Versus Magazine #18 Fevereiro/Março 2012

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se quisesse. Porém apesar de todas essas coisas continuamos fiéis às nossas raízes e a nós memos. O que é facto é que formei os Asphyx em 1987 e tive uma clara visão de como a banda deveria soar tanto nessa altura com no futuro. E essa visão era clara: pura e simplesmente doom/death brutal. É por isso que provavelmente sobrevivemos a todas as novas tendências musicais desde o início, pois os Asphyx foram sempre os Asphyx. Nós nunca quisemos saber de outros estilos ou tendências que foram surgindo. Depois do percurso percorrido até agora, podes dizer-nos quais os piores momentos que a banda teve de ultrapassar e como é que lidaram com isso para continuar a trilhar novos caminhos? E qual a melhor altura da banda? Os piores momentos foram com certeza quando houve alterações no alinhamento. Mas estas também tiveram de acontecer, caso contrário os Asphyx não teriam continuado na mesma linha sonora. Quando alguém quer alterar o estilo musical, quebrando com isso as regras na banda, então terá de sair e seguir o seu próprio rumo. Simples. O tempo em que nos sentimos mais realizados foi durante a reunião de 2007 até agora, resultando em «Deathhammer». Este álbum é com certeza a coroa do nosso trabalho até

hoje. Muitas bandas vêm o seu som a evoluir ou mesmo a sofrer mutações ao longo do seu tempo de existência. Mas como vocês dizem muitas vezes o som da banda seguiu sempre a mesma direcção desde o início. Deveríamos entender essa opção como uma procura de solo firme em termos musicais ou simplesmente uma incondicional devoção às raízes do Death-Metal? Sim, e nunca irá mudar. Os Asphyx irão ser sempre uma banda de Doom/Death brutal até ao fim. É uma devoção às nossas raízes, aos nossos admiradores e acima de tudo e mais importante a nós próprios. Eu não me imagino a fazer outra coisa qualquer que não isto. É o que nós hoje somos e o que sempre fomos musicalmente. Vi numa outra entrevista onde falaram da particularidade da gravação do álbum «The Rack». Acredito que é a prova que o talento não é necessariamente dependente do dinheiro. Concordas? Poderias brevemente dedicar umas linhas a contar aos nossos leitores como foi a gravação desse álbum? Não! Tudo isto tem que ver apenas com o espírito e a alma que estão na música. Isso pode ser percebido facilmente ao ouvir as músicas. E isso é tudo aquilo que consid-


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