistêmica (onde cada ação é interdependente e interativa), entram em cena, além das separações verticais, os meios de detecção, comunicações e controle postos à disposição dos países, como : radares fixos, aeroembarcados e transportáveis, sistemas automatizados de navegação, procedimentos “padrão” de saída e chegada em aeroportos de grande volume de tráfego e, primordialmente, os modernos e sofisticados ativos de vigilância da navegação aérea por satélite, que, entre outras facilitações, poderão, em futuro bem próximo, abolir a voz humana das comunicações e orientações entre aeronaves e órgãos de controle, substituindo-as por mensagens digitais. Caminhamos a passos largos para a introdução do conceito de Gerenciamento de Tráfego Aéreo Global (GLOBAL ATM), sigla que - em Inglês – significa 11

Global Air Trafic Management. A RVSM, já introduzida em toda a Europa em 2001, entrou em operação no dia 20 de janeiro de 2005, simultaneamente, na América do Norte, Central e do Sul e este fato está em sintonia com o conceito ATM Global. O que se busca enfatizar é, aproveitando a entrada em operação da RVSM, que o espaço aéreo é uma preocupação mundial e que existem dezenas de painéis na OACI estudando e propondo melhorias para transformar o ato de voar em alguma coisa cada vez mais simples , segura e popular. A notícia de que a RVSM entra em operação no Brasil vem demostrar que nosso País, através do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), do Comando da Aeronáutica, segue caminhando lado a lado com a vanguarda tecnológica da navegação aérea mundial, colaborando, participando e absorvendo os mecanismos de otimização do tráfego aéreo, consolidando nossa reputação de pioneirismo e liderança no Continente Sul Americano, pois, afinal, possuímos um dos mais modernos e eficazes Sistemas de Controle de Espaço Aéreo do mundo.


Você está recebendo uma informação completa e precisa s

Eu não

Tema: C

Colaboração: Paullo ESTEVES - Cel Av

Operação CRUZEX 2004 - o q CRUZEX (Cruzeiro do Sul) é um Exercício Aéreo Multilateral entre as Forças Aéreas da Argentina, do Brasil, da França e da Venezuela, tendo as Forças Aéreas da África do Sul, Peru e Uruguai, como observadoras. A operação CRUZEX 2004 foi realizada e sediada pela Força Aérea Brasileira, no período de 19 de outubro a 03 de dezembro de 2004. A operação foi um Equipe do GCC que atuou na CRUZEX exercício de aplicação do poder aeroespacial País Vermelho e restabelecer as fronteiras em operações combinadas com as Forças legais anteriores com o País Amarelo Aéreas de mais três países e mobilizou Foi um sucesso! E é desnecessário dizer unidades de combate da Força em opeda importância deste modelo de exercírações aéreas, desdobradas em um teatro cio para as Forças Aéreas participantes. de operações simulado na região Nordeste No geral, a par do treinamento das equido Brasil. pagens de combate, muito se aprende, O cenário fictício, proposto para o exertambém, com as dificuldades eventuais de cício, apresentou um conflito de interesses outras áreas, como a logística, por exementre dois países, Vermelho e Amarelo, plo. sobre uma região rica em recursos mineDe fato - e isto é comum e corrente rais. Após a invasão do País Amarelo, uma - aprendemos mais com nossos erros do força de coalizão, composta de quatro que com nossos acertos. De qualquer países sob a liderança do País Azul, é forma, a mobilização operacional de várias formada pela Organização das Nações Forças Aéreas é sempre um desafio, face Unidas (ONU) para expulsar as forças do a infinidade de variáveis postas em confronto durante as mais diversas fases da manobra. A CRUZEX 2004 foi amplamente coberta pela mídia em nível regional e, também, consignada em algumas aparições em redes do noticiário nacional, sob a assistência Abrigo inflável - ambiente interno permanente 12

do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER), que disponibilizou uma página na Internet (www.cruzex. aer.mil.br) e outra na INTRAER. As páginas eram atualizadas permanentemente e deram oportunidade ao grande público internauta de acompanhar, passo a passo, o desenvolvimento das operações. Tudo muito bem ilustrado, comentado e com um expressivo número de visitas às duas páginas. Muito bom! Evidentemente, o que se mostra para fora - para a sociedade em geral, através da imprensa - é sempre um espécie de extrato do que se está realizando, os propósitos, os objetivos, os ganhos com o exercício, os países participantes, suas aeronaves e Unidades Aéreas e os números - tradução quantitativa - decorrentes de tal movimentação. São, de fato, os números que servem de paradigma, porque são eles que balizam resultados, comparam desempenhos e estabelecem estatísticas, sendo - sempre algo muito impressionante diante da magnitude de uma operação combinada. Para “dentro de casa”, no entanto, a CRUZEX, muito embora tenha mobilizado tanta gente, acabou não sendo totalmente “radiografada” por grande parte de nosso público interno, até por razões de contingência e foco. Formidável a Edição Especial do NOTAER de 13 de dezembro passado, que - em 18 páginas - iluminou mais alguns aspectos da Operação, com ilustrações, fotografias e imagens de apuro e bom gosto, que enriqueceram muito a publicação. Excelente! Mas, agora, convido-os a “olhar” a Operação CRUZEX 2004 sob a ótica do SISCEAB.


sobre uma área do SISCEAB. Agora não dá mais pra dizer:

sabia!

