Livro Feliz Oitenta 2016

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MESSIAS JOSÉ DO LAGO

1a Edição O Jornalista Ltda. Poços de Caldas - MG 2016


FELIZ OITENTA

© Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra. Projeto Gráfico e Impressão Offset: O Jornalista Ltda. - Edições e Publicações Av. Monsenhor Alderige, 02/02 – Jd. Elvira Dias Tel: (35) 3697-5800 CEP 37704-284 – Poços de Caldas - MG Projeto Gráfico e Capa: José Elias da Silva Neto

DADOS CATALOGRÁFICOS

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À memoria de Messias do Lago e Alice Ambrogi do Lago, meus pais; e de Verdi, Reginaldo, Sheila e Francisco, meus irmãos. Em homenagem a Inês, minha esposa; Adenauer, Carla e Adriano, meus filhos; Renato, Reginaldo, Marco, Elodia e Maria Helena, meus irmãos; Frederico, Felipe, Ester, Cezar, Sheila, Conrado, Maria Eduarda, Lara e Rafael, meus netos; José Nílton, meu genro; Neuza e Morgana, minhas noras.

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ÍNDICE Começo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . A casa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Nossa rua . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Poços de Caldas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . O retorno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ginásio Rui Barbosa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Oitavo Ram . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Divisa Nova . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . A empresa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Casamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Atacado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Colégio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Preocupação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Salvação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Responsabilidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Igreja e Comunidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Final Lago Ducca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Maranduba . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . O construtor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Origem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Habitantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . A família . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Saudade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

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O COMEÇO

N dia 11 de março de 1937,pelas mãos de uma parteira de nome dona Ernestina eu vim ao mundo, nasci em uma casa sem eira nem beira , exatamente onde esta localizado o salão paroquial ao lado da igreja matriz em Campestre mg..Esta casa era construída em pau a pique, como quase todas daquele tempo, vou repetir muito naquele tempo, pau a pique para quem não sabe as parede eram levantadas com varas de madeira rolisas, cruzadas com varas mais finas, amaradas com cipó, eram jogados barro de um lado e do outro atè a parede ter uma grossura de mais ou menos vinte centímetros o assoalho da casa era de tabuas largas, pois naquele tempo todas as casas tinha que ter porão, para guardar lenha, todas as casas daquele tempo tinha somente fogão a lenha. Acredito que as pessoas começam a ter noção da vida aos três quatros anos, comigo aconteceu o mesmo, em 1941 comecei a ter esta noção na minha casa morava uma irmã do meu pai de nome Conceição, foi ela que me batizou e colocou o nome de Josè, seu apelido era Tita madrinha Tita, me ensinou a rezar, Santo Anjo do 7


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Senhor...... contava muitas histórias me levava na missa , naquele tempo todas as missas eram de manhà porque a comunhão era em jejún, a comunhão era ministrada antes de qualquer alimentação, não eram muitas pessoas que participava da comunhão, as pessoas tinham medo do pecado, diferente de hoje, Deus pela sua infinita bondade continua enfiando quela abaixo a sagrada eucaristia aos pecadores na esperança de um mundo melhor, as missas eram rezadas em latín, o padre rezava de costas para o povo, todos os dias a noite acontecia a benção do santíssimo Sacramento.

Igreja velha, onde fui batizado.


A CASA

Nossa casa tinha poucos utensílios, nos quartos catres com colchão de palha, estes eram grandes envelopes do tamanho da cama com uma abertura no meio, as palhas do milho eram rasgadas em centímetros colocadas dentro do envelope atè ficar bem cheio, na hora de dormir o colchão estava cheio, quando amanhecia o dia estava amassadinho, para voltar ao tamanho normal as palhas tinham que ser mexidas. Na sala seis cadeiras rolisa assento de palhinha o encosto era coberto por uma pequena toalha bordada pela minha mãe, estava escrito lar feliz, o melhor e que era, na cozinha, tacho, chaleira,frigideira, calderão, torador e ,munho de café maquina de moer carne, como não tínhamos banheiro, uma bacia grande para tomar banho, e logico o biníco para fazer as necessidades noturnas, de manhã o pinico era desocupado na latrina no fundo da horta. Esta latrina foi eu que fiz, era um buraco com mais ou menos um metro de diâmetro, cinco metro de profundidade, eu tinha uma enxada quadrada com um cabo curtinho, fui furando o sólo até atingir a profundidade desejada, um soalho de madeira, um pequeno 9


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caixão com um buraco de ,mais, ou menos vinte centímetro de circunferência, o vaso estava pronto para ser usado. A porta da cozinha não tinha fechadura, era uma tranca de madeira, e que eu tenho muita saudade dela, usei muitas veses na minha vida, a escada para o aceso ao pátio era feita com três pedras duas menores e uma grande que media mais ou menos dois metros quadrados,mais em baixo um girau de madeira onde era colocado a bacia de banho que também servia como tanque de lavar a roupa era ensabuada, colocada na grama para quarar voltava para bacia para enxacuar e voltava para o, varal para secar, para as roupas brancas era usada uma pedrinha de anil de cor azul assim ficavam branquinha, o sabão usado chamado sabão de cinsa, era feito em casa com as muxibas, descartes das carnes do açóugue, mais um liquido escuro chamado dicúada que era feito da cinza retirada do fogão a lenha, uma lata de querosene vazia era cheio de cinza, era colocado agua por cima ao ser filtrada saia a dicúada. Do lado direito de nossa horta tinha um pe de ameixa que dava três qualidades a branca, roxa, e preta, foi um enxerto feito pelo tio Chiquinho que possibilitou as três qualidades de ameixa, na época da colheita eu enchia uma cesta e saia vendendo pela cidade. Do lado esquerdo tinha uma grande mangueira, era o nosso parque de diversão, onde era amarrado balanço, subíamos por todos os galhos, além de chupar mangas e claro, na seguencia decendo pela horta tinha mais quatros pes de laranja, uma delas laranja sabara que tinha um miolo vermelhinho, muito especial, Mais em baixo um pe de mixirica cheirosa, quem dela chupava era percebido de longe pelo cheiro que exalava.

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Existia ali também um pe de marmelo na época da colheita era feito a marmelada, papae fazia caxeta de madeira onde era colocado o doce, nestas caixeta de doce sempre tinha um sinal de dedo de criança que ninguem sabia de quem era. No fundo da horta tinha um grande banbuzeiro, que tambem era local de nossas brincadeiras, um pouquinho para baixo corria um pequeno corrego divisa de nossa propriedade, nele tinha uns peixinhos apareceu uma lontra e acabou com eles.. Nesta horta eu plantava de tudo com a ajuda do tio Chiquinho,alface,repolho,batata,tomate,agrião,cara,taioba, na época enchia a horta de milho, a sobra da pamonha o milho secava era desbulhado e sempre a gente enchia um bornal de milho ceco ia até o Jorge da furquia e trocava por canjiquinha,canjica, e também farinha, esta farinha tinha uma finalidade muito especial dia de sábado eu ia no açougue do sr. Abrao, pae do dr. Jose Zenum, ele dava para gente grande quantidade de osso, esse osso era o descarte de carne, neste osso sempre ficava um restinho de carne, com ele e mais a farinha era feito a melhor sopa do mundo pela minha mae, não sei se era a fome ou se era realmente a melhor sopa do mundo, acredito na ultima versão. Em nossa horta além de tudo que era plantado,criávamos galinha, além do frango tínhamos ovos fresquinho, engordava porco, no dia da lida todos os visinhos ganhavam um pedacinho de carne, não podemos de maneira nenhuma esquecer que quem dava o porco para ser engordado era o tio Joao la da barra , nosso eterno beifeitor. Nossa horta em virtude da quantidade de arvores frutíferas atraia grande quantidade de sabia,rolinha,eu usando os banbuns do

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fundo da horta fazia uma arupuca, era uma pequena casinha em forma de pirâmide, com ela eu casava as rolinha e os sabias, levava para minha mae, era aquela panelada de carne de passarinho. Como pode ser observado quase toda a nossa alimentação naquele tempo era produzida na nossa abençoada horta, parece que nossa horta era tao grande e coisa de Deus. Nos anos de 1940 a 1944 aconteceram coisas importante na minha vida e que marcaram a minha existência o nascimento do meu irmão Verdi e que seria o terceiro mesmo antes dele aprender a andar morreu, pouco tempo depois nasceu outro irmão, me lembro que minha mae queria colocar o nome de Verdi, foi desaconselhada, o nome nele foi Reginaldo, aconteceu o mesmo que o Verdi morreu antes de andar, quando nasceu outro ela colocou o nome do Reginaldo o nascimento dos irmãos naquele tempo como não tinha hospital era em casa acompanhado da parteira e vizinha, me lembro a gente ficava na sala escutando e participando da dor da mãe, de repente um choro de criança, era mais um irmão que estava chegando para a vida, a gente participava da dor da mãe e da alegria da chegada de mais um irmão. Em 1942 aconteceu a inauguração de nossa igreja, o ato importante dessa inauguração foi a colocação da crus no alto da torre pelo meu pàe e alguns pedreiros me lembro como se fosse hoje a dona Maria Junqueira amarando uma corda na crus para ser içada para o alto da torre, a chegada e jantar especial para o Bispo Diocesano, queima de fogos comandada pelo Pedro fogueteiro, era um especialista neste trabalho, novena, leilão de prendas e de gado, banda de música, uma alegria total para cidade.


NOSSA RUA

Eu falei da nossa casa e da nossa horta, mas do lado de fora da na rua aconteceu uma grande trasformação na praça, o jardim abaixo da igreja e também em frente á minha casa era o cume de uma montanha toda praça foi aprainada usando picareta e enxadão, a terra transportada em carroça puxada por burro e colocada na rua Artur Oquiuzo, chamada beco do padre em nosso tempo, por esse motivo que tem aquele túnel na rua de baixo. A pouco tempo eu estava conversando com o dr. Julio Cezar sobre aquele desaterro feito naquela praça, e recordava o nome dos dois burros que puxavam as carroças de terra, um chamava fidalgo o outro coelho. Um domingo estava sentado no banco da frente na igreja do Rosário antes da missa o Dr. Julio entrou na igreja se dirigiu onde eu me encontrava, bate na minha costa e disse, o outro burro chamava relógio, veja se é na igreja hora de alembrar do nome do burro a plataforma antes da escada na porta de nossa igreja mostra o tamanho do desaterro. A praça desterrada ficou um local ideal para brincar, um campinho de futebol,so que a nossa bola era de meia, jogávamos bilóca com 13


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bolinha de gûde, finca, que era um brinquedo meio difícil de esprìcar a gente ia fincando uma áste de fero no chão e riscado o chão tentando fechar o adversário, quando erava passava a vez,rodar arquinho fazia uma chave de arame com um cabo de sabugo de milho e saia rodando o arguinho pela cidade, o pit-poc, feito com canudinho de bambu usado casca de laranja dava tiro, rodava o pião, o papa vento era uma élice que girava com o vento, a peteca feita com palha de milho seco e com penas de galinha, todos os brinquedos daquele tempo eram feitos pelas criançada, pelo menos as crianças pobres. Era o período da guerra mundial, gasolina racionada, os caros movidos a gasogênio tinham dois tubos na trazeira, não so os de Campestre mas os que passavam por nossa cidade eram abastecidos no deposito de carvão do Jose Tome, a Prefeitura distribuía sal, a comunidade toda vivia escutando radio as noticias da guerra, quem tinha radio, eram poucas. Em 1944 eu entrei no grupo escolar, minha professora dona Maria Salomão, neste tempo o respeito e admiração pelas professoras era muito grande, me lembro do primeiro texto que decorei, era assim, Eu me chamo Lili Eu comi muito doce Voce gosta de doce Eu gosto tanto de doce Poços de Caldas.


POÇOS DE CALDAS

Mas alegria de estudar neste primeiro ano durou pouco,o serviso final da igreja Matriz tinha terminado, meu pai não tinha outro trabalho mudamos para Poços de Caldas, fomos morar em uma casa de quatro cômodos na rua Sergipe numero 440, hoje esta rua e a Capitao Afonso Juqueira, a casa de cima morava o sr. Uberaba, ele tinha uma carrosinha e vendia pao, eu o ajudava com uma sexta, na casa de baixo morava dona Antonia, uma senhora com os cabelos branquinhos, mae de dona Leticia que ficou amiga de minha mae, dona Leticia era tia de minha mulher, pela amizade com minha mae e que dona Maria minha sogra se aproximou de minha família, foi quando tive oportunidade de conhecer minha mulher. A casa da rua Sergipe 440, como todas daquele tempo o fogão era de lenha, por este motivo era nossa obrigação buscar lenha no mato, bem como seragem, fita de sipio, pequenas sobras de madeiras nas marcenarias da cidade. Pouco tempo depois dona Antonia mudou para rua Expedicionario, o visinho de baixo passou a ser o Mario retratista casado com dona Maria filha do portugues dono das casinhas de aluguel, o Ma15


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rio trabalhava em frente o coreto da banda municipal, sua maquina de tirar retrato era um caixao de uns 60x40 centimetros e ficava em cima de um tripé a altura de 1,50 do chão, esta maquina caiu do tripé e quebrou, acreditem meu pai fez outra maquina de tirar retrato para o Mario, todos ficaram admirados com a inteligecia do papai. Na cidade de Poços tinha uma senhora de nome dona Safa Dansa mae da Odete muito amiga de minha mae, ela era italiana por tradição os italianos se ajudavam, sua casa era na rua Minas Gerais onde hoje tem um pequeno restaurante, me lembro do seu papagaio no puleiro, sua canchorinha base, o pe de pera na horta, o nosso trabalho era buscar esterno para o seu jardim e sua horta, naquele tempo pegávamos um saco de estopa e saiamos pelos pastos na redondeza enchendo o saco de estrume de cavalo, e também comendo gabiroba uma fruta deliciosa, quando chegava na casa de dona Safa, ela colocava na mesa pao com manteiga leite e café,este lanche ficou inesquecível, marcou para sempre a minha vida. Meu pae tinha muito serviço, em Poços me lembro de levar almoço para ele quando trabalhava na construção do Quisizana, no ginásio Marista,Casino Imperial e em muitas marcenarias,porem em 1945 foi eleito para presidente da Republica Eurico Gaspar Dutra, sua primeira atitude foi fechar os jogos no Brasil,Poços de Caldas dependia quase que escrusivamente dos jogos abertos para geração de empregos e demais atividades da comunidade, a paralização foi total na cidade, sem trabalho e sem outra solução meu pae embarcou para São Paulo em busca de trabalho, naquele tempo o transporte mais usado a estrada de ferro, Compania Mogiana de Estrada de Ferro, ele trabalhava 15 dias em São Paulo e trazia o dinheiro de

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nossa sobrevivência. Neste período eu fui trabalhar numa empresa do sr. Lidio Flora amigo de minha mae,o serviso era engarrafar pinga, lavava as garrafas, enchia e rotulava, a marca era Page e Duqueza a pinga era amesma so o rotulo era trocado, por obra de Deus sai deste serviso, pois para encher as garrafas eu puxava por uma mangueira a pinga, logico sempre bebia um gole, se continuasse neste trabalho com certeza seria um cachaceiro. Quando nos mudamos para Poços o meu irmão Reginaldo já tinha aprendido a andar, neste período ele teve uma doença nas pernas chamada erisipela boiosa, ficava de cama, quando sarou teve que aprender a andar de novo, em Poços nasceu o Marco ele chorava demais, mamãe levou ao medico dr. Martinho após examina lo disse esse menino esta passando fome, mamadeira e sopinha o problema foi resolvido. Eu estudava no grupo Davi Campista ficava no outro lado da cidade, naquele tempo não tinha condução para transporte dos alunos era uma caminhada longa. Neste período em que meu pae ainda estava trabalhando em São Paulo, a falta de dinheiro era muito grande ficávamos aguardando a chegada dele para as pequenas compras, aconteceu em Campestre minha avo Elvira morreu, logico não teríamos como ir, porem aconteceu um milagre minha mae tinha jogado no jogo do bicho 10 centavos na borboleta ganhou no primeiro premio, não sei se era quinhentos cruzeiros ou quinhentos contos, fomos todos para Campestre e sobrou dinheiro para todo mundo. Em 1946 o nosso querido e grande beifeitor de nossa família e

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de nossa cidade o padre Artur em continuação os seus grandes empreitimentos começa a construir o Colegio que hoje tem o seu nome, e tras minha família de volta para Campestre. Dia triste da minha vida, ajudei a carregar o caminhão de mudança vi partir, coloquei minha trocha de roupa no meu carinho de caixao e sozinho fui para casa da tia Ada que morava na Vila Nova do outro lado da cidade. Este carinho de caixao foi muito importante na minha vida dia de sábado eu ia para a porta do mercado, naquele tempo o mercado era onde e hoje a casa carneiro em Poços de Caldas, ali aguardava minhas frequezas,era donas de casa que vinham fazer compras no mercado, eu as acompanhava carregando cestas, sacolas, ao termino das compras eu colocava no carrinho e levava ate suas residências, logico ganhava o meu trocado. Me lembro que mudamos para rua Maranhao, quando falo mudamos era a família de tia Ada, naquele momento eu fazia parte, nesta casa da rua maranhão tinha um porão como quase todas daquele tempo era lugar preferido de criança brincar e la brincando achei uma plasta de cera, levei para tia Ada ela sempre entusiasmada de ganhar dinheiro teve a ideia de fazer vela Deu certo na época de semana santa ela colocava os netos para vender vela na porta das igrejas, mais tarde comprou uma maquina própria e tornou uma grande produtora de velas. Junto com a tia Ada eu fiz muita coisa, íamos buscar lenha no mato sempre escondendo dos guardas porque não era permitido, colocamos uma baraca na festa de São Benedito, para vender quentão e pe de moleque.

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Já na casa da rua Para tínhamos uma cabrita dela eu tirava leite dava pra todo mundo beber, ela foi roubada procurei por toda cidade e não encontrei. Como já disse a tia Ada sempre queria ganhar um dinheirinho, nossa casa era pequena mesmo assim ela aranjou um inquilino chamado Olimpio ele era padeiro e chegava de madrugada eu dormia no chao no quarto dele, a tia Ada para me chamar cedo e não entrar no quarto amarava uma corda em meu braço, para me acordar ficava puchando a corda ate eu acordar. O senhor Jairo Frazao amigo do meu pai marceneiro fez para mim uma caixa de engraxate, minha tia Ada me pois pra trabalhar, eu engraxava no jardim em frente ao Palace hotel, a Dea minha prima levava almoço para min, ela já mocinha tinha vergonha de ficar perto de mim quando estava almoçando. No jardim eramos uma quantidade bem grande de engraxate, um determinado dia eu estava so, não vencia os chamado, foi o dia que eu mais ganhei dinheiro, fiquei sabendo depois que o dia era sexta feira santa, por este motivo esta so. No fim da rua Para estava localizado o Asilo São Vicente de Paula, ali era acolhido famílias pobres, os meus amigos eram todos de la, o Belo, o Nego, O Valerio, Guto e muito outros, muitas brincadeiras nadar no poção, jogar bola, um destes amigos se tornou especial,o Quintino, fizemos o terceiro e quarto ano primário juntos, eu já morava em Campestre e descobri que ele era alfaiate o procurei para fazer algumas calças, hoje ele tem uma alfaiataria em cima do balcão de vendas de bilhete da Cometa, sempre que posso passo la para dar aquele abraço de 70 anos de amizade.

