Versus Magazine #18 Fevereiro/Março 2012

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“…Os Asphyx irão ser sempre uma banda de Doom/Death brutal até ao fim.”

eramos ser música. Que se lixe o talento ou a técnica extremamente apurada. Quem é que quer saber disso? Nós é que não de certeza. A história do disco «The Rack» foi que o álbum foi gravado entre tijolos e cimento na nossa sala de ensaios enquanto o estúdio Harrow ainda estava a ser construído. Foi gravado apenas em 8 pistas e custou não mais do que 1000 euros. Quando fomos a Dortmund (Alemanha) ao escritório da Century Media, os nossos gestores ouviram a cassete DAT e pensaram que estávamos a gozar com eles. Eles disseram “ahah, boa piada rapazes, mas deixem-nos ouvir a versão para o álbum por favor…”. Então dissemos que essa era a versão final e eles quase começaram a chorar de frustração pois acharam que o som estava uma porcaria, haha! Mas como não tínhamos tempo para gravar o álbum novamente (tínhamos de ir para a estrada com os Entombed no espaço de 5 semanas) eles tiveram de editar o que tínhamos. No fim eles puderam voltar a sorrir porque o «The Rack» vendeu bastantes cópias. Vocês têm o novo álbum a sair e aposto que são muitas vezes solicitados para comentar sobre «Deathhammer»; de acordo com vocês este é o melhor álbum da banda. Porquê? Que factores podes enumerar que sustentam esta afirmação? Sim. O porquê de pensarmos que é o melhor álbum até agora? Porque é o melhor álbum dos Asphyx de sempre… pelo menos para nós, mas também alguns dos mais

respeitáveis fãs da banda nos dizem precisamente isso mesmo. Em «Deathhammer» tudo faz sentido, todas as peças encaixam. A escrita das músicas é a melhor de sempre e portanto as músicas são do mais pesado que alguma vez fizemos. Este álbum tem uma alma. Vocês continuam zelosamente a tocar com guitarras BC Rich – tanto quanto pude descortinar é o que sempre usaram – ou introduziram uma nova marca desta vez? Também usamos Gibson e Jackson, mas principalmente guitarras BC Rich. De alguma maneira adequam-se melhor ao nosso estilo de tocar. Entre os vossos dois últimos originais – «Deathhammer» este ano e «Death… the Brutal Way» em 2008 – houve entretanto o lançamento dum DVD ao vivo. Quando estavam a preparar o DVD já estavam convencidos que a reunião de 2007 era suficientemente sólida para avançaram para novo material sem olhar para trás? Trata-se de Live Death Doom e é um álbum 100% ao vivo, SEM quaisquer overdubs. Está tudo lá, a atmosfera, o suor, os erros ao tocar, tudo o que confere a um espectáculo o carácter humano. Nós acreditávamos que tínhamos em nós o que era preciso para conseguir novos álbuns de qualidade com a alma dos Asphyx e mais pesados do que nunca. Acho que conseguimos isso mesmo. Achas que a presente formação vai esta aí


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