CRUZEX

v R1 e José Alves CANDEZ - Ten Cel Av

que você não ficou sabendo O que significou para nós a participação do DECEA na Operação? O que significou para a CRUZEX 2004 o desempenho do DECEA? Primeiramente, uma operação deste porte é absolutamente dependente da área de Comunicações e, para o desdobramento das Forças, o controle do espectro eletromagnético é imprescindível. Aí, entramos nós, como suporte indispensável ao todo da operação. Desta forma, grande parte do sucesso da manobra deve-se aos meios acessórios à aplicação da Força e à gerência ágil e presta dessas áreas, conjugadas e coordenadas, o que corresponde, diretamente, ao sucesso conquistado. Para nós, DECEA, uma vez confrontados

· 1235 militares (sendo 241 do DECEA) · 3.256.920 litros de combustível de aviação consumido · 50.000 litros de óleo diesel consumido · 7 localidades (Natal, Recife, Campina Grande, Paulo Afonso, Fortaleza, Mossoró e Morada Nova) COMUNICAÇÕES · 2 centrais telefônicas de Campanha · 24 aparelhos de rádios VHF/UHF-FM · 83 ramais de rede de telefonia operacional · 163 ramais de rede de telefonia de coordenação · 28 ramais de rede de telefonia de comando · 18 aparelhos de telefonia móvel · 6 estações de equipamentos satélite fixo · 4 estações de equipamentos de satélite transportável · 3 células de abrigo inflável · 5 postos de comunicações HF · 2 centros de comunicações HF

com o desafio, foi uma oportunidade formidável de avaliar nossa capacidade de mobilização, nossa perícia em administrar e operar os meios de detecção e controle e, ainda, oferecer ao nosso pessoal técnico um treinamento específico muito próximo da realidade, todos fatores importantíssimos à consolidação de nossa reputação de eficiência e eficácia. Para a CRUZEX, nossa participação - mais do que necessária e relevante - serviu para colocar a nossa Força Aérea em posição de destaque perante às demais Forças combinadas, demonstrando o quanto o nosso Comando-Geral de Operações Aéreas (COMGAR) está capacitado para este tipo de enfrentamento e que, juntos, todos nós, formamos uma equipe coesa e TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO · 15 servidores de rede · 182 estações de trabalho · 195 pontos de rede CRUZEX · 25 impressoras jato de tinta · 10 impressoras de rede · 28 pontos de Internet ADSL 768Kbps · 15 pontos de Internet via satélite 1Mbps UNIDADES DO DECEA PARTICIPANTES · CISCEA · CINDACTA I · CINDACTA II · CINDACTA III · SRPV-MN · CCA-BR · CCA-RJ · CCA-SJ · PAME · GEIV · ICEA · ICA · DTCEA-FZ · DTCEA-SM · DTCEA-NT · 1º GCC · 1º/1º GCC · 2º/1º GCC · 3º/1º GCC · 4º/1º GCC · 5º/1º GCC 13

competente, engrandecendo o Comando da Aeronáutica e mostrando à sociedade nossa importância como Força, sempre a serviço da Nação e responsável por garantir nossa soberania e integridade territorial, uma de nossas tarefas permanentes. A seguir, mostraremos alguns números da CRUZEX sob a perspectiva do DECEA, o que pode dar-lhes a dimensão do quanto uma operação desta natureza mobiliza em termos de recursos humanos e materiais. Mais do que uma mera curiosidade, este é um demonstrativo do grau de esforço que é despendido em uma situação de beligerância e serve como instrumento de reflexão, particularmente, quanto aos aspectos de arregimentação de meios, coordenação de atividades e adestramento de pessoal. Coisa de profissionais!

CONTROLE · 1 estação OCOAM-T (COPM-VM) · 1 sistema radar transportável · 1 sistema radar transportável · 25 estações de console operacionais · 22 rádios VHF-AM · 14 rádios UHF-AM · 1 central de áudio U/UHF TXM · 5 postos operadores TXM · 02 células de abrigo inflável SISTEMAS SATÉLITES Foram empregadas 9 estações do Sistema Telesat, sendo: · 6 fixas · 4 transportáveis (sendo que duas tiveram que ser adaptadas com antenas fixas) AERONAVES BRASILEIRAS PARTICIPANTES NA MANOBRA · A-1 (AMX) · AT-26 · C-95 (BANDEIRANTE) · F-103 (MIRAGE III E BR) · F-5 (TIGER II) · H-34 · H-50 · P-95 (BANDEIRANTE PATRULHA) · R-35 · R-99 A · R-99 B · T- 27 (TUCANO) · KC-137 (BOEING) · KC-130/C-130 (HÉRCULES)


Um resgate inusitado Em momentos cruciais, nos quais há vidas em jogo, controle emocional, visão de conjunto e boa dose de inteligência e iniciativa são ingredientes fundamentais. E todos estes estavam presentes no DTCEA-SP, quando o Ten Cel Cadore, então Comandante, participou do resgate de uma aeronave da FAB que se encontrava em apuros. A rotina operacional dos órgãos de controle de tráfego aéreo nos leva a considerar que as pequenas ações diferenciadas não são mais do que mero cumprimento do dever. Essa “normalidade” nos transforma em autômatos e faz com que deixemos, muitas vezes, de reconhecer a importância de pequenos atos, em especial aqueles mais insólitos. No outono de 2002, o tráfego aéreo na Área Terminal de São Paulo estava intenso, com os procedimentos de seqüenciamento nas chegadas e saídas dos aeroportos de Congonhas e Guarulhos, sendo aplicados de forma eficiente pela equipe do Controle de Aproximação de São Paulo (APP-SP). Graças à eficiente coordenação do supervisor de equipe, o tráfego evoluía de forma ordenada, rápida e segura, mesmo considerando as condições meteorológicas adversas na área termi-

Valter Heitor CADORE - Ten Cel Esp CTA R1*

nal (TMA). Nesta feita, após 30 anos ligados às atividades de controle de tráfego aéreo, tive a oportunidade de acompanhar o salvamento de uma aeronave que estava com dificuldades de orientação. O supervisor de equipe tinha informações de que uma aeronave da VARIG reportara ao APP um chamado de uma aeronave da Força Aérea, que estava com dificuldades de navegação e se preparava para um pouso forçado em uma rodovia.

