Versus Magazine #18 Fevereiro/Março 2012

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NEIL MORSE «Testimony 2 – Live in LA» (InsideOut Music) Mais uma vez Neil Morse (NM) surpreende. Esta edição ao vivo de Testimony 2 é constituída por 2DVDs e 3CDs. No que aos 3 CDs diz respeito, NM reúne os músicos originais de Testimony 1(T1) mais Mike Portnoy na bateria. A primeira parte do concerto (os dois primeiros CDs) é constituída por vários épicos de álbuns anteriores, incluindo, “Lifeline”, “Sola Scriptura” ou “Seeds of gold” (~27minutos), mais um medley de temas de Testimony 1. Só este set list seria o suficiente para compensar o preço do bilhete (ou desta edição) mas não… Neal Morse ainda nos oferece o álbum Testimony 2 na íntegra. Sem mais palavras: 2 edições absolutamente obrigatórias. [10/10] Eduardo Ramalhadeiro SEAGULLS INSANE AND SWANS DECEASED MINING OUT THE VOID s/t (Witching Hour Productions) Este é o resultado duma espécie de trip astral que levou o dueto polaco Havoc (Blindead, ex-Behemoth) e Nihil (Furia, Massemord) muito para lá da orbita terrestre, a anos-luz de todos os parâmetros definidores do metal extremo. Um bizarro cocktail de mantras post-black metal com devaneios industriais, divagações electrónicas e efeitos psicadélicos que nos transportam para uma mundo distante de paisagens desoladas e ambientes hostis. Mais do que um daqueles caprichos irrelevantes que por vezes brotam em estúdio de egos insuflados, este é um trabalho invulgar e bem conseguido que merece toda a atenção. [8/10] Ernesto Martins STEVE HACKETT «Beyond The Shrouded Horizon» (InsideOut Music) Tal como Neil Morse, também Steve Hackett (SH) dispensa qualquer tipo de apresentação – foi guitarrista (excelente) de umas das melhores bandas de Rock Progressivo nos anos 70 – Genesis. Após 1977 lançou-se numa carreira a solo onde se destacam «A Midsummer Night’s Dream», gravado com a Royal Philharmonic Orchestra e «Tribute», um hino ao virtuosismo, interpretando algum do reportório de Bach. É um prazer ouvir «Beyond The Shrouded Horizon»: convidados ilustres, técnica, virtuosismo, harmonias vocais a fazer lembrar Pink Floyd misturadas com soberbas orquestrações – muito ao estilo Deep Purple – no fundo, do melhor que SH e o rock progressivo nos têm para oferecer. [9.5/10] Eduardo Ramalhadeiro

SUPREME LORD «Father Kaos» (Witching Hour Productions) Desde 1995 que os Supreme Lord gravavam demos, até 2004, ano em que lançaram o seu primeiro longa duração «X99.9» «Father Kaos» é só o segundo álbum de originais destes Polacos que tocam um Death Metal ultra brutal. Os temas são muito directos e incisivos, boa técnica e muita rapidez. No entanto, e como opinião pessoal, não me agrada a produção da bateria (muito comprimida) e o abuso dos “gritos” de guitarra nos solos – tão típicos nos Slayer. Um álbum para quem gosta, por exemplo, de Incantation. [7/10] Eduardo Ramalhadeiro


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