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Em Poços tambem trabalhei na Drogaria Nacional, os donos sr. Cirilo, sr. Seravolo e sr.. Homero, rapidamente aprendi a lidar com a organização dos medicamento por laboratório e a ordem alfabética, era encarregado de atender os pedidos que chegavam das cidades vizinhas. Trabalhava a noite entregando os pedidos feitos por telefone na cidade, a drogaria tinha uma bicicleta com uma pequena cesta em frente do quidao, onde era colocado os medicamentos a serem entregues como eu era muito pequeno sentava no cano da bicicleta e dava apenas meia volta no pedal . Uma noite tendo terminado a entrega voltava em alta velocidade rua Pernanbuco em frente o DEMAE cai da bricicleta desmaei quando acordei estava em uma casa cercado de pessoas me abanando dando agua, levantei pequei a bicicleta voltei para o trabalho, acredito que a tia Ada nem ficou sabendo. Este período da rua Para foi quando a Derci casou, foi uma grande alegria, o sr. Honorio pai do Bio comprou um armazém de secos e molhados em São Joao da Boa Vista o casal foi morar la. Num domingo a Oleta me chamou para ir visitar o casal, pegamos o trem de ferro e embargamos para São Joao, quando o trem parou em Aguas da Prata eu e a Oleta decemos do trem, fomos informados aqui não e São Joao, voltamos apavorados para o trem, chegando em São Joao localizamos a casa da Derci o casal estava alegre, o Bio passava a mao na barriga da Derci, estava gravida do Toninho, hoje o desembargador Antonio Servulo, por este motivo que sempre digo a ele ti conheci antes de você nacer. Embora eu estivesse morando em Poços de Caldas sempre es-

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tava em Campestre principalmente nas férias, nesta época o Colegio estava em construção eu empurrado pela minha mae tinha que trabalhar, sempre foi o lema de minha vida, neste trabalho eu fiz uma coisa interessante de comentar para fundir uma lage e preciso a pedra brita, sentava num banquinho em frente a uma pedra grande que servia de mesa, um arco de barril onde colocava as pedras maiores e com uma mareta ia quebrando as pedras ate se tornarem bem pequenas do tamanho necessário para fundir a lage, coisas daquele tempo,me lembro como se fosse hoje o padre Artur suspender a batina colocar a mao no bolso tirar uma moedinha e pagar pelo, meu trabalho.

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Família na ocasião dos meus 70 anos.


O RETORNO

Em 1950, com grande alegria voltei para Campestre, para junto de minha família, ganhei do meu pae um serrote um martelo e um esquadro, e comecei a trabalhar com ele,o primeiro serviso desmanchar lage na casa em construção do tio Raul, hoje onde e a loginha da Pite, no prédio onde funciona o Banco Itau fiz um trabalho que não tenho nenhuma saudade, pelo contrario tenho repulsa, carregar concreto nas costa subindo escada para fundir lage, ate hoje me da arepio, trabalhar de servente de pedreiro, não deu certo. Em 1951 fui trabalhar em uma marcenaria, cujo mestre chamava Osvaldo Veiga, era casado com a Mirian filha do sr. Joao de Padua Ducca, nesta marcenaria eu trabalhava com o Claudio que mais tarde seria o meu sosio. Muitos servisos importante marcaram esta época, a porta do cine imperador, o balcão da venda dos ingresos, cito estes porque ainda poderão ser visto, neste período aprendi muito com o mestre. Um fato interessante aconteceu nesta época, não sei porque razão eu era muito nervoso, quando uma coisa não dava certo rasgava a roupa, com o martelo quebrava tudo,aconteceu isto na marcenaria 23


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que trabalhava, meu mestre disse de nervoso aqui basta eu me despediu, fui chorando para casa sem contar para minha mae. Neste dia passava pela cidade a imagem de N.S. de Fatima vinda de Portugal, me ajoelhei em frente dela e pedi que me ajudasse não queria perder aquele emprego, no outro dia fui acertar as contas com meu patrão, ao invés de acertar as contas me deu outro serviso não tocou no assunto, continuei feliz no meu trabalho. A partir deste dia N.S. de Fatima passou a quiar minha vida ,sempre que necessito sou atendido sera assim ate o fim . Aprendi muito nesta marcenaria, entretanto meu mestre mudou-se para Poços de Caldas, fui trabalhar na marcenaria do tio Lilico, nesta época o Zino se preparava para casar ajudei a fazer o móvel do seu quarto. Campestre naquele tempo somente tinha o grupo escolar, o jovem para fazer o ginásio somente nas cidades visinhas, em Poços de Caldas o Colegio Marista em Machado o Colegio La Sale, eram escolas dirigidas por padres e de grande qualidade no ensino, e nelas somente famílias ricas poderiam manter o ensino de seus filhos, principalmente porque estes colégios eram internatos e os alunos so voltavam para Campestre nas férias, e nos jovens pobres ficava-mos aquardando as férias para encontrar e houvir as historias daqueles que podia estudar fora,falavam da banda de musica, do cinema,do campo de futebol gramado da picina da qualidade do ensinamento, e nos pobres ficávamos morrendo de inveja.


GINÁSIO RUI BARBOSA

Nesta época aconteceu a coisa mais importante que Campestre necessitava a fundação do Ginasio Rui Barboza. A primeira turma do ginásio eram jovens de 16 anos ou mais, sendo assim todos trabalhavam e não poderiam frequentar aulas diurnas, o horário das aulas das 4 as 8 horas da manha, as madrugadas eram animadas pela turma que subiam para o grupo antigo onde começou o Ginasio, foram 3 ou 4 meses de preparação para o exame de admissão para entrar no primeiro ano ginasial, me lembro de alguns colegas do primeiro ano o Dijalma, Vagner Rugane, Arcenio Ambrogi, Alfeu,Renato meu irmão,Chiquinho do Chico do Jorje, Rubinho, Jose Maria do Joaquim Neri, Rovilson, o Joao do Domingos Jorje, Jose Salomao, e muitos outros, era uma boa turma, professores de primeira qualidade,Dr. Abrao Zenum, e Dr. Augusto, Paulo Guri, Dr. Valter um Promotor, tudo corria as mil maravilhas. A minha sorte não era para estudar com esta exelente turma, naquele tempo era comum vir a Campestre uma junta militar com a finalidade de selecionar jovens para o serviso militar, fui selecionado deveria deixar o Ginasio para servir o exercito. Fim de papo meu 25


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estudo terminou ali. Este período que antecedeu minha ida para o exercito foi muito bom, o Club Social de Campestre tinha terminado, todas as quinta feiras e final de semana tinha brincadeira onde a juventude dançava e se divertia, mas Campestre não tinha uma orquestra, foi ai que meu pae, eu Juvira, Nilceu,Homero Reginaldo meu irmão, Ivo de Souza, e mais dois irmãos um tocava clarineta o outro sanfona, não consigo lembrar o nome deles, assim formamos o primeiro conjunto musical que tocou no Club de Campestre. Depois de muitos meses de ensaio tocamos nosso primeiro baile, o salao cheio, toda a comunidade de Campestre reunida na expectativa de ouvir nosso conjunto, nossa primeira musica, Casinha Pequenina, o baile continuou ate a madrugada. As famílias mais importante de nossa cidade eram as frequentadoras das atividades do Club, uma pessoa que não era de Campestre, mas foi a mais importante sr. Guilher, H. P. Nunes, construiu o Clube e o cinema, comprou a bateria para o nosso conjunto, logico tinha a ajuda de muitos campestrense importantes,Astesio Flora,Jose Capobianco,Dr. Geraldo Brigagao, Avelino Jungueira da Costa,família Zenum, Manuel Borges, Chico Flora,Benedito Jorge, e muitos outros que ajudaram neste grande empreendimento. Era muito comum no palco do cinema ter sempre muitos show, uma vez teve uma apresentação do Casino de Sevilha, com sua orquestra completa, um verdadeiro espetáculo, certa vez também o nosso conjuto teve neste cinema uma apresentação, nunca tínhamos feito isso, sala cheia, nosso conjunto no palco a nossa frente uma cortina de deveria abrir para nossa apresentação, todo mundo ner-

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voso, com o coração na mao, papae que tinha feito todo o serviso de carpinteiro no cinema com o seu saxofone pendurado no pescoso olhou para cima com toda tranquilidade, como se não tivesse acontecendo nada e disse, aquelas curvinha la em cima eu fiz tudo com formao, caímos na risada e acalmamos para a apresentação. Parece que em uma época da vida ela e mais longa mais emocionante os acontecimentos ficam mais marcados o grupo de amigos, ,os bailes, os jogos de futebol, as noitadas as serenatas, os personagens que marcam certos períodos, por exemplo o padre Artur já falei dele mas a sua importância para nossa família, ele era medico e cuidava da saúde de todos nos, orientava, nos dava trabalho, sempre dizia para minha mae não preocupe com o futuro de seus filhos, quem cria e Deus, não deu outra, a importância deste padre para a sociedade construiu a casa paroquial, a Igreja nosso orgulho, o Colegio que hoje leva o seu nome, uma coisa que poucos em Campestre sabe, construiu o primeiro hospital em nossa cidade, era localizado a rua sete de setembro paralelo a ruá Marechal Castelo Branco mais tarde o Dr. Abrao Zenum trabalhando como medico foi autorizado a vender o local da santa casa para comprar e construir em local mais apropriado, so que neste novo local o padre Artur reservou o local para o futuro Asilo São Vicente de Paula, onde hoje fuciona muito bem. Na construção da igreja do começo ao fim trabalhou uma pessoa chamada Joaquim Diamantino,o padre acomodou em uma casinha no fundo da Prefeitura onde devia morar ate o fim de sua vida, o mesmo acontece com a Genoveva conhecida por nos como a Veva, foi empregada do padre por toda sua permanencia em Campestre,

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FELIZ OITENTA

ela e o padre batizaram meu irmão Reginaldo, na sua partida ao retornar a Italia construio uma casa acomodou a Veva ate o fim de sua vida. Do seu legado para Campestre não so as construções física, mas o que considero muito mais importante foi ter trazido para Campestre as irmãs do Instituto Beatissima Virgem Maria, eram a maior parte alemãs, no Colegio me lembro da Madre Maria Zotte, irman Alexia, no Hospital Madre Ludivina, cuja praça do hospital leva o seu nome, durante mais ou menos 20 anos Campestre viveu um periodo de cultura e diciplina, baseado nos ensinamentos destas abnegadas irmãs, de todas as cidades visinhas tinham alunas no colégio, pelas mãos de Madre Ludivina no hospital nasceram o Adenauer e a Carla, ainda voltarei a falar do Colegio. Minha mae correspondeu com o padre Artur ate o fim de sua vida ,inclusive mandava po de café para Italia, sabia que gostava muito.


OITAVO RAM

Mais uma separaçao de minha família a ida para o regimento, num dia chuvoso,um caminhão com uma torda dirigido pelo Genario Nogueira embarcamos para Pouso Alegre local do oitavo RAM regimento de cavalaria montada alguns colegas da cidade,Josias já morto Zezinho Pichixa já morto Clovis do banco já morto Vasinho Loiola já mortoo Ercilio que ainda vive emCampestre uma quantidade de colegas da rosa que não conhecia, estrada de terra lamacenta, caminhão engravando, saímos de manha e chegamos a noite, ambiente estranho, logico cheio de soldados. Primeira semana, palestras, os primeiros treinamentos físicos,jogos de futebol, fila para alimentação nos bandejão, comida horrível, aprender a machar, desmontar e montar o mosquetão mauser 1908, conhecer a metralhadora Ina, ponto 50, descaregar vagao com fardo de alfafa, isto porque o batalhão era de cavalaria montada, ou seja os canhoes eram puxados por cavalos, todas as madrugadas era29


FELIZ OITENTA

mos acordados ao som de clarim. No ano anterior a minha chegada ao regimento havia servido o quartel o Chico do Otavio o Enio e o Cici, meus colegas de futebol em Campestre, pelas informação deles eu era um bom jogador de futebol, fui procurado pelo sargento Rivelino que já me inscreveu no Fluminense que participava do campeonato municipal, joguei na seleção do quartel, no time dos cabos, todos os domingos visitavamos as cidades da redondesa jogando futebol. O regimento era composto de 4 bateria, a comando 1- 2- 3 bateria eu estava na comando meu numero 412 meu nome de querra Lago, fazia parte da banda marcial, como também trabalhava na marcenaria. Eu tinha um colega no regimento chamado Jose Roberto Lamana ele foi comentarista esportivo da Radio Bandeirante, toda vez que ele encontrava comigo dizia como vai os barcos por ai a bem pouco tempo que eu dei conta, eu era o lago. Dentro de pouco tempo recebemos o fardamento de rotina e de passeio, coturno busiguim capacete, já eramos soldados, o grande desejo era visitar Campestre vestido de soldado. Na marcenaria e em outras oficinas do exercito tinham muitos soldados antigos que desejavam seguir careira, como eu fiz o curso para cabo e passei, estes soldados antigos eram meus subordinado, não foi fácil comanda-los. A partir do momento em que era cabo ganhava bem, era desarranjado, ou seja podia comer fora do batalhão em restaurante, minha vida melhorou muito, pude começar a ajuntar um dinheirinho. Este período foi muito bom para mim pois trocava cartas com

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minha mae, sempre que ela tinha oportunidade mandava um lanchinho, pao italiano com carne, pastel doce, era muito gostoso, ainda tenho as cartas dela já amareladas pelos 60 anos passados. O salario como cabo no exercito era muito maior do que eu ganhava como marceneiro em Campestre, e poderia progredir muito mais na careira, meu destino não era este, dei baixa no inicio de 1957, de Pouso Alegre fui com o meu amigo Clovis para São Paulo, ele era funcionario do Banco Moreira Sales, praticamente me arranjou trabalho no banco, não aceitei meu destino era voltar para Campestre e tocar minha vida, foi o que aconteceu, aqui estarei ate o fim da vida como os meus pais.

Cidade de Lucca, na Itália, origem dos avós maternos.

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FELIZ OITENTA

Filomena e Chicuta, avรณs paternos.


DIVISA NOVA

Historias interessante na minha vida em relação a esta cidade, nela morava minha tia Donana casada com o tio Eutaquio Fiqueredo, tiveram grande decedencia dos Figueredo o nome Lago de minha tia desapareceu pela imponência de meu tio, com a morte de minha tia tio Ostaguio casou com outra irma da tia Donana, a madrinha Tita, neste período meu tio já havia dividido sua fazenda e morava em uma pequena casa de camarada eu ia passar férias la, a madrinha Tita era surda, meu tio e agora padrinho, gritava da sala Coceiçao a casa tremia, minha madrinha estava lavando louça na cozinha,cantando musicas da igreja nem escutava os berros de meu tio. Dia de fazer compras na cidade meu tio areava o cavalo, me colocava na garupa íamos ate a cidade na venda do sr. Boaventura fazer as compras. Na zona rural desta cidade também morava o tio Jose Alencar, era um grande musico tocava bombardino, no fim de sua vida deu o seu instrumento a a meu pai,por uma coincidência do destino e o meu bonbardino e que deu origem a nossa divertida banda. 33


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A historia deste bombardino e muito gozada, um dia a Lena minha irma chegou la em casa com uma sacola de plástico com o bombardino dentro, um senhor de idade chegou na casa dela dizendo que o papae tinha emprestado para ele aquele instrumento, ele estava preocupado queria devolver, papae já tinha morido a mais de 12 anos, peguei o instrumento, não tinha bocal, mas disse a ela se eu tocar alguma musica eu fico com ele, comprei o bocal e comecei a tocar pouca coisa. Meu neto Conrado estava tocando flalta doce no Colegio, emediatamente dei a ele o saxofone do papae e disse se fosse aprender e seu, o Vine meu sobrinho compra uma clarineta e na maior cara de pau no aniversario de seu filho Pedro avisa os convidados que haveria uma supresa no aniversario. A festa já havia começado eu o Vine e Corado entramos no banheiro do ressinto da festa e comesamos a ensair uma única musica parabens a você, entramos na festa e tocamos nossa primeira musica. Quando a Mariana passou para medicina, no churasco de comemoração, já com ajuda Marco único musico das família tocamos umas quatro musica. A partir dai, o Reginaldo comprou uma bateria, o Fabinho outro Sax, ficamos brincando de tocar, na semana cultural do Colegio fomos convidados ensaiamos seis musicas, realmente foi um suceso. Atualmente já se fala na banda Lago com mais a participação do Cesar e o Adenauer, muitos convites, muitas participações, papae deve estar alegre la em cima. Na época da fulia de Reis, eu papai e o Renato saiamos a meia noite de Campestre pa Divisa Nova e íamos para casa do tio Jose

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Alencar, a pe,repito a pe, para tocar na fulia de Reis. Uma época, não me lembro direito o papae pegou para construir o telhado da igreja de Divisa Nova, com a caixa de ferramenta embarcamos ate a ponte do Rio Pardo, la o ônibus para Divisa, também como ajudante o Joao Eloi o pae do Tiauzinho dentista, Alugamos uma casa, o tio Jose Alencar emprestou colchao de palha e algumas panelas, eu cuidava da casa e cozinhava, acredite cozinhava, não me lembro de saber cozinhar, dentro de pouco tempo o papae desistiu do trabalho, acredito que foi por causa da comida. Na minha volta para Campestre depois de servir o regimento, com mais experiência, mais disciplinado pelo modo de viver no quartel comecei minha nova vida, interessante, quando fui para o quartel deixei em Campestre uma namorada e o meu melhor amigo, quando voltei perdi a namorada, não importei, mas sim, o meu melhor amigo que casou com ela. Comecei a trabalhar, minha intenção era não ser mais empregado, pegava serviso de terceiros alugava as maquinas do tio Lilico e usando a estrutura desta marcenaria, banca, feramenta e local continuava assim o meu trabalho, mas não estava contente, teria que ter a minha propria marcenaria.

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FELIZ OITENTA

Lucas e Elvira, avรณs maternos.


A EMPRESA

No inicio de 1958 apareceu uma oportunidade, uma pequena marcenaria estava a venda era composta de quatro maquinas, uma plaina feita de madeira, uma circular, uma furadeira e uma tupia, eu tinha um pouco de dinheiro, mas o valor era muito alto, cinquenta mil cruzeiros, um amigo Joao Loiola colega de jogar futebol que trabalhava no Banco Nacional dobrou o gerente para arrumar este valor, o problema era arranjar o avalista, procurei alguns comerciantes, parentes próximos que poderiam ajudar, fiquei aborrecido continuei procurando ate que com muita boa vontade osr.Joao do Nene, filho da tia Carula foi meu avalista, e aquele mesmo que dava porco para agente engordar no começo de nossa vida, sou grato eternamente. Asinei uma promissória com quatro meses de prazo,a marcenaria tinha que ser mudada do local onde morava o sr. Joao de Padua Ducca pai do Claudio tinha uma pequena garagem de 60 metros quadrado,imediatamente abri uma valeta usando enxadão para nela embutir o eixo de trasmisao, colocação das pulias de madeiras, delas com correias largas ate cada maquina, assentamento do motor de três cavalos, ligação da parte elétrica, todo o serviso foi eu quem fiz. 37


FELIZ OITENTA

Antes de começar a trabalhar peguei dois jogos de quarto ,para fazer um do Joazinho Guerero que ia casar com a Nilse Zenum, o outro do Jose Ragonete. Tinha que ir a São Paulo fazer a primeira compra de materiais< o sr. Joao Frazao me deu uma carta de apresentação para Madeiras Leo, peguei um caminhão que levava galinhas para vender em São Paulo, estas galinha caipiras colocadas em engradados, ficamos três dias no ABC paulista vendendo galinhas dormindo no chão, terminando a venda fomos para rua do Gazometro, fiz toda a compra necessária para a confeçao dos dois tormitorios. Trabalhava das quatro horas da manha ate meia noite, não via meu pae minha mae e meus irmãos, somente o Reginaldo que me levava o almoço e o jantar. O sr. Janguta pai do Claudio foi muito bom para min, de manhazinha me servia um suculento café com acompanhamento. A nossa empresa não começou com cinquenta mil cruzeiros, começou com menos cinquenta, parece um milagre dentro de quatro meses a divida do banco estava paga, não foi preciso renovar, eu tinha uma marcenaria juntamente com o meu sócio Claudio. A vontade de creser era muito grande, tivemos a ideia de colocar em Campestre uma loja de moveis, voltamos ao banco tiramos mais cinquenta mil cruzeiros, naquele tempo São Bernardo do Campo era o centro moveleiro do pais, alugamos um caminhão e partimos para la, passamos o dia todo visitando fabricas comprando ate acabar com o dinheiro. Fato interessante aconteceu quando estávamos saindo de São Paulo, erramos a saída e fomos parar em Santana, numa rua eu deci

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do caminhão para tirar imformaçao porque estávamos perdidos, entrei em um estabelecimento, era uma alfaiataria quando fui pedir imformaçao era o Abrao casado com a Carolina,la estavam o Zezinho pichiça, o Fereirinha o Ico do Benedito Terto, todos os amigos de Campestre, acertamos o caminho e fomos pousar no frango assado, estava começando aquele que seria o grande restaurante atualmente. Nossa pequena empresa crescia dia a dia, eu tinha um catalago de moveis Z, era uma linha super moderna para aquele tempo, quase todos os casamentos da cidade tinha os nossos moveis, começavam também chegar clientes das cidades visinhas. Um domingo a tarde quando eu chego em casa encontrei uma moça com vestido azul sapato vermelho bonita acompanhado de uma senhora dona Maria que mais tarde seria minha sogra, ficou com amizade com minha mae por causo de dona Leticia, conhecida de minha mae quando morou em Poços de Caldas, eu nem sabia que esta menina estudava no colégio, a partir deste dia começou um namorico de leve. Um dia ela me convidou para uma festa em Botelhos,peguei o ônibus fui ate a ponte do rio pardo, de la outro ônibus para Botelhos, fiquei o dia todo andando na cidade como não encontrei quem procurava voltei para ponte do rio pardo para retornar para Campestre, não me conformando em não te-la encontrado voltei para Botelhos chegando já a noite, subi para a igreja la do alto onde deveria ser a festa, la estava ela, agora de vermelho. Caminhamos de mãos dadas, pela festa, decemos para o Club Social, estávamos dançando quando entra no salao sr. Sebastiao e dona Maria, sem me dizer uma palavra levam minha namorada,

