EMDIACOM – Mercado Hoteleiro

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Cliente em primeiro lugar da concorrência por ter como referência as práticas internacionais – no caso de redes estrangeiras, principalmente, ou pela atuação em outras praças –, o que permite um entendimento mais claro acerca da cadeia produtiva”, analisa Luppa. A hotelaria independente representa uma parcela majoritária na composição do perfil dos meios de hospedagem que atendem o mercado de viagens corporativas. De acordo com a movimentação da Abracorp no primeiro trimestre de 2015, a hotelaria independente concentrou 34,2% de share, ocupando a liderança no ranking quando comparada à participação individual das redes que são as mais demandadas. “O grande desafio da hotelaria independente é manter integração sistêmica com as TMCs, para garantir sua competitividade no cenário atual”, analisa Edmar Bull. “Vemos que a hotelaria independente tem se esforçado para implantar melhorias, porém, ainda em muitos casos, os sistemas e processos utilizados não são os mais adequados quando comparamos com as redes hoteleiras globais”, acrescenta Eliane. A profissionalização é uma opinião comum entre todos os entrevistados pelo EMDIACOM. “É percebida uma movimentação também por parte dos hotéis independentes na busca pela profissionalização do seu quadro de colaboradores, e muitos deles já conseguem estabelecer práticas comerciais tão eficientes quanto as utilizadas pelas grandes redes no País”, situa Luppa. “O grande ponto é que o hotel precisa ter um departamento comercial profissionalizado, que entenda toda a cadeia produtiva do turismo.”

A segmentação é importante para que o hotel possa definir sua estratégia e atender bem seus hóspedes. Mas Luppa considera que a segmentação ainda é um diferencial pouco explorado no Brasil. “O mercado precisa de soluções que atendam à diversidade de necessidade apresentada pelos vários perfis de hóspedes. Ainda há dificuldade por parte do hóspede em compreender a categorização de produtos e serviços e identificar a relação custo-benefício”, finaliza.

Luis Paulo Luppa

Presidente da Trend Operadora e Conselheiro Consultivo SPCVB

Edmar Bull

Presidente do Conselho de Administração da Ass. Bras. de Agências de Viagens Corporativas - (ABRACORP) e VP Conselho Curador SPCVB

Eliane Martins

Conselheira da Associação Latinoamericana de Gestores de Eventos e Viagens Corporativas - (ALAGEV)

Gilberto Hingel

Afiliado à da Associação Brasileira das Operadoras de Turismo - (BRAZTOA)

Gilberto Hingel - Associado da Associação Brasileira das operadoras de Turismo - (BRAZTOA) Uma tendência que ganhou força nos últimos anos no Brasil foi a segmentação na hotelaria, muitas vezes vista como um diferencial competitivo. A segmentação de mercado, incluindo diferenciais focados em nichos, é uma tendência irreversível e necessária; embora o posicionamento das marcas nem sempre correspondam à oferta de serviço compatível com as necessidades e as expectativas do público-alvo. Por questões conjunturais, um empreendimento do tipo luxo, por exemplo, ao praticar tarifas promocionais dedicadas aos canais de venda direta, pode comprometer o perfil da marca. “Assim, o que aparentemente resulta em ganhos pontuais acaba gerando prejuízos de elevado custo. Recuperar a imagem da marca sempre requer mais investimentos e prazo para a obtenção do retorno desejado”, acrescenta Bull. A definição de seu públicoalvo é vital para um hotel sintetiza Eliane. “As necessidades e demandas do corporativo são diferentes e tem um público disposto a pagar um pouco mais caro, porém são muito mais exigentes”. EMDIACOM | ACADEMIA VISITE SÃO PAULO

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