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Pousar em uma estrada? Como seria isto? Preocupei-me. Imediatamente, dirigi-me ao APP e, em conjunto com a equipe, iniciamos as buscas preliminares para saber de que aeronave se tratava. Ao percebermos que não havia informações sobre tal tráfego, solicitamos à aeronave da VARIG que tentasse novo contato. Com espírito de cooperação, o VARIG retornou, informando que a aeronave estava voando em condições visuais precárias e que estava tentando entrar em


contato com a Polícia Rodoviária, para coordenar um pouso forçado na rodovia Ayrton Senna. Contato com a Polícia Rodoviária? Como? Pelo rádio não seria possível. Seria através de celular? Ao receber tal informação, a equipe do APP procurou fazer busca radar nas imediações da referida rodovia, não obtendo êxito. Simultaneamente com esta procura, solicitei ao VARIG que indagasse ao piloto do FAB se o mesmo possuía um telefone celular a bordo. Era preciso confirmar minha suspeita. Com a resposta, veio a confirmação: sim, o FAB tinha um celular a bordo e era com ele que estava em contato com a Polícia Rodoviária Federal. Fomos informados do número do celular e descobrimos que o prefixo era da cidade de Pirassununga/SP. Daí para frente foi fácil saber que se tratava de um U-42 Regente da Academia da Força Aérea (AFA). Como todos os telefones operacionais do APP estavam ocupados, com o intuito de não perder mais tempo, utilizei o telefone celular operacional e fiz uma tentativa de ligação para o celular do piloto. A situação era nova e quando ouvi o primeiro toque de chamada, imaginei qual não seria a surpresa da outra ponta da linha. Após o segundo toque, o piloto do Regente atendeu. Informei que

era o Comandante do DTCEA São Paulo e que estávamos buscando alternativas para levá-lo a um pouso seguro. Notei uma grande emoção e alegria na voz do piloto. A partir de então, foram tomadas as ações operacionais para localizar a posição da aeronave. Por várias vezes a ligação foi interrompida, mas, graças à tecnologia do celular e à iniciativa dos controladores, a situação evoluiu, ficando sob controle. Como o FAB havia informado estar sobrevoando a rodovia Ayrton Senna, nós o orientamos que mantivesse rumo 270 e que tentasse subir o máximo possível, mesmo que, para isto, entrasse em condições de vôo por instrumento (IMC). Tão pronto o FAB ganhou altitude, passou a ser detectado pelo nosso radar e não demorou muito para descobrirmos a sua verdadeira posição. Para nossa surpresa, a aeronave surgiu na tela do radar sobre a Serra da Mantiqueira, com altitude indicada de 3.500 pés e com rumo convergente para uma montanha de 3.900 pés. Rapidamente o orientamos para abandonar o setor e voar com proa 180º, para tentar se aproximar da rodovia Presidente Dutra. Naquele momento, o FAB estava voando sobre a rodovia Dom Pedro, que liga Jacareí à Campinas e não na Ayrton Senna.

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Recobradas as comunicações rádio (VHF), definimos que, apesar das condições precárias, tentaríamos de tudo para levá-lo para um pouso seguro em Guarulhos/SP. O APP tomou todas as iniciativas para priorizar o pouso da Força Aérea e estabeleceu-se um silêncio na freqüência, como se as demais aeronaves na escuta do controle estivessem assistindo a apresentação de uma sinfonia de dois intérpretes. Com grande satisfação, a aeronave recebeu o “livre pouso” em Guarulhos. Alegria para nós, alívio para o piloto. Mais uma obrigação do APP São Paulo foi cumprida e a rotina operacional foi retomada. Após o pouso e, novamente usando o celular, foi possível dar ao piloto as boasvindas e comentar sobre a ocorrência. Foi alguma coisa insólita, extraordinária, mas que valeu a pena e, principalmente, por ter me feito reconhecer a importância dela. No somatório geral, muitas são as ocorrências como esta e que, para nós dos órgãos de controle, de tanto se repetirem, acabam virando rotina. * O autor é especialista em Controle de Tráfego Aéreo e, atualmente, trabalha na Gerência Operacional da CISCEA (Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo).


PAME recebe novo Diretor

O Cel Av Júlio César passou o cargo de Diretor do Parque de Material de Eletrônica da Aeronáutica para o Cel Av Conti, ex-Chefe da Divisão de Recursos Humanos do DECEA No dia 26 de janeiro de 2005, foi realizada a Passagem de Direção do Parque de Material de Eletrônica da Aeronáutica (PAME) do Rio de Janeiro. A solenidade foi presidida pelo Ten Brig Ar José Américo dos Santos, Diretor-Geral do Departamento de Controle do Espaço Aéreo, estando presentes também diversas autoridades civis e militares. Em seu discurso de despedida, o Cel Júlio voltou no tempo e relembrou as primeiras prioridades de sua direção: “Inicialmente, preocupamo-nos com o psicossocial do efetivo, tomando medidas no sentido de valorizar o trabalho em grupo, em detrimento do individual, com a participação de todos, buscando a tão propalada sinergia. Outrossim, perseguimos o bem-estar de todos, em termos de alimentação, saúde, deslocamento e

ergonomia, certos de que os objetivos da Unidade serão mais facilmente atingidos com funcionários felizes e motivados; certos de que, contrariando a lógica de Pirro: só existe a vitória coletiva em que todos saem vencedores”. O Coronel também ressaltou os importantes projetos sociais na comunidade do Caju nos quais investiu, como o Projeto Renascer, O Cel Júlio César e seu sucessor, Cel Conti, na cerimônia de para crianças de 13 a 18 Passagem de Direção anos; o Projeto Reviver, com Ainda nos agradecimentos, o Cel Júlio aulas de informática para pessoas da terceira idade e o Projeto Res- deu as boas-vindas ao Cel Conti, desesurgir (em parceira da FIRJAN), com aulas jando ao substituto e amigo a mesma sorte que teve ao dirigir a Unidade. de pré-vestibular.