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chateado fui dormir na casa de dona Ortencia, no outro retornei a Campestre, e vamos trabalhar. Pasei muitas semanas pensativo, não sabia o que fazer, estava tudo acabado, um domingo de manha, resovi peguei o ônibus, estrada de terra parei a uns 15 quilometros depois de Bandeira do Sul, uma casa de tijolos aparente, uma porteira escrito Casas Pernambucanas pedi imformaçao, onde mora Sebastiao Bandeirinha, peguei o caminho 4 quilometros fui imformando pelo caminho ate chegar a casa, o coração bateu,bati a porta fui recebido, ainda bem que ela não estava la, eu vim aqui para dizer minhas intenções, se por acaso ela não quiser o namoro vou compreender e aceitar, caso contrario não vou abrir mao, peço apenas 2 anos de prazo para me preparar. Todo sábado trabalhava ate quatro horas, decia correndo nem passava na minha casa tomava o ônibus e Bandeira do Sul, tomava meu banho na casa da namorada, no domingo visitava os parentes dela, em Botelhos ou nas fazendas da redondeza, quando ficávamos na fazenda e chegava visitas era aquela rotiva de ficar mostrando o exoval, tinha que aguentar. Em Campestre a empresa crecia, aluguei duas casas em frente a marcenaria para quardar moveis, uma destas casas era da dona Iria, dona de uma pensao uma velha sabida ativa, chegava fim de mês quando ia pagar o aluguel ela dizia não tem presa não, o dinheiro esta em boas maos , mas somente quando o dinheiro Já estava na mãos dela. Neste período aconteceu a formatura da namorada no Colegio, dia de baile, toda a família dela na cidade, dona Ambrozina tia chama, Maria vamos la ver os moveis que seu genro faz, dona Maria

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arrepiou, tinha esperança que o namoro não desse certo, neste dia tinha muita coisa boa para mostrar, inclusive um dormitório super moderno que tinha feito para o Abrao Simao que ia casar com a Tereza do tio Nene. Depois de muito agrado fiquei noivo, em preparação comprei uma pequena casa de quatro comodos a rua Felipe de Toledo, existe ate hoje tem um muro na frente e fica no meio do terreno, fis muitos planos para reforma, mas a casa era ruin de mais, apareceu uma grande oportunidade de comprar a casa do Zenum ao lado da casa da criança, vendi a minha dei de entrada, o restante com um ano de prazo. Já bem perto do meu casamento em 1961, o Claudio meu sócio também iria casar, tinha apenas um terreno e não tinha dinheiro para construir sua casa, era mais gastador com suas coisas la do alto, o que eu fis dei minha que já estava paga para Lago Ducca, o terreno dele também passou para Lago Ducca e construímos uma casa nova para o Claudio. Tenho muito orgulho da minha preparação para o casamento, fiz um dormitorio em marfim admirado por todo mundo, comprei um sofá usado do Escaldine um colcnhao de mola Epeda, nunca tinha dormido em um, um fogão agaz na minha casa ainda era fogão de lenha, uma pequena Geladeira,fabriquei uma estante para radio e toca disco, a parte eletrônica foi o Joaguim de Melo quem montou,gostaria de encontrar esta peça como leliquia quardar para o resto da vida, mais o que mais as pessoas admiravam em minha casa era a decoração feita por raízes trabalhadas envernizadas. Certa vez eu já casado o Marco meu irmão e o Ari Zenum, que

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FELIZ OITENTA

já moravam em São Paulo, vieram me visitar, depois de um bom patê papo convidei eles para tomar um vinho, eu comprava do Prudenciano de baril e engarafava em casa, passei amao debaixo da pia peguei uma garafa e enchi dois copos, o Ari virou de uma vez e fez uma careta horrível, tinha colocado no copo vinagre.

Tios Lilico, Raul, Ada e Alice.


CASAMENTO

Dia 28 de outubro de 1961 era o dia do meu casamento, de novo peguei o ônibus de manha e sozinho fui para casa da tia Ada em Poços de Caldas, estava triste em separar de minha família , ao mesmo tempo alegre por estar construindo uma outra. O casamento aconteceu na igreja matriz de Poços de Caldas a uma hora da tarde o casamento do meu cunhado Edimir, as cinco horas o meu acompanhado pelos parentes amigos e padrinhos, num hotel perto das Termas um bolo e champanhe, quando estava tomando a minha o garçom perguntou ao meu sogro como esta o genro ele respondeu por eguanto esta bom. Pernoitei uma noite em um hotel em Poços retornei no dia seguinte, la em casa famíliares da esposa arranjando a casa, me lembro da minha sogra a Ilma e o Helio, não escapei da gozação do Helio. Dia seguinte retorno ao trabalho, precisava continuar ganhando dinheiro já tinha assumido a compra de um baracao na esquina abaixo da marcenaria, ao lado do baracao um terreno que fazia parte da compra, nele já construí mais um galpão, nos fundos um pequeno escritório, começava a nossa organização. 43


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Neste tempo quase não existia colchão de mola ou de espuma, quase todos eram de capim, aprendi a fazer estes colçhoes, a noite após o trabalho na marcenaria, minha mulher costurava as capas eu fazia os colchoes, não estávamos vencendo as encomendas, resolvemos transformar a brincadeira em uma fabrica,contratamos uma família com quatro pessoas especializada no ramo para trabalhar por peça, dentro de pouco tempo não tínhamos mais aonde por colchão, produção maior do que a procura abandonamos o plojeto. Nossa empresa já era visitada por muitos viajante ,ferragens, espelhos , madeiras, um deles chamado Tostoi Texeira Reis que morava em Varginha nos vendia prego de uma fabrica de Tres Pontas, o seu itinerário de viajem passava pelo estado de São Paulo Triagulo Mineiro, Goiaz e Distrito Federal, ele vendo um dormitório de nossa fabricação sugeriu que experimentassem vender este produto no atacado, ou seja para lojistas revendedores , preparei um desenho, tabela de preços, o valor do frete e autorizamos a venda no atacado. Passado mais ou menos uns vinte dias chega pelo correio diversos pedidos totalizando vinte dormitórios, distribuídos no estado de São Paulo, Triangulo Mineiro, Goias e Distrito Federal. O coração tremeu, preparamos a carga, contratamos caminhão, era o senhor Romulo Ronquine, que ia casar com Aparecida do Macionilio, trocamos o valor da viajem em moveis para seu casamento. O Macionilio pae da Aparecida , era sapateiro veio morar em Campestre com sua família, se não me falha a memoria era seis moças, naquele tempo nossa cidade era deserta quando chegava um ônibus a moçada ficava em roda para ver quem chegava, já havia noticia que chegaria para morar em Campestre uma família de Poço

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Fundo, quando chegou o ônibus com a família do sr. Macionilio e começou a descer aquela muiezada, não tinha nenhum homen, foi uma decepçao para a moças de Campestre que aguardavam a saída do ônibus.

Família Lago, bisavós.

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Casamento em 1961.


PRIMEIRA ENTREGA NO ATACADO

Nossa primeira entrega de moveis no atacado, no lastro do caminhão cabia 16 dormitorio, por cima mais quatro deitado o dormitório era composto de um quarda roupa,uma cômoda penteideira, banqueta cama e duas mesas de cabeceira, todas as peças menos a cama iam dentro do quarda roupa por este motivo ficavam pesado, caminhão carregado enlonado saímos de madrugada, na minha cabeça passava uma grande preocupação não tinha a menor ideia de como seria recebido os moveis por um cliente do atacado. Primeira entrega cliente Jose Joaguim cidade Sales de Oliveira muito trabalho para descer o dormitório porque estava la em cima, mercadoria entregue e aceita recebi o frete cinco cruzeiros, o almoço estava garantido. Segunda entrega Lindolfo Moreira Jorge cidade Guara Terceira Orlandina Bandeira cidade Prata no Triangulo Mineiro, quarta Anastacio Pereira dos Santos cidade Monte Alegre de Minas, também no triangulo,Jose dos Santos Itubiara Goias, todos eles dois dormitórios cada,Odecio Estevam da Rocha dez dormitório Brasilia Df. W,S Reis.Moveis e Utilidades Domesticas Ltda Df.Jose 47


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Avelino Filho, Nucleo Bandeirante D.f. de todos recebi o frete, o valor da mercadoria uma promissória para 60 dias, a entrega para W.S. Reis foi compricada, muita critica reclamação não queria receber, pessoas mal educadas, fiquei nervoso pois a próxima entrega era na mesma rua o cliente tinha comprado dez dormitório rezei e fui em frente, nunca esqueci o Sr. Odecio Estevão da Rocnha me recebeu muito bem aceitou o produto, me orientou como poderia melhorar, voltei com um punhado de notas promissórias, a maior parte destes clientes continuaram comprando, inclusive Odecio Estevam da Rocha. Nossa empresa crecia rapidamente, a marcenaria estava pequena, o baracao que compramos do Jose Tome também era pequeno, surgiu uma grande oportunidade, o sr. Zito de Carvalho tinha mudado para, Poços de Caldas, tinha um baracao de 360 metros quadrados na esquina de baixo de nossa marcenaria, este baracao era afastado da rua uns 15 metros,construímos em frente ate a rua, ficamos realmente com uma grande area mudamos, achando que nosso poblema estava resolvido pelo resta da vida, que nada nossa empressa crecia mais que o crecimento do baracao. Este período foi bom em minha vida era agitado em relação a empresa mas feliz com minha família o Adenauer e a Carla tinha nascido, a vizinha de baixo de nossa casa dona Sebastiana e suas filhas ajudavam a olhar as crianças, minha casa era gostosa bonita admirada por todos, minha mulher muito caprichosa, eu amava minha casa, o tio Antonio de Botelhos vinha sempre nos visitar, na casa dele ainda tem moveis daquele tempo comprado de nossa empresa. Não sei se foi um erro de minha parte sempre olhava a empresa

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como objetivo mais importante, troquei a casa que amava por uma casa velha no fundo de nossa indústria, para aumentar ainda mais a área da industria, já era indústria. Nesta época passamos a ser representande da Ultra Gaz, os butijoes ficavam em baixo do porão da minha casa, não havia nenhum controle, quando um botijão vasava o cheiro entrava para dentro de casa, muitas e muitas vezes chegava cliente para comprar gaz, as 8 horas da noite colocava o botijao nas costas, e ia fazer a entrega, o Claudio estava tranguilo na casa nova que construímos para ele. Nosas vendas no atacado no inicio se concentraram no Distrito Federal Triangulo Mineiro e Goias, depois Belo Horizonte, Norte de Minas, não tínhamos um controle cadastral de nossos clientes, por este motivo muitas vendas eram feitas a cliente de ma qualidade, a cobrança dava muito trabalho. Certa vez, em uma destas cobranças no Norte Minas, nos tínhamos uma Combi velha o motorista era o Geraldo meu cunhado que sempre adorou dirigir, chegamos em Belo Horizonte fomos entrando na cidade sem rumo ao pedir imformaçao a para Montes Claros, que seria nosso itinerario, o imformante era gago, deu um trabalho danado para entender com muito sacrifício pegamos a estrada, Curvelo, Montes Claros, dormimos em Januaria as margens do Rio São Francisco. Tivemos a oportunidade de ver a chegada do vapor, a corrida dos ribeirinhos levando as mercadoria de troca, queijo,cachaça. manteiga frutas, um ambiente muito bonito de se ver, continuamos viajem passamos por Brasilia de Minas ate nosso destino, São Francisco ficamos na pensão de dona Ana, em nossa alimentação ficamos conhecendo piqui, pitomba e muitas outras alimentação regionais.

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Nesta pensão tinha um cliente de dona Ana chamado Jair, ficamos observando a,conversa deles, o Jair tinha comprado um bode para reprodução, o bode era capao, dona Ana falava(Jair então o bode não tinha grão) Jair respondia (não dona Ana o bode não tinha grão. Fomos visitar o cliente para receber a promissória, o cara era malandro, dinheiro não tinha, tinha uma boate dela tiramos uma eletrola, do bar tiramos uma quantidade enorme de latas de balas, ,da sua loja de roupas, tiramos camisola,calcinha,sutian enchemos a piruá e voltamos para Campestre furando as bareiras de fiscalização porque nada tinha nota fiscal. Todos os meses tinha que viajar para Brasilia, para fazer cobrança e trazer novos pedidos, pois o sr. Tostoi não fazia mais aquele setor, voltava correndo para ajudar na fabricação, numa destas viajem passei em Ribeirao Preto e em uma casa de material esportivo comprei um uniforme completo para um time de futebol, chegando em Campestre foi uma festa, o time já estava pronto, so faltava as camizas, nosso time era super diciplinado em toda região queriam jogar com nos. O trabalho com vendas e cobrança estava muito grande, foi quando apareceu um representante Fernando Taveira, era de Belo Horizonte e vendia colchão, muito conversador educado tinha muita facilidade em conquistar cliente nossa venda cresceu mais ainda, como niguem e perfeito tinha também facilidade de passar a mao nas cobranças,certa vez comprou um carro , ele dizia que o caro era nosso mas so ele andava, para tentar resolver esta questão arumamos um cobrador, para separar venda da cobraça, nada adiatou ele

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dobrava o cobrador e dele conseguia o dinheiro que precisava. Quando comprou o carro não sabia dirigir entrou na auto escola depois de muitas aulas o instrutor disse a ele você agora já pode tirar a carteira, a resposta, carteira eu já tenho queria somente aprender dirijir. Em uma outra oportunidade ele trocou umas promissórias com dificuldades de receber em uma caminhonete forde, o veiculo era velho colocou para uma reforma geral inclusive pintura nossa cor azul, eu voltei de Anapolis para Campestre com ele dirigindo a noite, todos os veiculos que encontravamos pelo caminhos recebiamos chigamentos, paramos de madrugada num posto perto de São Joao da Boa Vista, conseguimos entender o porque de tanto chingamento, ele vinha dirigindo em luz baixa quando cruzava com veículos dava luz alta. Este veiculo foi muito importante, não so para fazer pequenas entregas na região, como também carregar nosso time de futebol pelas cidades visinhas zona rural, uma das localidades que eramos recebidos com festa era a Ponte do Rio Pardo.

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FELIZ OITENTA

Nossa casa e o local onde foi construído o Colégio.


COLÉGIO

Mais ou menos nos anos de 1967 ou 68 o nosso protegido Colegio Conego Artur passa por grande dificuldade financeira, falta de aluno, porque era pago as mensalidades, as autoridades não se importava, a Igreja que era dona do Colegio muito menos, um pequeno grupo de pessoas, fazia de tudo para manter a escola aberta, algumas professoras trabalharam anos sem receber, apenas por ideal o Colegio tinha uma filial em São Jose do Rio Pardo, fizemos muitas viajem la para falar com a Madre Superiora, nada deu certo, cheguei a fazer uma festa do chope dentro do Colegio para arrecadar valores, dia de domingo eu saia com uma pequena equipe nas cidades visinhas para vender ingresso para festa, imaginem o que passei, mais de mil pessoas com caneco na mao se embebedano, as coitadas das freiras no meio daquela bagusa, so Deus para me livrar desta situação. Estava indignado pelas autoridades não se importar com o fechamento do Colegio, resolvi estudar achava que se eu fosse uma pessoa formada poderia ajudar, naquele tempo o estado permitia as pessoas fazer o Madureza primeiro e segundo ciclo, comecei a estudar sozinho, pegava o programa no jornal de estado de Minas 53


FELIZ OITENTA

Gerais, passava anoite estudando, certas matéria não tem jeito de estudar sosinho, por exemplo matemática, o Marco meu irmão já morava em São Paulo não sei porque razão passou um período em Campestre e me dava aula de matemática, todas as noites íamos para o escritorio da nossa empresa,e ali ficávamos ate tarde. O primeiro exame que fiz foi em Pouso Alegre, o primeiro ciclo era composto de cinco matéria, matemática,português,biologia historia e geografia, passei em Historia e geografia. Eu ficava olhando o jornal para ver aonde teria novos exames, o segundo foi em itajuba, neste exame somente passei em biologia, fiquei devendo matemática e português para completar o ginasial. O meu terceiro exame foi em Lavras, juntamente comigo levei um pastor que iria fazer exame para o segundo ciclo, como teria que esperar ele, também me arisquei a fazer provas relativas ao segundo ciclo sem nenhum compromisso dei sorte passei em geografia e historia, com relação as matériaS que estava devendo do primeiro ciclo continuei devendo matemática. Com relação ao português que estava devendo nas duas veses que não passei observei a importância da redação que valia 5 pontos, o tema era livre escrevi sobre minha mae, eu não era bom em português, mas o tema da redação era, passei. Os exames seguinte foram em Belo Horizonte, eu sou uma pessoa muito segura mas naquele tempo era miserável, fiquei numa pensão terrível, meu almoço chamava cao, um prato muito barato, carne aros e ovo, tinha um representante em Belo Horizonte chamado Aimore foi me visitar na pensão na mesma hora me tirou de la e levou para casa dele, não tem cabimento o sr. Ficar numa espeluca

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desta. Para passar em português no segundo ciclo repeti a experiência do primeiro, fiz a redação sobre minha mae, ai ficou fácil de passar, depois de muito esforço, muito tempo consegui terminar o segundo ciclo, que equivalia ao cientifico, aconteceu em maio de 1972. Dentro do mesmo ano fiz vestibular para faculdade de direito em Varginha, durante quatro anos toda sexta feira saia correndo da empresa e rumava para Varginha. Em 72 aconteceu uma fiscalização estadual violenta em nossa empresa, levantaram uma multa de aproximadamente cinquenta mil cruzeiros,tivemos que novamente ir a caixa econômica de Minas Gerais e fazer um empréstimo para saldar este valor, neste momento fiz uma reflexão se o estado vem mete a mao no dinheiro de nossa empresa eu também e meu sócio vamos fazer isto. Fomos a Machado e compramos dois fusca uma azul e outro verde, com este carro não dependia mais de carona para ir a Varginha. Formado em 1976 todo serviso jurídico da empresa fazia, com a orientaçao do dr. Geraldo Generozo Fonseca, o melhor advogado que conheci na vida, morreu cedo em um desatre . As ações trabalhistas começavam a pipocar na empresa, a mais emocionante aconteceu quando um representante entrou com uma ação trabalhista em Salvador, peguei avião e fui a Salvador contestar a ação na junta trabalhista, ao mesmo tempo entrei com uma ação de prestação de contas em Campestre contra ele distribui no Forum Rui Barboza em Salvador, quando o reclamante compareceu na junta trabalhista para a audiência la estava o oficial de justiça para cita-lo da ação de prestação de contas.

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Final da historia ele também deveria comparecer em Campestre para audiência da prestação de contas, desistiu da ação trabalhista, e nos da prestação de contas. Passado algum tempo ele apareceu em Campestre o seu nome era Arivaldo Dias Prata que o chamávamos carinhosamente de Pratinha, estava arrependido da ação trabalhista, pediu desculpas, estava calçado de tênis, uma roupa bem simples e uma pequena mala de roupas, nos pediu qualquer serviso, porteiro, caregador de moveis limpador de banheiro queria acabar sua vida junto de nos. Acomodamos ele no hotel, local para sua alimentação, uns três dias depois ficou doente internamos no hospital, todos dias fazíamos visita, um noite recebo um telefonema do hospital seu amigo morreu. Ele tinha deixado esposa e filhos em Salvador, entramos em contato, dias depois vieram a Campestre, tínhamos um terreno em Salvador doamos para família, Pratinha está sepultado em Campestre juntamente com o Claudio, com certeza um dia estarei junto a ele, como era o seu desejo.


