Aeroespaço 17

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SERVIÇO DE SINALIZAÇÃO DO AEROPORTO INTERNACIONAL TOM JOBIM - RJ

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Informativo do Departamento de Controle do Espaço Aéreo - DECEA


Nesta Edição 4

Brigadeiro Barros é o novo Chefe do SDAD do DECEA Primeira Jornada de Assuntos Internacionais

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Reportagem Especial - 180º - meia volta, volver! Eu não sabia! - O Serviço de Busca e Salvamento

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Semana Internacional de AIS movimenta o Aeroporto Tom Jobim - RJ GEIV comemora 33 anos e homenageia seus integrantes

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ICA celebra seus 23 anos, enfrentando grandes e novos desafios Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia moderniza seus sistemas de controle de tráfego aéreo

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I Seminário de Coordenação do Espaço Aéreo no Teatro de Operações CCSIVAM entrega o CCG do SIPAM ao Governo Federal

Nossa Capa

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SERVIÇO DE SINALIZAÇÃO DO AEROPORTO INTERNACIONAL TOM JOBIM - RJ

Este flagrante mostra o momento da chegada de um vôo, quando o sinalizador (raqueteiro) indica o instante final da parada do avião. Este ato, que tem como cenário o Aeroporto Internacional Tom Jobim no Rio de Janeiro, é repetido milhares de vezes por dia em inúmeros aeroportos do mundo inteiro. Para nós do SISCEAB, este momento tem um simbolismo especial, porque indica a finalização de uma tarefa que esteve, da decolagem deste avião até a parada dos seus motores, nos envolvendo diretamente. De fato , quando um vôo chega a seu final significa que estivemos mobilizados, todos nós, em nossas inúmeras atividades, para que ele tivesse completado com êxito sua missão. O vôo chegou! A companhia aérea prestou o seu serviço, os pilotos e demais operadores afins podem agora descansar, os passageiros chegaram em segurança e vão para seus destinos. E nós? Bem... nós temos que retomar o fôlego porque já há um outro avião nos chamando para dar partida e completar seu plano de vôo. Não há tréguas nem descanso, coffee–break ou “paradinha” no SISCEAB e este é, a par do nosso maior desafio, nosso maior orgulho: manter tudo funcionando nas 24 horas do dia pelos 365 dias do ano, sem interrupções, com presteza, atenção, cuidado e segurança.

Expediente Informativo do Departamento de Controle do Espaço Aéreo - DECEA, produzido pela Assessoria de Comunicação Social - ASCOM/DECEA Diretor-Geral: Ten Brig Ar Paulo Roberto Cardoso Vilarinho Assessor de Comunicação Social e Editor: Paullo Esteves - Cel Av R1 Redação: Daisy Meireles (RJ 21523-JP) Telma Penteado (RJ 22794-JP)

Diagramação & Capa: Filipe Bastos (MTB 26888-DRT/RJ) Fotografia: Luiz Eduardo Perez (RJ 201930-RF) Contatos: Home page: www.decea.gov.br Intraer: www.decea.intraer

E-mail: esteves@ciscea.gov.br ou aeroespaco@decea.gov.br Endereço: Av. General Justo, 160 - Centro - 20021-130 Rio de Janeiro/RJ Telefone: (21) 2123-6585 Fax: (21) 2262-1691 Editado em junho/2006 Fotolitos e Impressão: Ingrafoto


Editorial

S

olicitamos ao Ex.mo Sr. Diretor-Geral do DECEA, Ten Brig Ar Paulo Robero Cardoso Vilarinho, que nos permitisse - nesta edição - assinar o Editorial, na tentativa de explicar ao leitor algumas facetas da Aeroespaço, que estariam por merecer algumas considerações. Muito embora nosso contato com o público leitor da revista seja freqüente, até em função da colaboração que recebemos, nem sempre conseguimos atingir a grande maioria - e é para ela, principalmente, que nos dirigimos agora. Nosso trabalho vem sendo estimulado pela aceitação manifesta de parcela de nosso público. Dizemos parcela de nosso público porque só podemos aferir a qualidade do nosso trabalho através das manifestações espontâneas que nos chegam para a seção “Cartas dos Leitores”. Na maioria das vezes, no entanto, as críticas chegam de maneira informal e é exatamente em função disto que nos vimos no dever de trazer a público algumas delas, no intuito de explicar - para todos – quais são as mais freqüentes e como respondemos a elas individualmente. Assim, há quem julgue a revista muito dispendiosa em função da gramatura do papel utilizado e da inequívoca qualidade da impressão. Na verdade, e de fato, a revista desde sua retomada com esta nova configuração editorial, tinha, deliberadamente, a intenção de ser diferenciada do ponto de vista da qualidade com dois objetivos fundamentais: tornar-se atraente e ser, ao mesmo tempo, leve a agradável, estimulando o público interno a procurar por ela e efetivamente fazer a sua leitura. A Revista Aeroespaço é entendida, ademais disto, como uma publicação técnica porque registra acontecimentos de um ambiente humano e operacional muito específico e é voltada, prioritariamente, ao público interno do SISCEAB. Não há, portanto, sequer a intenção de que seja transformada em peça publicitária, até porque a lei não permite. Por ser assim, entendeu o Diretor-Geral do DECEA que a revista poderia sim ser diferenciada. O seu custo acaba sendo pequeno porque a sua produção é toda feita com a “prata da casa”. A ASCOM prepara completamente a revista e somente encaminha à gráfica o CD já pronto para o fotolito e impressão. As provas de prelo voltam para nós, fazemos as correções que eventualmente se apresentem e aprovamos para a impressão. Por outro lado, é também tarefa da ASCOM embalar e endereçar todas as revistas para que cheguem a seu destino. Presentemente, estamos trabalhando para que a distribuição se dê pelo Correio, para dar mais agilidade ao processo. Alguns leitores – talvez julgando poder baratear o custo da revista – perguntam por que não a fazemos bimensal ou trimestralmente. A resposta é que nosso compromisso editorial é com o fato recémocorrido. Matérias “caducas” desestimulam a leitura e, além disto, a Aeroespaço pretende servir, também, como um documento atualizado que reporte nossos acontecimentos, sem falar no calor humano que o contato mensal propicia e que, no fundo, está na alma da revista. Sem mais delongas e dando os presentes questionamentos por findos, aí está a Aeroespaço nº 17, que contou mais uma vez com a generosa colaboração de nossos leitores, razão primeira e única de nossa existência. Aproveitem. Obrigada,

EQUIPE AEROESPAÇO

Cartas dos Leitores Agradeço ao Brig Pinheiro as referências gentis e carinhosas feitas à minha participação na historia do SIVAM. Ser lembrado, anos depois, por uma ação de engajamento no esforço histórico da Força Aérea nos destinos passados e futuros de nossa Amazônia é - e será - sempre gratificante. Principalmente para os que foram os reais construtores do que inicialmente eram apenas idéias visionárias que balizavam nossos esforços e que deflagraram as ações iniciais do que era apenas um nome e uma idéia pela qual já se brigava com coragem e persistência, que engajou quatro chefes de governo no Brasil, as presidências dos EEUU, França, Alemanha, Itália, e os chefes de governo da Inglaterra e Suécia, no que foi chamado o maior projeto do século por sua amplidão e capacidade. Apoiado por quatro ministros da Aeronáutica e dois comandantes da Força Aérea, engajando – também – quatro ministros da Defesa e que, afinal, se tornou o grande sistema operacional de hoje, que é o SIVAM/SIPAM. Peço-lhes transmitir ao

Ten Brig Vilarinho, antigo e experimentado personagem no Sistema, e meu companheiro de missão no passado, meus cumprimentos por sua atuação na direção-geral dessa importante tarefa que é a coordenação das atividades de controle do espaço aéreo brasileiro. Finalmente, ao pessoal da Assessoria de Comunicação Social, meus cumprimentos pela qualidade dos trabalhos produzidos e pela gentileza da remessa regular da Aeroespaço Notícias, que me mantém atualizado nessa atividade que, com empolgação, ocupou cerca de 15 anos de minha atividade profissional, de dezembro de 1967 a maio de 1982... foi por isso e aí que nasceu o SIVAM. Ten Brig Ar SÓCRATES Ex-ministro da Aeronáutica Quero agradecer o envio das revistas do Departamento de Controle do Espaço Aéreo. É muito bom ficar

informado dos acontecimentos militares do nosso País! Eu gosto e admiro muito quem trabalha controlando nossos espaços aéreos. Fábio R. Cardoso Diretor Regional da Associação de Pilotos e Proprietários de Aeronaves (APPA) Sou muito interessada em tudo que envolve defesa do espaço aéreo e controle de tráfego aéreo, pois meu sonho é ser controladora de tráfego aéreo, caso eu entre na EEAR em julho. Gosto muito da revista Aeroespaço, principalmente porque consigo acessá-la através da Internet, na página do DECEA. Gicele de Souza Vieira Florianópolis – SC


Brigadeiro Barros é o novo Chefe do SDAD do DECEA Em cerimônia militar realizada no dia 09 de maio, presidida pelo Ten Brig Ar Paulo Roberto Cardoso Vilarinho, Diretor-Geral do DECEA, foi transmitido o cargo de Chefe do Subdepartamento de Administração (SDAD) do DECEA, do Brig Ar Cláudio Alves da Silva para o Brig Ar Antonio Carlos de Barros. A próxima missão do Brig Alves, que chefiou o SDAD por 18 meses, é comandar a Escola de Comando e EstadoMaior da Aeronáutica (ECEMAR). Em seu discurso de despedida, disse deixar o DECEA com a convicção de que uma andorinha só não faz verão e que sempre contou com o apoio e a colaboração de todos os integrantes e segmentos do Departamento para dar andamento às atividades do Subdepartamento de Administração. “Foi um período de relacionamento maduro, voltado, prioritariamente, para o perfeito funcionamento dos nossos Sistemas” - declarou o Brig Alves.

Brig Barros - SDAD do DECEA

O Brig Barros, é natural do Rio de Janeiro. Ingressou na FAB em 1969 e atingiu o posto de Brigadeiro em julho de 2003. Além de outras atividades importantes na FAB, comandou a UNIFA (Universidade da Força Aérea), seu último cargo antes de assumir o SDAD.

O Ten Brig Vilarinho elogiou o trabalho desenvolvido pelo Brig Alves à frente do SDAD, enfatizando que sua administração trouxe conforto, segurança e, também, a tranqüilidade de que nada passaria desapercebido para o Sistema, devido ao cuidado e à meticulosa atenção com que ele lidava com os acontecimentos. “O Brig Alves deu uma demonstração de equilíbrio extraordinário, transmitindo entusiasmo e energia a todos que tiveram o privilégio de estar em sua companhia”. Ao Brig Barros, o Diretor-Geral do DECEA desejou sorte, felicidade e sucesso. “Tenho a certeza de que seus conhecimentos, sua experiência e sua excepcional capacidade de tabalho trarão importantes frutos para a nossa organização. A família do SISCEAB recebe você e sua esposa Maria Tereza com os braços abertos”.

Treinamento de EM/TRM reúne profissionais do SISCEAB Error Management/Team Resource Management (EM/TRM) é um treinamento desenvolvido a partir dos conceitos do Gerenciamento dos Recursos de Cabine (CRM) e de outros TRM, como os do EUROCONTROL e do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes (CENIPA) O EM/TRM vem ao encontro de uma demanda do Sistema e de uma recomendação da Organização de Aviação Civil Internacional (OACI), que preconiza a aplicação deste treinamento. Portanto, o DECEA pretende disseminar esses conteúdos pelas diversas Organizações Militares do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB), por meio de outros cursos como este. No âmbito do SISCEAB, o treinamento recebeu o código ASE-001. O treinamento é sustentado por pilares de conhecimento e compreensão de temas como comunicação, consciência situacional, gerenciamento do estresse, dinâmica da equipe, e processo decisório que dirige a vivência dos conceitos para que os erros humanos, compreendidos como inerentes ao homem, possam ser gerenciados de forma a serem evitados ou terem seus efeitos minimizados, atendendo à doutrina de segurança que permeia as Organizações do SISCEAB. O desenvolvimento de habilidades necessárias ao gerenciamento dos recursos disponíveis no local de seu desempenho profissional otimiza o funcionamento interAEROESPAÇO

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Primeira turma de profissionais do SISCEAB a receber o treinamento EM/TRM

no das equipes e do seu relacionamento com outras, oferecendo sustentação para o trabalho de toda a Organização. Nesse primeiro encontro, os profissionais de diversas áreas do SISCEAB se reuniram nos dias 11, 12 e 13 de abril, no auditório da Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA). No local foi realizado mais um treina-

mento de “Gerenciamento de Recursos de Equipe, com foco no Gerenciamento do Erro” (EM/TRM), com a participação de 25 pessoas. Os temas foram abordados em conjunto – de forma dinâmica e multidisciplinar – pelos facilitadores: Lilian Dantas (psicóloga); Maj Av Antônio Sérgio Coutinho da Silva; Maj Av Rozemildo Vaz de Souza; e 1º Ten QOECTA Sandro Roberto Nobre.