ICEA: novo Diretor assume Na manhã do dia 18 de janeiro de 2005, o Cel Av Carlos Alberto Moreira passou o cargo de Diretor do Instituto de Controle do Espaço Aéreo (ICEA) ao Ten Cel Marcos Tadeu da Costa Pacheco, em cerimônia realizada no auditório do Instituto. Em seu discurso de despedida, o Cel Carlos Moreira falou sobre sua dedicação à Instituição. “Quando fui designado para dirigir o ICEA, confiei, também, no fato de que aqui existia um grupo de pessoas responsáveis, dedicadas, coesas e fiéis à missão da organização. Pedi, então, a Deus que me desse saúde e serenidade pelos próximos dois anos. Hoje, refletindo, posso constatar que graças aos valorosos servidores que tive a honra de comandar, e apesar das dificuldades, a missão foi cumprida”. Após um breve histórico da organização, o Coronel Moreira explanou: “Bem, o tempo passou! O Instituto deixou de ser apenas de Proteção ao Vôo para ser de Controle do Espaço Aéreo. Teve a sua responsabilidade aumentada, pois além dos antigos sistemas e do vasto manancial tecnológico, terí-

Cel Pacheco é o novo Diretor do Instituto

amos que formar e capacitar recursos humanos para enfrentar os novos desafios. No entanto, em momento algum, observei esmorecimento por parte do efetivo. Ao contrário, recebi inúmeras sugestões para a melhoria dos processos, para a otimização das atividades e para a elevação no nome do ICEA”. Agora, à frente da Direção do ICEA está o Ten Cel Av Pacheco, ex-Chefe da Divisão Técnica do PAMA-SP. E para bem recebê-lo, o Cel Moreira finalizou seu discurso com as seguintes considerações: “Pacheco, que 16

Deus o proteja nesta nova etapa de sua vida e que você tenha muita sorte no exercício da Direção. Sua competência já foi reconhecida ao longo dos onze anos que você tem no Sistema de Controle do Espaço Aéreo e tenho plena convicção que você terá desta magnífica equipe do ICEA a mesma consideração, dedicação, respeito e empenho que a mim foram dispensados”. Estiveram presentes à cerimônia o Maj Brig Ar Adenir Siqueira Viana, Diretor do CTA; o Maj Brig Ar Luiz Paulo Moraes da Silveira, Vice-Diretor Executivo do DECEA; o Brig Ar Cláudio Alves da Silva, Chefe do Subdepartamento de Administração do DECEA; o Prof. Dr. Michal Gartenkraut, Reitor do ITA; o Cel Av Walker Gomes, Vice-Diretor do CTA e o Cel Av Franklin Nogueira Hoyer, Vice-Presidente da CISCEA. Parabéns ao Cel Moreira pelo excelente trabalho realizado nos últimos dois anos e boa sorte ao Ten Cel Pacheco para sua nova empreitada no Instituto de Controle do Espaço Aéreo.


Um momento emocionante na Passagem de Comando do 1º GCC O Cel Candez emocionou a todos com o seu discurso

Mais do que ter entregue o cargo de Comandante do 1º Grupo de Comunicações e Controle - GCC, com todas as suas nuances morais, emocionais e psicológicas, o Ten Cel Av José Alves Candez Neto transmitiu a todos os presentes, com a eloqüência dos apaixonados, uma lindíssima mensagem de força, fé e perseverança, exemplar para qualquer um que busca conquistar seus sonhos. Em seu discurso de passagem de comando e agradecimento, realizado no dia 28 de janeiro no pátio do 1º GCC, o Ten Cel Candez retornou ao mês de julho de 2000 para fazer o seguinte relato: “Nessa época eu estava na 13ª cirurgia de um total de 25 sofridas, sendo delas quinze com anestesia geral, devido a um acidente ocorrido em janeiro de 1999, quando estava na metade do meu tempo de Comando no 2º/1º GCC. Enquanto muitos achavam que eu não voltaria à ativa, devido à gravidade do acidente, eu havia passado o primeiro semestre daquele ano, entre uma cirurgia e outra, cursando a fase à distância do Curso de Comando e Estado-Maior - estava me preparando para comandar o 1º GCC. E durante uma visita do Cel Av Gregoratto ao meu quarto no hospital, em que ele comunicou-me de sua indicação, lembro-

me perfeitamente de ter-lhe pedido: ‘Por favor, Cel Gregoratto, transmita ao Cel Matta minhas congratulações e diga-lhe que estarei pronto para comandar o 1º GCC, quando da escolha do seu sucessor!’. Portanto meus amigos, volto a repetir, se você tem um sonho e disposição para alcançá-lo, vá em frente, pois você terá todo o Universo a seu favor. (...) Eu aprendi que SUCESSO é alcançar os nossos sonhos, mas FELICIDADE é gostar do que alcançamos”. Ao discursar, o Diretor-Geral do DECEA, Ten Brig Ar José Américo, elogiou o trabalho do Ten Cel Candez ao longo dos dois anos em que comandou o 1º GCC e que estava emocionado com o fato de terem proporcionado a ele vestir mais uma vez o 10º uniforme, “usado por guerreiros” (sic). O 1.º GCC tem como missão realizar o planejamento da instalação, a operação e a manutenção dos meios transportáveis de comunicações, controle e alarme aéreo do teatro nos locais desprovidos de meios para estes fins; ou naqueles em que os equipamentos fixos e/ou pessoal existentes sejam insuficientes para atender às necessidades das operações aéreas. O Ten Brig José Américo disse também que o Ten Cel João Batista de Oliveira Xavier, ex-Diretor de Operações da 17

CISCEA/CCSIVAM, está devidamente qualificado para assumir o Comando do 1º GCC. O Ten Cel Candez se referiu ao Ten Cel Xavier como sendo um “oficial competente e possuidor dos melhores atributos para comandar este Grupo”. Também estiveram presentes à cerimônia o Maj Brig Ar Silveira, Brig Ar Pinheiro, Brig Ar Ramon, Brig Ar Roberto, Brig Ar Rogério, Brig Ar Rossato e os ex-Comandantes do 1º GCC, Brig Ar R1 Pequeno, Cel Av Gregoratto e Cel Av Rêgo. O encerramento do discurso do Ten Cel Candez, que foi transferido para o DECEA, onde atua como chefe da Divisão de Meteorologia Aeronáutica, foi outro momento de grande emoção. Após concluir seus agradecimentos, ele disse: “Finalmente meus amigos, meus comandados, como não poderia deixar de acontecer, é chegada a hora de me despedir. Mas vamos fazer isso como guerreiros que somos. Gostaria que meu pai, que não está aqui conosco por motivos de saúde, escute lá de Bangu, onde ele se encontra nesse momento, a nossa despedida: MEUS COMANDADOS! GCC!” E, prontamente, toda a tropa respondeu em uníssono: “BRAÇO! ARMADO! DECEA! BRASIL!”.