PREOCUPAÇÃO DO COLÉGIO

Fizemos de tudo para segurara as irmãs do Instituto Beatissima da Virgem Maria, não teve jeito principalmente porque a própria igreja foi a causadora da expulsão das irmãs. O colégio continuou com a administração do, padre Joao, sempre com muita dificuldade, com a chegada do Padre Reis, nos percebíamos que a ideia da igreja era fechar o colégio, ou pelo menos não assumir a direção do mesmo, porque era deficitário. O padre Reis trouxe para paroquia outra congregaçao de irmãs, uma destas irmãs era especialista em educação e tinha um projeto muito bonito para o colégio, a falta de dinheiro e do apoio das autoridades estava dificuldando, mesmo assim, eu padre Reis e esta irma que já não me lembro o nome,fomos a Belo Horizonte tivemos uma audiência com o governador sr.Francelino Pereira, pedindo apoio para o Colegio, nada conseguimos. SALVAÇAO DO COLEGIO. Voltando para Campestre, sempre com a ideia de salvar o colégio descobri que em nossa empresa pagava ao INPS salario educação, este poderia ser destinado ao aluno escolhido pela empresa, na 57


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mesma hora acionei a contabilidade destinei 100 bolsa para alunos. Visitei muitas empresas com esta finalidade, nada,entre elas a Icasa da cidade de Andradas, seu diretor Sr. Amadeu Tonom um homen educado super conpriesivo, nos concedeu mais 200 bolsa para os alunos, o colégio estava salvo. Com o passar dos tempos o governo cortou estas bolsas, o colégio já estava novamente cheio de alunos, um prefeito tinha ganhado as eleições em Campestre, embora nunca tenha me interessado por politica procurei o prefeito e disse a ele, eu sei que para ganhar uma eleição o sr. Ficou devendo obrigação para muita gente paga umas professoras para lecionar no colégio, ele aceitou, me parece que foi seis professoras, um alivio. Em outra eleição outro prefeito sem que eu pedisse nada assumiu de vez toda a despesa com o colégio. Quando uma autoridade tem interesse pela educação, pela sua comunidade o problema e resolvido com facilidade, acabou minha preocupação na proteção de nosso colégio e paz na minha consciência em relação ao nosso querido Padre Artur. Hoje, 2016 quando vou pegar minha neta Lara na saída de sua aula, e vejo aquele grande movimento, carros. Ônibus, os pais, aquelas professoras novinhas mil alunos dando trombada com suas mochilas nas costas, me da vontade de chorar, todas aquelas pessoas não sabem o trabalho que deu manter este colégio aberto, e coisa de Deus.


RESPONSABILIDADE COM A EMPRESA

Sempre volto a falar, naquele tempo, parecia que o sucesso da empresa era mais importante do que minha própria vida, não me lembro direito por volta de 1973 uma grande crise afetou nossos negócios, as vendas caíram, o recebimento ficou mais difícil, toda nossa venda era a prazo, acabara de chegar em Campestre a empresa Andrade Gutiere para trabalhar na estrada Poços de Caldas Machado, aluguei parte de um terreno na Izaaque Simao, aluguei a minha própria casa, era uma renda certa todo o mês, o Claudio ficou na casa dele, nossa empresa já era grande, fui morar no porão da casa de minha mae, hoje quando vou a este porão não acredito que morei la, somente sai de la quando apareceu uma cobra coral, preocupado com meus filhos mudei para parte de baixo da casa do Hugo Ascar, era muito pequena, consegui uma casa grande ao lado do grupo escolar, casa velha mas confortável, passou pouco tempo a casa foi vendida tive novamente que mudar fui morar na casa do Roberto Franco em frente ao Helio Lopes, casa pequena banheiro do lado de fora da casa, resolvi que teria que ter minha casa, sempre sonhei em ter uma casa boa confortável, o Claudio teve uns poplemas e teve 59


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que tirar um valor da empresa, assim eu também tirei e comprei um bom terreno do sr. Jose Capobianco na rua Antonio Carlos, minha atual casa. Minha ideia era construir uma casa boa, e não gostaria que o Claudio ficase morando em uma casa simples, por este motivo fiz um financiamento na caixa econômica de Minas Gerais, e assim foi possível construir duas casas. Minha casa foi a primeira a ter picina em Campestre, minhas crianças pequenas junto com a sobrinhada, dia de domingo era, uma verdadeira festa.

Engraxate valorizando o trabalho.


TRABALHO NA IGREJA E COMUNIDADE

Pela minha formação religiosa desde o tempo da madrinha Tita, e do padre Artur eu sentia que tinha de fazer alguma coisa pela igreja e comunidade, fui ser vicentino, como gostava de visitar os pobres, levar os vales para retirada de alimentos na conferencia, neste período estava em construção o Asilo, senti uma vontade muito grande em ajudar, primeiro porque era vicentino, segundo porque era o padre Artur que tinha deixado o terreno para a construção do Asilo,a nossa relação, nossa lembrança do padre era muito grande. Estava super animado em ajudar o Asilo, eu já tinha uns 40 empregados dei a responsabilidade a cada um em fazer um carinho que seria vendido no natal para arecadar valores para a obra, consegui junto a Duratex todas as portas, com uma fabrica de tintas todo o material necessário para o acabamento, consegui em Poços de Caldas os vritroux pagando apenas o peso da feragen. Um determinado dia o meu amigo Jose Otoniel que era secretario da Coferencia me chamou e disse o sr. Não vai acreditar o padre Joao pediu para mim ter muito cuidado com o sr. Porque e muito ativo pode levar alguma vantagem. 61


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Fiquei muito triste abandonei a Conferencia como também a ajuda para o Asilo, coisa que fazia com grande amor, mais tarde também ficaria magoado com o padre Joao por te expulsado as religiosas do colégio. Mais tarde após fazer o encontro de casais em São Paulo voltei a trabalhar na igreja e na comunidade, principalmente junto as famílias, o trabalho que considerei importante foi no bairro Vargem Alegre do Pombal, hoje rua Minas Gerais todas as quarta feiras visitávamos as famílias de casa em casa, em uma destas visitas encontramos uma senhora que ia lavar roupa, não tinha agua encanada, ela tirava agua do poço e colocava em uma bacia,como a bacia era furada ela punha um plástico para agua não vasar, o poço que ela tirava agua para lavar, cozinhar ficava perto da latrina. Após algumas reuniões chegamos a conclusão, não tinha o menor sentido ficar somente rezando sem ajudar aquelas famílias, em primeiro lugar pensamos em colocar ali agua encanada com um taque, a ideia evoluiu e partimos para um projeto maior, comprei um terreno na rua Izaac Simao e que dava fundo para o trilho onde morava a maior parte das famílias. O Alair fez o plojeto, seria um salao grande para reuniões, do lado esquerdo, quatro tanques para lavar roupa, dois banheiros, feminino e masculino, do lado direito salao de barbeiro e sala para quardar diversos utensílios. Ganhamos tijolos, as telhas foi o Jose Roberto que deu, os vasos e chuveiros o Ari,dia de festas na cidade vendíamos churrasco na praça, montávamos lojinha de buchiganga, foi um trabalho emocionante, o nome seria Casa Comunitaria N.S. do Carmo, mas a comu-

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nidade colocou o apelido de banheirao Continuamos toda quarta feira fazíamos reuniões com as famílias, muitos participavam embriagados, mas cantavam as musicas felizes, na época de natal tinha papai Noel, distribuição de presentes para criançada, pais de famílias ricas que moravam nas proximidade nos procuravam porque seus filhos queriam ganhar os presente da casa comunitária, faziam questão de pagar os presentes, logico que não cobrávamos era uma alegria servir. A comunidade ao redor da casa estavam felizes, tinham aonde lavar roupa, tomar banho e se reunir para bater um papo. Muitas famílias moravam em casas sem condições de serem habitadas, compramos um terreno do lado de baixo da casa comunitária, a primeira casinha que fizemos foi para dona Candida e sua família, a segunda foi para família da Efigenia, toda, a sua família era de cachaceiros, mas eu gostava deles, a Cida filha mais velha morava com o Breve, viviam bêbados tiveram um filho rolaram por cima deles, ele morreu, fiz um trabalho junto a eles pararam de beber nesta época nasceu a Marcela depois oTiago, hoje quando vejo os dois passarem pela rua bem vestido ele um bruta de um homen forte musculoso e um atleta, fico pensando quando a Cida que voltou a beber, subia para o centro da cidade ganhava um Danoninho colocava no ceio descia cambaleado para a vargem para tratar de seus filhos, fico pensado que tenho alguma responsabilidade pela vida dos filhos do Breve e da Cida, com muita tristeza levei quase todos da família para o cemitério, a Efigenia o Zildo,lezinha e a Cida, todos por bebidas, o Joao na segunda vez que levei ele para tratamento em São Sebastiao do Paraizo, disse a ele já levei quase todos seus irmão

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para o cemitério, ve se você para de beber para o dia que eu morrer você me levar, o Joao parou de beber a sua casa e um brinco colocou piso novo e enceradinha, tem som,tev,geladeira fogão a gaz, da gosto de ver sua casa. Depois de todo este meu trabalho com esta família um dia eu chego na casa de minha mae, e quem estava la a Rita a filha mais nova da Efigenia, a única que não bebia, estava la para cuidar e dormir com mamãe,são coisas de Deus. Neste terreno que adquirimos do lado de baixo da casa comunitária, construímos seis casinha para pobres, uma delas foi da família do Donizete, ele tinha um irmão doente todo fim de mez ele me procurava para comprar um remédio que nesecitava, sua família morava no fim da rua Minas Gerais,o dono da casa que eles moravam começou ameaçar, policia, delegado, e que iam desmanchar a casa com eles dentro, de tanto me amolar nos fizemos a casinha para eles, o Donizete o único filho ativo da família começou a me procurar querendo emprego, toda ves que me procurava eu recusava, ele achava que me devia obrigação por ter feito a casa para sua família, um destes dias quando ele estava insistino no emprego o Dito meu encaregado , falou este menino e danado para desenhar, peguei uma folha de papel entreguei a ele e disse se você me desenhar eu te dou emprego,pegou o lápis e o papel dentro de pouco tempo meu retrato estava perfeito, eu que por muitas vezes rejeitei este menino por morar em ambiente não respeitável, Deus não o rejeitou e deu a ele um dom muito importante, a partir deste dia passei a respeita-lo como um artista. Passado uns vinte anos que fiz estas casinhas, uns moradores

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pagavam Iptu, outros não, a dona Candida não estava pagando, o imposto vinha na minha mao, como ela tinha filhos já adultos achei que teriam obrigação de pagar, peguei o talão do imposto e fui ate a casinha dela, de longe ela já gritou, Sr. Messias quanto tempo o senhor não vem me visitar, ela estava sem as duas pernas sentada no chão plantando alface, peguei o talão do Iptu. Cologuei no bolso voltei para casa feliz porque tinha duas pernas para andar. Meu trabalho ligado a igreja e a comunidade foi muito bom aprendi muito com as pessoas humildes, são elas que tem lição de vida para nos ensinar, meu trabalho estava sempre relacionado as famílias, neste plojeto sempre procurávamos fazer casamentos das pessoas que moravam amigados principalmente quando tinham filhos, fizemos muitos, geralmente os casais nestas condições eram acompanhado em diversas visitas, em uma fixa era anotado, quanto tempo moravam juntos, quantos filhos, se viviam bem, se eram batizados em que igreja, ficávamos sabendo tudo sobre aquele casal, em uma destas visita e que seria a ultima pois o casal já estava pronto para o casamento, ao chegar em sua casa o marido não estava la, a esposa saiu correndo e foi avisar o marido para a ultima reunião, fiquei na sala, sofá tudo rasgado, avistei a cozinha toda desarumada, fogão quebrado, quando olho em um quartinho de lado uma mocinha escurinha, pensei sera que e uma empregada, este casal não tem onde cair morto não pode ser empregada, perguntei a ela o que estava fazendo ali, me respondeu, fiquei gravida meu pai me expulsou de casa este casal me acolheu aqui, pensei quem sou eu perto deste casal que o rejeitava por não serem casado na igreja, eu não teria coragem de levar para casa uma moça gravida abandonada pelo pai,

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este casal humilde que não era casado na igreja, acolheu esta pobre moça, são lições de vida que a gente aprende na comunidade, mesmo assim fui padrinho do casamento deles. Aprendi demais com as pessoas humildes, verdadeiras lições de vida, eu tinha um sitio no bairro do piaozinho, la morava o Jujelino com sua família, na época as televisões com antena começou a pegar na roça, o Jucelino tinha uma vaquinha, magra feia, chifrinho pontudo e queria me vendar para comprar a antena, rejeitei o negocio, não poderia colocar aquela vaca no meio das minhas que eram gordas e bonitas. Tinha um visinho, o sr. Lazinho, bao de proza estava sempre junto de nos batendo papo, sempre houvia o Jucelino querendo vender a vaca para comprar a bendita antena, ele percebeu que eu não iria comprar, para ajudar o Jucelino ele comprou a vaca por duzentos reais, e foi tocando para sua casa no caminho achou duzentos e dez pela vaca, voltou e entregou os duzentos e dez para o Jucelino. Fiquei pensado, eu não iria comprar, mesmo que comprasse, venderia por por duzentos e dez, ficaria com os dez de lucro e pagaria somente os duzentos ao Jucelino. O sr. Lazinho me deu uma lição de vida, queria de fato ajudar o Juselino, obrigado sr. Lazinho.


FINAL LAGO DUCCA

Tem um ditado popular que diz, tudo tem um começo e um fim, durante cinquenta anos trabalhei em nossa empresa, ela foi muito importante na minha vida, e na vida de muitas pessoas, e para nossa cidade, do começo da empresa já falei, durante o seu crescimento tivemos 350 empregados, vinte e dois veículos para entrega, abrimos lojas em sete cidades, nossa empresa era conhecida não so em Minas Gerais mas em todo o Brasil, chegamos a vender do Rio Grande do Sul ao Amazonas, nas capitais fornecíamos para as principais redes de distribuiçao, como exemplo em São Paulo, Mapim, Tauros, Domino, Marabras, Casa Baia no Rio a Mesbra, Goiania Novo Mundo, fomos grandes distribuidores do Nordeste, tínhamos uma enorme clientela em todo Brasil, nosso parque industrial era moderno com equipamento de alta tecnologia, após visitar a feira de moveis de Milao na Italia lançamos o primeiro quarda roupa no mercado brasileiro com porta inteira foi um sucesso, naquele tempo todo o móvel era na cor mogno, lançamos também o primeiro móvel na cor clara, fizemos também uma experiência em exportação no começo 67


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foi muito bem, porem a China invadiu o mercado Americano inviabilisando este plojeto. Quando lançamos na feira em São Paulo a Fenavem nosso dormitório Barcelona aguardamos a chegada da Alemanha uma dobradiça especial nunca ainda usada no Brasil, usamos também nosso verniz a rolo que permitia um acabamento especial, processo pouco usado no mercado, o sucesso desta mercadoria foi grande que os fabricantes concorentes não saiam de nosso estande para observar a qualidade de nosso produto. Este dormitório nos demos excrusividade a uma rede de distribuição em São Paulo a Domino, o produto era tao desejado que a concorente da Domino a Marabras pegou nosso catalago e colocou em seu traboide sem a nossa autorização e forçou que vendêssemos a eles, foi uma grande confusão. Quando lançamos nosso dormitório MG.MO. em mogno, muito bonito e de grande qualidade em seu catalago fiz o seguinte texto-(Uma arvore de mogno para se tornar adulta leva 100 anos, o ser humano não pode destruí-la sem criar um objeto de valor,a Lago Ducca lança seu dormitório MG.MO. em mogno para que seus clientes posam preservar a natureza possuindo uma mercadoria de valor). Com relação ao varejo nos tínhamos domínio na região, sendo representantes das principais marcas, certa ves em nossa loja de Poços de Caldas aconteceu um caso interessante, nos eramos fornecedores no atacado de uma grande rede em São Paulo Jumbo Eletro, esta rede colocou em seu tabloide o nosso dormitório fazendo elogio, eu peguei este anuncio do Jumbo e fiz uma propaganda em um jornal de Poços de Caldas com a seguinte frase,(FAÇA COMO O

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JUMBO COPRE DORMITORIO LAGO DUCCA) a concorrência em Poços não deixou por menos pegou meu anuncio e mandou para diretoria do Jumbo em São Paulo, fui chamado la tudo ficou resolvido, nunca mais faça isto. Com relação a nossos empregados tinhamos um fundo social com pequena reserva financeira para ajuda aos empregados,covenio com a Santa Casa, pagava cinquenta por cento dos medicamentos com receita medica.asistencia dentaria, cesta básica,área de lazer com campo de futebol, de salao, bar, sauna churasqueira tudo para o lazer da moçada , fim de ano festa com distibuiçao de prêmios. Tudo foi muito bom,mas a idade já estava avançado, eu e meu sócio Claudio comesamos a pensar na sucessão de nossa empresa,contratamos uma empresa especializada colocamos tudo que estava em nosso nome em uma única empresa,doamos as cotas para nossos filhos, isto aconteceu em 2002, em junho de 2003 o Claudio more. Após sua morte continuamos a tocar a empresa, os sócios eram outros, no final de 2004 consegui comprar um terreno no centro de Poços de Caldas, para comprar este terreno fiquei um ano negociando com o sr. Marcelo, por duas vezes fechei o negocio com seu filho, na hora de fazer o contrato seu pai pulava fora, ate que enfin numa sexta feira o sr. Marcelo aceitou nossa oferta, elaboramos o contrato dei um sinal de 200,000,00 , o contrato foi levado para sua esposa assinar. Na segunda feira o corretor me ligou, o senhor não vai acreditar o sr. Marcelo morreu, neste terreno construí o imóvel de maior valor de nossa empresa, na separaçao ficou com a família Ducca. Durante 50 anos dediquei minha vida a empresa, ate mais do que

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a minha família, no ano de 2007 já em processo de separaçao, neste período a família Ducca fazia na empresa uma auditoria acompanhada por advogado. Contador. Perito para saber a parte que iriam ficar, mesmo assim sem saber o que ficaria com a minha família, iniciem uma restruturação na empresa, troca de cabos motores antigos, troca de veículos, abrimos uma nova loja, tudo para enxugar, diminuir despesas, deixei a empresa com fornecedores, maquinas, veículos, estoque tudo pago caixa para uma administração normal. Sofri muito com a separaçao, eu mesmo não conseguia enteder como poderia ter entegue mais de secenta por cento da empresa a outra parte, patrimônio este que tinha construído, mas com o tempo Deus me fez entender que o mais importante de tudo era a paz na minha família. A partir de 2008 a historia termina com relação a empresa , não tenho mais nada a dizer.

Família da vovó Elvira.


MARANDUBA

No dia trese de agosto de 2016, véspera do dia dos pais, eu estava em Marãnduba,é a praia dos meus sonhos, é aqui que já passei e passo meus dias felizes, muitas recordações de meus filhos e netos, os filhos vão ficando velhos os netos adultos, as obrigações de cada aumentando, logico eles vao ficando cada vez com menos tempo para mim,gosto de caminhar ate a ponta da praia sozinho, apreciando as ondas, as montanhas, os casais,neste dia estava muito frio três casais um mais velho e dois mais novos, eu estava bem agasalhado, eles apenas de shorte e camiseta, passei por eles e fui sentar na bancada do quiosque Esquizitinho como sempre faço,la vem chegando os três casais, não chegaram de lancha,não tinham baraca, não tinha caixa de isopor cheia de cerveja,apenas uma peteca e uma amizade muito bonita, se abraçavam, soriam,batiam peteca, tenho certeza estavam felizes, não aquentei fui para junto deles para dizer quanto estava alegre com a felicidade deles. A família era de Campinas, um casal mais velhos e seus filhos e noras, os filhos faziam educação física na Unicamp, falei a eles do meu sobrinho e neto que também trabalhava e estudava na Unicamp. 71


FELIZ OITENTA

Voltei para meu banco no quiosque Esquizitinho, continuei a apreciar as montanhas que rodeia nossa praia, fazendo uma relexão sobre a felicidade, realmente ela esta nas coisas simples, basta uma peteca, uma boa amizade e um bom papo, a felicidade pode acontecer a qualquer pessoa rica ou pobre. Ali sentado fiquei pensando recordando quanto minha vida tem relação com a praia com as ondas e a areia, olhando as crianças na praia me lembrei do Adenauer e a Carla bem pequenos nas praias de Santos, da queijadinha, da raspadinha, do camarão no espetinho, do Roberto com sua caixa de isopor fugindo dos guardas, dos personagem vendedores daquelas delicias, da biquinha, da ilha de porcha, do cinema na avenida Ana Costa, do indepedencia, tudo foi muito bom enguanto durou. Na praia da maranduba sentado no boêmio pude acompanhar o crecimento do Adriano curtindo as ondas,mais tarde em frente do esquisitinho pude acompanhar o Frederico e o Felipe jogando bola, arguinho, depois o Cezar a Sheila e o Conrado, foi uma alegria participar do crescimento destes netos,hoje acabou a brincadeira, a responsabilidade de cada um já e pecebida, Frederico,Felipe e o Cezar já formados, a Sheila e Conrado em breve desejo a eles um futuro brilhante. Continuando o meu dia 13 de agosto, véspera do dia dos pais, eu e minha esposa fomos ao bar do Pedro, desanimados com a alimentação que já não agrada, mesmo assim pedimos uma refeição, neste momento chega de supressa o Adriando com meus queridos netos, olha como Deus e generoso comigo, estava recordando do meus netos adultos quando crianças, ele me manda os netos ainda crianças

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para curtir no presente a saudade dos netos do passado. Domingo dia 14 dia dos pais, minha rotina fazer café,comprar pao no Garotao e ir para missa na Capela Santa Cruz, na Capela apenas duas pessoas, fiquei observando a rotina daquela missa, primeiro chega a Emilia, e uma pretinha dos cabelos cumpridos enroladinhos, o lugar dela e o terceiro banco, vao chegando muitas mulheres, todas elas um abraço e um beijinho na Emilia, ela e realmente muito querida na comunidade, daqui a pouco chega o Dito da Balbina carregando o violão de sua filha, aquela que canta alto e desafinado mas esta sempre presente na missa, dali a pouco chega aquela senhora gorda com a suas duas cardenetas, faz diversas anotações, abraça e da beijinhos nas outras senhoras,estava faltando aquela senhora alta e nariguda que faz os comentários nas missas, enfim ela chega,também uma japonesa e uma que conhecia para fazer as leituras, são as mulheres que sustentam nossa igreja, terminando a missa volto a rotina de caminhar solitário pelas prais da maranduba fazendo uma reflexão, ate quando Deus vai permitir continuar esta delicia de caminhada.