I Jornada de Assuntos Internacionais O DGCEA apresentou diretrizes aos componentes do DECEA

abrangendo os Painéis da Comissão de Navegação Aérea, os Grupos de Trabalho e de Coordenação do Atlântico Sul, a Rede de Dados Digitais, o Status de Desenvolvimento da Implantação dos Sistemas CNS/ATM, o Grupo Regional de Planejamento e Execução do Caribe e América do Sul e de seus diferentes Subgrupos, todos enfocando um breve histórico, o estágio de desenvolvimento atual e uma análise prospectiva dos trabalhos futuros. A abertura da Jornada, após autorização do Ten Brig Ar Paulo Roberto Cardoso Vilarinho, Diretor-Geral do DECEA, foi realizada pelo Presidente da Comissão de Estudos Relativos à Navegação Aérea Internacional (CERNAI), Brig Ar Rafael Rodrigues Filho, que classificou o evento como um encontro facilitador, onde poderiam ser expressados todos os conhecimentos sobre os assuntos internacionais ligados à navegação aérea e, ainda, autoridade para prover as instruções necessárias. Logo a seguir, o Ten Brig Vilarinho apresentou suas diretrizes a respeito da participação dos componentes do DECEA nos estudos em questão, com vista a orientar os futuros trabalhos destes Grupos. O Ten Brig Vilarinho falou, também, da importância dessa Primeira Jornada para o DECEA: “Todo o nosso Sistema está envolvido em algum assunto ou ação em eventos internacionais, painéis, reuniões de trabalho da OACI, GREPECAS etc, e com isso, muitas pessoas estão relacionadas a um ou outro assunto, por isso, O Presidente da CERNAI classificou o evento como um nada melhor do que, perioDifundir, no âmbito do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), o andamento dos vários assuntos em estudo nas organizações internacionais de interesse do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (SISCEAB) e – ainda orientar os procedimentos dos representantes do DECEA nos painéis e grupos de trabalho da Organização de Aviação Civil Internacional (OACI) e a participação em eventos de outras organizações internacionais foram os objetivos da Primeira Jornada de Assuntos Internacionais de 2006, realizada no Plenário da Comissão de Estudos Relativos à Navegação Aérea Internacional (CERNAI), no dia 15 de maio, das 9h às 16h. A Jornada foi coordenada pela Comissão Estudos Relacionados à Navegação Aérea Internacional (CECATI), hoje inserida na CERNAI, que passará à subordinação do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA). No evento, foram apresentados os principais assuntos internacionais que estão sendo discutidos na atualidade,

encontro facilitador

dicamente, fazer uma reunião para que - de uma forma ou outra – haja uma homogenização de conhecimentos e que cada um consiga identificar qual é a sua efetiva atuação. Fiz questão de comparecer à essa Primeira Jornada para ter uma idéia mais ampla sobre todos os nossos assuntos internacionais e ter conhecimento para poder acompanhar todas as ações pós-reunião”. No decorrer do dia, foram apresentados os seguintes assuntos: ASSUNTO

PALESTRANTE

Abertura Presidente da CERNAI

Brig Ar Rodrigues Filho

GREPECAS ACG-6/ALLPIRG’S

Maj Brig Pohlmann Maj Brig R1 Normando

ATM/CNS/SG AIS/MAP/SG AERMET/SG AGA/AOP/SG

Ten Cel Av Hemerly Cel Av Pelegrino Maj R1 Henriques Ten Cel R1 Heleno

NSP ACP SASP

Maj Av Cosendey Cel Eng Castro Cap Av Nilber

ANSEP SCRSP UIT SAR/COSPAS-SARSAT

Cel R1 Walter Pinto Cap Esp CTA Claudio Maj Av Luiz Ricardo Ten Cel Av Ferraz

OMM GT/SAT AP/ATM(RLA /98/003) REDDIG (RLA/03/901)

Ten Cel R1 Carlos Ten Cel Av Lauro Cap Esp CTA Eraldo Cel Eng Castro

Encerramento Ten Brig Ar Paulo Roberto Diretor-Geral do DECEA Cardoso Vilarinho

Ficou decidido, no fim do encontro, que em outubro será realizada a segunda Jornada, diante das necessidades apresentadas. A idéia é que se realize, pelo menos, duas Jornadas por ano. AEROESPAÇO

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Visitas de inspeção do DECEA nadas ao Sistema de Controle do Espaço Aéreo, quando o Diretor-Geral do DECEA esteve acompanhado dos Chefes dos Subdepartamentos de Tecnologia da Informação e de Administração, para inspecionar o Centro de Computação da Aeronáutica de Brasília (CCA-BR). O DGCEA enalteceu o trabalho dos profissionais Tanto na apredo CINDACTA I sentação realizada pelo Chefe do CCACINDACTA I BR, Ten Cel Int Gustavo, como nos O Primeiro Centro Integrado de comentários dos integrantes Defesa Aérea e Controle de Tráfeda equipe, o foco foi direciogo Aéreo (CINDACTA I) recebeu, nado para as necessidades e no dia 10 de abril, visita de inspeações realizadas no sentição do Departamento de Controle do de adequar o corpo técnido Espaço Aéreo (DECEA). A comitiva, composta pela alta- co e a infra-estrutura daquela direção do DECEA e oficiais de OM às novas diretrizes do Órdiversas áreas, foi recebida pelo gão Central do Sistema de TecComandante da OM, Cel Av Lúcio nologia da Informação, que Nei Rivera da Silva, que proferiu atribuem ao CCA-BR as atipalestra acerca das atividades re- vidades ligadas à certificadigital, excelência em alizadas e em andamento, mos- ção softwares livres e mineração de trando uma visão prospectiva fodados e datawarehouse. cada na missão do CINDACTA I. O estado das instalações e a Na seqüência, a comitiva visitou qualidade dos processos exeas instalações e reuniões setoriais cutados na Organização foram foram realizadas. muito elogiados pela comitiva, que No encerramento da inspeção, o se mostrou bastante satisfeita com Diretor-Geral do DECEA, Ten Brig a visita. Ar Paulo Roberto Cardoso Vilarinho, agradeceu a hospitalidade, enalteceu o trabalho realizado pelos profissionais do CINDACTA I e os incentivou a continuarem com o mesmo afinco e dedicação. CCA-BR No dia 12 de abril, foi dada continuidade ao cronograma de visitas de inspeção às Organizações subordiAEROESPAÇO

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A comitiva de inspeção elogiou a qualidade dos processos executados pelo CCA-BR

SRPV-SP No dia 25 de abril, foi a vez do Serviço Regional de Proteção ao Vôo de São Paulo (SPRV-SP) ser inspecionado. O Diretor-Geral, acompanhado do Vice-Diretor Executivo, Maj Brig Ar Ailton dos Santos Pohlmann, dos Chefes dos Subdepartamentos e de uma comitiva de Oficiais do DECEA, avaliou o cumprimento do Programa de Trabalho Anual, ações de comando e óbices encontrados nas tarefas atribuídas ao SRPV-SP. Constou da inspeção uma visita às instalações do novo APP-SP (já com as 20 consoles X-4000 operacionais), às edificações do radar STAR 2000 de Congonhas e à Torre de Controle (com os novos sis-

No SRPV-SP foi avaliado o cumprimento do PTA, além de outras ações

temas instalados, inclusive, o controle de helicópteros em pleno funcionamento). Ao final da inspeção no SRPV-SP, o Ten Brig Vilarinho demonstrou muita satisfação em encontrar uma organização, outrora com dificuldades no cumprimento de suas atividades e, agora, em franca ascensão para o engrandecimento do DECEA, do COMAER e do Brasil.


LiteraLmente Falando Possibilidades Fabiana Borgia (*)

Tempo é algo que aprendemos que existe, desde que nascemos, desde que aprendemos a contar, desde que notamos o que ele nos faz. Isso tudo no nível da consciência. Mas o tempo também pode ser atemporal. Viagem? Sim. E real. O que ficou para trás pode ser hoje e sempre. Sonhos passados podem acabar sendo sonhos presentes. Outro ponto importante: sonhos nunca devem ser deixados para trás. Eu sempre quis ver alguns de meus poemas virarem música. Pode ser que isso aconteça, como não. Mas eu preciso acreditar que isso é possível. Possibilidades. A física quântica fala sobre possibilidades. O que a física tem a ver com tudo isso? Sabemos muito pouco sobre as coisas. Talvez, por isso viver seja tão bom, porque nunca esgotamos nossa possibilidade de ser. Eu não entendo nada de física, de química ou de matemática. Mas há algumas poucas coisas que absorvemos. Vivi anos querendo publicar meus livros. Anos. Um sonho desde criança, que veio quando cresci. A coragem veio depois. Muita coisa foi excluída. Tomei coragem quando perdi a oportunidade de lançar meu livro, quando deixei sonhos para trás, quando vi que deixaria tudo. Errei. E consertei o meu erro. Então, meu primeiro livro surgiu com tudo. Temos medo de sentir falta da química. O desejo por algo que nem existe mais deve ser por isso. Temos medo de esquecer, ou melhor, sentir falta da química. A física quântica fala de possibilidades, como eu já mencionei. Não em termos de física, mas por que precisamos nos moldar sempre ao que fomos, ao que passamos? Por que não podemos esquecer que temos passado, para tentar um futuro completamente diferente de como nos projetamos? Simplesmente porque não queremos esquecer. Porque aceitamos um mundo pronto, com todas as regras já estabelecidas. Porque esquecemos que evoluímos. Porque esquecemos que criamos e recriamos realidades. Porque nos acomodamos. Porque todos estes pensamentos não fazem parte do nosso cotidiano. Porque preferimos deixar as coisas exatamente como estão. Porque temos medo de mudanças. Porque estamos acostumados a nos acostumarmos com as coisas. Temos medo da falta da química, mas também de não saber nem mais o que somos. Pior é que mesmo com tais atitudes, ainda assim não sabemos quem somos, porque nos camuflamos nos hábitos, nos padrões. Se o tempo não existe, nem mesmo o passado existe. Então o que somos nós? Desta forma, entendo que o passado tem toda uma relevância no contexto de nossas vidas. Afinal, se somos assim, se chegamos até aqui, é porque fizemos exatamente tudo da forma como fizemos. Como isso não pode ser relevante? De fato, isso é muito relevante, mas não a ponto de nos tornarmos escravos disso tudo, como se nossos potenciais estivessem esgotados em escolhas, já feitas anteriormente, ou até mesmo por coisas impostas. Até mesmo o que foi imposto, talvez pudesse ser escolhido? Na verdade, será que o imposto e a submissão não são atos da própria escolha? Confesso que acho o passado fundamental. Mas esta idéia de possibilidades me dá um conforto enorme. Eu não preciso ser tudo o que eu fui, porque eu posso ser melhor do que isso, a partir da minha idéia de criação. Eu quero criar, até mesmo um passado diferente. Como fazê-lo? Vivendo um presente diferente que contradiz o passado, como se tivéssemos escolhido, em tempos atrás, coisas completamente diferentes das quais escolhemos. Como se tudo isso desafiasse nossa própria personalidade. É preciso aceitar o novo. E mais do que isso: a possibilidade do novo. Isso significa ser dono da própria vida. Isso significa abrir os olhos, aprender com o mundo e saber que é possível recriar todo este mundo. Podemos nos transformar em outras pessoas. Em termos de futuro, então, eu posso ser o que eu quiser. Não preciso seguir uma única linha. E isso implica dizer que serei tudo.

Várias vezes eu já me senti tudo, e todos os dias eu me sinto parte do mundo, parte do todo, ou quem sabe, de tantos mundos, que nós sem sequer supomos. Isso me faz pequena, mas ao tempo grande, que sinto uma plenitude em meu ser. Se meu pai não tivesse encontrado minha mãe, eu estaria aqui, neste momento? Até que ponto eu escolho tudo? Será que numa outra consciência não fui eu que escolhi os meus pais? Será? O que é possível? Possibilidades. Respostas diversas, que nunca vão ser certezas. Nem mesmo a física poderá respondêlas. Nem a psicologia, nem a religião, nem a teologia, nem a filosofia, nem ciência alguma. E para quem acredita em alma? Prova-se a existência da alma? Prova-se a existência de Deus? Prova-se a existência do amor? Sei que as reações que temos com nossas emoções podem ser provadas. Mas o restante não. Eu escolho acreditar em tudo isso. Criei minha própria realidade? Por que para mim isso é tão verdadeiro, e para outras pessoas isso tudo é tão sem importância? Porque são realidades distintas. E minha realidade é fruto de minhas percepções. Então o que realmente existe? Qual a diferença de verdade e realidade? Realidade é experiência. A verdade não conhecemos. Esta conclusão provém da minha realidade ou é verdade? Se eu acredito em tudo o que falei? Eu acredito com todas as minhas forças. Mas a única certeza que tenho é a seguinte: prova-se que nosso cérebro depende de certas químicas, que fazem com que a gente se vicie por elas. Com isso, adquirimos hábitos. Eu quero quebrar todos os meus hábitos e meus vícios. Até o sofrimento é um vício. O amor é um vício. Um casamento infeliz ou feliz. Uma doença. A dependência é o sinônimo de vício. A lucidez, a racionalidade, também pode ser um vício. Mas a certeza que tenho é esta: mesmo com as químicas, com os hábitos, o futuro me reserva possibilidades, se eu quiser acreditar em algo completamente diferente. Neste ponto eu sou Deus? Não. Jamais pensaria assim. Mas sou dona das minhas escolhas, da minha criação. E ao mesmo tempo, não sou dona de nada, porque sou apenas parte. E sei que há forças maiores no mundo, que conspiram a favor de nossa criação. Quando penso em Deus, não consigo vê-lo como semelhante, como uma figura humana. Se semelhança existe entre Criador e criatura, posso dizer que significa que Deus nos deu esta capacidade de pensar, como ele o fez, esta tal capacidade de criar. Não concebo Deus como uma forma. Acho Deus grandioso demais. Mas consigo sentir paz nos lugares onde existe paz. E sei que Deus sonda os meus pensamentos. No entanto, eu não enxergo meus próprios pensamentos, mas sinto. Esta é a minha realidade. Verdade está longe de ser. Afinal, eu não sou Deus. E trago minhas dúvidas como impotência, mas a minha capacidade de fazer alguma diferença como um potencial inesgotável, já que todos somos filhos de Deus, independentemente de toda e qualquer diferença. Amo a vida.