Histórico do DTCEA-RB O Destacamento do Controle do Espaço Aéreo de Rio Branco (DTCEA-RB) foi criado pelo Decreto nº 73.160, de 14 de novembro de 1973, e regulamentado pela Portaria nº 1.351/GM3, de 30 de outubro de 1979, quando iniciou suas atividades fins. Está localizado na Rodovia BR 364, Km 18, próximo ao Aeroporto Internacional de Rio Branco. O DTCEA-RB conta com sete civis e 69 militares, sendo três oficiais, 52 graduados e 14 soldados. Sua finalidade é prestar o serviço de proteção ao vôo, através das atividades de controle de tráfego aéreo, meteorologia, telecomunicações e informações aeronáuticas, além da vigilância do espaço aéreo sob sua responsabilidade, através da detecção radar e freqüências da defesa aérea. É subordinado ao Serviço Regional de Proteção ao Vôo de Manaus (SRPV-MN) e sua missão principal é a prestação dos serviços de proteção ao vôo e vigilância da Amazônia, exercendo suas atividades de proteção ao vôo no Aeroporto Internacional de Rio Branco e as de vigilância da Amazônia na Unidade de Vigilância do complexo Sivam. Além das atribuições Técnicas, Operacionais e Administrativas, o DTCEA-RB atua como Destacamento de Aeronáutica (DESTAE), apoiando as missões do Correio Aéreo Nacional (CAN) e atendendo aos militares inativos, servidores civis aposentados e pensionistas, vinculados, principalmente, ao VII COMAR (Sétimo Comando Aéreo Regional) e à BAPV (Base Aérea de Porto Velho). O comandante O atual comandante é o 1º Ten Esp Com Edivaldo A f o n s o Corrêa Padilha, que - após a conclusão do Curso de Formação de Oficiais Especialistas no CIAAR no ano de 2002, na Turma Santos-Dumont - foi classificado no antigo DPV-RB, tendo assumindo o cargo de Comandante em 17 de março de 2003. É formado em Engenharia Elétrica e, atualmente, está em fase de conclusão do curso de especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho.

ENTREVISTA 1º Ten Esp Com Edivaldo Afonso Corrêa Padilha Qual a participação do Destacamento na vida social de Rio Branco? A partir do ano de 2003, pela primeira vez, passamos a compor os grupamentos militares que desfilam na cerimônia cívico-militar de 7 de setembro e mantivemos a tradição de participar da Exposição Agropecuária do Acre (EXPOACRE), Feira Agropecuária que reúne mais de 30.000 pessoas em duas semanas de eventos, onde somos convidados pelo Governo do Estado a participar com um estande, ocasião em que difundimos as atividades do DTCEA-RB e da Força Aérea Brasileira, bem como divulgamos os concursos da nossa instituição, na busca de motivar os jovens acreanos a pertencerem à família Força Aérea Brasileira.

O desfile de 7 de Setembro

Como é a estrutura da vila militar e do hotel de trânsito? O DTCEA-RB possui uma vila militar constituída por seis casas, localizadas na Via Chico Mendes, distante - aproximadamente - 5km do centro da cidade e 25km da Unidade do DTCEA-RB. Está prevista a construção da nova vila militar, nas proximidades da atual, que contará com quatro blocos de doze apartamentos cada e três casas de oficiais, com área de lazer no complexo residencial a ser construído para atender o efetivo do Destacamento. Para os militares visitantes e seus dependentes e servidores civis, o Destacamento oferece os serviços do Hotel de Trânsito, situado no centro da cidade, na avenida Marechal Deodoro, com 13 apartamentos contendo televisão, frigobar e ar-condicionado. Nas instalações do Hotel temos um 18

posto de saúde, contendo um consultório odontológico e um consultório médico, além de um auditório com 64 lugares para reuniões, briefings, convenções e eventos. O efetivo tem assistência médica e odontológica? O efetivo do DTCEA-RB é atendido pelo 2º Tenente R2 Médico Fukuoka, no próprio Destacamento, em casos ambulatoriais. As internações, consultas especializadas e os exames são encaminhados para a Cooperativa da UNIMED Rio Branco. Na área Odontológica, o atendimento é prestado pela 2º Tenente R2 Dentista Beatriz, que atua como Odontóloga Geral. Quais as características da cidade de Rio Branco? Rio Branco tem 259.537 habitantes e uma área de 9.962,4km². Os principais acessos rodoviários são a BR-364 (que liga Rio Branco a Porto Velho-RO e também a Cruzeiro do Sul), BR-317 (ligando Rio Branco a BrasiléiaAC e Boca do Acre-AM e, também, a Senador Guiomar-AC e Assis Brasil-AC - que faz fronteira com Bolívia e Peru), AC-090 (liga Rio Branco a Santa Rosa do Purus-AC - até o Rio Iaco), AC-040 (que liga Rio Branco a Plácido de Castro-AC) e AC-010 (de Rio Branco a Porto Acre-AC). Do ponto de vista econômico, o estado do Acre pode ser dividido em dois grandes pólos: o vale do Juruá, cujo centro comercial fica na cidade de Cruzeiro do Sul, no noro-

A vista da cidade

este do estado, e o vale do Acre, com sede na capital, Rio Branco, no sudeste. A região do vale do Acre, mais industrializada e com uma agricultura mais produtiva, responde pela maior parte da borracha e dos alimentos produzidos no estado, como a mandioca, o arroz e o milho e a fruticultura. Em 2004


foi inaugurado um novo Distrito Industrial, nas proximidades da cidade (BR-364), na tentativa de atrair novo fôlego ao setor. O setor de serviços/comércio de Rio Branco encontra-se num estágio compatível com as demandas. Podemos registrar considerável número de supermercados, que conseguiram baixar sobremaneira o custo da cesta básica local. O setor de vestuários conta com satisfatório centro comercial, inclusive com um shopping center pequeno, onde se podem encontrar muitas opções, inclusive com lançamentos de modas, simultaneamente com o sul do país. O município conta também com várias empresas de transportes coletivos, com grande número de linhas de ônibus, já praticando, inclusive, o transporte urbano-integrado de passageiros.