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FELIZ OITENTA

Papai em tempo de solteiro. [QUAL DOS DOIS?]


O CONSTRUTOR

Na minha vida sempre tive a ideia de construir e estar sempre trabalhando em propriedade própria,por este motivo ate esta idade continuo a construir, além disto sempre gostei de comprar imóveis, a maior parte deles foi em companhia do Claudio, sempre com iniciativa minha, muitas vezes ele não concordava, mas dizia tudo que você faz da certo pode comprar. Em 1959, um ano depois de iniciar nossa empresa, nosso barracao estava muito pequeno apenas 60 metros quadrados, ao seu lado um terreno de 12 de frente por mais ou menos 60 ms. Nas laterais, pertencia ao sr.Joao pai do Claudio, por este motivo construímos ali um barracão simples, estrutura de eucalipto, piso de terra, as transmissoes de maquinas externas, o que ocasionava grande perigo aos trabalhadores, ali ocorreram muitos acidentes. Nossa primeira compra foi em 1963, um prédio a rua Cel. Jose Guilherme esquina com a ruá Governador Valadares, ao lado tinha um terreno onde construímos nossa primeira loja. A segunda compra foi em 1966, um barracão com terreno anexo com a área de 504ms. Adquirido de Joao Silvestre de Carvalho 75


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a rua Ce. Jose Guilherme onde hoje funciona um Super Mercado, no terreno anexo construímos o prolongamento do baracao, para onde transferimos nossa indústria acreditando estarmos acomodados para o resto da vida. Já um ano depois em 1967 compramos de Walter Domingos de Araujo uma casa que fazia fundo com nosso barracão, construímos o prolongamento do mesmo. Em 1968, troquei minha residência com o sr. Benedito Loiola com uma casa com terreno anexo que também fazia fundo com o nosso continuamos mais um prolongamento. No final de 1968 compramos do sr. Joaquim Sabino Ferreira um terreno de 978ms2 que começava na rua sete de setembro e vinha fazer fundo com nossa empresa, mais uma vez um novo prolongamento, já estava ficando chato. A partir deste momento chegamos a conclusão que não seria mais possível ficar com a empresa dentro da cidade, onde todo dia chegava caminhão, caretas de matéria prima para descarregar, bem como carregamento de produtos fabricados que já eram bem grandes. Em Junho de 1970 adquirimos uma área de 18.889 ms2 do sr. Benigno Pereira fora do centro da cidade onde poderíamos expandir sem limite, esta área tornou-se um verdadeiro canteiro de obras. Após grande trabalho de terraplanagem iniciamos a planta de nossa fabrica, e que agora poderia crescer de acordo com a necessidade, me recordo de irmos construindo por etapas, foram 5 de mais ou menos 1500m.2 cada. Não paramos mais,oficina mecânica,lavador,deposito de merca-

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dorias para lojas,deposito de madeiras,escritório,almoxerifardo,refeitório, sala para dentista,deposito separado para produtos inflamáveis, campo de futebol de salao,a divisa de nossa propriedade era separada nos fundo por um corrego,do outro lado uma vargem pertencente ao Joao do Ze Inacinho, compramos mais 18.000 ms.2, nesta área construímos nossa área de lazer, com campo de futebol, bar, churrasqueira, sauna, campo menor. Lago tudo para conforto da moçada. O imóvel que compramos do sr. Benigno tinha apenas 5 metros de frente para entrada,compramos 5 imoveis dos vizinhos ficando nossa frente com mais de 50 metros. Na rua Minas Gerais construímos a Casa comunitária e mais 6 casinhas para pobres. Em 1977 compramos uma área de 1.33.03has. de Jorge Borge Garcia, e 1;6200has. De Francisco Juqueira Miranda. Local denominado Chacara Miranda, nesta área fizemos o, primeiro loteamento de Campestre com o nome de Jardim Progreso, área em divisa com a praça de esportes, nossa área avançava a praça de esportes aceitamos sem nenhuma conpesaçao endireitar as divisas para maior comodidade da praça, este loteamento ficou muito mal feito, sem acompanhamento de engenheiro, sempre lamentei este fsto. Mais tarde compramos dos sucessores de Benedito Borges uma área ao lado do Jardim Progreso, nela realmente fizemos um loteamento com todas as exigências legais, acompanhado por engenheiros, com área de lazer doado a Prefeitura, este com o ,nome de Residencial Lago e Ducca. Em 1975 iniciamos a construção de duas casa de residência,

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uma para mim outra para o Claudio, para época estas casas eram muito importante pelo projeto arrojado, com picina,lareira jardim e despertava muito curiosidade das pessoas que ficavam olhando pela greta dos portões, o Claudio muito espirituoso colocou na sua construção uma placa (palpite so na construção do Messias). Na rua Ambrozina Fereira construí a casa para o Adenauer que ia casar,n no Jardim progresso construimos uma casa para a Carla e uma para o Pedro. Compramos no centro de Campestre o prédio da Única que era um super mercado, ampliamos o mesmo durante muito tempo foi nossa loja, em frente a loja compramos um importante imóvel construído pelo famoso Zeca da Pedra, para aquisição deste imóvel coloquei no negocio meu próprio caro, durante muito tempo fiquei sem. E interessante durante um período da vida os bons negócios aparecem sem a gente procurar, assim aconteceu uma oportunidade de comprar em Poço Fundo uma propriedade rural pequena de 30 alqueires, acabamos de fazer o negocio apareceu o irmão do vendedor de quem nos tinha vendido, era apaixonado pela propriedade,não deu outra, vendemos pelo dobro em apenas quinze dias, com este dinheiro compramos uma fazenda de 88 alqueires, esta foi comprada por alqueires, o antigo dono efetuou a medida, alterou a escritura no registro de imóveis recebemos a propriedade. Passado um tempo desconfiei da medida feita pelo mesmo, trouxe um primo, o Custodio morador da Divisa Nova especializado em medir terra e de minha confiança deu uma diferença de 8 alqueires elaborei um mapa apresentei ao vendedor recebemos o valor de volta.

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Em 1991 compramos do sr. Marcelo Carneiro um terreno de 600ms2. Na rua Asis Figueredo em Poços de Caldas, iniciamos uma grande construção, já estamos na segunda laje,foi quando na pose do presidente Fernando Color, ele nos deixou com apenas 500,00 mil cruzeiros, mandamos todos empregados da obra embora, pouco tempo depois a situação normalizou, e foi possível concluir a obra. Outra compra que consideramos de grande valor aconteceu em Pouso Alegre o antigo prédio do cine Gloria bem no centro, nele construímos uma galeria com 36 lojas, aproveitando a arquitetura antiga ficou muito bonito, porem o plojeto não deu certo, atualmente o prédio esta alugado para Casas Pernanbucanas. Ainda em Pouso Alegre compramos um terreno na entrada da cidade com 900ms2. Construímos uma exelente loja, bonita espaçosa,com garagem,cozinha, alojamento para os empregados, esta loja nos deu muita alegria. Em Guaxupé compramos a loja de moveis Brasilia, um imóvel de 900ms2. Os vendedores estavam quebrados, suas contas bancarias fechadas, fizemos diversas viagens levando dinheiro vivo, são historias de nossa vida. Em maranduba uma praia de Ubatuba construímos um apartamento em condomínio,em Poços de Caldas a rua rio grande do norte dois apartamento em condomínio Em Varginha na avenida Princeza do Sul compramos um terreno de 900ms2. E ali construímos outra exelente loja com visual de um palácio atualmente esta alugada para moveis Trevizan Não estou lembrando a época comprei um sitio que eu chamava de Rosinha, nele construí uma, casa, estabulo, cocheira,casa de ma-

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quina, fiz uma experiência muito bonita com 45 piquetes de napie com cerca eletrica para rodizio de gado. Com muita tristeza tive que vender, com a venda comprei uma casa na rua sete de setembro em Campestre, um apartamento na rua Colombia Poços de Caldas, outro no Vale do Imperador bairro quisizana,outro a rua Sapucai no bairro São Benedito. Mesmo depois da morte do Claudio meu sócio consegui comprar um terreno no centro de Poços de Caldas do sr.Marcelo Carneiro, já contei a historia desta compra, neste terreno construí a melhor loja de nossa empresa, não a mais bonita a mais valiosa pela localização. Depois da separaçao de nossa empresa, já com outra estrutura bem menor e com a ajuda do Adenauer, compramos um prédio em Poços de Caldas perto do mercado, o pagamento em prestações, foi um ótimo negocio. Em Campestre o dono do Haras uma chácara muito bonita pela suas instalações, seu tamanho quase 10 algueires, ficou ele nos oferecendo este imóvel, mesmo sem interessar fomos visitar quando olhei aquela estrutura falei isto aqui e para gente muito rica e que tenha dinheiro sobrando para manter em ordem as instalações os jardins. Mesmo sem nossa autorização ele foi visitar nosso prédio em Poços de Caldas e ligava todo dia para troca, o Adenauer me falou o que e que eu faço, disse a ele pede um valor bem alto que ele da socego, um determinado dia ele nos chamou para, uma conversa, fomos pensando que seria uma conversa inicial, ele fechou o negocio na hora, não tivemos saída,aceitamos a troca com volta , acredito que foi um bom negocio.

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Atualmente esta chácara e usada para eventos. Na separaçao de nossa empresa ficamos com um terreno onde era a casa de dona Quinha, nossa intençao era construir ali um grande edifício, para isto estavamos preparando aumentar o caixa afim de sustentar as despesas desta obra. Do lado de cima o Clovis começa uma construção cuja fundação era de um metro e meio de profundidade, como nossa intenção era fazer garagem em nossa obra com profundidade de três metros quando focemos fazer nossa obra, logicamente iriamos prejudicar nosso vizinho,mesmo sem o caixa necessário fomos obrigados a iniciar também a nossa. Durante a construção mantivemos contato permanente com a diretoria da Caixa Federal, nossa sorte foi um gerente pra frente animado e que mantinha contato sempre com seus superiores cobrando a mudança para um espaço mais confortável. Tudo deu certo o piso esta alugado para a Caixa, o segundo andar um grande restaurante, e mais oito apartamentos de qualidade. No ano de 1976 um grupo de pessoas em numero de vinte, encabeçado pelo Juiz dr. Carlos Ibis Pavanele, o Loli,Getulio,dr. Walter,dr. Jose Zenum.Homero Cardoso Joao Loiola incluindo outros inclusive eu e Claudio, estas pessoas compraram do sr. Alcidino Rugane uma área de quase quatro alqueires com boa localizaçao , a área foi batizada com o nome de Bevedere.. Era intenção construir neste local um loteamento fechado com lotes dois mil metros ou mais, durante algum tempo diversas reuniões foram realizadas, mas o projeto não andava ate parar de vez, um elefante branco.

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Com o passar dos tempos foram morrendo alguns donos, em seu lugar três quatro herdeiros,cada vez mais a situação ia conpricando, mesmo assim eu tinha esperança naquele imóvel por ser uma grande área dentro do município, por este motivo sempre que tinha oportunidade comprava de quem oferecia, tínhamos nove partes. Mais ou menos no ano de 2003 eu estava caminhando pela rua Gesualdo Rugane, que fica do lado de baixo do imóvel, pude constatar uma estrada bem no meio de nosso imóvel, procurei saber de outros donos se ,havia alguma autorização, ,niguem tinha autorizado, procurei alguns donos possíveis de encontrar marquei uma reunião no local para saber o que estava acontecendo, poucos compareceram os vizinhos já estavam entrando em nosso terreno, já fazendo cerca plantando horta realmente um imóvel abandonado. Nesta reunião ficamos sabendo que a estrada foi feita pelo proprietário de uma distribuidora de gaz, a estrada facilitava a entrados caminhões em sua propriedade. Nesta reunião o sr. Helio Lopes pergunta para o Getulio um dos donos e a parte de baixo da estrada como fica o Getulio falou o Loli me deu esta parte, eu nem sabia que existia esta parte, fiquei sabendo naquele dia. Fiquei mais de dois anos tentando resolver esta questão, o Getulio quis alegar uso capiao, o dono não pode alegar uso capiao, ele tem e que vigiar o imóvel. Durante uns dois anos fiquei tentando resolver esta questão, os outros donos não se inportavam,pensei em entrar com ação na justiça para regularizar,estávamos rodeados com mais de vinte vizinhos, todos teriam que fornecer documentação, como também eles eram

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invasores logicamente iriam dificultar, também a documentação dos outro donos, montar uma ação era muito difícil, fui conversando, argumentado, mostrando documentos ate fazer um acordo que definia nossa área. Nosso terreno estava pronto para um loteamento, entrei em contato com empresas especializadas em Pouso Alegre, Poços de Caldas, a que aceitou conversar foi uma de Lavras conseguimos ate definir a porcentagem dos lotes a cada parte. O imóvel era rural, entrei em contato com a prefeitura para o prolongamento para zona urbana, a prefeitura alegou que não poderia gastar. Contratei engenheiro paguei toda despesa alterei o imóvel para zona urbana. Tudo pronto para iniciar as prantas a empresa solicitou a documentação de cada proprietário,foi um desastre,herdeiro morando no exterior,herdeiro que ainda não tinham feito inventario,outro herdeiros que não tinham conhecimento que do imóvel e não tinham colocado em seu inventario, ficou impossível organizar a documentação, além da ma vontade da maior parte dos donos desanimei o plojeto volta a estaca zero. A idade chegando não queria deixar proplema para minha família, ainda consegui fazer e aprovar um plojeto na prefeitura com um prolongamento de uma rua que saia do loteamento Souza Muniz, do lado de baixo da rua 40 lotes, do lado de cima vinte lotes que seriam divididos aos vinte donos, na hora de arrecadar dinheiro para as despesas o ploje parou novamente. Em nossa cidade havia muita falta de lotes para as pessoas que desejavam construir, foi quando recebemos uma oferta da prefeitura

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para que ela fizesse o loteamento em troca da metade dos lotes que seriam doados. Foi muito bom para as duas partes, para os proprietário que não queriam gastar, e para a prefeitura que com muita habilidade ganhou quase toda infra estrutura para o loteamento, e hoje recebe o imposto de todos lotes. Recentemente compramos um prédio em Pouso Alegre são 12 apartamentos perto da faculdade de medicina, temos ainda quatro apartamentos em construção em condomínio. Quando pensei em escrever sobre o construtor nunca pensei que tinha feito tanta coisa, tenho certeza que ainda falta, mesmo assim cheguei a ter orgulho de mim mesmo, acredito ser esta uma obra de Deus,obrigado Deus por ter me escolhido.

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ORIGEM

Nossa família tem em seu tronco principal a origem Lago que vem dos bisavos paternos Joao Sanches do Lago e Clara Ricardina, da origem Ambrogi que vem de nossos bisavos maternos,Egidio e di Giusti Caterina Ambrogi eSalvatori e di Cagnacei Erminia De Luca. A família Ambrogi de origen italiana da região da Toscana cidade chamada Lucca, cidade esta por quem sou apaixonado, dos meus avos Ernani apelido Luca e Euvira naceram, tio Lilico,tia Lilica, tio Nene,tio Chiquinho, tio Raul, tia Ada e minha mae, família que fui apaixonado por toda vida. Segundo relatos de minha mae meu avo era um exelente cozinheiro, como também um grande bebedor de vinho e que muitas vezes se embriagava passando da conta, minha prima Gesi me disse que muitas vezes levou meu avo arrastado para dentro de casa. Minha mae contava que ele saiu brigado com sua família da Italia, por este motivo quando recebia carta de la sem ler ele rasgava, sem que o meu avo soubese minha mae intercepitava as cartas e respondia, principalmente com sua tia chamada Elodia, esta tia contava para ela que era casada com um capitão e sua casa era decorada com 85


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quadros e pinturas. Meu avo quando se embriagava saia na janela de sua casa em Campestre e ficava cantando operas que ouvia no Teatro di Giglio em Lucca, saia embriagado pelas ruas da cidade declamando poesias, talvez saudoso de Lucca, quando retornava embriagado para casa minha vo Elvira o esperava com um porrete para uma coça, ele com toda a sua sabedoria dizia para ela não faça isso Elvira pois onde você pisa nasce uma flor. Meu avo foi um exelente marceneiro, tive oportunidade de ver algumas peças feitas por ele, não consigo entender como ele foi capas de construir objetos de arte sem nenhum equipamento de nossos tempos. Eu tinha informaçao que minha vo Elvira tinha vindo da Italia com sete anos, não conseguia entender como seus pais permitiram isto, pesquisando descobri que seus pais já haviam morrido, sua irma mais velha Pascoalina tinha casado com Reginaldo Puccinelli na Italia e mudado para o Brasil, eles trouxeram minha vo para o Brasil. Esta família de minha vo tinham uma casa na avenida Paulista em São Paulo. Meu avo Luca era gozador espirituoso certa vez o padre da cidade encomendou um andor para carregar um santo nas procissões, ele fez, as pessoas que carregavam o andor não estavam aguentado o peso, ao invez de quatro era preciso oito homens para carregar, o padre mandou diminuir o andor para ficar mais leve, quando foram desmanchar e que descobriram, meu avo quando fez encheu de pedras por este motivo era pesado.