(*) A autora é 1º Ten da FAB, Bacharel em Direito pela PUC de Campinas, especialista em Direito Público, cursando especialização em Bioética na PUC/RJ. Trabalha na Assessoria Jurídica e Seção de Investigação e Justiça do DECEA. É autora do livro de poemas Traços de Personalidade. Participa de vários eventos poéticos no Rio de Janeiro, entre eles o Conversa Portátil, organizado por Pedro Lage, no casarão da Cosme Velho, pertencente à família de Austregésilo de Athayde, República dos Poetas, organizado por Ricardo Ruiz, no Museu da República e Poemashow, organizado por Tavinho Paes. AEROESPAÇO

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Encontro Anual do SIPAER é realizado no CINDACTA I O Primeiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA I) realizou, nos dias 30 e 31 de março, o Encontro Anual de Elos e Usuários do Sistema de Prevenção de Acidentes e Incidentes Aeronáuticos (SIPAER). No Encontro, foram apresentas as atividades de investigação e prevenção executadas pelo CINDACTA I na sua área de jurisdição. Foram divulgadas, também, as recomendações para a prestação de um serviço de controle do tráfego aéreo mais seguro.

Estiveram presentes ao evento os elos SIPAER representantes dos Destacamentos de Controle do Espaço Aéreo subordinados, dos GNA da INFRAERO jurisdicionados e representantes das Empresas Aéreas (TAM, VARIG, GOL, OCEAN AIR, CRUISER e PANTANAL). Os temas apresentados foram os Foram apresentadas atividades de investigação e prevenção seguintes: Programa de Qualidade; ASEGCEA – estrutura, funcionamento e ações; SIPACEA – ocorrêngação aérea; Operação simultânea cias ATC; Qualidade no ATC; Incursão em Brasília; Cobertura VHF; e ATC em Pista; Radiointerferência na nave– Uma Visão do Usuário.

CINDACTA II promove 1ª Campanha de Manutenção no DTCEA-MDI O Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA II), com sede em Curitiba (PR), promoveu, no período de 20 a 30 de março, a 1ª Campanha de Manutenção no Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Morro da Igreja – SC (DTCEA-MDI). A equipe, formada por 38 militares, fez pequenas reformas de infra-estrutura, manutenção preventiva e corretiva na área técnica, identificação de militares, distribuição de fardamento e treinamento militar. O encerramento da campanha, que foi realizada concomitantemente com uma visita de inspeção, foi presidido pelo Comandante do CINDACTA II, Cel Av Ayrton José Schultze.

Vista aérea do DTCEA-MDI

DTCEA de Santa Cruz tem novo Comandante O Maj Av Luiz Marques de Lima passou o comando do Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Santa Cruz (DTCEA-SC) para o Cap Av Luiz Roberto Barbosa Medeiros. A cerimônia, presidida pelo Cel Av Oswaldo Machado Carlos de Souza, aconteceu, no dia 5 de maio, na Base Aérea de Santa Cruz (BASC). O Maj Av Marques está, ago-

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ra, servindo à FAB na Base Aérea de Brasília. O DTCEA-SC, que completou 30 anos no dia 19 de abril, tem – em seu novo Comandante - a confiança de melhoria constante nos serviços prestados ao controle do espaço aéreo. O Cap Medeiros é carioca, tem 36 anos, e alcançou o posto de Capitão em agosto

de 2001. Atuou como Chefe de Manutenção do Sétimo e do Terceiro Esquadrões do Oitavo Grupo de Aviação (7º/8º GAv e do 3º/8º GAv). Foi, ainda, Adjunto do A4 (Seção de Material) da Terceira Força Aérea (III FAE). Antes de assumir a Chefia do DTCEA-SC, foi Oficial de Manutenção do Grupo de Transporte Especial (GTE).


1º GCC participa da Operação VENBRA IV Durante a primeira quinzena do mês de abril, o 1º Grupo de Comunicações e Controle (1º GCC) participou da Operação VENBRA IV, operação realizada entre a Força Aérea Brasileira e a Aviação Militar Venezuelana. Coube ao 1º GCC, a montagem de um Órgão de Controle de Operações Aéreas Militares Transportável (OCOAM-T) na

Base Aérea de Boa Vista (BABV), onde foram conduzidas as interceptações que ocorreram no território nacional, bem como a montagem de toda a estrutura necessária para as ações de comando e controle desenvolvidas durante a operação. O 1º GCC cumpriu de forma exemplar a sua atribuição, demonstrando total

profissionalismo e eficiência, contribuindo, desta forma, para o sucesso da Operação VENBRA IV. Mais uma vez, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), através de seu “Braço Armado”, se fez presente no apoio irrestrito às operações militares.

Sala AIS do DTCEA-EG revalida o Certificado de Qualidade ISO 9001:2000 Uma equipe de auditores do Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI), nos dias 25 e 26 de abril, auditou o Sistema de Gestão da Qualidade implementado na Sala de Informações Aeronáuticas (AIS) do Destacamento de Controle do Espaço Aéreo Eduardo Gomes (DTCEA-EG). Havia grande expectativa dos auditores quanto ao Sistema, em decorrência de muitas mudanças no efetivo, incluindo, principalmente, a efetivação do 2º Ten Esp Met Marcelo Barretto da Silva, em agosto de 2005, como representante da Direção. No desenvolver da auditoria, ficaram evidentes o altíssimo compromisso, a dedicação e a responsabilidade de toda a equipe com o trabalho. Do Comandante do DTCEA-EG, Maj Av Rafael Ernesto de Almeida Sampaio, ao mais novo operador, reputa-se, com louvor, o excelente resultado obtido: nenhuma não conformidade e muitos elogios da parte dos auditores. O encerramento do evento foi presidido pelo Cel Av Eduardo Antonio Carcavallo Filho, Comandante do Quarto Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA IV), e contou com a presença do Ten Cel Av Leônidas de Araújo Medeiros Júnior, Chefe da Divisão de Operações do CINDACTA IV, e do 1º Ten Esp Met Fábio de Oliveira Mota, Adjunto da Seção da Qualidade do CINDACTA IV.

Auditores do IFI revalidam o Sistema de Gestão da Qualidade da Sala AIS do DTCEA-EG

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Reunião do DECEA com a FAA apresenta soluções funcionais para o desenvolvimento dos atuais projetos em implementação No período de 03 a 07 de abril foi realizada, no Hotel Excelsior, no Rio de Janeiro, a Reunião DECEA/FAA (Departamento de Controle do Espaço Aéreo / US Federal Aviation Administration). O Programa de Cooperação, estabelecido desde março de 2000 entre as duas Organizações, tem buscado soluções funcionais para diversos entraves ocorridos durante o desenvolvimento dos atuais projetos em implementação. Ficou acordado que deverão ser realizadas duas reuniões anuais entre as administrações para que se possa

gerir, com qualidade total, os projetos das instituições, que, no momento, são seis. A primeira reunião de 2006, que contou com a presença de 40 representantes do DECEA e da FAA vindos de diversas localidades do Brasil, dos Estados Unidos e da China (prestando consultoria aos EUA), teve como finalidade: a análise das ações realizadas por ambas as organizações no último ano; definir novas metas de trabalho com seus cronogramas, suas prioridades; e providenciar os recursos orçamentários e humanos necessários em cada projeto do Acordo de Cooperação.

Salvaero Recife ministra curso SAR para Esquadrões do GCC A equipe do Salvaero Recife ministrou, nos períodos de 24 a 28 de abril, em Natal, e de 02 a 05 de maio em Fortaleza, o curso SAR 005 (BÁSICO SAR) para o efetivo do Terceiro e Quinto Esquadrões do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (3º/1° e 5º/1º GCC), expandindo a rede de elos credenciados em Busca e Salvamento na Região Nordeste. Participaram dos cursos, além de militares dos Esquadrões do GCC, militares do Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Fortaleza (DTCEA-FZ), do Segundo Esquadrão do Quinto Grupo de Aviação (2º/5º GAv), do Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Norte e do Centro Integra-

do de Operações Aéreas do Estado do Ceará. Foram abordados assuntos relativos à estrutura do Sistema SAR Aeronáutico no Brasil, Anexo 12 da Convenção de Aviação Civil Internacional e IAMSAR, dentre outros. Por ser a Busca e Salvamento uma atividade de ação humanitária, é dever de todos participar, de maneira pró-ativa, desse importante sistema. Os conhecimentos transmitidos no SAR 005 permitem aos alunos compreender a exata dimensão do trabalho desempenhado pelo Salvaero e qual a melhor maneira de contribuir para o sucesso desse serviço.

DECEA promove em Curitiba o II ENCONTRO DE SEGURANÇA E DEFESA DO SISCEAB O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) promoveu, no período de 05 a 07 de abril, o II Encontro de Segurança e Defesa do SISCEAB, realizado em Curitiba (PR), na sede do Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo (CINDACTA II). Para o encontro, coordenado pelo Subdepartamento de Administração do DECEA (SDAD), foram convidados representantes de diversas organizações envolvidas nas questões de Segurança e Defesa, tais como COMGAR (Comando-Geral de Operações Aéreas), CIAER (Centro de Inteligência da Aeronáutica), INFRAERO (Empresa de Infra-estrutura Aeroportuária), organizações subordinadas ao DECEA e representantes dos

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Destacamentos do CINDACTA II. Durante o evento foram apresentadas por cada organização as principais “ameaças” e as medidas preventivas para neutralizá-las. Foram também apresentadas as principais ocorrências e as soluEvento do DECEA reuniu representantes de organizações envolvições individuais de das nas questões de Segurança e Defesa cada regional. Finalmente, atendendo ao objetivo trução do Comando da Aeronáutica” maior deste encontro, foi elaborada e (ICA) sobre Segurança e Defesa do discutida, mediante a técnica de traSistema de Controle do Espaço Aéreo balho de grupo, uma proposta de “InsBrasileiro.


Reportagem Especial

180º

meia volta, volver! Por Telma Penteado

ro lugar na classificação geral, na DIRMA (antiga Diretoria de Material da Aeronáutica, atual DIRMAB – Diretoria de Material Bélico), onde logo foi alocada no rancho. Muitos são os motivos para que uma pessoa Sua função era cuidar dos cardápios oferecidos, no entanto, dê uma guinada em sua trajetória, almejando, ao longo dos vinte anos em que trabalhou lá, ela cuidou não só evidentemente, uma transformação que do cardápio, mas dos cinqüenta homens que freqüentavam o eleve a qualidade de sua vida. Por vezes, peslocal. “Meus cinqüenta filhos”, como ela mesma diz. soas se vêem em situações limítrofes, do tipo Quatro filhos e quatro netos, divorciada desde 1982, beijo“ou muda, ou muda”. Pessoas que perdem queira assumida, Lúcia, com sua animação contagiante, diz que muito dinheiro, bens materiais, emprego ou não está namorando; “sou paquerante”. Há alguns anos ela talparentes muito próximos tendem a cair numa vez não pudesse supor que seria esta pessoa tão descontraída, depressão profunda da qual só saem dando muito embora, apesar dos percalços da sua vida, nunca tenha uma extraordinária “volta por cima”. sido mal-humorada. Após o incêndio do aeroporto Santos-Dumont, que aconteceu – ela lembra muito bem – numa sexta-feira, dia 13 de fevereiro de 1998, Lúcia foi transferida para o Hospital Central da Aeronáutica (HCA), onde prestou serviços durante cinco anos na Muitas recorrem à religião, outras, a novos trabalhos, novas área administrativa da Secretaria do Laboratório de Análises. causas e até a novos amores a quem se dedicar. Há vezes, tamNesta fase, Lúcia não tinha tempo livre. Depois de cumprir bém, que a mudança, embora radical, se dê de forma relativao expediente, atendia voluntariamente todos que necessitavam mente branda. Pessoas que simplesmente refletem sobre suas de cuidados, chegando a dedicar-se até doze horas por dia, de vidas e compreendem que algo precisa mudar ou ser feito para segunda à sábado, mas sempre com muito prazer e, com toda que a felicidade e a plenitude voltem a fazer parte do dia a dia. sua dedicação. Atendia até mesmo no E não podemos deixar de citar aquelas jardim do Hospital. “Além de fazer o meu que mudam seu comportamento de um trabalho, procurava a quem atender fora jeito manso, paulatino, fluido. Pessoas que da minha sala. Se aparecesse alguém já se encontram num meio favorável e que chorando, eu corria para ver o que tinha optam por caminhos que, naturalmente, acontecido. A pessoa desesperada preas modificam para melhor, sem que seja cisa receber atenção e uma palavra de necessário “dar com a cabeça na parede” conforto”, explicou. e se afogar em lágrimas. Foi, de fato, uma época muito estresMuitos de nós passamos por experiênsante. A tal ponto que um médico solicitou cias similares e/ou conhecemos quem já que fizesse exames com um cardiologispassou. No entanto, não é raro não nos ta, pois ela estava hipertensa. darmos conta de que há entre nós pessoDesde pequena, por conta da influência as que recorreram a atividades bem dispaterna, Lúcia teve contato com diversas tintas de suas tarefas de trabalho e nelas terapias alternativas, como massagens, encontraram não uma válvula de escape, técnicas de relaxamento e homeopatia. mas um novo significado para suas vidas. No auge do estresse, Lúcia conheceu, Do primeiro grupo de pessoas (as que por indicação de uma amiga, uma senhoadotaram novos caminhos após um forte ra chamada Sônia, que trabalhava com trauma), temos o exemplo da Maria Lúcia Cromoterapia, Reflexologia e AromateRangel, que atualmente trabalha no Setor rapia. Com ela, Lúcia fez um tratamento de Serviço Social do DECEA. holístico e ficou totalmente relaxada, ao Lúcia, como é conhecida, entrou para a ponto de não precisar mais dos medicaFAB em fevereiro de 1979 – há 27 anos. mentos. Tinha concluído sua formação como TécA partir de então, em 2003, resolveu nica em Nutrição e prestou prova para Lúcia: “a pessoa desesperada estudar estas técnicas e se especializar concurso público para serviços diversos, precisa receber atenção e conem Reflexologia (massagem aplicada em sendo admitida, por ter ficado em primei-

forto”

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pontos específicos dos pés e das mãos, que permite ao paciente atingir um alto grau de relaxamento e bem-estar físico e emocional). Como deve se aposentar em meados de 2007, Lúcia pretende abrir um consultório para fazer seus atendimentos, reservando dois dias da semana para visitar hospitais e casas de repousos para ofertar não só sua massagem, mas também seu carinho. Hoje, sua vida é bem melhor que antes. Segundo relata, a Reflexologia faz tanto bem, que ela deseja passar os benefícios para outras pessoas. “Eu saí do fundo do poço sem nenhum remédio”, confidencia. Seu próximo passo? Formar-se em Drenagem Linfática. Bom para ela, bom para quem priva de sua companhia! (sss3@decea.gov.br).