A placa recebida do Governo do Acre

E o clima da cidade? O clima de Rio Branco, tipicamente tropical, é quente e úmido, com temperatura média em torno de 25,5º C. A amplitude térmica na estação das secas é muito acentuada, devido aos sistemas extratropicais, não proporcionando forte nebulosidade, o que acarreta grande perda de energia pela radiação noturna, fato justificado pelas madrugadas frias, e tardes muito quentes. Outro importante evento térmico é a “Friagem” ocasionada pela invasão da massa polar atlântica. Ocorre geralmente, nos meses entre maio e junho, uma repentina tempestade, com ventos secos que chegam a perdurar 3 dias, só então surge o frio, que

comunicações, concessionária de energia elétrica, rede de hotéis etc.), além de sermos recebidos com simpatia e carinho pela população em geral e pelos nossos irmãos de farda (Exército, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros), que em muito nos apoiam nas eventuais dificuldades.

Estande do DTCEA-RB na EXPOACRE

pouco a pouco vai se acentuando, fazendo a temperatura baixa bruscamente, chegando aproximadamente a 10ºC. A umidade relativa do ar apresenta elevados índices anuais, com médias em torno de 80 a 90%. Quais as opções de cultura e lazer do município? Como opções de cultura, há duas salas de cinema, um teatro, um anfiteatro, um conservatório musical, biblioteca pública, Memorial dos Autonomistas. Para o lazer, sugiro: Praça dos Tocos, Gameleira, Chico Mendes, Plácido de Castro; os clubes do SESC, do SESI, da AABB e do Exército Brasileiro (ASSA), nos quais os militares, servidores civis e seus dependentes podem, voluntariamente, se associar. Além destas opções, as pessoas se divertem em bares, danceterias, lanchonetes e nos “banhos” (açudes e igarapés). A vida notívaga restringe-se a bares e casas noturnas. Há uma razoável oferta destes estabelecimentos, com culinária basicamente regional e nacional. Boas sugestões para os esportistas e adeptos da geração saúde são a caminhada e a corrida no Parque da Maternidade, no Horto Florestal ou no Parque Capitão Ciríaco. Como passeios turísticos, vale citar: visita a Xapuri (cidade de Chico Mendes), ir à Brasiléia e conhecer a Zona Franca de Cobija (Bolívia), onde pode-se fazer boas compras, além da mística cidade de Machu-Pichu (Peru) e Cruzeiro do Sul, a capital do Juruá. Como o DTCEA-RB é visto pela sociedade local? Temos um relacionamento saudável nas esferas públicas (federal, estadual e municipal) e privadas (empresas de tele-

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E o custo de vida e a violência urbana? Rio Branco é uma cidade tranqüila para se viver, pois a violência urbana é bem controlada pelos órgãos de segurança pública e possui um razoável padrão de vida da população em geral. Os aluguéis custam em média R$ 450,00 (quatrocentos e cinqüenta reais) e a cesta básica é considerada acessível, tendo como destaque o preço da carne.

Radome de Rio Branco

Qual o custo médio da educação? Existem muitas escolas públicas e particulares, e os preços das particulares são bastante variados, oscilando de R$ 80,00 a R$ 350,00. Como opção de curso superior a capital oferece uma Universidade Federal (UFAC) e três faculdades particulares (UNINORTE, FIRB e IESACRE) com diversos cursos, tais como: Direito, Enfermagem, Medicina, Administração, Contabilidade, Comunicação Social/Jornalismo, Serviço Social, Engenharia Civil, Agronomia, Engenharia Florestal, História, Geografia, Letras, Pedagogia, Química, Física, Matemática e outras. A Faculdade UNINORTE oferece cursos de pós-graduação em nível lato-sensu, tais como: Especialização em Redes de Computadores, Engenharia de Segurança do Trabalho, Engenharia de Custos, Direito Ambiental, Direito Tributário, Gestão Ambiental, Marketing e Propaganda, Manejo de Recursos Naturais etc. Como sugestão, visite os sites: http://www.pmrb.ac.gov.br/ http://guiariobranco.com.br/


Integrante da primeira turma do quadro feminino de oficiais da Força Aérea Brasileira, a Chefe Interina da Divisão de Apoio ao Homem (D-APH), subordinada ao Subdepartamento de Administração (SDAD) do DECEA, a Major Amélia Maria de Souza Casqueiro completou 22 anos na FAB e acredita que sempre esteve no lugar certo e na hora certa.

Maj Amélia Maria de Souza Casqueira

Nascida no Rio de Janeiro e casada há 15 anos, Amélia não esconde a felicidade quando fala de sua profissão. É formada desde 1979 pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) em Serviço Social. Em 1975, ingressou no Banco Real, que - à época, contratava estudantes universitários. Como o trabalho era de meio expediente, Amélia teve oportunidade de estagiar em algumas instituições. Esse período de estágio lhe rendeu boas experiências, pois trabalhou no centro de triagem da Fundação Leão XIII (com população de rua) e em pesquisa social na Cidade de Deus (com mães da comunidade). Através da UERJ, em 1979, ingressou como estudante no Projeto Rondon com destino ao Estado do Mato Grosso. Naquela ocasião, conheceu o trabalho da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), vinculada à Secretaria de Estado de Agricultura, quando soube de oportunidade de trabalho na Emater de Minas Gerais. É por isso que ela diz estar sempre no lugar certo e na hora certa. Seis meses

depois de formada, já estava empregada na Emater-MG. Foi trabalhar no Vale do Jequitinhonha, no programa MG2, fazendo atendimento social a pequenos produtores rurais, nas áreas de saúde e economia doméstica. Essa primeira experiência profissional, depois de formada, trouxe bagagem para um dos programas que ela desenvolve hoje no DECEA: Orçamento Familiar. Estava longe da família, pela segunda vez, mas estava feliz com a profissão que abraçara, o que era uma caminhada prazerosa para Amélia. Um dia, recebe uma ligação da mãe, D. Francisca, contando-lhe sobre o concurso da FAB. A chance de ir para as Forças Armadas era um desafio. No ano anterior soube da oportunidade na Marinha, mas ainda não era a hora certa. Agora, sim. estava pronta e as chances seriam maiores. Inscreveu-se e participou do concurso. E, em julho de 1982, em pleno Vale do Jequitinhonha, recebeu a boa notícia: havia passado no concurso da FAB! “Alegria e tristeza. Os sentimentos se misturavam. A tristeza era abandonar as montanhas e deixar o trabalho que eu adorava. Mas a FAB me trouxe um desafio e isso era a alegria. E continua sendo.” Voltou para o Rio de Janeiro e come20