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Em Campestre tinha um turco de nome Abrao que criava cabritos, por diversas veses meu avo pediu a ele um para uma ceia, o turco nunca dava, certa vez convidou o turco Abrao para um jantar em sua casa regado a vinho e muitos assados, terminado o jantar meu avo disse este cabrito que você comeu eu robei la da sua horta. O que me lembro dele e quando cortava lasca do pao italiano molhava no vinho e me dava para comer. Em 1988 eu estava muito intusiasmado, pois dia trese de setembro estava com viajem para Italia ia visitar Lucca, o tio Raul e minha mae não cansavam de falar comigo sobre nossos parentes de la, no dia oito de setembro aconteceu o mais triste dia de minha vida, a Sheila minha irma morreu, levei o recém nacido para minha casa e os dias que antecederam a minha viajem eu levava o neném para mamar em outras mães que estavam amamentando, antes da viajem entreguei o nenen a minha irma Lena, lugar certo onde foi criado com amor e carinho sendo hoje nosso orgulhoso medico Thales. Dia treze embarguei para Italia, quando a aeronave aterizou em Milao meu coração, bateu forte, fomos para uma pequena cidade perto de Monza chamada Canonica, no hotel Fossati um salao redondo cheio de pôster do Airton Sena, a noite um jantar em uma trotoria construída a 1200 anos, um prato tradicional, pato douglas, chegou na mesa uma pelota de argila saindo fumasa, o garson deu um murro na pelota ,quebrou dentro o pato asado, mais risoto a festa estava pronta. Nesta viajem visitei Roma,Vaticano , Veneza Firenze e a mais aguardada Lucca, quando estava chegando na estação e olhei a placa escrito Lucca , o coração bateu de novo, neste tempo eu era corajoso

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deixava a mulher na estação e ia procurar hotel, ficamos no albergo do Pogio, por sinal muito ruim. No dia seguinte fui a Comune de Lucca e consegui a certidão de nascimento de meu avo, andei pela cidade toda, almoçava na tratoria da Francisco, visitei o teatro Giglio onde meu avo assistia as operas daquele tempo, na segunda ves que visitei Lucca estava andando pela rua Justina numero quarenta e vi uma plaquinha com um dispositivo de colocar cartas, nele estava escrito Alice Ambrogi, este e o nome de minha mae era impossível que esta pessoa não fosse nossa parente, tentei por todos meios entrar em contato com esta senhora foi impossível, chegando em Campestre escrevi uma carta para o endereço que tinha, trinta dias depois recebo carta estava confirmado era prima legitima de minha mae. Da família Lago referente ao meu bisavo o que tenho conhecimento Joao Sanches do Lago em 1912 conforme copia de ata em meu poder ele foi eleito o segundo vereador mais votado na primeira eleição em Campestre com 223 votos. Meu avo Francisco Pereira do Lago apelido Chicuta era fazendeiro abandonou a fazenda dedicando a musica criou uma família pobre mas rica em cultura, minhas tias segundo meu pae eram lindas cantavam e tocavam violino na igreja e nas festividades no teatro da cidade, meu avo criou diversas bandas de musica. Meu tio Joanzinho, minhas tias Donana e Malvina que não conheci, Elvira que mudou para o Parana, Diolice e Clara a que criou o meu pai, a madrinha Tita que morou em nossa casa antes do nascimento do meu pai um seu irmão havia morrido, quando ele nasceu diziam este vai criar pois já nasceu com dente.

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Como a família era muito grande e meu ,pae um dos caçula foi criado com os sobrinhos principalmente com os filhos da tia Diolice, me lembro quando levei para o velório de Jose de Benedito em Varginha foi a primeira vez que vi meu pae chorar, tinha perdido um sobrinho e um irmão de criação. A historia da minha vo Filomena Pereira Passos e meio maluca, o seu, pai Manoel Eloi Pereira Passos, nosso bisavo teria vindo do estado do Rio de Janeiro, era farmacêutico, naquela época formado na França, seu irmão Francisco Pereira Passos foi prefeito do Rio de Janeiro no governo de Rodrigues Alves, foi um revolucionario na renovação da cidade do Rio de Janeiro criando as grandes avenidas, a vacinaçao em massa da população, este o papai chamava tio Francisco, ele gostava de ter um tio famoso e rico. Segundo contava o papae nosso bisavo Manoel Eloi em uma festa de formatura no Rio de Janeiro teria se embriagado e perdido o sentido sem perceber entrou num vagao da estrada de ferro e veio parar na cidade de Varginha no Sul de minas, nesta cidade ficou perambulando pela rua sem saber quem era. Talves pela sua formação como farmacêutico sem mesmo que percebesse estava sempre perto de uma farmácia da cidade, o dono com pena lhe dava comida. Um determinado dia chega na farmácia um senhor a cavalo com um propblema de sua senhora que estava muito doente e necessitava de medicamentos, nosso bisavo escutando a conversa esplicou o que deveria ser feito e indicando os medicamentos, a partir deste dia o farmacêutico o acolheu como seu auxiliar na farmácia. Um determinado dia um viajante de produtos farmacêuticos

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vindo do Rio de Janeiro passando pela farmácia de Varginha viu aquela pessoa ajudando na farmácia e perguntou para o dono quem era , reposta, ele apareceu por aqui e esta me ajudando, o viajante disse você esta vendo todo estes medicamentos que esta em sua farmácia são do laboratório dele no Rio de Janeiro, a família dele esta a procura a muito tempo Sua família levou de volta para o Rio, nunca se adapitou, voltou não sei se casou em Varginha ou em Campestre, morou no bairro Corego do Ouro de onde saio a família Passos do Sul de Minas. Me lembro que minha vo Filomena fazia muitos xaropes usando raízes de plantas, com toda certeza aprendeu com seu pai um grande farmacêutico.

Carta da prima da mamãe, cujo nome é o mesmo: Alice Ambrogi.

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HABITANTES

Sou uma pessoa apaixonada pela minha querida Campestre, entretanto tenho ficado muito triste quando as vezes fico parado na nossa praça e não vejo nenhuma pessoa conhecida, fico pensando sera que também esta chegando a hora de ir embora. Fico com saudade daquelas pessoas que me relacionei naquele tempo de mais ou menos os ano de 1950 por isso resolvi dar uma volta na rua central de nossa cidade começando pela casa de tintas Cometa pelo lado direito ate a praça Ana Zenum e retornando pelo lado esquerdo ate o ponto de partida, fiquei feliz recordando os habitantes daquele tempo, já que não poso velos hoje. A primeira casa onde e hoje a casa de tintas Cometa morava o sr.Nicola Flora e dona Carmela. Italianos, ele foi um grande comerciante, tinha maquina de café,uma linha de transporte Campestre Poços de Caldas, trazia as mercadorias que chegavam pela estrada de ferro Mogiana, seus filhos Igrecio que trabalhava no banco Mineiro da Produçao, Rovilson medico em Poços de Caldas Arguimedes, dona Iracema exelente professora e Zico pai da Ligia os dois últimos foram os que ficaram em Campestre. 91


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A cardeneta do Nicola não deixou minha família passar fome, ficávamos devendo ,um ano sem nenhuma cobraça era a compriensao das famílias italianas. A segunda casa morava o Jose Cardoso e sua esposa dona Ilda seu filho Homerinho do Ze Cardoso este da minha idade já falecido. A terceira casa morava o sr.Samuel de Carvalho casado com dona Marfisa, ele era arrecadador de impostos na prefeitura, os filhos Terezinha, Noemia, Maria, Josias meu colega do regimento já falecido, mais dois menores que não me lembro o nome. Na próxima casa morava o sr, Orozimbo Rugane, casado com dona Marieta muito amiga de minha mae, os filhos Marilia, Valquiria, uma menor que foi colega da minha irma Lena quando estudavam no Colegio e um moço, tenho a imagem clara em minha mente mas já não consigo lembrar os nomes, esta família mudou para Poços de Caldas. A próxima casa morava o sr.Roberto Ronguine, os filhos a Dalva que casou com o Juvira, o Romulo casado com Aparecida do Marcionilio, a Arlete casado com o Jose Nogeira. A próxima casa morava o sr. Genaro do Lago tinha uma grande família, somente me lembro de seus filhos mais novos o Paulo e a Terezinha que foi casada com o Hugo do Lulu, o Paulo casado com a Cristina construiu uma casa no local. A próxima casa morava o sr. Alcidino Rugani casado com a sra. dona Nadir também muito amiga da mamãe os filhos Loloia já falecida e o Vagner Rugani e que ainda posue a propriedade. Na próxima morava o famoso delegado Paulo Santos Silva casado com Marieta Jorge e onde se encontra a casa do dr. Julio Cezar.

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A próxima passando a esquina morava o sr.Domingos de Paiva musico tocador de concertina, trabalhava na coletoria Estadual sua esposa dona Jeova, que eu conheço pelo nome de Anita, este apelido foi meu avo que colocou nela porque era muito brava quando pequena igual uma guerera do Rio Grande do Sul chamada Anita Garibalde. Os filhos, Leticia, Lupercio, Lenicio, Leoncio, Lecio e Leconcio, os dois primeiros já falecido os demais permanecem em Campestre. Na próxima morava o sr. Leopoldino, fazendeiro com propriedade no Piao, me lembro da Luiza casada com o Luiz da Pernanbucana, uma moça casada com o Argentino Camargo que foi um grande jogador de futebol, e o Vitor do Leopordino. Na próxima morava a Beta que foi a segunda esposa do sr. Nicola flora, trabalhava nesta casa uma pretinha velha de nome Loteria que diziam que foi escrava. Na próxima era a casa das Professoras dona Mariguinha e dona Carmen também moravam nesta casa o Samuel sapateiro e o Jurandir que quando bebia aprontava na cidade. A próxima era a casa do Juca nha, musico tocava bonbardino na banda do papae, o Juca tinha um irmão de apelido Carneiro muito nervoso, quando ia pescar se o peixe demorava para puchar ele quebrava a vara e ia embora, quando jogava sinuca e erava a casapa quebrava o taco, a gente ficava com medo de ficar perto dele. A próxima era uma casa grande de propriedade da família Muniz, me lembro de quando criança ter brincado carnaval nela tinha uma sala muito grande, esta foi desmanchada e construído a primeira fase do Colegio.

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A próxima morava a familia Botelho, mudaram cedo para Poços. A casa foi adquirida pelo Geraldo Muniz casado com a Vena, família que também mudou para Poços, esta casa foi desmanchada para ampliação do Colegio. A próxima morava o sr.Sebastiao Fidelis casado com dona Maria, as filhas, Tereza,Ida,Elza.Edime, tinha mais duas que já não consigo lembrar o nome, os filhos Helio que mudou para São Paulo foi prefeito distrital e ajudava muitos campestreses que iam para São Paulo, e o Ari meu amigo que também foi para São Paulo se tornou um grande comerciante sendo possuidor da maior loja de calçado da America Latina, em Campestre era um batedor de tijolos uma profissão bastante humilde.. A casa de cima era a nossa, dela já falei muito, era parede e meia com a do sr.Sebastiao, acho que já contei que a filha do sr. Sebastiao, a Edime batia na parede que dividia nossa casa e pedia para o papae tocar a valsa saudade do matao, meu pai era musico e tocava clarineta. Nosso vizinho de cima era o sr.Manoel Fernandes, sua esposa dona Maria e que nos a chamavam de vovo, ajudou muito a minha mae na nossa criação, quando o sr. Manoel morreu eu pernoitava fazendo companhia a ela. Na próxima casa morava o Sr. Servulo dentista sua esposa dona Chiquita, mulher muito alegre gostava muito de baile o sr. Servulo era nosso dentista me lembro o serviso de obturação a broca era acionada por um equipamento movido por pedaladas,a esterizaçao da agulha e seringa era feito acendendo uma chama por baixo de uma latinha cumprida com agua ate ferver, também para diminuir

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a dor um sugador aspirava o ar quente de uma chama, este ar quente era aplicado sobre o dente dolorido. Os filhos Ildeu, um grande jogador de futebol era militar com alta patente em Belo Horizonte, oZuza dentista seguiu a careira militar mora em Passos. Na próxima casa morava dona Ernestina a parteira, eu nasci em suas mãos, mais de lado numa casinha pequena o Ze da Bita e o Manuel. Na casa da esquina era a casa Paroquial onde morava o padre Artur, e sua empregada Genoveva e que nossa família a chamava de Veva, ela e o padre batizaram meu irmão Reginaldo. Atravesando a rua uma grande casa de comercio que se chamava Rolando e Mascate, estes comerciantes eram decendentes da tia Clara casada com Candido Roque, mais tarde o sr. Domingos Jorge pai de dona Regina da Apae estabeleceu neste local um bar, também tiveram bar neste local o sr. Joazico. Pai da Dalva do Edgar. Logo acima no alto de um moro o Hotel de uma outra Ernestina vo do Geraldinho da Elodia minha irma, este pequeno moro foi aplainado e nele construído a casa onde mora o Roberto do Otavio. A próxima casa já encostada no Teatro o sr. Paulo Zono construiu uma casa de sobrado, nos fundos ele construiu um campo de bocha, os jogos eram muito animados pela italianada, um deles era o sr. Chico Flora. Nesta casa tinha um ponto comercial, um bar do Chiquinho do Ireno, , era o único que ficava aberto ate de madrugada, tinha uma chapa de fazer churrasco que ele nunca lavava, ambiente muito sujo, mas deixou muita saudade a moçada.

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Na sequencia um majestoso prédio o Teatro, onde funcionava o cinema do Chiquito e o grande salao dos bailes, este prédio foi construido pelo cel Zeca da Pedra inaugurado em 1902, no ano de 1949 aconteceu o baile de despedida do Teatro Municipal, exatamente no dia 24 de setembro a meia noite durante o baile a rainha da primavera daquele ano deu a martelada sibolica numa das colunas da demolição do prédio. Em seu lugar foi construído o Campestre ,Club local para cinema, salao de baile e salas de comercio, para esta construção foram vendido cotas a sócios proprietários sou um deles, para minha tristeza não fuciona mais nem o cinema nem o salao de bailes. Do lado de cima do Club era o bar do Joaguim melinho, doce de leite na taça, chocolate quentinho, tudo era muito gostoso em nosso tempo de criança. A próxima casa era a residência de Alvaro Loiola e também sua loja, sua esposa , dona Geraldina a que ficava sentada no caixa da loja, os filhos Mozar, Carlinho, Wuilhan, estes trabalhavam na loja, o Jose Carlos medico mora em Lavras, bem cedo morreu o Geraldinho ainda bem joven. Acima da casa do sr. Alvaro tinha um portao e no fundo funcionava a padaria do Alfesio de lado do ,portao a casa dele com dois cômodos comerciais, no pequeno a alfaiataria do Tercilio onde muitos jovens aprenderam o oficio de alfaiate, inclusive o Renato meu irmão que aprendeu a fazer calça, no outro comodo a parte comercial da padaria. O sr. Alfesio era casado com dona Maria seus filhos Tarcisio o Tercilio a Maroca,a Lite e o Ze do Arfesio, ainda criaram a Nina ca-

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sada com o Luiz Solia. Muita recordação da padaria do Arfesio o pao sofadinho que a gente não ve mais, biscoito, bulacha tudo era melhor do que os de hoje, acho que era a fome dos tempos de criança. A próxima casa era do sr. Zico Franco era grande fazendeiro muito rico, sua casa na cidade era pouco frequentada somente aos domingos ou dias de festas, quando ele ficava mais dias na cidade trabalhava ate de servente de predeiro, ensinou a família a valorizar o trabalho como também o resultado, era bisavo da minha sobrinha Mila. Nesta casa mais tarde foi sede o banco Nacional, infruencia do Dr. Augusto Zenum muito amigo de Magalhaes Pinto dono do banco, o gerente era o Anizio vindo da cidade de Tres Pontas, Urbano, que casou com a Ione do tio Raul, o Ze do Arfesio,o Alcides e ate o Marco meu irmão trabalhou neste Banco. Seguindo a rua a casinha de força e luz, era um imóvel de dois metros quadrados bem alta onde apenas um transformador para toda a cidade, a porta era um pouco afundada e formava um banco onde sentava os namorados, um deles a Cidinha e o Alfeu. Na seguencia tinha um muro comprido, neste local o Galileu construiu uma bela casa de sobrado no ponto comercial montou um grande bar com mesa de sinuca era onde a moçada se divertia. A próxima era uma oficina mecânica do Chiquito ele aumentou este barracão e durante muito tempo funcionou ali o nosso cinema interessante que ele somente tinha uma maquina, acabando o rolo de fita tinha que parar para a troca, neste momento acendia as luzes e entrava o Joao pipoqueiro para vender a sua pipoca.

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Outro fato interessante quando era dia, de passar algum filme uma meia dúzia de meninos saia pela rua com o cartaz do filme em uma placa gritando pela rua da cidade hoje tem cinema,hoje tem cinema ,hoje tem cinema, naquele tempo as pessoas ficavam na janela de suas casas e nos parávamos o cartaz para as pessoas ler o mesmo, com este trabalho ganhávamos as nossas entradas para assistir o filme da noite. O chiquito e sua família moravam encostado no cinema, os filhos, Joao Loiola, a Araci que morava em São Pulo, a Vanda que morava na Praia, o Charuto amigado com a Lorenza, a Marlene, a Celia, e Jose Reinaldo Loiola, apelido Pixincha, meu amigo do tempo de criança no futebol, nas caçadas e também no regimento já falecido. Na próxima casa morava o sr. Pimentel e sua irma, ele era dono de cartório, sua irma tinha bigode certo dia os dois estavam debruçado na janela, uma pessoa chegou e perguntou qual dos dois era o sr. Pimentel sua casa e atualmente onde esta localizado a Prefeitura Municipal. A próxima era um grande sobrado, acredito ser a única casa com dois andares daquele tempo, ali morou o sr. Durval Fernandes era sapateiro, ele fumava o cigarro da marca rodeio, acendia um cigarro atrás do outro, sua esposa Maria do Lago, os filhos Volney Ervani,Eneida eEneiva, todos mudaram para São Paulo,a Eneida voltou para Campestre e casou com o Helio da Farmacia, e mae do Leadro da Farmacia. Neste local o Braz construiu um grande salao comercial, atualmente transformado em diversos pontos comerciais. A próxima casa já era uma casa moderna foi construída para a

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residência do Bras flora que casou com Terezinha Capobianco,tiveram tres filhos Francismar,Umberto, eoTulio, ficou em Campestre somente o Beto grande produtor de frutas. Me lembro bem de dona Terezinha cantando no coro da igreja sua voz forte aparecia sobre as outras cantoras, ela morreu cedo ao fazer uma pequena cirugia. Junto a esta casa era a residência e ponto comercial do sr. Chico Flora um grande comerciante da época, sua esposa Martilina Bassoto os italianos se juntavam os filhos Maria professora casada com o Tercilio, Catarina casada com o Wilson Muniz,Adelia casada com o Toledo, este não era de Campestre foi gerente da Casas Pernanbucanas, a Valdete solteirona e Sonia, o único homen o Braz A próxima casa morava a Jorge Elias Zenun sua mulher Anam Zenum, esta família deixou uma bonita historia para Campestre, o seu estabelecimento comercial ultrapassou cem anos de existência, os filhos Jorge,Abrao,Augusto,Pedro,Zenun Joao,Sara, Baduia,Tereza. Nunca vi uma família tao unida como esta,dr.Abrao e Dr. Pedro, médicos percorriam o municipio hora a cavalo ou jipe dando assistência gratuita a população, foram responsáveis pela construção do Santa Casa,Jorge e Zenum farmacêuticos acolhiam a população com muito respeito, Joao grande comerciante,Dr. Augusto advogado famoso no sul de minas e Belo horizonte, foi deputado estadual, ele e a família fundaram e davam aula no Ginasio Rui Barbosa,Sara Baduia e Tereza cuidavam da padaria e fabrica de sobrinhas,também tiveram fabrica de doce, laticínio.fabrica de louça, sempre procurando o progresso de nossa cidade. Foram grandes na politica, dominavam a população, Abrao e

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Zenun foram prefeito sempre com administração segura, o sobrinho dr. Jose também foi prefeito já com administração mais arrojada. Ainda vao deixar uma decendencia de médicos, dr.Zenum Elias Zenun, dr. Dalmo, dr.Flavio, dr. Espencer,dr.Sami, dr. Ricardo, e ainda vem muito mais. Atravesando a travessa Zenum morava o sr.Manoel Borges, farmacêutico sua esposa dona Ednan, os filhos Helio Elcio,Edir, Sanzico, Enio, a Lia,Terezinha e Eni que era casado com odr.Pedro Zenum. Esta família foi muito importante para época eram pessoas com grande facilidade de relacionamentos com a população, pessoas realmente muito queridas pela comunidade. A próxima era uma casa velha onde funcionava a venda do sr. Evaristo, vendia um pé de moleque do tamanho de uma folha de rapadura, doce dos nossos velhos tempos. Na próxima o sr. Wilson Muniz construiu um novo estabelecimento comercial, não me lembro onde ele morava era casado com a Catarina flora, seus filhos o Rui e o Nilton, mudaram cedo para Poços de Caldas. Na próxima morava o sr. Pedro Loiola, meu padrinho de crisma, sua esposa dona Quinha, os filhos Bezinha, Jose, Niltom,Delio.Ana, Lurdinha funcionava neste local um bar com mesa de sinuca onde a moçada gostava de ficar. A próxima era o Banco Moreira Sales, o gerente que também morava no local chamava sr. Messias, como funcionários me lembro do Moises Salomao e Jose de Benedito. Na próxima casa morava o sr. Joaguim Junqueira era coletor estadual sua esposa dona Rute, os filhos Joel ,Aroldo,Humberto, o

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Fabio que sofreu um acidente no rio do peixe mergulhou e não voltava o Renato meu irmão mergulhou e tirou ele do fundo do poço, sofreu uma lesão na espinha e morreu cedo, e a única filha a Nadia professora. O Joel filho mais velho era muito relacionado na comunidade torcia para o fluminense, escrevia texto para jornal estudou farmácia morou muito tempo em São Paulo atualmente mora e Araraguara. Na próxima casa morava a dona Geni do Jaco, com sua irma a Dita, neste local funcionava o, posto telefônico, quando a Geni casou com o Jorge mudaram para perto do Club. |Na próxima morava, o Ze Chigada, sua esposa dona Araci,são os pais do Zeguinha, Rovilson, Eurezia, e uma mais nova casada com um filho do Milton do Ze Augusto que não lembro o nome. Neste local tinha um ponto comercial onde o Chico do Otavio montou um bar, eu fiz todo o mobiliário deste bar. Na seguencia tinha um muro comprido, com um enorme terreno, nele o dr. Augusto e o Paulo Curi construíram um posto de gasolina com oficina mecânica, lavador e que funciona ate hoje servindo a cidade. Na próxima casa de esquina morava dona Ambrozina Fereira família muito importante para época, minha mae falava muito de um tal Saturnino Fereira que teria sido prefeito da cidade, o Marçal que suicidou, as professora Zilma casada com o Tianinho, a Zelia casada com o Ze Silveira A próxima casa morava dona Ica uma senhora de muita idade, seu companheiro e neto o Joauzinho da venda la de cima, mae do Cilota e o Joao Pequeno.