Wagner usou como elemento principal da metáfora o site que desenvolve. “Antes, na elaboração de uma página, não me interessava se o botão era preto ou azul, grande ou pequeno. O que importava era clicar um botão que acessasse o relatório que se desejava ter e pronto. Somente a informação era fundamental. Hoje dou valor à imagem, à cor, à animação. A linguagem não-verbal conta muito para uma melhor visualização da informação, que geralmente aparecia com um layout muito desinteressante”. É sabido que a adequada utilização das mensagens subliminares do não-verbal são fundamentais para que a comunicação se estabeleça e gere resultados positivos. Este processo demanda, entre outros atributos, atenção, flexibilidade e jogo de cintura para atender e satisfazer ao cliente e ao público-alvo, características estas que muitos músicos compartilham. A música, como bem mostrou Wagner, desenvolve a percepção, a concentração, o ritmo, a cadência – qualidades que podem (e devem) ser aplicadas em todas as áreas da nossa vida (profissional, pessoal, familiar etc.). A postura multidisciplinar alarga a visão do mundo e traz um ganho significativo na qualidade das relações que se estabelece, sejam elas quais forem.

SO Wagner: “a música desenvolve qualidades que podem ser aplicadas em todas as áreas da nossa vida”

Do grupo daqueles que naturalmente permitem que uma atividade paralela ao trabalho os beneficie nas tarefas rotineiras e nas suas relações com seus colegas, temos o exemplo do SO Wagner Pereira da Fonseca. Ele entrou para a FAB em 1981, tem formação em Processamento de Dados e trabalha há 10 anos na Divisão de Recursos Humanos (D-RHU) do DECEA. Lá ele tem a incumbência de desenvolver o site do setor. Conhecendo sua história, ficamos sabendo que sua companheira de vida é a música. Desde seus dez anos o SO Wagner gosta de dançar e tem grande interesse por samba e por instrumentos de percussão, mais especificamente, pelo pandeiro. Há dois anos resolveu colocar a mão na massa – ou melhor, no pandeiro! – e começou a ter aulas do instrumento. “O pandeiro é um instrumento que se aplica a diversos ritmos – cerca de trinta, como por exemplo o samba de raíz, o samba-enredo, o baião, o jongo, a embolada e o ilê”, define Wagner. Em 2005, ele conheceu o percussionista e professor Pedro Lima, com quem tem aulas de aprimoramento até hoje. Com ele, Wagner aprendeu a técnica e, com igual ênfase, a importância do improviso, da intuição. Levando para sua vida profissional de militar, ele pôde reparar como esta capacidade de atentar à intuição e à linguagem não-verbal se aplica bem ao que faz.

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1S Pinho: “minhas telas não são comerciais, têm apenas finalidades terapêuticas” E quando a mudança é o resultado de passos já dados, é a simples continuidade de uma estrada que há tempos já vem sendo trilhada, nos deparamos com o grato exemplo do 1S Carlos José Teixeira Pinho. Controlador de Tráfego Aéreo, Instrutor e atual Chefe de Equipe de Controladores de Tráfego Aéreo da Torre do Galeão, Pinho entrou para a FAB em 1986. Além de exercer as atividades de Controlador, Pinho tem formação em Odontopediatria, e foi neste contexto que o interesse pela educação infantil através da arte na área de saúde aflorou. A arteterapia surgiu em sua vida, como ele mesmo diz, “de forma acidental”. Ele buscava aprimorar seu projeto de educação infantil com o trabalho de teatro de fantoches. Foi, então, que encontrou um curso de pós-graduação mais do que apro-


Há uma frase que diz priado aos seus interesses. Pinho se formou em que “o nosso universo “Arteterapia em Educação e Saúde”, pela Unié do tamanho do nosversidade Cândido Mendes. so conhecimento”. Para Neste curso, ele pôde compreender como, o 1S Marcelo Roberto através de técnicas artísticas (teatro, artes Franco Braga, a máxima plásticas, literatura, dança e música), atingir os cai como uma luva. Aos conteúdos inconscientes das pessoas e, simul34 anos, Franco é cataneamente, educá-las no que diz respeito à tesado e tem uma filha de mática da saúde. sete anos. Trabalhou por Vale ressaltar que as obras artísticas realiza14 anos no Grupo Esdas no âmbito da arteterapia diferem das obras pecial de Inspeção em de artistas plásticos. Elas, como o próprio nome Vôo (GEIV) e hoje presdiz, têm cunho terapêutico. Não há qualquer cota serviço na Telemática brança, por exemplo, de prazos para exposições do Rio de Janeiro, lidanou compromissos com uma estética vigente. O do com TELESAT. que há é liberdade de criação. Após ter lido vários Segundo Pinho, “a noção de tempo para o arlivros sobre indução tista não é de ordem cronológica. Isto porque o cerebral e Neurolingüobjetivo do artista não é a obra pronta, é o pro1S Franco: “o estímulo cerebral que realizo ística, o 1S Franco decesso da sua construção. A obra pronta; é de inme deixa mais ativo” cidiu se aprofundar no teresse do público, que busca a beleza estética universo da Neuróbica. e nela projeta seu simbolismo particular”. Segundo ele, a NeuróPinho não se dedica às suas telas todos os bica “tem como objetidias. Por conta da inspiração, ele tem que ter “o vo manter um nível permanente de capacidade mental atraseu momento”. Ainda assim, a liberdade de criação e o cunho vés de um conjunto de exercícios estimulantes. Apesar de terapêutico não o impediram de expor seu trabalho. O público envelhecer, o cérebro continua a possuir uma capacidade pôde ter contato com sua obra em exposições que fez no Rioextraordinária de mudar padrões de conexões, o que deve centro, no Rioshop e no Parque de Itaipava. Ele lembra que não ser estimulado”. vende suas telas, uma vez que elas são, para ele, como filhos. Os exercícios de estimulação são relativamente fáceis e “Elas não são comerciais. Têm apenas finalidade terapêutica”. Franco dá suas dicas: “se você é canhoto, experimente esDurante seu percurso pelas artes, Pinho foi apresentado à crever com a mão direita. Ao realizar este exercício você atiDona Elisa, uma artista plástica que mora em seu bairro, Jacavará conexões quase nunca utilizadas, aumentando a caparepaguá (Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro), e tem um cidade cerebral”. Outros exercícios estimulantes indicados ateliê. Com ela, ele aprimorou sua técnica de artista impressiopor ele são discar o teclado do celular ou o telefone sem nista. olhar para ele e, ainda, identificar objetos na bolsa somente Há dois anos ele construiu um ateliê em sua própria casa, otipelo tato. “Como podemos notar, a vida cotidiana é a acamizando seu tempo – agora pode se dedicar às suas obras em demia da Neuróbica”, define Franco, que afirma, ainda, que horários mais flexíveis, permitindo-se, inclusive, ficar mais temo estímulo cerebral que ele realiza deixa seu cérebro mais po com sua esposa, Regina Célia – que é grande incentivadora ativo. do seu trabalho – e com seus filhos, Matheus Felipe (9 anos) e Os benefícios foram tão grandes, que Franco os propaga Carlos Felipe (6 anos). entre seus amigos. “Já incentivei alguns alunos que se preAs crianças também foram beneficiadas com o ateliê do pai. paravam para prestar concurso a incorporar os exercícios da Eles participam ativamente, produzindo suas próprias telas. ObNeuróbica em suas rotinas. O grupo relatou que conseguia viamente, no caso das crianças, a motivação é o aspecto lúdico ficar mais atento às aulas e que a capacidade de aprendizae intuitivo da arte. Não se evidencia, conscientemente, o aspecdo havia melhorado significativamente”. to da terapia, muito embora ela se dê de forma natural. Muitos destinos, muitos caminhos, muitas trilhas escolhiSegundo Pinho, “lidar com este conteúdo emocional não das. Atitudes que seccionam e transformam. Dor, medo, pertrabalhado, oriundo do estresse ao qual estes profissionais se severança, consciência e fluência são alguns motivos para ir submetem, é primordial. Ao analisar e trabalhar estas emoções adiante, rumo ao crescimento pessoal. Muitas sendas, quaconturbadas, cada Controlador pode encontrar sua atividade tetro exemplos. As áreas são distintas, porém interligadas em rapêutica, sua válvula de escape. O importante é extravasar”. uma série de pontos em comum. Garra, vontade de mudar, Dentre seus projetos futuros está a formação em Psicologia. vontade de se aprimorar, de se tornar um ser humano meQuem sabe nossos Controladores não se beneficiem com seus lhor, ajudar ao próximo e vontade de fazer. Capacidade criativa, manual, cerebral, emocional não são conhecimentos e com seu trabalho tão prazeroso com a arte e simplesmente quesitos inerentes àqueles que mudam. São possam encontrar neles próprios o mesmo entusiasmo e a mesatributos inerentes àqueles que querem fazer acontecer. ma gratificação que Pinho tem? (carlosjtpinho@ibest.com.br). Aproveite os exemplos, deixe-se tomar pelas motivações e E estudar – de forma autodidata ou não – é, sem a mepermita-se fazer mais por você e, conseqüentemente, pelos nor sombra de dúvida, fundamental para o enriquecimenque lhe cercam. Faça a diferença! Meia volta, volver! to humano. AEROESPAÇO

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Eu não sabia!

O Serviço de Busca e Salvamento Quando as pessoas recebem a notícia de que uma aeronave ou embarcação passou por uma situação de perigo ou emergência e vítimas foram salvas, elas sequer imaginam tudo o que se passou até aquele momento, nem mesmo as próprias vítimas! A missão do Serviço de Busca e Salvamento (SAR), muitas vezes, é tratada, num sentido bem amplo, como: “MISSÃO SAR”, e requer seu entendimento como sendo o dever de cada cidadão, sociedade ou Estado de salvaguardar a vida humana, vítima de um incidente aeronáutico ou marítimo. Temos constatado que a maioria dos sistemas empregados na segurança operacional pelo DECEA pode ser até sabida por vários leitores da Aeroespaço, porém muitos desses podem não estar realmente conscientes de toda a capacidade brasileira em garantir a segurança na operação de aviões e da navegação aérea no Brasil, mesmo na emergência ou num pouso forçado. Para se ter a certeza de responder, com tranqüilidade e orgulho, que voar em nosso País é muito seguro, relatamos, a seguir, o que o DECEA disponibiliza e como o seu Subdepartamento de Operações (SDOP) aplica sua experiência na atividade SAR A Organização do Serviço SAR

Diversos Estados têm aceitado a obrigação de realizar a coordenação e os serviços SAR aeronáuticos e marítimos, durante 24 horas por dia, nos seus territórios, nos seus mares territoriais e, quando apropriado, em alto-mar. Para exercer essas responsabilidades, os Estados criaram organizações nacionais de SAR, ou se associaram a um ou mais Estados para formar uma organização regional de SAR, relacionada a uma determinada área oceânica, ou continental. Uma Região de Busca e Salvamento (SRR) é uma área de dimensões definidas, que possui um Centro de Coordenação de Salvamento (RCC), na qual são prestados serviços SAR. As SRR ajudam a determinar quem tem a principal responsabilidade em termos de coordenar as reações às situações de perigo em todas as áreas do mundo, mas não têm a intenção de impedir que qualquer um preste socorro a pessoas em perigo: Os Planos de Navegação Aérea Regional (RANP) da Organização Internacional de Aviação Civil (OACI) apresentam as SRR Aeronáuticas. O Plano SAR Global da Organização Marítima Internacional (IMO) descreve as SRR Marítimas. AEROESPAÇO

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As áreas de atuação do Serviço de SAR nacional são conhecidas como Áreas de Responsabilidade SAR Brasileiras, Aeronáutica e Marítima, e estão a cargo da Aeronáutica e da Marinha do Brasil, respectivamente. As entidades que reúnem os prestadores do Serviço SAR, Aeronáutico e Marítimo, no Brasil são conhecidas

Profissionais SAR trabalham para a segurança da aviação e de toda a navegação aérea

Colaboração: Equipe da Divisão de Busca

e Salvamento (D-SAR) do DECEA

como: SALVAERO e SALVAMAR, respectivamente. Já tivemos muitos casos no Brasil de aeronaves de particulares ou comerciais, como o caso do bebe resgatado com vida em acidente próximo ao Aeródromo de Sinop em 2005, de náufragos no meio do Oceano Atlântico, do Furacão Catarina e muitos outros em que a imprensa sequer comenta, onde várias ações foram e sempre serão coordenadas pelo SALVAERO. Este é parte integrante e representa a própria Força Aérea Brasileira neste importante serviço prestado à todos cidadãos e em nome da nação brasileira. O Serviço de Busca e Salvamento, internacionalmente conhecido pela sigla SAR - Search And Rescue, é o responsável por cuidar da segurança das aeronaves, embarcações e seus ocupantes desde o início de uma situação de emergência até resolver as emergências e as dificuldades das pessoas em perigo. São profissionais trabalhando 24 horas do dia e da noite, sete dias da semana, 365 dias por ano, para a segurança da aviação e de toda a navegação aérea. A realidade tem demonstrado serem muito poucos os conhecedores deste trabalho silencioso que o Serviço de Busca e Salvamento faz para garantir ainda mais a segurança de tripulantes e passageiros, cooperando para o bem-estar e a segu-


Equipe da D-SAR dedica-se permanentemente ao gerenciamento do Serviço SAR Aeronáutico no Brasil

rança da sociedade como um todo. Quando falamos de garantia da segurança operacional no Brasil também estamos querendo dizer que, ao falharem quaisquer dos outros sistemas de segurança da navegação aérea de que se tem notícia, o Serviço de Busca e Salvamento vai entrar em cena para minimizar as perdas ou mesmo solucionar todas as emergências e dificuldades no que chamamos de um Incidente SAR.