çou o Estágio de Adaptação ao Oficialato na Universidade da Força Aérea (UNIFA). Foi classificada no Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica (CIAAR), unidade que formava graduados e oficiais do corpo feminino. Durante quatro anos (de 1983 a 1987), atuou fora de sua área. Trabalhava como Relações Públicas e instrutora do Curso. Mas isso não era um problema, pois cada dia tinha uma nova experiência. Já em 1987, foi transferida para a Diretoria de Intendência (DIRINT). Finalmente voltou a trabalhar como assistente social. Era assessora da chefia nos programas sociais e fazia atendimentos aos militares e civis da Unidade. “Você entra com gás e entusiasmo nas atividades com o público. Você não vê dificuldades, pois tudo se transforma em desafio.” Até 2001, foram 14 anos de alegria. Afinal, estava trabalhando com o que mais gostava. Neste mesmo ano, o Cel Reginaldo era o chefe da Divisão de Apoio ao Homem do DECEA - implantada por ele no ano de 1999 - quando ela recebeu o convite para trabalhar na D-APH. “De cara gostei do trabalho. Era um outro mundo que me surpreendia. Um universo completamente diferente estava diante de mim.” A D-APH desenvolve projetos de pesquisa, que tem como objetivo


dar suporte ao levantamento sobre a infra-estrutura de apoio disponível nas localidades sedes dos DTCEA. Com as informações coletadas, tem-se um perfil da realidade. Com isso, os indicadores das necessidades do efetivo aparecem. Diante destes dados partese para a ação dos Comandantes das Organizações do DECEA e dos diversos Sistemas do Comando da Aeronáutica voltados para o Apoio ao Homem. Aliás, pesquisa é especialidade e paixão maior da Major Amélia. A idéia é conhecer as peculiaridades de cada Destacamento, procurando, sempre, melhorar a qualidade de vida de seu efetivo. O que motivou esse trabalho foi sugestão do CINDACTA I, que percebeu o nível de endividamento da tropa. Diante deste desafio, a D-APH deu início ao Programa de Planejamento do Orçamento Familiar, outra paixão da Major Amélia. “Quando saímos em campo, procurando soluções para o problema, descobrimos que a UFRRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro) já possuía o Curso Superior em Economia Doméstica. Então, tornou-se nossa parceira nessa luta contra o endividamento”. Está sendo produzido pela Assessoria de Comunicação Social do DECEA, em conjunto com a D-APH, um filme sobre o tema, que será divulgado para todas as Unidades, como material de apoio para os multiplicadores. Na área Rio (DECEA, GEIV, ICA, CISCEA, CCA-RJ, PAME, SRPV-RJ, 1º GCC), o programa começa a se multiplicar em cima da realidade do efetivo local. Haverá uma segunda etapa do programa, para atualização dos multiplicadores e a execução dentro das

Unidades subordinadas. Logo depois, na terceira fase, haverá o atendimento individual e voluntário. “O assunto Planejamento do Orçamento Familiar é tão atual que o DECEA resolveu investir. Formamos multiplicadores e vamos trabalhar dentro de casa”. Como boa aquariana, Major Amélia sempre paga para ver, e acredita que o Programa vai dar certo e trará mudanças para todos. Em sua opinião, chefiar a D-APH é colaborar com os integrantes do DECEA no resgate da função de apoio ao homem, oriunda da inesquecível DR (Diretoria de Rotas Aéreas), que durante o processo de interiorização, apoiava o homem em suas necessidades humanas básicas. “Aqui na D-APH, nossa equipe é formada por profissionais experientes e altamente qualificados como o Cel Reginaldo, a Maj Aline, a Sgt Aline, a Psicóloga Lilian e a Assistente Social Ibla. Faço questão de citá-los, pois somos um time”. Chefiar a D-APH também é continuar lançando um olhar mais atento e humano nas questões que envolvem os integrantes do SISCEAB e seus dependentes. “Atuamos como um elo divulgador e facilitador daqueles sistemas voltados para o apoio e a valorização das pessoas que residem em localidades nem sempre providas de necessária infra-estrutura de apoio ao pessoal e seus familiares”. 21

A D-APH apóia, também, a implantação de programas, projetos e atividades nas áreas de Serviço Social, Assistência Social, Assistência à Saúde, Psicologia, Gestão pela Qualidade, Higiene e Segurança do Trabalho e Segurança e Defesa. Por intermédio dos profissionais de apoio ao Homem (multiplicadores nas organizações militares do SISCEAB), a Divisão oferece orientação técnica, normas institucionais, bibliografia atualizada e - ainda - estabelece a avaliação dos resultados por seus indicadores institucionais, além de relatórios. Os principais programas da D-APH são: · Pesquisa sobre a infra-estrutura disponível nas localidades sede dos DTCEA; · Programa de Atenção aos DTCEA; · Planejamento do orçamento familiar; · Programa 5S; e · Programa Integrar. O integrante do SISCEAB pode ter informações mais detalhadas sobre os programas acima mencionados, além dos Guias Práticos do Departamento relacionados abaixo: · Orçamento Familiar; · Assistência Social; · Comissão Interna de Prevenção de Acidentes; · Gestão da Qualidade; · Prevenção do Uso Indevido de Substâncias Químicas; · Gerenciamento do Stress; e · Alcoolismo. Visite a página da D-APH: (www.decea. intraer/sdad/daph/index.asp). “Vim feliz para o DECEA. Conhecia o Sistema apenas de ler e passei a ver de outra forma, conheci um outro universo, uma outra realidade. Foi uma surpresa agradável, pois aqui no DECEA as coisas acontecem sempre de maneira positiva. Tive mais ganhos do que perdas.”