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No comodo acima a barbearia do Benedito Terto, seus filhos Ico do Benedito Terto e Raul do Benedito Terto, assim eram conhecidos seus filhos. A casa acima era uma construção nova de algum fazendeiro la do São Pedro de Caldas, ali morou a Cidinha casada com o Ze do Alziro. A próxima casa morava o Vicente folheiro italiano solteiro, vivia sujo de, óleo graxa, não tomava banho, se irritava com todo mundo, mas tinha uma missão importante era ele que cuidava do relógio da matriz, era uma obrigação sagrada, depois da sua morte o relógio nunca mais funcionou. Acima foi construído uma casa nova onde morou o Jose Salomao, casou já idade com a Marta patrícia dele que veio de Franca estado de São Paulo, ele conheceu Marta porque sua irma Nina era casado com o Joao do Honorio também patrício do Jose. Na casa de cima morava o Oscar Alfaiate tocava clarineta na banda do meu pai, sua esposa Maria, sei que era filha do Tonico Lovato, tinha três filhas uma casada com o Ze Mauro do Geraldo Franco e três filhos me lembro o nome de dois o Joanzinho e o Marguinho estes médicos, este ultimo trabalhou em minha empresa no começo. Acima uma casinha velha onde morava o Toninho tintureiro, viciado em jogar dama. A casa de esquina morava o famoso Nequinho barbeiro, cantador de fulia de reis, pai do Ademar do Neguinho, mudaram cedo para Poços de Caldas, estabeleceu no local o Chico do Otavio foi ali um grande comerciante.

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Na casa de cima dona Maria Salomao, minha primeira professora, ela casou já de idade com um recém chegado da Siria Maron Zenum, na parte de baixo desta casa tinha dois pontos comerciais, um o Maoises Salomao tinha escritório de contabilidade, o outro a barbearia do Romeu Muniz, neste estabelecimento era o lugar das fofocas. Na casa acima morava o sr. Joao Fostino, era fazendeiro a pouco tempo tinha vindo para cidade, pai do Ari Fostino. Acima tinha um sobradinho onde morava a mae da Aglais, esta foi colega da minha esposa no colégio, ,mudou cedo para São Paulo, foi casada com o sanfoneiro e compositor Mario Zam, deste casamento naceu Mariangila que atualmente apresenta um programa sertanejo na televisao de Aparecida do Norte. A casa de cima era a venda do Ze Beltrao, um comerciante que veio da região de Alfenas, não me lembro se tinha família. A casa de cima da rua era de um filho da dona Iria, esta casa eu aluguei por muito tempo para guardar moveis. Acima era a pensao da dona Iria uma velha sabida vivia cercando as pessoas que passavam pela rua querendo fazer qualguer ,negocio, me lembro de uma sua filha mais nova casado com um sargento do exercito, a outra mais velha casado com o Silvio Loiola que tinha uma venda na saída antiga para Botelhos,também era mae do Lazaro da Iria que fabricava colchão de capim, mas vivia so clamando de doença, na realidade quem acabava fazendo os colchoes era seus filhos e esposa. Na casa de cima morava o Julio Silva comprador e negociante de galinhas, os moradores da roça quando iam chegando na cidade

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trazendo galinha franco pendurado em um vara, eram parado por sr. Julio ali começava a negociação.sua esposa Dona Maria , os filhos Antonio que suicidou, o Dao que mudou para Taubate, tabem falecido, a Maria manca casada com o Lazaro, ela mora com sua filha e Varginha. Na casa de cima morava o Ozorio Coelho trouxe uma grande família das Poses para Campestre entre eles o sr. Joao Ozorio pai da Neuza esposa do meu filho Adenauer. Acima o sr, Aantonio e Maria filho do Toniquinho Bodoque que tinha um sitio para o lado da usina. Acima funcionava a marcenaria do sr. Joao Frazao, junto a ela sua residencia foi ele que em 1958 me apresentou para fazer as primeiras compras de minha empresa em São Paulo, seus filhos, o Moacir e Valdir que foram para o Parana, o Derli que morreu cedo, o Dilson seu filho mais novo continuou com a marcenaria, atualmente seus filhos continuam na fabricação de moveis. Na casa acima morava o sr. Joaquin Neri, junto a casa um ponto comercial, uma pessoa simples, mas tinha a preocupação e estudou todos seus filhos, a Nerinha, Maria, eo Ze Maria, nosso colega na fundação do Ginasio, neste período, quase todos adolecentes apenas fazia o primário, formar os filhos foi motivo de orgulho para o sr. Joaguim. Do outro lado da rua agora decendo o primeiro imóvel era um deposito da prefeitura, em seguida morava o sr. Joao e donaPerciliana me lembro de sua filha a Divina formada no colégio foi a primeira esposa do Murilo Mendes apelidado de Murilo bhc, este mudou para Poços de Caldas, casou umas quatro vezes e se tornou um ho-

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men muito rico. Na próxima casa morava o sr, Manoel Gre sua esposa dona Maria, seu filho Rovilson foi candidato a prefeito no tempo do Mauro Garcia, tinha mais duas filhas que não me lembro o nome. Na casa abaixo morava o Moacir Frazao e a dona Guilherma eles tinham voltado do Parana tinham dois filhos, o Eli e a Eni que casou com o Niltinho do Luis Solia, estudar naquele tempo era muito difícil, o Eli se formou em engenharia em geológica em Ouro Preto, mudou para São Paulo onde era professor nunca mais tive noticia dele, um determinado dia visitando o nosso cemitério, descobri que o Eli estavas sepultado junto a seus pais, morreu cedo. Na casa de baixo morava o tio Luiz Camargo, casado em segundo casamento com Dona Conceiçao, no primeiro casamento ele era casado com tia Malvina que não conheci. Seus filhos Ciro e Luiza que mudaram para São Paulo, a Terezinha casado com o Joao Jungueira, a Giselda que casou em Campestre mas mudou para o Parana, a Maria casada com o Toniguinho, esta mulher uma verdadeira santa sempre andou de vestido azul teve dezeseis filhos sempre sozinha sem acompanhamento de médicos ou parteira, o tio Luiz um homen culto educado inteligente, montou a primeira usina de força e luz de Campestre em 1902, sua casa era cheia de livros, eu muitas vezes largava de tudo passava horas conversando com ele foi um exemplo de ser humano que procuro seguir,certa vez me deu um ninho de passarinho com um ovinho dentro que estava quardado com ele mais de 70 anos e já faz vinte e seis anos que ele morreu, guardo com carinho. Na casa abaixo morava o sr. Joao de Padua Duca sua esposa dona

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Maria seus filhos Miria,Claudio, Cristina, Pedro Eliane e Beatriz, foi junto a esta casa que comecei minha empresa, o Claudio foi meu sócio por 46 anos, nunca tivemos discórdia sobre qualquer assunto, havia entre nos confiança mutua. A casa abaixo morava a família do Agostinho ta-ra-ta-ta, quando bebia descia rua abaixo fazendo discurso, contra ou a favar dos políticos, isto acontecia quase sempre. A casa abaixo morava o Vergilho Certeza, apelidado por Vergilio Bunda, era motorista do Nicola Flora, certa vez em uma de suas viagens foi parado pelo quarda de transito que após verificar os documentos, pediu o lampião, Virgilio responde a pouco tempo mataram ele, se referia ao gangaceiro morto no nordeste, naquele tempo não usava triangulo para sinalização, mas sim lampião. Na casa abaixo morava o sr Chico do Nenen, casado com dona Sara Salomao, os filhos Cisinho, meu colega já falecido Selma casada com o Dé, a Leila casada com o Luiz Jose Salomao, casado com a Maria das Graças e o Joanzinho que foi casado com a Clelia, quase todos os dias dona Sara me chamava para tomar um cafezinho, com esta família sempre tive uma grande amizade. O baracao de baixo morava e tinha comercio o sr. Jose Tome, quando ele e a família mudaram para o Parana, eu comprei esta propriedade, o Chiquinho oleiro, era parente do sr. Jose Tome e foi ele que levou a mudança, no seu velho caminhão andava muito devagar, comentavam por aqui que demorou tanto tempo na viajem que as galinhas que levou chocou duas vezes durante a viagem. O imóvel de baixo passando a rua era o bar do papae, do sr. Silvio Vieira, bar este que foi vendido para o Bigode, um forasteiro

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vindo da região de Alfenas, sua esposa era professora os filhos me lembro da Leila, tinha mais uma e um garotinho. O imóvel de baixo era um grande baracao onde funcionava oficina de torneiro mecânico, onde trabalhava os irmaos Nilceu e o Erlei, como empregado trabalhou o Roberto Franco que mais tarde montou sua propia oficina. Anexo a este baracao era a casa do sr. Zito de Carvalho, sua esposa dona Sebastiana, os filhos Volnei,Erlei, Nilceu Sirlei e Celinho, o sr. Zito era um comerciante ativo com ele aprendi uma lição, dizia, em uma família ou empresa com relação a economia deve funcionar como uma caixa dagua, tem que entrar duas polegadas e sair uma, se por acaso entrar somente uma polegada e sair duas a caixa vai estar sempre vazia, assim tambem e a economia de uma empresa ou família. Esta família mudou cedo para Poços de Caldas e se tornaram grandes empresários no ramo de transportes, nos compramos esta propriedade que ficou em Campestre. Na casa de baixo morava o sr. Jose Jungueira casado com dona Baduia Zenum, os filhos Luiz e Azer, dr. Luiz é advogado em Poços de Caldas Azer mora em Brasilia, dona Baduia foi um exemplo de mulher educada caridosa, tinha amizade com todo mundo, conheço muitas pessoas que se tornaram cidadãos honestos religiosos por se relacionar com ela. A casa abaixo morava a família Graciano, pais do dr. Aecio casado com a Emeli Zenun. Abaixo tinha um comodo comercial ali funcionava o açougue do Doca Matias, meu amigo jogava na ponta direita do nosso time

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de criança, o melhor time em toque de bola que conheci, o sr. Geraldo dono do time não aceitava dois toques. A casa abaixo morava o sr.Otavio Muniz, casado com dona Ritinha Ducca, os filhos o Toninho que mudou cedo para São Paulo, Aldema Lurdes o Geraldo alfaiate,o Pepedo casado com a Cidinha, o Wilson casado com a Catarinha,o Jose Padua Fernandes que mudou para São Paulo, o Chico do Otavio casado com a Chirlei, meu colega de futebol no furacao mineiro, vejo muitas fotos muito comentários sobre o furacao mineiro são imformaçoes eradas o verdadeiro time que revolucionou o futebol de nossa região era este (Vitinho,Renato e Cici-Messias Chico do Otavio e Darci-Oscarcinho,Rubita,Homero,Izaltino e Jose Passos) o filho mais novo do casal e o Roberto do Otavio casado com a Regina parente de minha mulher. Passando a rua da esquina morava o sr. Alcides Muniz, casado com a Nair filha do Candido Roque, não tiveram filhos criaram o Antonio Carlos filho da Clarice que já tinha morrido. Abaixo tinha um muro comprido o sr. Vitor do Mario Lucio comprou o terreno e construiu um sobrado onde hoje funciona a sapataria Silva. A casa abaixo morava o sr. Candido Roque fazendeiro famoso, sua esposa Clara irma do meu avo Chicuta, criou uma grande família, eram 16 filhos todos bem mais velhos do que eu por este motivo conheci poucos, todos foram bem sucedidos na vida aventurando pelo Brasil afora, em Campestre ficaram dona Nair que casou com o Alcides,dona Percidia que casou com Jose Capobianco, e dona Zilda casada com Benedito Jorje, esta ate o fim de sua vida me relacionei com ela, em seu ultimo aniversario de vida entrei em sua casa ao pe

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da escada que subia para seu guarto toquei em meu bonbardino parabens para você foi muito bom, os filhos dr. Julio Cesar advogado, dr.Paulo Afonso, medico professor morando em Campinas. Conheci também Joao Ribeiro por ocasião do seu 90 anos em uma festa realizada em uma fazenda nas montanhas de Poços de Caldas quando fui levar meu pai que era primo dele. Nesta festa somente gente importante da mais alta sociedade, meu pobre pai o mais humilde conhecido, amigo e primo do Joao Ribeiro e que com ele tinha convivido no tempo de moço, entre as diversas homenagem o papae tira o seu saxofone e toca as valsas dos tempos dos dois, realmente foi uma choradeira,o mais humilde personagem fazendo a maior homenagem. O sr. Joao Ribeiro era pai do Nilton casado com a Ieda minha prima, são os avos do Caio que jogou no São Paulo foi para Italia para jogar no Internazionali de Milao hoje e comentarista esportivo da globo, Pasando a esquina a casa de dona Angelina Curi, seus filhos Mariquinha as outras mulheres todas professoras,America,Asibe.Siria , Ada que foi casada com o Loli, Jorge Curi e Paulo Curi ,este, foi um grande jogador de futebol, jogou no Atletico, mais tarde foi seu presidente, ia me esquecendo a Nenen Curi que mora em Belo Horizonte. A casa abaixo morava o dr. Mauricio Vieira Romao, era medico foi o primeiro prefeito eleito em Campestre pela nova politica agora comandada pelos chamados Turcos opositora da família do Zeca da Pedra,sua casa é onde esta localizada a casa do Rana. Abaixo desta casa tinha um murinho curto, onde Augusto Jun-

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queira casado com a Terezinha do Marcionilio construiu sua residência. Abaixo uma casa cumprida onde morava Gabriel Junqueira e sua Mulher dona Maria Junqueira, os filhos, jose Junqueira casado com a Baduia,o Joao Junqueira casado com a Terezinha Camargo, tinha uma filha casada com um decedente dos Bandeira,que morava perto da ponde do rio pardo, outra apelidada de filhinha casada com o Pedrinho Ducca. Esta casa foi palco de uma invasão acontecida la pelos indos de 1910 por uma tropa chegada de Belo Horizonte, que segundo o narrador Herculano Thebano, seria a mando do governador de Minas para acabar com a politica contra, os vereadores e juízes de pas eleitos foram obrigados a renunciar seus mandatos em favor dos adversários, o, padre foi preso e maltratado, os soldados se embebedaram e saíram dando tiros pela cidade, uma verdadeira tragédia. A casa de baixo morava o sr. Izaag Simao, sua esposa dona Sinha, os filhos, Aiub,Joao,Simao, Abrao casado com a Tereza do tio Nene, a Teresa casada com o ( ) parese que tem um filho medico em Poços de Caldas, também uma irma mais nova Geralda Simao e o Vitao , este já era um bruto de um rapas mas andava descalço, calça curta, muito simpático junto a população, sumiu de Campestre, dele não se tem noticia. Abaixo desta casa tinha e continua um muro longo, após um sobradinho, no comodo comercial o açougue do Homero, no sobrado o consultório do Toninho Viana, atualmente a radio comunitária. A casa abaixo morava o sr. Jose Capobianco, sua esposa dona Percidia, os filhos, Miguel advogado, Walter titular do cartório ca-

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sado com a Zilda Perlato criaram uma grande família,o padre Umberto a Vania e a Clarita e o marcos, atualmente somente moram em Campestre os decendentes do Valter. O sr. Jose nasceu na Italia veio para o Brasil criança era formado em farmácia abril a primeira em Campestre. Era titular do cartório de notas e protesto, tinha olaria construiu casas, abriu a avenida com o nome de seu irmão dr. Francisco Capobianco, ajudou na construção do Club e o cinema era uma pessoas popular e bem relacionada na comunidade, fanático em futebol, quando eu tomava conta do time do Lago Ducca quando e tinha jogo no domingo para ele que eu vendia o primeiro ingresso. Pasando a travessa Zenum era a casa do Chico do Jorje sua esposa dona Carmelia uma mulher santa, os filhos o Jorge mesmo já casado morreu cedo. O Edgar, a Nilce,o Moacir que tocava pinston na banda do papae. O Chiquinho que casou com uma filha do velho Teixeira família vinda da Divisa Nova, mora em Ouro Fino a Lucia que nasceu sega e sempre morou no Rio de Janeiro la estudou no Instituto Benjamin Constante e mais tarde se tornou sua professora, o Rubinho meu particular amigo, e o Greber, Na mesma casa tinha um comodo comercial la funcionava a alfaiataria do Edgar, foi la que fiz o meu primeiro terno de cazemira na cor cinza, e que usei pela primeira vez em um domingo de ramos, como foi emocionante. A proxima casa era do sr. Pedro Ducca, onde la também morou ate pouco tempo dona Zeze, junto o ponto comercial era o bar do Pedrinho, famoso pela sua limpeza, pelo picolé de coco queimado, pelo sanduiche servido pelo Mauro do Pedrinho, o seu reservado

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onde a gente podia beber um guaraná ou cerveja de maneira mais isolada, neste bar tinha já aquela maquina de de disco para cortar cortar musarela mortandela, em quanto os outros bares somente cortavam com a faca, agente considerava aquilo com uma modernidade, A casa abaixo era considerado um palácio, tinha cido construída pelo famoso Zeca da Pedra, nela morava o Juiz de Direito dr. José Maria Filgueira, sua esposa uma turbinada dona Maria os filhos o Artuzinho e o Paulinho, este era meio louco para se mostrar o machao no meio da molecada ele comia bizouro, tinha ainda uma filha que no momento não estou alembrando o nome. Na sequencia desta casa um muro, comprido, o Murilo do Zé Augusto comprou o terreno e construiu um sobrado, que mais tarde foi vendido para o Vitor Matias, casado com a Tereza do Chico do Primo. Abaixo um comodo que era a sapataria do Samuel irmão das professoras, dona Carmen e Mariquinha, interessante que neste tempo era comum a moçada ficar batendo papo nestes ambientes, me lembro de ver o Samuel engraxando os sapatos do Braz Flora para seu casamento com a Terezinha Capobianco. A casa de baixo morava o Pacoal casado com Aldema, as filhas Carminha a Rosinha e a ( )o Pascoal tinha um chevrole 36 preto, sempre pegava viagem para redondeza, quando tinha que fazer estas corridas ele chegava na porta da sapateiro Samuel que era de lado de sua casa, não falava nada, o Samuel já saia enrolando o seu avental para empurar o caro do Pascoal, so pegava no empurao. O comodo ao lado era a ferraria do Chico Antonio, italiano sis-

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temático, muito gozador, ferava cavalo, consertava espingarda, fazia as ferraduras esquentando a ferragem sobrando o fole manual, batendo na bigorna tinha uma técnica especial para temperar as feramentas, quando ele furava as ferraduras caia um chubinho, estes eram cobiçado pela molecada para atirar no estilingue, ou espingardinha de cano de quarda chuva, ficar observando o Chico Antonio trabalhar era uma festa. Embora ele tivesse amizade com todo mundo na hora do negocio era muito serio, quando um fregues vinha buscar um objeto concertado e dizia a ele, vou levar logo depois nos acerta, ele respondia não tenho nada para acertar, quando trouzer o dinheiro leva. O Chico morava de lado era amigado com a Paulina uma mulher negra muito querida da comunidade, não saia da janela, todos que passavam por ali tinha que bater um papo, a Paulina tinha um filho que não era do Chico, conhecido como Vitor da Paulina, este tinha uma voz que estremecia a cidade quando cantava, nas procissões da Igreja sua voz era escutada de longe. A casa abaixo era a segunda casa do Chiquito, cuja família já comentei quando subi a rua, mas nesta funcionava o serviso de alto falante cruzeiro do sul do Charuto, todos os dias as seis horas da tarde a cidade era despertada com a hora da ave maria,anunciava morte, festa,futebol.filme, musicas eram oferecida as namoradas com muito amor, aquele som fazia parte da comunidade. O charuto quando parou com o serviso de alto falante já de idade e muito doente foi levado por seu irmão Zezinho para São Paulo para tratamento, chegando la foram visitar o Vava que tinha sido locutor do serviso de alto falante do Charuto, quando ele avistou de