A Divisão de Busca e Salvamento

Para gerenciar a atividade SAR e a prestação do Serviço de Busca e Salvamento, existe no SDOP, uma Divisão de Busca e Salvamento, a D-SAR, que se dedica permanentemente ao gerenciamento do Serviço SAR Aeronáutico no Brasil. Ela responde por todo o planejamento, controle e a supervisão do Serviço de Busca e Salvamento Aeronáutico prestado em nosso País, além de atuar na representação brasileira junto à comunidade SAR da Região Sul-americana (SAM) e ao Programa COSPAS-SARSAT, sendo o Brasil parte desse Sistema Internacional de Satélites de Busca e Salvamento. A D-SAR tem obtido grande sucesso nas suas ações, visto que na atualidade o Brasil tem exercido grande influência na organização, formação de recursos humanos e formulação de diretrizes para a

implementação dos serviços SAR em todos os Estados da região SAM, além de prosseguir no aperfeiçoamento de todo o Serviço SAR Aeronáutico e seus sistemas no Brasil.

A Assessoria de Busca e Salvamento

É o grande suporte técnico-operacional-cultural para as decisões da D-SAR, mormente na sua reestruturação, dotação e capacitação de pessoal e, especialmente, no gerenciamento dos dois grandes Sistemas sob sua responsabilidade, o Sistema SAR Aeronáutico (SISSAR) e o Sistema Internacional de Satélites de Busca e Salvamento (COSPAS-SARSAT), estando sempre pronta para interagir em prol do sucesso da Missão SAR: salvar vidas. Ao longo desse período, de pouco mais de três anos, a Assessoria tem atuado nos diversos segmentos da D-SAR, atendendo às diretrizes emanadas, sempre assessorando a chefia, os chefes das seções e seus integrantes, sobre quaisquer assuntos pertinentes aos Sistemas, de modo que os trabalhos da Divisão sejam realizados de acordo com o cronograma estipulado e em conformidade com o planejamento plurianual estabelecido pela D-SAR e aprovado pelo SDOP do DECEA. A Assessoria da D-SAR participa do desenvolvimento dos trabalhos e do

aprimoramento técnico-operacional dos componentes da família SAR, seja no órgão central seja nos diversos Centros de Coordenação de Salvamento (RCC) situados regionalmente, com o sentimento do dever cumprido por ter prestado uma eficaz assessoria, respondendo, à altura, a confiança depositada pelas chefias da Divisão de Busca e Salvamento e do SDOP do DECEA.

A Seção Auxiliar

Quem entra pela primeira vez na Divisão de Busca e Salvamento, geralmente, não tem idéia de quão complexa é essa atividade. Pensam que a Busca e Salvamento se resumia à atuação do Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento, o PÁRA-SAR. Porém, a atividade de Busca e Salvamento lida até com a tecnologia espacial do COSPAS-SARSAT, e esta é apenas uma das várias facetas desta nada simples e instigante atividade. Acompanhando a contínua intensificação das atividades na Divisão, ao longo do ano passado, a Seção foi organizada para concentrar a produção de documentos; sistematizar os protocolos e organizar os arquivos. A aquisição de novos computadores, logo de início, agilizou o serviço e atendeu o crescimento do efetivo que vinha ocorrendo. As novas instalações, agora compatíveis com o crescimento da Divisão, permitiu AEROESPAÇO

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organizar melhor o espaço. As condições de trabalho melhoraram muito! O efetivo da Divisão foi aumentando em quantidade e qualidade. Sistematizamos processos, melhorando o controle para atender o aumento da demanda e também nos adequamos aos princípios da economicidade, usando racionalmente os recursos disponíveis e perseguindo preceitos de qualidade. Já no final de 2005, juntamos nossos esforços a todos os setores da Divisão, que - brilhantemente - obteve êxito na organização, junto com a Comissão de Estudos Relativos à Navegação Aérea (CECATI), do esclarecedor SEMINÁRIO SAR / COSPAS-SARSAT e da Western Data Distribution Region (WDDR) COSPASSARSAT Meeting. Foi implantado um arquivo geral único para evitar que documentos sejam arquivados em vários setores e dificultem consultas. Todos os documentos que dão entrada na Divisão são disponibilizados eletronicamente para o conhecimento do efetivo e gravados em mídia para que não tenhamos só o arquivo em papel. Para o futuro, vislumbra-se a informatização total dos processos administrativos e operacionais; onde tudo fluirá eletronicamente, poupando tempo e eliminando a “papelada”.

A Seção de Planejamento e Adjunto Quando o assunto é “Busca e Salvamento”, tratamos do bem de maior valor a ser preservado: a vida! No entanto, enganam-se aqueles que acreditam que um acidente envolve apenas as vidas das vítimas. Mais do que isso, um desastre transtorna a vida de todos aqueles que estão à sua volta: familiares, amigos, equipes de socorro e tantas outras pessoas que se mobilizam nestes momentos para ajudar quem precisa. Sendo assim, trabalhar com planejamento na área de busca e salvamento significa decidir antecipadamente por ações que realmente irão contribuir para o incremento e melhoria da prestação do serviço SAR, diminuindo o seu tempo de resposta e aumentando a sua qualidade. A árdua tarefa de planejar para salvar vidas torna-se ainda mais difícil quando a responsabilidade de gerenciamento exAEROESPAÇO

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trapola o ambiente do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (SISCEAB) e integra ao seu dia-a-dia o funcionamento interdependente dos Sistemas SISSAR e COSPAS-SARSAT. Quem um dia já se perguntou por que nossas crianças não aprendem técnicas simples de salvamento, a exemplo de seus colegas em outros países, percebeu que, de modo geral, somos carentes de uma formação educacional sólida, forjada em princípios e doutrinas capazes de embasar decisões e propiciar a criação e evolução de um pensamento crítico da sociedade. Conscientes desta deficiência, durante os dois últimos anos, nossa Divisão trabalhou arduamente na formação de uma base educacional voltada para a busca e salvamento, elaborando o curso SAR 005 – Básico SAR, reformulando as estruturas dos cursos SAR 001 – Coordenação SAR e SAR 002 – Auxiliar de Coordenação SAR e enfatizando a importância da realização de exercícios simulados nos Centros de Coordenação de Salvamento (RCC), os Exercícios SAR. No entanto, a atuação da seção de planejamento não pode se ater, exclusivamente, à simples análise de dados obtidos e formulação de tarefas com prazos. Planejar também significa antever o futuro e se preparar para enfrentá-lo da melhor maneira possível. Para isso, temos pesquisado o que outros países, mais evoluídos na área de busca e salvamento, como Canadá, França e Estados Unidos, têm desenvolvido em suas áreas de atuação. De posse destas informações e confirmando a evolução sólida e arrojada do Serviço de Busca e Salvamento Aeronáutico Brasileiro, conseguimos nos antecipar e dar passos decisivos para a inclusão do nosso país, o primeiro da América do Sul, em um rol seleto de países que atendem os Alertas de Perigo COSPAS-SARSAT e coordenam suas Operações SAR digitalmente, minimizando erros humanos e possibilitando um acompanhamento on-line de todas as ações em andamento, para a efetiva supervisão do SISSAR na prestação de tão crítico e importante serviço para salvar vidas. Assim sendo, o futuro próximo apresenta-se ainda melhor na medida em que nos propicia planejar a implanta-

O Serviço SAR entra em cena para minimizar as perdas

ção de simuladores para a coordenação de Operações de Busca e Salvamento e a elaboração de Exercícios SAR com a Força Aérea Brasileira e com Centros de Coordenação de Salvamento de países vizinhos.

A Seção de Controle No decorrer dos últimos dois anos, a SAR-2 vem desenvolvendo esforços no sentido de fazer cumprir suas atribuições em nível de excelência, fazendo frente às transformações que estão ocorrendo na conjuntura atual do Serviço SAR. Com a inserção e análise de dados relativos às Operações de Busca e Salvamento (Operações SAR) realizadas e as correspondentes elaborações estatísticas das mesmas, demos forma aos Anuários 2004 e 2005. A intenção do Anuário tem sido de facilitar o acesso aos dados compilados e obter uma noção geral dos resultados da atividade fim no ano, como nunca feito antes. O acompanhamento da realização dos Exercícios SAR, em atendimento a diretrizes internacionais, nos RCCs dos CINDACTAs, para o treinamento e manutenção operacional de todo o pessoal dos elos de coordenação do SISSAR tem permitido a melhoria dos processos e da padronização operacional, por meio de feed-back imediato aos RCCs. Em coordenação com a Seção de Normas, temos trabalhado na identificação de quais as


s

diretrizes e normas seriam mais importantes ou prioritárias de serem elaboradas ou revisadas pela D-SAR, por ocasião do acompanhamento e controle das Operações SAR e dos Exercícios realizados nos RCC, verificando constantemente se estão em consonância com as normas e recomendações estabelecidas internacionalmente. Os Informes sobre Incidente SAR, que tratamos usualmente como release, têm se consolidado como a melhor forma de descrever os acontecimentos nas Operações SAR, facilitando em muito os informes a todos elos do sistema e autoridades, servindo inclusive de base para as Seções de Comunicação Social elaborarem ou construírem suas reportagens. E para que as atividades de controle possam ser plenamente realizadas é fundamental que se tenha um banco de dados fidedigno e continuamente atualizado. Depois de reconhecido esforço, dedicação pessoal do efetivo e melhoria dos equipamentos de informática disponíveis, ao longo do ano de 2005, foi possível a montagem de um banco de dados do pessoal SAR que, ainda no início deste ano de 2006, foi concluído com a implementação do Banco de Dados do Sistema SAR Aeronáutico (BDSISSAR). O BDSISSAR contempla informações de quem já esteve na rede; quem está atuando e quem está entrando no sistema. Este acompanhamento contínuo

visa assessorar as importantes tomadas de decisões que venham a envolver os voluntários do Sistema. Numa atividade complexa como a Busca e Salvamento, exercida primordialmente por profissionais, desnecessário é ressaltar a importância do controle da disponibilidade, competência e atualização técnica de cada elo. Com todo o pessoal que atua nos Elos de Coordenação SAR cadastrados, brevemente a SAR2 espera estabelecer também o controle da emissão e revalidação de Licenças e Certificados de Habilitação Técnica do pessoal de Coordenação SAR e de algumas Facilidades SAR conveniadas. Participamos na qualificação e aperfeiçoamento do pessoal do SISSAR, emitindo pareceres sobre os cursos e treinamentos supervisionados pela D-SAR, sempre na busca de melhores indicadores para a melhoria da qualidade do Serviço de Busca e Salvamento e seus Sistemas. Além do acompanhamento para supervisão dos Exercícios e Operações SAR em andamento, a Seção tem implementado formas mais eficazes de controlar o estado operacional do Segmento Provedor Terrestre do Programa COSPAS-SARSAT para a emissão dos relatórios, estatísticas e atividades administrativas relativas aos compromissos internacionais da representação brasileira tanto no Programa COSPAS-SARSAT como no Serviço SAR da Região SAM. A elaboração das analises estatísticas das Operações SAR conjuntas com os resultados do COSPAS-SARSAT tem recebido especial atenção da D-SAR, para possibilitar ações corretivas ou de melhoria em mais curto espaço de tempo, tanto para informação imediata ao Programa COSPAS-SARSAT, como também para ações corretivas no SISSAR e posterior divulgação no Anuário SAR. A Seção de Controle, em pouco tempo, estará também participando da implementação de ferramentas automatizadas de Coordenação e Controle SAR / COSPAS-SARSAT que está prestes a ser iniciada e que permitirá a efetiva atuação da Administração SAR no gerenciamento das atividades de Busca e Salvamento. A SAR2 objetiva ainda implementar e concluir os trabalhos previstos no planejamento para este ano, controlando o andamento das atividades internas e também dos elos de Coordenação do

SISSAR, os RCC, além dos Grupos de Trabalho e de Tarefa instituídos para um ou mais desafios do Serviço de Busca e Salvamento.

A Seção de Normas Realiza toda a tarefa relacionada com a formalização dos procedimentos nacionais para a atividade de Busca e Salvamento, analisando as Normas e Recomendações provenientes da ICAO e JID, e os Acordos Operacionais que envolvam os RCC Brasileiros (nacionais e internacionais) além de gerir a Biblioteca Técnica da Divisão. Recentemente, toda a SAR-1 passou por uma reestruturação em seu quadro de pessoal, equipamentos e local de trabalho. Tal providência foi parte de uma ação estratégica de longo prazo da D-SAR e do SDOP para otimizar as atividades do setor. Certamente as condições de trabalho anteriores estavam sendo um obstáculo ao desenvolvimento do SISSAR, em geral, e da D-SAR, em particular. A SAR-1 pretende trabalhar fortemente para a elaboração de proposta de um Comitê SAR e Plano SAR Nacional, além do estabelecimento de um Manual SAR Nacional, ambos de âmbito aeronáutico e marítimo, pois hoje, para o Serviço SAR Aeronáutico, dispomos apenas do MMA 64-3, já com necessidade de sofrer uma revisão completa, visto que ele tornarse-á um suplemento, como é o Manual Internacional Aeronáutico e Marítimo de Busca e Salvamento (IAMSAR) para o Anexo 12 “Busca e Salvamento”. A D-SAR com o apoio do SDOP, está propiciando, atualmente, à SAR-1 os meios para desenvolver um trabalho amplo de organização normativa do Serviço de Busca e Salvamento, com as atualizações e edições de publicações necessárias, afora as outras providências, que serão de cunho normativo sistêmico, importantes para a condução de um sistema tão amplo e complexo quanto o SISSAR.