Meteorologistas visitam o DTCEA de Manaus No dia 27 de janeiro de 2005, o Destacamento do Controle do Espaço Aéreo de Manaus recebeu a visita de meteorologistas que participavam, em Manaus, do Curso de Interpretação de Imagens Meteorológicas de Radar Doppler, ministrado pela Dra. Ana Maria Held, do Instituto de Pesquisas Meteorológicas da Universidade Estadual Paulista (IPMet/UNESP). Oficiais Especialistas em Meteorologia do Serviço Regional de Proteção ao Vôo de Manaus (SRPV-MN), Meteorologistas e Técnicos do Sistema de Proteção da Amazônia (SIPAM) de Manaus, Belém e Porto Velho, Professores da Universidade Federal do Amazonas e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul puderam conhecer de perto as instalações do Radar DWSR 8500S, um dos dez radares meteorológicos em opera-

Equipe de Meteorologistas no DTCEA - Manaus

Imagem do Radar Meteorológico

ção na Amazônia. O Radar Meteorológico DWSR 8500S é fabricado pela empresa americana EEC (Enterprise Electronics Corporation), opera na Banda S e possui alcance de 400 Km, quando utilizado na Vigilância Meteorológica. A visita proporcionou aos meteorologis-

tas o contato com os equipamentos que compõem o Sistema Radar Meteorológico e serviu, também, como complementação ao Curso de Interpretação de Imagens Meteorológicas de Radar Doppler, ocorrido no Centro Regional do SIPAM em Manaus, no período de 24 a 28 de janeiro de 2005.

DTCEA do Gama tem novo Comandante O 1º Ten Esp MET Geraldo Cavalcanti de Lima é o novo Comandante do Destacamento do Controle do Espaço Aéreo do Gama. O Major Aviador Roberto Koji Tanaka passou o comando no dia 24 de fevereiro de 2005, em cerimônia que contou com a presença do Brig Ar Gilberto Antônio Saboya Burnier, Comandante da III FAE (Terceira Força Aérea).

Flagrantes da cerimônia militar

A passagem de comando foi presidida pelo Cel Av Paulo Gerarde Mattos Araujo, comandante do CINDACTA I. 22

Diversos oficiais das Unidades da FAB e de outras Instituições sediadas em Brasília prestigiaram o evento.


GEIV realiza inspeção em vôo no Paraguai

Equipe da Aeronave-Laboratório em terras paraguaias

A aeronave C-95C Bandeirante, com uma equipe de dois oficiais e cinco graduados do Grupo Especial de Inspeção em Vôo (GEIV), inspecionou equipamentos de auxílio à navegação aérea e radares de controle de tráfego aéreo em Assunção, Ciudad Del Este, Concepción, Pedro Juan Caballero e Mariscal Estigarribia, no Paraguai. A inspeção em vôo foi realizada entre os dias 10 e 21 de fevereiro de 2005, nos auxílios à proteção ao vôo daquele país. A missão atende ao contrato, firmado em 31 de dezembro de 2004, entre o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), do Comando da Aeronáutica e a Direção Nacional de Aviação Civil do Paraguai. No total, a missão consumiu 21 horas e 40 minutos de vôo.

Novo Comando no DTCEA de Santa Cruz

Cerimônia militar

No dia 25 de janeiro de 2005, o Maj Av Luiz Marques de Lima assumiu o comando do DTCEA-SC (Destacamento do Controle do Espaço Aéreo de Santa Cruz), recebendo o cargo do Maj Av Renato Pietroforte Carvalho. A cerimônia foi presidida pelo Chefe do SDTI (Subdepartamento de Tecnologia e Informação), Brig Eng Roberto Souza de Oliveira, acompanhado do Comandante da Base Aérea de Santa Cruz, Cel Av Carlos Eurico Peclat dos Santos e do Chefe do SRPV-RJ (Serviço Regional de Proteção ao Vôo do Rio de Janeiro), Ten Cel Av Almir Coelho Santos Filho. Estiveram no evento, prestigiando com suas ilustres presenças, o Comandante da Base Aérea dos Afonsos, Cel Av

Marco Antônio Kling, o Chefe da Divisão de Recursos Humanos da DIRMAB (Diretoria de Material Aeronáutico e Bélico), o Cel Av José Carlos Comin, e, ainda, representantes do Comando da Aeronáutica, do Comando do Exército, do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro e membros da sociedade civil. O DTCEA-SC tem como missão operar e manter os equipamentos e auxílios à navegação aérea, com o objetivo de proporcionar um vôo seguro às aeronaves durante a realização de suas missões, conservando - em elevado nível - o espírito da proteção ao vôo em sua área de jurisdição. Para cumprir esta missão, o DTCEA-SC conta com um efetivo de 133 homens, especialistas em diversas áreas, mantenedores diuturnos e de uma estrutura administrativa, técnica, e operacional complexa, com radares de aproximação e de precisão, equipamentos VOR e NDB e sistemas de telecomunicações e de serviços de Informações Aeronáuticas. Tem por característica o apoio personalizado ao usuário da Aviação Militar, haja vista prestar serviços ao Primeiro Grupo de Aviação de Caça, ao Primeiro 23

Autoridades presentes ao evento

Esquadrão do Décimo Sexto Grupo de Aviação, ao Quarto Esquadrão do Sétimo Grupo de Aviação e às diversas Unidades Aéreas que utilizam o aeródromo militar de Santa Cruz. Durante a solenidade militar, o Primeiro Grupo de Aviação de Caça, com duas aeronaves F5; o Primeiro Esquadrão do Décimo Sexto Grupo de Aviação, com duas aeronaves AMX e o Terceiro Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação, com uma aeronave H-34 Super Puma, efetuaram passagens aéreas, abrilhantando e emocionando todos os presentes. O Maj Av Renato Pietroforte Carvalho foi transferido para o SRPV-RJ, com a missão de assumir a Chefia da Divisão Administrativa.



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