Revista Viração - Edição 93 - Fevereiro/2013

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Deseducar para compreender mostrará 12 modelos para Projeto Educ-ação reunirá e fessores e pais inspirar jovens, escolas, pro Thaís Barros, do Setor 3*

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ual seria o modelo educacional inspirador para você? Uma escola construída em bambu, ou uma que ensina português e matemática por meio de games? Ou outra com uma divisão de classes por assuntos compatíveis em vez de ser pela idade? Ou quem sabe ir para uma universidade, na qual a temática é sustentabilidade, ou empreendedorismo? Esses e outros modelos educacionais espalhados pelo mundo estão sendo pesquisados pelos idealizadores do EducAção, um grupo de quatro ativistaseducadores-deseducadores, como se autointitulam. Eduardo Shimaraha, mais conhecido como Shima, diretor de inovação e sustentabilidade do Anima Educação; o jornalista André Gravatá e as pesquisadoras Camila Piza e Carla Mayumi foram em busca de práticas de ensino diversificadas e autônomas nos cinco continentes do planeta e o fim dessa jornada resultará no livro Volta ao Mundo em 12 escolas. Essa publicação exigiu uma pesquisa detalhada sobre inúmeras escolas e contou com a ajuda de amigos, que acreditaram na iniciativa publicada no Catarse, um site de financiamento coletivo, que conseguiu arrecadar 57 mil reais, quase 10 mil reais a mais do que precisavam. O valor solicitado, até 9 de novembro do ano passado, era de 48 mil. A obra, escrita por André, terá como finalidade inspirar, mostrar às escolas brasileiras, jovens curiosos, pais inquietos e educadores empreendedores que é possível ensinar e aprender de outra forma. Esse livro pretende possuir uma

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visão pouco acadêmica, pois nenhum dos integrantes tem formação em educação e relatará as histórias vividas por cada um nas instituições. Previsto para ficar pronto no segundo semestre de 2013, contará com uma versão gratuita e disponível para download, além de compartilhar seu conteúdo em Creative Commons, ou seja, qualquer pessoa poderá copiar e colar onde quiser desde que os fins não sejam comerciais."Estamos querendo abrir os caminhos, mostrar outras possibilidades de fazer educação com mais autonomia e que é possível fazer na prática uma educação inovadora. Nosso objetivo não é falar que os 12 modelos são os melhores e que a educação tradicional não funciona. Ele funciona, mas não para todos. Existem pessoas que gostariam de experimentar outras práticas", diz André.

Quem são e como funcionam Segundo Carla Mayumi, sete instituições foram visitadas, mas ainda faltam cinco escolas para serem percorridas. A Quest to Learn é uma delas, conhecida pelas crianças por aprenderem por meio da produção de jogos. As demais são duas instituições no Brasil e uma na África. Uma escola na Argentina ainda está


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