Conclusão O Brasil tem sua eficiência reconhecida na garantia da segurança operacional da navegação aérea em toda sua área de responsabilidade, principalmente no que se refere à salvaguarda da vida humana. AEROESPAÇO

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SEMANA INTERNACIONAL DE AIS movimenta Aeroporto Tom Jobim - RJ Uma característica muito singular do AIS é que ele se constitui no primeiro contato do usuário com todo o sistema de segurança de vôo de qualquer estado, já que é através do Especialista AIS que o usuário recebe toda informação aeronáutica necessária para o desempenho de sua atividade específica. No âmbito do desenvolvimento da aviação civil, o AIS – sem deixar de ser importante como serviço, e mantendo sua responsabilidade pelo fornecimento de informação - se vê comprometido com o processo pelo qual atravessa a estrutura da Aeronáutica nos dias atuais.

O grupo formado por profissionais AIS da área do Rio de Janeiro foram prestigiados na Semana

Aproveitando a ocasião da comemoração do Dia Internacional do Serviço de Informações Aeronáuticas, e para prestigiar esse profissional - foi realizada – de 15 a 19 de maio - a Semana Internacional dos Serviços de Informação Aeronáutica. O evento – coordenado pelo Destacamento de Controle do Espaço Aéreo do Galeão (DTCEA-GL) - reuniu, no primeiro dia, cerca de 60 profissionais da área AIS do Rio de Janeiro (DECEA, ICA, PAME, DTCEASC, DTCEA-AF, DTCEA-ST e INFRAERO dos Aeroportos Tom Jobim e Santos-Dumont), no auditório Engenheiro Shibuya da INFRAERO (Aeroporto Internacional Tom Jobim), para uma sessão de palestras, na qual foram apresentados os temas: “Perspectivas Futuras do AIS” e “Novas Propostas de Cartas ERC/IAC”. Foi lida a Ordem do Dia do Diretor-Geral do DECEA, Ten Brig Ar Paulo Roberto Cardoso Vilarinho, quando foi ressaltado que o AIS vem assumindo uma destacada posição, juntamente com as demais atividades consagradas do SISCEAB, reestruturando-se de forma dinâmica, dando ênfase à informatização e à captação de Recursos Humanos. Foi informado, ainda, que vários produtos foram desenvolvidos para acompanhar a exigência dos tempos modernos. Entre eles, o AISWEB – que já está em pleno funcionamento, possibilitando consultas rápidas na Intraer sobe NOTAM, Boletins, Publicações, entre outras. Em breve, também, estará também disponível na Internet o Sistema Automatizado de Sala AIS (SAIS), que está em fase final de implantação em todas as AEROESPAÇO

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Salas AIS do País, o que vai permitir o preenchimento informatizado do plano de vôo pelo próprio usuário, facilitando as ações do Especialista AIS no seu trabalho diário, além de agilizar a preparação e o envio de mensagens correlatas. Nos quatro dias subsequentes, houve uma exposição estática sobre o trabalho realizado numa Sala AIS, no Terminal 2 do Aeroporto Internacional Tom Jobim. Sobre a exposição, o Chefe da Divisão de Informações Aeronáuticas do DECEA (D-AIS), Cel Av Cláudio Augusto Gomes, explica que a intenção “foi chamar a atenção dos usuários de transporte aéreo para a existência do Serviço de Informações Aeronáuticas, e mostrar a sua importância e a sua qualidade”. A exposição apresentou a rotina de trabalho da Sala AIS através de uma linguagem simples e acessível ao público (sem siglas ou jargões), o que permitiu um melhor entendimento do serviço prestado. Como coordenador do evento, o Maj Av Bertolino, Comandante do DTCEA-GL, avaliou que “a comunicação entre os profissionais de AIS e seus usuários é fundamental, pois é justamente o usuário que vai avaliar a eficácia do Sistema, apontando aspectos a melhorar. O trabalho do Controlador, sabidamente importantíssimo, depende, intensamente, das informações fornecidas pelo especialista AIS, e isto o público usuário precisa conhecer. O reconhecimento e a valorização do trabalho são aspectos fundamentais para o bom andamento das tarefas”. Segundo o Comandante do DTCEA-GL,

a realização da Semana se tornou motivacional, pois foi voltada para quem trabalha na especialidade de Informações Aeronáuticas, para que eles se sentissem prestigiados no Dia Internacional dos Serviços de Informação Aeronáutica. Um dado relevante revelado pelo Maj Av Bertolino é que no AIS, hoje, só existem Sargentos. “O primeiro oficial QOEA AIS vai se formar somente este ano. O AIS carece de oficiais. O Chefe da Sala AIS do Galeão é um Oficial Controlador. Em outros Destacamentos, o Chefe é um Oficial Meteoro. Não há um Oficial AIS para chefiar a própria seção e isso se faz cada vez mais necessário”, comenta. De acordo com informações do Cel Av Cláudio, os usuários das empresas aéreas não têm idéia da infra-estrutura que há para que a aeronave saia de uma cidade para outra. “A maioria sabe que os vôos são monitorados por Controladores, mas ignoram de onde eles tiram as informações sobre clima, combustível, operacionalidade de aeroporto, entre outras. É justamente na Sala AIS que o controlador vai buscar estes dados. O profissional de AIS é um divulgador de informações e não guarda segredo! O primeiro contato dos pilotos e dos despachantes operacionais (conhecidos como DOV) é numa Sala AIS. E eles têm que ser muito bem recepcionados para poder constatar que a equipe trabalha muito bem e que está bem servida em termos de infra-estrutura. O usuário quer ver que o dinheiro empregado no pagamento das tarifas aeroportuárias é bem utilizado e que retorna a ele como serviços de alta qualidade”- finaliza o Chefe da D-AIS.

Segurança, Regularidade e Eficiência – palavras-chave do AIS – apresentadas ao público na exposição


GEIV comemora 33 anos e homenageia seus integrantes O Grupo Especial de Inspeção em Vôo (GEIV) comemorou seu 33º aniversário com uma cerimônia militar realizada na manhã do dia 17 de abril. O evento foi presidido pelo DiretorGeral do DECEA, Ten Brig Ar Paulo Roberto Cardoso Vilarinho. Na primeira parte da cerimônia, foram entregues prêmios aos destaques operacionais do ano de 2005: o Maj Av Gil, por ter completado a marca de 1000:00 horas de vôo em aeronaves HAWKER EU-93 e EU-93; o Cap Av Pinheiro, por ter sido o piloto mais voado no ano, atingindo 299 horas de vôo; o SO Isaac, mecânico mais voado, atingindo 256 horas de vôo; o 1S Mário Marques, operador de sistema de inspeção em vôo mais voado, atingindo 284 horas e 40 minutos de vôo; e o 1S Donato, operador de sistema de posicionamento, com maior número de missões (78) em proveito da inspeção em vôo. Em seguida, foram entregues prêmios Graduado e Praça-Padrão para o 2S Cardeal e para o S1 Lourenço,

respectivamente. Os prêmios Ten Brig Vilarinho cumprimenta o Comandante do GEIV pelo aniversário entregues pelas mãos do Comandante do GEIV, Ten em áreas congestionadas, jamais poCel Av Gustavo Adolfo Camargo de deríamos deixar de agradecer a proOliveira, são conferidos aos militares teção de Deus, que vem nos garantinque, por suas qualidades, atributos do todos estes anos sem a ocorrência morais e profissionais, tenham se dis- de fatalidades”. Concluindo seu discurso, o Ten Cel tinguido de seus pares no desempeGustavo declarou: “Novamente a pura nho de suas atividades. e simples aplicação de tecnologias Encerrando as homenagens, os inovadoras não será capaz de gaex-Comandantes do GEIV receberam rantir a obtenção de resultados quauma lembrança comemorativa do 33º litativos sem que se estabeleça uma aniversário e o Ten Cel Gustavo proadequada metodologia de auditaferiu palavras de reflexão sobre os gem dos serviços prestados. Seguinavanços obtidos na inspeção em vôo, do a tradição de nossos antecessores, agradecendo a todos que contribuío GEIV está preparado para assumir ram para o seu desenvolvimento. O Comandante do GEIV não dei- esta responsabilidade”. Após o término da cerimônia, o xou de se reportar ao maior protetor efetivo e convidados se reuniram no dos trabalhos realizados pelo Grupo: interior do hangar do GEIV para co“Considerando que nossa unidade precisa garantir a segurança dos pro- memorar o aniversário. cedimentos de aproximação e pouso As comemorações se encerraram a serem realizados pelas demais ae- no dia 19 de abril com uma homeronaves, voando nos envelopes mí- nagem especial aos ex-integrantes nimos de segurança freqüentemente do GEIV.

Servidor do CINDACTA I é destaque em natação Danilo Dantas de Lima, servidor do Primeiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA I), participou em GoiâniaGO da 1ª etapa do Circuito Masters de Natação Goiano, onde obteve três medalhas de ouro, sendo uma nos 400 metros livre, uma nos 50 metros peito e outra nos 4x50 metros livre. O campeonato aconteceu no dia 25 de março. Em Brasília, no dia seguinte, Danilo obteve, também, três medalhas na 1ª etapa do Campeonato Brasiliense

Masters de Natação; duas de prata e uma de bronze, sendo a primeira de prata nos 50 metros peito, a segunda nos 4x50 metros livre e a de bronze nos 100 metros livre. Nos dias 21 a 23 abril, na Escola Naval do Rio de Janeiro, Danilo participou do 39º Campeonato Master de Natação Brasileiro, alcançando o 5º lugar. Danilo tem 51 anos e trabalha no CINDACTA I há 31 anos como técnico em eletrônica e telecomunicações aeronáuticas. Sua trajetória na natação começou há seis anos, quando pa-

rou de fumar e, conseqüentemente, procurou uma atividade esportiva que lhe desse prazer e resultados. Logo no início, começou a treinar para competições e tem obtido boas classificações.

Danilo é considerado um dos cinco melhores do Brasil na categoria master de natação AEROESPAÇO

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ICA celebra seus 23 anos, enfrentando grandes e novos desafios Na manhã do dia 10 de maio, no pátio do Grupo Especial de Inspeção em Vôo (GEIV), foi realizada a cerimônia de comemoração do 23º aniversário do Instituto de Cartografia Aeronáutica (ICA). O evento foi presidido pelo Vice-Diretor do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), Maj Brig Ar Ailton dos Santos Pohlmann, que representou o DGCEA, Ten Brig Ar Paulo Roberto Cardoso Vilarinho. Acompanhando-o, estava o Diretor do ICA, Cel Eng José Carlos Rodrigues. Após a execução do Hino Nacional, foram entregues os Distintivos de Conclusão do Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos aos seguintes militares: 1S Esp Informações Aeronáuticas Romildo José Vaz; 1S Esp Informações Aeronáuticas Edvaldo Sppezapria Dias; 1S Esp Informações Aeronáuticas Marino Salles Filho; 1S Esp Adm Roberto Monteiro Sobrinho; e 1S Esp Fotografia Sérgio Antônio de Oliveira Ramos. Dando seqüência às homenagens, o Cel Eng Rodrigues agraciou o 1S Esp Cartografia Adalberto Ferreira da Luz, como Graduado-Padrão; o CB Esp Guarda e Segurança Fernando Antônio Bento da Silva, como Praça-Padrão e Paulo Roberto Torres Braga, como Servidor Civil Padrão. Ainda celebrando o aniversário do Instituto, o Maj Brig Ar Pohlmann e o Cel Eng

Maj Brig Ar Pohlmann presidiu a cerimônia

Cel Eng R1 Paradelo, um dos ex-Diretores do ICA, recebe prêmio comemorativo das mãos do Cel Rodrigues

Rodrigues entregaram os prêmios comemorativos aos ex-Diretores: Cel Av R1 Vianna; Cel Av Meirelles e Cel Eng Silveira – in memoriam (representados por suas respectivas esposas); Cel Eng R1 Cary; Cel Eng R1 Fonseca; Cel Eng R1 Meggetto; Cel Eng R1 Paradelo; Ten Cel Eng R1 Erling; Cel Eng R1 Alison; Brig Eng Costa Filho; e Cel Eng Groch. Após as homenagens, o Cel Eng Rodrigues fez a leitura da Ordem do Dia, na

qual fez uma prospectiva de seu futuro: “o ICA, ao ensejo de mais uma etapa comemorativa, numa ocasião tão auspiciosa de sua existência, este seu 23º aniversário, de proveitosas realizações, enfrenta novos e grandes desafios, os quais serão, com certeza, efetivamente ultrapassados, ao longo dos próximos anos. Um desses imensos desafios está sendo o de vislumbrar a sua missão aumentada, através da absorção da atividade de informações aeronáuticas, no que se refere à avaliação, processamento e tratamento dos dados recebidos, incluindo-se, neste caso específico, aqueles encaminhados pelas empresas aéreas e pilotos, usuários de todas as publicações de informações aeronáuticas”. O Cel Rodrigues declarou, ainda, que “foi grande o desejo de deixar patenteado o mais profundo reconhecimento a todo o efetivo militar e civil do ICA, pessoal esse com evidenciada qualificação profissional e, ao mesmo tempo, efetuar uma conclamação a todos para que busquemos desempenhar a nossa tarefa de tão relevante papel no contexto da Cartografia Aeronáutica, no nosso País e no cenário internacional”. Encerrando a cerimônia, a palavra foi passada ao VICEA que congratulou a todo o efetivo, enfatizando a qualidade do serviço prestado pelo ICA.

