Versus Magazine #13 Abril/Maio 2011

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que estes tinham de contidos, dentro do género, tiveram os suecos de exuberantes. O foco de todo o movimento foi Niklas Kvarforth, que poderíamos apelidar de “Mr. Shining”, tal o controlo que revelou, durante toda a actuação, apesar do recurso constante ao Jack Daniels e ao cigarro. Brilhantemente apoiado pelos restantes membros da banda – que foi apresentando à medida que desfiavam o rosário de canções –, gritou, grunhiu, soluçou, murmurou, usou vocais limpos e voz cavernosa, ao sabor dos vários sketches musicais que se iam sucedendo. É que Kvarforth não se limita a cantar: dele poderemos dizer que é um poderoso entertainer, capaz de incendiar o público com apelos como “Submit to self destruction” ou a dedicatória de uma canção a todas as mulheres portuguesas. Espero que as suecas lhe perdoem! Após um check sound rápido, deu-se início a um verdadeiro ritual, que anunciou a entrada dos Watain. No palco, viam-se vários adereços, de entre os quais se destacavam dois tridentes em fogo, um de cada lado da bateria, e duas cruzes de Cristo invertidas, à direita e à esquerda do espaço a ser ocupado pelos restantes membros da banda. Estes entraram pela esquerda e, enquanto o baterista ocupava o seu lugar, Erik Danielsson acendia velas negras em pequenos candelabros pousados diante da bateria. De costas para o público, beberam algo que se assemelhava a sangue, que depois cuspiram. Assim que os músicos se viraram para o público, começou a guerra, com uma sucessão de faixas vibrantes, em que todos os instrumentos se uniam de se revezavam no apoio à voz poderosa de Danielsson, que atingiu o ápice em “Total Funeral”! A banda ainda regressou para um último ataque, a pedido do público, verdadeiramente empolgado!!! Texto: CSA Fotografia: Luis Jesus


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