Versus Magazine #18 Fevereiro/Março 2012

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Les Discrets

TARJA+BENIGHTED SOUL+HANNIBAL

Aula Magna – lisboa 15.02.2012 A Diva do Metal Desde que saiu dos Nightwish e abraçou uma promissora e cada vez mais segura carreira a solo, os fãs portugueses de Tarja Turunen ansiavam pela sua vinda a Portugal. Inserida na tournée final europeia de suporte ao álbum «What Lies Beneath», felizmente para todos nós, tal anseio tornou-se realidade este mês de Fevereiro de 2012, tendo sido a Aula Magna da Reitoria da Universidade de Lisboa o seu palco – não poderia ter sido escolhida melhor sala. Com os doutorais esgotados há meses e apenas uns escassos lugares por ocupar no anfiteatro, a primeira banda de suporte a entrar em acção foram os gregos Hannibal, com Alex Balakakis na liderança, tentaram aquecer as poucas hostes que já tinham entrado na sala e ir presenteando os demais que não iam parando de entrar à medida

Soror Dolorosa

que o tempo passava. Em seguida, foi a vez dos franceses Benighted Soul, que actuaram já com a Aula Magna praticamente completa, cheios de energia e garra, num estilo mais próximo da banda principal, mas que foram amplamente prejudicados na performance pelo fraquíssimo som do PA, que aniquilava a música por completo. Valeu o esforço. Por volta das 22h10, pontualíssimos, as luzes apagaram-se, a música de entrada começou a ecoar na sala, com os membros da banda de Tarja a entrar um a um. Primeiro, Max Lilja (ex-Apocalypica) com o seu “cello”, depois o teclista Christian Kretschmar seguido pelo baterista Mike Terrana (Masterplan, Savage Circus, ex-Rage, ex-Malmsteen). Momentos depois surgiu, quer o baixista Kevin Chown, quer o guitarrista Alex Scholpp, faltando apenas a entrada da diva, razão da presença de todos os que se encontravam aí. No crescendo final da música de entrada, Tarja entrou com um resplandecente e elegante vestido preto e a Aula Magna veio literalmente abaixo. A loucura foi total, a histeria feminina assombrante pela presença da diva do Metal, Tarja Turunen. A música de ataque, “Ante-

room of death” colocou logo o tom no concerto que se seguiu e ficará marcado para sempre na memória dos que ali estiveram presentes. Antes de “My little lies”, Tarja expressou um genuíno sentimento de felicidade no seu agradecimento, num excelente Português “Boa noite Lisboa, estou feliz por estar aqui pela primeira vez, muito obrigada”. Seguiu-se “I walk alone”, cantada de fio-a-pavio com a bandeira nacional na mão - o que é para mim, a imagem desde concerto o espectáculo ia de crescendo em crescendo, com uma performance fortíssima e magistral de todos os membros da banda e mostrando Tarja a todos, a sua magnífica voz e grande atitude metálica a todos. Neste capítulo, Tarja não deixou os seus créditos por mãos alheias e entregou uma exibição magistral – o som também ajudou desde o início, já que estava perfeito. Sempre puxando pelo público seguiu-se “Dark star” até praticamente todos os membros da banda saírem e sermos presenteados com o solo poderosíssimo da bateria de Mike “The Beast” Terrana, o que também serviu para Tarja mudar de indumentária, algo que já nós habituámos de outras para-


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