CCA-RJ recebe Oficiais Estagiários de Análise de Sistemas do QCOA Visando atender a solicitação do Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica (CIAAR), no período de 03 a 07 de abril, o Centro de Computação da Aeronáutica do Rio de Janeiro (CCA-RJ) promoveu o Estágio Prático dos Analistas de Sistemas dos futuros Oficiais do Quadro Complementar de Oficiais da Aeronáutica (QCOA), sob coordenação da Maj QFO ANS Mônica Zamagna Leite da Seção de Instrução e Atualização Técnica deste Centro. Neste período, os estagiários tiveram a oportunidade de identificar as áreas de atuação do Oficial Analista de Sistemas, com as seguintes palestras: A Divisão TécAEROESPAÇO

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nica do CCA-RJ; Sistemas Aplicativos; Web; Suporte a Redes de Comunicação; Suporte a Banco de dados Corporativos; Serviço de Atendimento ao Usuário de Tecnologia da Informação; e A Tecnologia da Informação em Operações Militares. Para cada palestra houve um estágio de 50 minutos no respectivo setor, de modo que os estagiários pudessem vivenciar in loco as situações expostas anteriormente. Também foram realizadas visitas aos Grupos de Trabalho SIGPES (Sistema de Informações Gerenciais de Pessoal) e SILOMS (Sistema Integrado de Logística

de Material e de Serviços) e ao DTCEA-TM (Telemática do DECEA) num contato direto com as antenas de comunicação e com as máquinas, servidores da Intraer e de telefonia. Ao final do estágio, houve uma confraternização com troca de lembranças e agradecimentos de ambas as partes. Desse modo, o CCA-RJ espera ter contribuído um pouco mais para elevar o nível técnico dos novos profissionais de Tecnologia da Informação, que desde o dia 28 de abril estão prontos e a disposição do Comando da Aeronáutica.


Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia moderniza seus sistemas de controle de tráfego aéreo Fruto de um estudo conjunto pelos Comandos da Aeronáutica e da Marinha, o Sistema de Controle de Tráfego Aéreo da Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia (BAeNSPA) está recebendo um radar de área terminal Thales STAR-2000/RSM-970S e um novo Sistema de Tratamento e Visualização de Dados (STVD) Atech X-4000. Os novos sistemas propiciarão a melhoria da segurança das operações aéreas das unidades aeronavais sediadas naquela Base, bem como da Circulação Aérea Geral sob a responsabilidade da Torre de Controle de Aeródromo e do Centro de Controle de Aproximação (APP) de São Pedro da Aldeia. O novo radar integrará, ainda, a rede de detecção que alimenta a Área de Controle Terminal do Rio de Janeiro. O radar STAR-2000/RSM970S integra um lote de onze unidades adquirido pelo DECEA, consoante critérios técnicos e operacionais específicos para o controle de aeronaves nos segmentos de subida após a decolagem e de aproximação para pouso. Por sua vez, coube ao Comando da Marinha a contratação da infra-estrutura necessária e do novo STVD, e, à Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço

O radar da BAeNSPA integra um lote de onze unidades adquirido pelo DECEA

Sala do novo APP-Aldeia

Aéreo (CISCEA), a prestação de assessoria técnico-especializada à Diretoria de Sistemas de Armas da Marinha, órgão responsável pelo empreendimento. Além das ações em curso, foram desencadeadas novas tratativas voltadas para intervenções nos demais subsistemas correlatos, tais como os de meteorologia aeronáutica e de comunicações. O Aeródromo de São Pedro da Aldeia (SBES) é subordinado à Marinha do Brasil, sob a administração da BAeNSPA, sendo dotado de todos os órgãos operacionais previstos para a categoria “IFR Não Precisão”. Guarnecidos por controladores da Marinha treinados pelo Comando da Aeronáutica, o APP-Aldeia funciona 24 horas e tem jurisdição sobre a Zona de Controle CTR-ES, correspondente à área restrita SBR-312, bem como parte dos Corredores Visuais da Região dos Lagos e os Espaços Aéreos Condicionados adjacentes. A concepção para modernização do Sistema de Controle de Tráfego Aéreo da BAeNSPA está baseada na proposição de soluções que objetivam a integração de todos os recursos a serem implantados no APP Aldeia e na TWR-ES, de modo a colocá-los em nível operacional que possibilite uma aplicação moderna, eficiente, funcional e segura dos serviços de controle do tráfego aéreo.

CCA-BR promove primeiro curso de Data Warehouse Com a finalidade de melhorar o conhecimento dos militares sobre gestão das informações, o Centro de Computação da Aeronáutica de Brasília (CCABR) promoveu, no período de 20 a 23 de março, o primeiro curso de Data Warehouse do CCA-BR.

O evento, que reuniu militares do CCA-BR, do CCA-RJ, do Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER) e do SILOMS (Sistema Integrado de Logística de Material e de Serviços), deu início ao primeiro semestre de cursos deste ano e marcou a inauguração da sala de

aula do CCA-BR, reformada recentemente. O Chefe do CCA-BR, Ten Cel Int Gustavo, apresentou aos participantes do curso a importância do Data Warehouse como base para os Sistemas de Apoio à Decisão Organizacional. AEROESPAÇO

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Conhecendo o DTCEA

Fortaleza - CE A entrada principal do DTCEA-FZ

Histórico do DTCEA-FZ O Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Fortaleza (DTCEA-FZ) é subordinado operacional e tecnicamente ao Terceiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA III), e administrativamente à Base Aérea de Fortaleza (BAFZ), tendo por missão operar e manter os órgãos e equipamentos do Sistema de Controle de Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB) em Fortaleza. O DTCEA-FZ, que já teve, até o presente momento, treze Comandantes, tem sua origem nos anos 60, quando os órgãos ATC/ATS em Fortaleza eram subordinados ao Comandante do Grupo de Serviços de Base (GSB) da BAFZ, através da Seção de Comunicação e Tráfego Aéreo (SCTA). Nesta mesma época foi ativado o Núcleo de Proteção ao Vôo de Fortaleza (NPV-FZ), que tinha por finalidade operar e manter os órgãos e equipamentos do Sistema de Proteção ao Vôo na área de Fortaleza. Em 30 de outubro de 1979, passou a ser designado Destacamento de Proteção ao Vôo de Fortaleza (DPV-FZ). Com a sua desativação, em 27 de maio de 1992, o DPV-FZ deu lugar ao Destacamento de Proteção ao Vôo, Detecção e Telecomunicações 26 (DPVDT 26), sendo a ele atribuída a responsabilidade de operar e manter os seguintes órgãos e estações locais: Torre de Controle do Aeroporto Pinto Martins (TWR-FZ), Controle de Área Terminal de Fortaleza, (APP-FZ), Estação de Telecomunicações Administrativas do COMAER (ZWN-52), Estação Radar de Controle de Tráfego Aéreo em Rota (LP23), Estação de Comunicações de UHF e VHF e da Casa de Força (KF). AEROESPAÇO

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Na mesma data, foi ativado o Grupamento TASA de Fortaleza, que passou a responder pela jurisdição técnica, administrativa e operacional dos seguintes órgãos e estações instalados no município de Fortaleza: Sala AIS Aeroporto Civil, Centro Meteorológico de Aeródromo, Estação de Telecomunicações Aeronáuticas, ZWB-52, VOR/DME FLZ e NDB FLZ. Em meados de 1994, o então Ministro de Estado da Aeronáutica desativou o Grupamento TASA de Fortaleza, restituindo ao Destacamento o controle técnico, operacional e administrativo dos órgãos e estações locais de proteção ao vôo do aeródromo de Fortaleza que estavam sob jurisdição do GTA-FZ. Somente em 27 de fevereiro de 2003, passou a ser denominado Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Fortaleza (DTCEA-FZ). O DTCEA-FZ ocupará, a partir de 2007, novas instalações, quando receberá novos equipamentos de radar, grupo-geradores e estações de VHF, bem como nova Torre de Controle e Sala IFR. O novo Destacamento situa-se na área do antigo terminal de passageiros do Aeroporto Pinto Martins. O Apoio ao Homem O DTCEA-FZ é apoiado pela Prefeitura de Aeronáutica de Fortaleza com seus cinco condomínios de apartamentos e vilas de casas localizadas próximas à Base, bem como nos bairros Aldeota, Bairro de Fátima, Praia de Iracema e Meireles, para atender seus militares Oficiais e Graduados.


Como o Destacamento não possui Hotel de Trânsito, utiliza o hotel da Base Aérea de Fortaleza que possui 21 quartos para SO/SG - disponibilizando aproximadamente 70 vagas - e 99 quartos para oficiais - com capacidade para até 200 pessoas, sendo necessário fazer reserva. O Destacamento dista do centro da cidade aproximadamente quatro quilômetros. A parte social é atendida pelos centros recreativos F80 (Oficiais), B-25 (SO e SG) e C-95 (Praças), que possuem piscinas, área de churrasqueira e bar/restaurantes, salão de festas e sauna. A BAFZ apóia o DTCEA-FZ através do Esquadrão de Saúde que é dotado de emergência, atendimento ambulatorial e odontológico. Casos especiais são encaminhados aos hospitais credenciados na cidade ou para o Hospital de Aeronáutica de Recife (HARF).

A jangada representa bem o clima turístico de Fortaleza

O Efetivo O DTCEA-FZ possui um efetivo de 130 militares e cinco civis, distribuídos nas Seções Administrativa, Operacional e Técnica. Além dos seis Oficiais - Comandante e Chefes de Seções, são 35 Controladores de Tráfego operando no APP e na TWR de Fortaleza; dez BCO em duas estações de Telecomunicações: B-52 e C-52; 18 especialistas em Meteorologia, guarnecendo as posições operacionais do CMM, CMA e da EMS-1A; dez especialistas em Informações Aeronáuticas das Salas AIS Civil e Militar de Fortaleza; além do suporte técnico-administrativo composto de 14 técnicos, cinco eletricistas, dois eletromecânicos, tendo, ainda, um Sargento na Administração, um Cartógrafo, um Infantaria, dois Suprimentistas e 25 CB/SD.

Sala de Controle Radar do DTCEA-FZ

A Cidade A bela cidade de Fortaleza figura dentre as cidades mais visitadas no País. Muitos são os pontos que atraem turistas na cidade, tais como o Theatro José de Alencar, o Farol do

Mucuripe, a Catedral Metropolitana de Fortaleza, a Ponte Metálica, a Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção, a Igreja da Prainha e Nossa Senhora do Rosário, o Outeiro da Prainha, o Paço Municipal e as Praias do Futuro e de Iracema. O Comandante O Cap Esp Aer CTA Mamede Sales Junior nasceu na cidade de Fortaleza – Ceará, em 09 de dezembro de 1955 e é casado com Maria do Socorro Silva Sales. É Praça de 1º de agosto de 1974, por ingresso na EEAR e formou-se em 16 de julho de 1976 na especialidade de Controlador de Tráfego Aéreo, tendo, ainda, se formado Bacharel em Administração e Cap Esp Aer CTA Mamede Direito pela Universidade Federal do Ceará. Foi promovido a Capitão em dezembro / 2003. Dentre as funções exercidas ao longo de sua carreira estão as de Controlador da TWR-RJ/ACC-RJ, da TWR-SC, do APP/TWR Convencional de Fortaleza, do APP Radar/ PAR-FZ, do APP Radar/PAR em SBBV (manobra militar), TWR-BV (manobra militar), do APP Radar/PAR em SBCG (manobra militar) e do APP Radar/PAR-NT (manobra militar); Operador de P-COM em SBNV (manobra militar); Instrutor dos Cursos Teóricos para Avião/Helicóptero PP/ PC - VFR/IFR na Escola de Pilotagem do Aeroclube do Ceará; Chefe da Seção de Operações e Oficial de Segurança do Controle do Espaço Aéreo (OSCEA) do DTCEA-FZ; Comandante Interino do DTCEA-PS; Instrutor do ICEA para os Cursos: AIS-001, ATM-011, CNS-006 e RAD-010; e Implantador do Ensino a Distância no ICEA para os Cursos: AIS-001 e ATM-011. AEROESPAÇO

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I SEMINÁRIO DE COORDENAÇÃO DO ESPAÇO AÉREO NO TEATRO DE OPERAÇÕES Fazendo parte do ciclo de Seminários propostos pelo Ministério da Defesa para o ano de 2006, coordenado pelo Comando Geral de Operações Aéreas em conjunto com o Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (1º GCC - Braço Armado do DECEA), e executado por este, o evento reuniu 92 militares do Exército Brasileiro, da Marinha do Brasil e do Comando da Aeronáutica para apresentar os fundamentos do emprego da coordenação do espaço aéreo no teatro de operações nos conflitos da atualidade e, ainda, montar um grupo de trabalho para confeccionar um manual de doutrina sobre o tema. O I Seminário de Coordenação do Espaço Aéreo no Teatro de Operações aconteceu no período de 02 a 05 de maio, na sede do 1º GCC - Rio de Janeiro – RJ, e a cerimônia militar de abertura foi presidida pelo Maj Brig Ar Ricardo Machado Vieira, Comandante de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA). Estiveram presentes na abertura o General de Brigada Sinclair James Mayer (Comando da Artilharia Divisionária da Primeira Divisão do Exército), o Contra-Almirante José Henrique Salvi Elkfury (Chefe da Primeira Subchefia do Estado-Maior de Defesa) e o Contra-Almirante Walter Carrara Loureiro (Chefe da Terceira Subchefia do Estado-Maior de Defesa). O Diretor-Geral do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), Ten Brig Ar Paulo Roberto Cardoso Vilarinho, em sua mensagem impressa no folder do evento AEROESPAÇO