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longe o Charuto começou a narar como fazia antigamente (Estao ouvindo o serviso de alto falante Cruzeiro do Sul agora o tango Ouvindote que Dao oferece a Maria do Guilherme com muito amor) o charuto começou a chorar lembrando dos velhos tempos. Ao lado um comodo comercial do Zé pasteleiro, quando terminava a seção do cinema este estabelecimento enchia de gente para compras pastei, o Zé mudou para Brasilia em seu lugar ficou O Toti especialista em frango e leitoa asada, venda esta que também fez muito suceso com a moçada. O próximo imóvel funcionava no porão a padaria dos irmãos Toninho e Tatao irmão do Galileo, no comodo no nível da rua foi alugado para o sr. Pedro seleiro que veio da cidade de Santa Rita de Caldas, ali montou sua selaria trouxe uma família muito simpática a Ditinha que casou com o Geraldo do Oreste, a Odete. O Barbozinha,o Joao Barboza, o sr. Pedro casou com uma viúva filha do sr. Joao Beijamin, ele era musico, e, tocava na banda do papae. No prédio abaixo era o hotel Souza, me lembro das pessoas ligada a esta família do hotel o sr.Policeno que também trabalhava no correio, a Ordalia,a Zizinha,o Prinio,o Nene do Policeno o Arguinho que construio o prédio onde e o Banco Itau, Reginaldo, o Jose Augusto. O comodo abaixo era o famoso bar do Chico Guereiro, local de encontro de torcedores do Fluminense que ali se juntavam para assistir jogos pelo radio tomando cerveja, me lembro, dr. Celio,dr. Brigagao,Joaquim Junqueira, Igrecio Flora, Paulo Curi, Niltom da Ieda, tinha um salao ao lado com uma mesa de pic-poc, os estudantes que chegavam de férias se juntavam para jogar, naquele tempo

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todo mundo usava sapato ali ficava um engraxate trabalhando seu nome Lazaro malacabado,não era bonito. A propriedade abaixo era casa de residência e comercial, chamava casa Narciso de Raul Ambrogi este meu tio foi um grande comerciante, desmanchou esta e construiu o mais importante sobrado daquela época, já de idade acabou o capital nunca mais conseguio ser o mesmo comerciante do passado, foi casado com tia Carolina. Seus filhos, Ieda casada com o Nilton,Ilma casada com Chiquinho,Raul casado com Augusta a Ione casada com o Iscaldine, Ilsa casada com ( ), Irene casada compasso preto. Pasando a rua a prefeitura municipal, onde também funcionava a coletoria estadual, e o fórum, não sei como cabia trabalhavam na coletoria, Joaquim Junqueira, Janguta.Elcio,Domingos de Paiva,Plinio Bule. Celso Podesta. Sr. Guilherme, o comodo era pequeno. No fórum trabalhava o Juiz dr. Valter de Luna Carneiro, promotor dr. Valter, o cartório do Renato Bucci, oficial de justiça o Valtinho o Augusto de Paiva. Na prefeitura o Samuel de Carvalho o Alfredinho. E a Jurinha de Castro. A casa de baixo era a residência e farmácia do sr. Avelino, sua esposa dona Messias, o filhos, dr. Rubens, dr. Celio, e,o Linito, meu amigo de infância, era um dia mais velho do que ele, que tristeza todos já faleceram, nesta casa e que eu brincava, era uma casa de luxo para época tinha piano, um contraste com nossa pobre família, a farmácia toda instalaçao em madeira, o balcão com os pes torneados, era decorado com dois cálice enorme cheio de uma agua azul e outra vermelho, quando a gente e criança tudo e maravilhoso.

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A casa abaixo era do sr. Antonio Nogueira, casado com Toninha, os filhos o Zé Nogueira casado com a Arlete , a Lilia casada Ernesto funcionário da exatoria estadual, a Dalva casada com o sr. Pedro da Pernabucana, a Dalva durante a vida de minha mae todos os dias ela fazia a sua visita , por este motivo sempre tive um carinho especial por ela. A casa abaixo morava o sr. Reginaldo de Souza sua mulher dona Matilde, os filhos, Fernando da minha idade mudou cedo de Campestre, o Roberto. O Paulinho medico,e a Maria Marta, me lembro do nascimento dela foi uma festa única mulher na entre os filhos. Nesta casa também funcionava o cartório de registro civil, nossa casa era em frente era grande a amizade, me lembro que certa vez o papae e o sr. Reginaldo fizeram um presépio de papelão, toda noite íamos para torre da igreja trabalhar no presépio, e que foi remontado por muitos anos. A casa abaixo o sr. Salvador Flora sua esposa dona Zefina Basoto, os filhos, Laercio da minha idade Fausto e o Flavio temporão, todos filhos mudaram de Campestre, o sr. Salvador moreu a muito tempo a sr. Sefina neste ano de 2016 com 103 anos, a vida toda minha mae pagou juro a ela, pois sempre pedia dinheiro emprestado. A casa abaixo era do sr. Benedito Jorje casado com dona Zilda, prima do papae, durante muito tempo esta casa foi a mais importante de Campestre,ele era gerente do Banco Mineiro da Produçao, foi prefeito nomeado, dona Zilda me contava que o Zèca da Pedra foi a Belo Horizonte e quando voltou foi a casa do Benedito e falou você vai ser prefeito, sr. Benedito disse sou gerente do banco, Zeca disse já conversei com a diretoria do banco esta tudo acertado, dentro de

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15 dias saiu a nomeação. A casa abaixo era do Pedrinho Ducca casado com a Filhinha, não tiveram filhos, sua casa era impecável de limpeza, a pintura era feita todo ano, os vidros da janela sempre brilhando, trabalhava direto para ele o Jose Emilino, cuidava de toda limpeza, também era barbeiro de modo especial para o Pedrinho, para ele as feramentas era especial, somente para ele. O Pedrinho era como fosse um rei que deveria ser bajulado, o Pedrinho levava ele para asistir filmes, quando terminava Perguntava para o Ze, gostou do filme, o Ze respondia se o sr. Gostou eu também gostei. Na casa de baixo morava o sr. Fortunato e dona Maria, os filhos Joao Miranda Natinho e Maria, o Natinho e o Joao eram dois bruta homens, decedentes de alemães todo mundo tinha medo dos dois, eram contratados para quarda costa nos bailes, qualquer atividade que precisava de segurança era com eles mesmos, o Natinho foi para Poços de Caldas a família do Joao continua em Campestre. A casa de baixo era do Jaime da Ladeira casado com Ricardina filha da tia Carula, tinha uma fazenda na barra a sua residência fixa, a casa da cidade era para as ocasiões especiais,misas,festas, estudo dos filhos dexou uma família estrardinaria, gente boa, inteligente, amiga,quase todos mudaram de Campestre, ficaram o Tiao do Lago a Carolina e a Maria a casula. Em uma pequena casa abaixo morou o Salome, era tintureiro e chapeleiro, quase todos os homens usavam chapéu e terno, esta profissão reformava os chapéus e lavavam os ternos, ele também tocava clarineta na banda do papae. Na casa abaixo morava a Nhanica, com sua irmãs, Maua e chu-

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ca, era três irmãs filhas de fazendeiros ricos, viveram a vida gastando as heranças dos pais, eram um pouco retardadas, a Nhanica criou o Joao Edson e que nos chamávamos de Joao da Nhanica, ele ficava muito bravo. Pasando a esquina o segundo bar do Chico Quereiro, os filhos o Joanzinho casado com aNilce, o Miguelzinho e a Tota que ainda mora na casa. ali se concentrava os mesmos frequentadores do primeiro bar com o acresimo dos novos entre eles o Linito,o Fererinha,Wilian,Joao Miranda,Jorge Fereira,Joaguim Pimenta, Lucio coletor federal, personagem de fora que se apaixonou por Campestre Na seguencia tinha um muro cumprido,neste tereno foi construída um sobrado para o casa da Denise irma da Ligia. A casa abaixo era a casa do Zezinho do Zeca Zico, era fazendeiro com propriedade em São Pedro de Caldas, os filhos oDerci,Zé Martelo, Adaiube,e Divina casada com o Lazaro de Melo. A casa abaixo morava o turco Joao Jorge e a italiana dona Concheta, os filhos Benedito,Domingos pai da dona Regina,Marieta,Maria, Dalila,tinha um filho solterao que andava de terno de brim cac, gravata parece que não conversava com niguem, o outro também solterao muito comunicativo gozador,contava muitas historias, dizia que na época em que soldados fizeram tiroteiro na cidade ele criança catava as cpsula de bala vazia. Contava que certa ves um repórter vindo do Rio de Janeiro para entrevistar o Zéca da Pedra, quando ia chegando perto dele perguntou o sr. Que e o famoso Zeca da Pedra ele respondeu, não a pedra que e minha., seu nome era Norberto Jorge. Pasando a rua era o Hotel Campestre propriedade do Lulu e

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dona Filhinha do Policeno, seus filhos a Dina, o Dijalma, Vazinho, Minininho, Hugo, Jarbas, a família mudou cedo para Poços de Caldas, sei que tinham outros filhos menores e que não tenho conhecimento dos nomes. O Dijalma foi nosso colega na fundação do Ginasio, gostava de cantar granada fazia o ambiente tremer, trabalhava no correio. O hotel foi vendido para um filho do Jose Augusto o Milton, seus filhos o Marinho um outro casado com a filha do Zé Chigada, o Zequinha, o Leconcio, também uma menina cantora formaram uma banda famosa, no hotel eles ensaiavam dia e noite, faziam shou pelo Brasil afora, a família também mudou para Campinas. Abaixo do hotel tinha um muro comprido osr.Joaguim Bernardes um fazendeiro famoso comprou parte desta área e construiu uma casa confortável para época,seus filhos,Samuel casado com a Jacira minha prima,o Gentiu, Maria casada com o Ze de Lima, a Nana casada com o Zé Passos, esta, ainda mora nesta casa. Me lembro que nesta época um veiculo que fazia sucesso era as piruás aero wuilis, a família chegava da fazenda em três piruás novinhas, a comunidade ficava admirados. A casa abaixo era do sr. Carlito Capobianco, suas esposa dona Maria Venancio, os filhos a Rosa Maria , o Quitinho, e a Dodoia, o Carlito era dentista muito sem vergonha, muitas vezes cantava certas clientes, se der certo tudo bem, porem se a dona recusava ele dizia quer da,da si não no meu consultório eu quero respeito, um dia encontrei a filha mais nova do Carlito ela me disse que saudade do sanduiche de mortadela do bar do Chico Guereiro. Na casa de baixo morava Antonio de Brito Viana, sua espo-

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sa dona Iolanda Capobianco, professora religiosa um exemplo de pessoa, dava também aula de canto, eu tinha um amigo o Dito, em nossas conversas sobre diversos assuntos, ele sempre falava a dona Iolanda me ensinou isto, ela conseguia fixar na mente de seus alunos qualidades de comportamentos. O sr. Toninho era dentista, fazendeiro e politico famoso tinha uma oratória vibrante. O casal tiveram um único filho o Jose Henrique, também dentista, casou com a Maria Celia. A casa de baixo morava o Flores casado com Maria Capobianco, tinha um filho que não sei se era de um segundo casamento, o Luizinho do Flores este fes muitas obras em Campestre era construtor e pai do engenheiro Carlinho engenheiro que trabalhou na prefeitura, mudou para Poços com toda a família. A ultima casa morava o sr Jose Sebastiao de Loiola,sua esposa Ana Justina, os filhos ,Alvaro,Pedro,Lodovico.Benedito, Jose, Alvaro foi prefeito e um grande comerciante da época, Lodovico foi sócio e um dos fundadores do muinho de trigo em Varginha, quase todos os decedentes foram grandes comerciantes em Campestre e Poços de Caldas. Pense muito em escrever sobre os habitantes da rua central de Campestre daquele período, (mais ou menos 1950) quem poderia interessar, somente pessoas com mais idade e que naquele tempo por aqui moraram, para mim foi muito bom matar a saudade, espero que pelo menos uma pessoa sinta o mesmo que eu senti, dizia um velho italiano(Quem morou em Campestre e não tem uma historia para contar não viveu).


A FAMÍLIA

Por iniciativa do Papa Joao ,Paulo ll, em setembro e outubro de 1980 em Roma aconteceu o ultimo Sinodo dos Bispos, juntamente com casais especializados no assunto família, afim de finalizar a Exortaçao Apostolica, -Famíliares Consortio- de sua Santidade Joao Paulo ll, dirijida ao Episcopadp ao Clero e aos fieis de toda a Igreja Catolica sobre a função da família crista no mundo de hoje. Este documento embora já tenha mais de 35 anos e completamente desconhecido pela maioria dos católicos, mesmo com este tempo o conteúdo e atual e a fraze de Sua Santidade que sempre me chamou antençao,O FUTURO DA IGREJA E DO MUNDO PASSA PELA Família, por este motivo sempre tive uma atenção especial sobre a família, acredito que a família que e uma pequena Igreja Domestica poderá no futuro salvar a humanidade, isto porque o ser humano vive a procura da felicidade, a felicidade somente se encontra na pratica do amor, e dentro da família que se pode com maior facilidade praticar o amor, e simples perceber isto, os pais aman seus filhos, os filhos aman seus pais, e dentro da família que existe a possibilidade da pratica do amor sem que as pessoas percebam na famí121


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lia praticam o amor, e a pratica do amor que leva a felicidade, como exemplo se por acaso o Marco meu irmão não tivesse casado, não tivesse família tenho certeza seria uma pessoa frustrada na vida, no entanto somente o convívio com aqueles netos o torna um homen completamente feliz, porque pratica o amor a família que proporciona esta possibilidade. Gosto sempre de fazer refrexao sobre a importância de se ter uma família. Ano passado, 2015 nossa prima Elza Maraneze faleceu, sempre visitei a sua casa, estava sempre acompanhado dos filhos e netos, dava e recebia amor. A outra nossa prima a Sonia, companheira da Elza, solteira já de idade avançada, não tem a companhia de filhos e netos, não tem para quem dar e nem receber amor,tenho certeza vive infeliz,olha a importância de se ter uma família. Trabalhei muito na tentativa de melhorar o relacionamento de casais desajustados, cheguei a conclusão que quem resolve os atritos dos casais são eles mesmos, o máximo que podemos fazer é despertar, o dialogo, o que me deixa preocupado são casais de muita qualidade em que o marido é bom, trabalhador, honesto fiel, bom pai, a esposa também com as mesmas qualidades e vivem infelizes por não curtir a vida, já que os dois pelas suas qualidades nunca vao se separar, porque não viver com sabedoria, namorar, passeiar, visitar parentes amigos, enfim usar a inteligência e ser felizes, procurar uma atividade na igreja na sociedade trabalhar de forma gratuita apenas por prazer. Outra coisa que me preocupa são as atitudes dos pais, que por amor a seus filhos fazem tudo para eles, são coisas que sao obrigação

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dos filhos, certos pais não dexam os filhos aprender, os maiores prejudicados são os filhos que na falta dos pais ficam perdidos na vida, não aprenderam, por culpa dos pais. Outra coisa que tenho observado são as mães por ocasião do nascimento do primeiro filho, são por demais responsáveis, cuidadosa, largam de tudo para cuidar deste filho, esquecem que tem um marido, o mesmo fica abandonado, muitas vezes dificulta o relacionamento. No relacionamento do casal quando não vai bem antes de condenar o companheiro e necessário fazer uma reflexão bastante sincera, o que é que eu estou errado, quem sabe a solução esteja em você mesmo. Eu li em algum lugar a opinião de um cientista dizendo que a tecnologia vai acabar com a humanidade,tem hora que ate acredito nisto,um equipamento da maior utilidade em nossos tempos o celular, foi criado para a comunicação entre pessoas, hoje tem mil utilidades, mas de maneira nenhuma poderá substituir o aperto de mao, o abraço entre as pessoas queridas, é muito fácil de perceber isto, o celular é um objeto criado pelo homen, já o ser humano é um ser criado por Deus, sorri, chora tem sentimentos,ama, A desorganização social no mundo com toda certeza passa pela desagregação da família, a medida que a ciência aumenta, diminue a fe, o ser ,humano da atualidade não tem mais medo do pecado, mesmo assim embora haja trevas nas famílias também e verdade que existe a luz, vamos ter esperança, a família salva. Aos nossos famíliares com filhos pequenos, principalmente os que tem filhos dos zero aos 12 anos, aproveitem eles, levem nos par-

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ques,faça pic-nic, abrace, beije, pulam corda, briguem de carinho, jogue bola, batem peteca curtam enguamto tiverem domínio, a vida passa depressa demais, não percam tempo, aproveitem. Desde 1977 acostumei a reunir minha família por ocasião do natal para um almoço, com o passar dos tempos muitos de nossos famíliares partiram, para onde também sera o nosso destino, com a idade chegando vai ficando cada ves mais difícil a organização destas reuniaoes, mas peço encarecidamente aos decedentes de nossa família nunca deixar acabar estas reuniões.

Família DE LUCA Local: SANT’ANNA, ITÁLIA Nome

Nascimento

SALVATORE DE LUCA

12/10/1838

casado com ERMINIA CAGNACCI

21/12/1831

Filhos: ALAIDE

07/02/1866

ELENA

24/02/1872

CESARE

24/02/1872

AMERICO

19/10/1869

ROSA

27/11/1860

ESTER

12/09/1862

PASQUA MARIA

03/09/1884

ELVIRA

1876

M. ELENA

1868

GIO. MARCO

1866

Relação dos irmãos da vovó Elvira, que foram batizados na Capela de Sant’Anna em Lucca, Itália.


A SAUDADE

Do bar do Chico Guereiro, o de cima e o de baixo, do bar do Pedrinho, do morro do Nicola,do beco do Padre,da porteira do areiao,da arvore de panelinha, do bar do Ze pasteleiro,do cinema do Chiquito no teatro e na casa dele,do time de futebol juvenil do sr. Geraldo do banco, do Furacao Mineiro,do Cine Imperador com sua abertura Luzes da Ribalta, nas bricadeiras no Club,dos grandes bailes, Casino de Sevilha,das festas da Igreja, leiloes de prendas e de gado, da banda de musica,dos grandes personagens, o Pelanca,a Vaca Brava,a Jardineira, a Ramoninha, o terra na Lata,o Pic,o Chico Maduro,o Dornirio e sua irma, a baiana, o pipo, e a cora,dos amigos ausentes, o Claudio, o Linito,o Ze Pichicha, o Clovis, do Vitor da Paulina e sua voz, o mais triste e a saudade dos amigos presentes, os tempos modernos dificulta estes relacionamentos, do porteiro Breve e todos empregados da Lago Ducca, principalmente aqueles que me ajudaram na administração, as meninas do escritório,os amigos da Casa Comunitaria, o Ze a Julieta, a Rose e suas filhas ,os amigos da igreja,os que ainda hoje tenho contatos, sr. Vitor e Dona Alzira,Nilso e Cidinha, Ligia e o Afonso. E mais um amigo especial quase toda 125


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quinta feira as três em ponto chego a porta de sua casa sem bater ele sente meu cheiro abre e sem assunto conversamos duas horas, e muito bom, logico, muito mais amigos que estão no fundo do meu coração, e que já não tenho força para busca-los, estaram sempre guardados,obrigado a todos. Tenho muita coisa ainda para escrever, mais já estou ficando cansado e vou parando por aqui, antes porem queria agradecer minha esposa por me aguentar mais de cinquenta anos, a meus filhos e netos a alegria e o orgulho por serem meus decedentes, a meus pais por me dar irmãos que valeu a pena ter com eles convivido, a sobrinhada orgulho de nossa decedencia, e as pessoas de fora que entraram para nossa família se não eram bons, ficaram. Espero um dia descançar em paz junto a meus pais e meus irmãos, e quem sabe um decedente meio maluco possa colocar uma placa com o seguinte. Aqui descança em paz uma família decendentes de italianos foram bebedores de vinhos,comedores de macarao, pescadores, jogadores de futebol e truco, músicos, viveram e amaram a vida principalmente amaram entre si. Família Ambrogi Lago.


MamĂŁe em tempo de solteira.


O Jornalista Ltda. Poรงos de Caldas - MG 2016




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