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e dirigida aos participantes do 1º SCEATO, afirmou que o evento foi uma oportunidade para permitir que as Forças Armadas do Brasil estabelecessem mecanismos de entendimento, e que – quando se fizer necessário, estejam à altura dos desafios que se interpuserem no Teatro de Operações. Desejou, ainda, que “por meio do 1º GCC, os frutos do 1º SCEATO sejam a garantia futura de sucesso nas operações conjuntas e combinadas”. Durante a realização do Seminário, o Ten Brig Vilarinho esteve representado pelo Brig Ar Ricardo da Silva Servan (Chefe do Subdepartamento de Operações do DECEA). O Maj Brig Machado, em seu discurso de abertura do Seminário, disse que os objetivos propostos foram decididos no ano passado, no Estado-Maior de Defesa, juntamente com o Comando de Operações Navais, Terrestres e Aéreas e que sua

A cerimônia militar de abertura foi presidida pelo Maj Brig Machado (COMDABRA)

realização foi decidida pela necessidade das três Forças “sentarem para conversar sobre o tema”. “O COMDABRA tem profundo interesse na realização desse encontro, tendo em vista as dúvidas que têm surgido, precisamos evoluir para atender as expectativas. Acredito que esta é a primeira vez que as três Forças Armadas do Brasil se reúnem para discutir esse tema. A palavra-chave é coordenação do espaço aéreo, justamente para que não haja conflito dentro das nossas Forças”- concluiu o Comandante do COMDABRA. O Contra-Almirante Carrara disse que muitas idéias surgiram das reuniões de operações combinadas, quando chegou-se a conclusão de que deveriam ser complementadas com seminários como o que estava sendo realizado. “É interessante que se tenha em mente o nosso propósito de estabelecer parâmetros


básicos. As três Forças têm peculiaridades e similaridades que tornam necessário o trabalho de doutrina de coordenação do espaço aéreo. Estamos buscando um modelo de uma coisa nova e procuramos um consenso dentro das três Forças. Idéias concebidas devem ser avaliadas. Precisamos abrir a mente no sentido de pensar em algo maior que é a operação e a coordenação das três Forças operando em conjunto. Esperamos que a troca de experiências, estabelecida pelos canais paralelos para a continuidade desse processo, tenha um bom desenvolvimento”. Após a cerimônia de abertura, foram apresentadas as visões de cada Força no controle e coordenação do espaço aéreo. No segundo dia, foram apresentadas a estrutura de coordenação e controle do espaço aéreo no teatro de operações, lições aprendidas em operações combinadas e documentos existentes para a coordenação do espaço aéreo e algumas orientações necessárias para a o trabalho de grupo que seriam montados no dia seguinte.

Os grupos de trabalho formaram- sucesso do Seminário deve-se a se misturando militares das três For- participação efetiva das Forças e o ças em cinco grupos, por áreas de correto entendimento da real necesinteresse. Cada grupo teve uma sé- sidade de uma coordenação efetiva rie de perguntas a responder. Eles dos meios aéreos empregado no tese reuniram nos shelters montados atro de operações”. especialmente para simular uma siOrgulhoso por recepcionar reletuação de conflito, onde tinham toda vante evento do calendário do Mia infra-estrutura necessária (telão, nistério da Defesa, o Ten Cel Xavier computador multimídia, quadro disse que “tanto pela comprovada branco etc.) para a realização do experiência profissional de seus trabalho proposto. participantes, como pela sua imporNo último dia, as propostas de tância para a integração das Forças, ações para melhoria foram apresen- em importantes definições e contados por cada grupo. O Seminário ceitos, os resultados do Seminário promoveu uma ampla discussão influenciarão de forma pioneira a sobre o tema proposto e servirá de doutrina de emprego combinado das base para a confecção de um Ma- Forças Armadas Brasileiras”. nual de Doutrina do Ministério da Defesa, onde serão detalhadas A troca de experiências entre as três Forças Amadas teve medidas de coorbom desenvolvimento durante o Seminário denação de controle do espaço aéreo no Teatro de Operações. A cerimônia de encerramento contou com a presença do Maj Brig Ar Ailton dos Santos Pohlmann (Vice-Diretor do DECEA), representando o Ten Brig Vilarinho. De acordo com o Ten Cel Av João Batista Oliveira O Seminário promoveu ampla discussão sobre o tema proposto Xavier, Comane servirá de base para o Manual de Doutrina do MD dante do 1º GCC, o resultado do Seminário foi importantíssimo para o Ministério da Defesa. “Todos os dados apresentados pelos grupos representaram um pontapé inicial para a confecção do manual proposto no objetivo do 1º SCEATO. Acredito que o AEROESPAÇO

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CCSIVAM entrega o CCG do SIPAM ao Governo Federal O CCG foi projetado em andar corrido, compartimentado por divisórias, com piso elevado e teto em forro falso termo-acústico, para facilitar a montagem e a manutenção das instalações. Na área central da edificação criou-se uma pequena praça e um jardim (átrio), com entrada de luz natural, através de uma cobertura em policarbonato. Desde o dia 03 de abril de ra moderna e altamente funcio2006, o Sistema de Proteção nal, o prédio do CCG é uma da Amazônia (SIPAM) passou concepção da CCSIVAM. O que um dia foi um sonho, a ocupar a última instalação a ter sido planejada, arquitetada, gestado em meio às dificuldaconstruída e entregue ao Go- des e premências de três órgãos verno Federal pela Comissão do Governo Federal ma época para Coordenação do Siste- (1990) – Ministério da Aeronáuma de Vigilância da Amazônia tica, Secretaria de Assuntos Es(CCSIVAM), órgão do Coman- tratégicos (SAE) e Ministério da do da Aeronáutica, subordina- Justiça – é, hoje, uma realidade. O Governo brasileiro tem, agodo ao DECEA. O Centro de Coordenação Geral (CCG) do SIPAM, considerado o marco finalizador do Projeto SIVAM, abriga equipamentos e recursos humanos voltados, exclusivamente, às atividades de coordenação das ações governamentais na Amazônia. Com 3.600 m2 de área Vista aérea do CCG (fase de construção) construída, de arquitetuAEROESPAÇO

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ra, todos os meios para garantir, de forma racional, a harmonia entre as necessidades humanas e ambientais na Região Amazônica e propiciar seu desenvolvimento, inaugurando um novo modelo de administração pública, onde as informações, muitas delas em tempo real, são compartilhadas entre os vários órgãos do Governo, permitindo ações coordenadas entre todas essas instituições que têm atribuições funcionais na Região Amazônica. O Comando da Aeronáutica sente-se orgulhoso por ter recebido a incumbência de coordenar a implantação do Projeto SIVAM, que – presentemente – é tido como referência internacional das causas ambientais mundiais – e tê-lo feito com correção e êxito comprovados.


A dedicação e o trabalho árduo das equipes de busca e salvamento na Operação SAR do PP-MAK “... para que outros possam viver” é, definitivamente, a máxima que melhor resume a rotina incansável do pessoal da Busca e Salvamento. Muito embora não sejam encontrados sobreviventes em todas as missões realizadas, a dedicação e o trabalho árduo das equipes de busca e salvamento refletem seu alto grau de profissionalismo. Eis, adiante, o relato da Operação SAR do PP-MAK, ocorrida em abril, em Santa Catarina e Paraná. Foi no primeiro dia de abril que o Sr. Marcelo entrou em contato com o Centro de Controle de Área de Curitiba (ACCCW), informando que seu pai, Adílio, no comando do Helicóptero de prefixo PP-MAK (tipo R-22), havia decolado no dia anterior, em missão de translado para manutenção, da cidade de Lajes (SC) ao município de Ponta Grossa (PR) e, posteriormente iria até Ribeirão Preto (SP) e, até àquela data, não havia conseguido ter informação alguma de seu paradeiro. De imediato, o ACC-CW alertou o Centro de Coordenação de Salvamento de Curitiba (RCC-CW), visto que as ações de coordenação em uma Operação de Busca e Salvamento (Operação SAR) são de sua responsabilidade. O Coordenador da Missão SAR (SMC), de sobreaviso, realizou uma busca preliminar e estendida por comunicação (EXCOM) e apurou que Adílio havia feito último contato com o ACC-CW às 11h43 local. Por considerar a aeronave na situação de desaparecida, configurando a Fase de Perigo e um Incidente SAR, acionou as Facilidades SAR em alerta da Segunda Força Aérea (II FAe) que, por intermédio do seu Centro de Operações Aéreas (COA 2), engajou aeronaves e pessoal na Operação SAR, para atender ao Plano de Busca e ao Plano de Salvamento. Foi inicialmente engajada uma aeronave Bandeirante do Segundo Esquadrão do Décimo Grupo de Aviação (2º/10º GAv), que se encontrava em Pirassununga – SP, deslocando-a para Curitiba, dando início às buscas. As condições meteorológicas previstas para a área eram boas, propiciando uma melhor observação nas buscas, efetuadas durante todo o dia, mas sem êxito. A Aeronave SAR 6544, do 2°/10° GAv, regressou, ao final da tarde, para a Base da Operação para que no dia seguinte, pudesse dar continuidade às buscas. No entanto, não havia nenhum sinal que indicasse a localização da referida aeronave. Sendo assim, foi realizado um novo contato com o Centro de

Operações Aéreas da II FAe (COA 2) e este engajou mais uma aeronave, um helicóptero tipo UH-1H do 5°/8° GAv, para efetuar buscas próximas às regiões montanhosas, de mata densa e pouco habitadas. A Defesa Civil, os Radioamadores, as Polícias Estaduais do Paraná e de Santa Catarina, bem como as Polícias Rodoviárias Estaduais e Federais foram informados sobre o ocorrido e mantidos em contato constante com o SMC. O Centro de Coordenação de Salvamento de Curitiba continuou coordenando as aeronaves engajadas nesta Operação SAR, cobrindo uma área de busca de aproximadamente 3490 Km² até aquele momento. Já no terceiro dia da operação, 03 de abril, devido às más condições meteorológicas insistentes, o SAR 6544 e o SAR 8703 tiveram que interromper as suas atividades por aproximadamente duas horas. No dia 04 de abril as buscas tiveram reforço. Além das aeronaves da FAB, que atuaram como Coordenadoras de Aeronaves (ACO), houve o engajamento de mais três helicópteros civis e um da Polícia Militar de Santa Catarina. Assim, o Coordenador na Cena de Ação (OSC), designado em Lages, orientou as aeronaves civis sobre a segurança nas operações e padrões a executar, conforme alguns indícios apresentados por familiares e por pessoas que efetuaram relatos de fatos ocorridos com helicópteros naquele dia. Dois dias depois, pela manhã, foram repassadas ao SMC as informações de que na região de Rio do Campo (SC), foram encontrados pedaços de pára-brisa com características semelhantes as do helicóptero desaparecido. Imediatamente foi mobilizada uma força tarefa local (policiais, bombeiros, voluntários e agricultores) no intuito de checar estas informações. Porém, após análise dos pilotos, foi descartada a possibilidade do mesmo ser de uma aeronave. E nada mais relevante foi encontrado nas buscas que se seguiram. Três dias depois foi feito contato com o Comandante Otávio, amigo do piloto desaparecido, que ajudou-o a planejar o vôo. Ele informou que o Adílio possuía, cerca de 400 horas de vôo no aparelho, estava em boas condições de saúde e que o equipamento realmente não possuía um Transmissor Localizador de Emergência – ELT, o que impossibilitou sua localização por satélites COSPAS-SARSAT ou mesmo o envio do sinal auditivo de alerta em

121,5 MHz. Relatou, ainda, ser a primeira vez que seu amigo executava um vôo com aquela trajetória, pois sua área habitual de atuação era partir de Porto Alegre em direção a alguns locais no interior do estado do Rio Grande do Sul. Ainda nos dias seguintes, apesar do grande empenho de todos os profissionais envolvidos nas missões de busca, nenhum êxito foi obtido. A situação só mudou na tarde do dia 13 de abril, quando Rose, parente de Adílio, entrou em contato com o RCC-CW e passou a informação de que teriam localizado o PP-MAK, na localidade de Laranjeiras, próximo à cidade de Taió (SC). Imediatamente, o Centro fez contato com o Corpo de Bombeiros e Polícia Militar de Taió, os quais, num primeiro momento, não confirmaram a veracidade da informação. O Grupamento de Policia Militar de Taió, entretanto, sob coordenação do RCC-CW, deslocou uma equipe ao local para averiguação. Aproximadamente às 20h20, o soldado Gregório, do Grupamento de Policia Militar de Taió, ligou para o RCC-CW, informando que recebera a confirmação, via rádio, da equipe terrestre, de que havia localizado o helicóptero, confirmando a sua identificação. Lamentavelmente, informou também que seu ocupante encontrava-se sem vida dentro da aeronave. No dia 14 de abril, o RCC-CW recebeu telefonema do Sr. Carneiro, administrador do aeródromo de Lages (SC), pedindo informações sobre o içamento dos destroços do PP-MAK, sendo-lhe informado que se daria após o processo de investigação pelo SIPAER. De acordo com o Corpo de Bombeiros da Região, a aeronave foi encontrada por dois agricultores na localidade de Laranjeiras, no município de Passo Manso. A Operação SAR do PP-MAK foi dada como encerrada. O Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA II) encaminhará às autoridades competentes, o relatório da Operação SAR sobre as buscas do PP-MAK, para fins de supervisão e controle dos resultados obtidos e possíveis aperfeiçoamentos no Sistema SAR Aeronáutico - SISSAR. Outras Operações SAR virão e com a certeza de que o empenho máximo de cada profissional SAR será sempre empregado para a salvaguarda da vida humana. AEROESPAÇO

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