EMDIACOM – Mercado Hoteleiro

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É HORA DE INVESTIR? OS DOIS LADOS DA MOEDA Pontos de atenção ao decidir ser investidor hoteleiro e dicas para um meio de hospedagem de sucesso segundo consultores e empreendedores

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A hotelaria brasileira vive de momentos e o atual merece destaque. Algumas regiões ganharam visibilidade após a Copa do Mundo 2014, mas outras também tiveram alguns problemas. O capítulo faz uma análise setorial e ainda abre espaço para especialistas destacarem alguns pontos de atenção para quem quer ser investidor hoteleiro. Na outra ponta, Antonio Maurício Dias, diretor executivo do Royal Palm Hotels & Resorts, e Wilson Poit, diretor-presidente da SP Negócios e SPTuris, comentam sobre os desafios e conquistas ao se decidir investir na hotelaria brasileira.

praticamente obrigou as incorporadoras e construtoras a buscarem novos tipos de produtos para investirem. Diante do cenário político-econômico brasileiro um tema ganha espaço, a cautela.

“Acredito que o segmento hoteleiro está com um grande potencial. Estamos em um período de baixa, que afeta a performance dos hotéis, mas a longo prazo a hotelaria estará melhor suprida” situa Ricardo Mader, diretor da área de Hotéis e Hospitalidade da JLL para a América do Sul.

Ricardo Mader - Diretor da JLL - Jones Lang LaSalle Hotels

“O mercado hoteleiro vem tendo ciclos de desenvolvimento. Fenômeno mundial que surge a cada 10 anos e há três estamos tendo um crescimento de demanda, exceto em relação a oferta de algumas regiões. Há uma maior profissionalização do setor e as redes hoteleiras ganharam destaque no cenário, assumindo um papel maior (como acontece no exterior). A diferença é que no passado apenas 30 cidades interessavam às redes. Hoje são mais de 200 cidades médias e em crescimento acelerado.” Caio Calfat - Diretor geral da Caio Calfat Real State Consulting José Ernesto Marino Neto, fundador da BSH International, diz que “o mercado hoteleiro brasileiro é mais estruturado nas capitais dos estados, entretanto ainda possui oportunidades em cidades consideradas secundárias e terciárias que apresentaram altos índices de desenvolvimento nos últimos anos”, apesar da crise imobiliária residencial e de escritórios que EMDIACOM | ACADEMIA VISITE SÃO PAULO

“O caso da crise da Petrobras afeta significativamente e já está comprometendo o segmento em algumas cidades dependentes da empresa no campo de geração de demanda. Acho que o setor hoteleiro na área de novos negócios não será afetado, pois são planejamentos a longo prazo.”

Marino Neto pontua dois tipos de investido “um que prefere aguardar a crise passar para voltar a investir e o outro que sabe que o mercado é cíclico e, consequentemente, entende que é no momento de crise que se deve investir em hotéis, pois, devido ao período (cerca de dois anos e meio) de análise de investimento à construção/inauguração do empreendimento, assim que o Brasil voltar a se destacar, seu hotel estará pronto para operação”. No Brasil, algumas regiões ainda estão com bons cenários para investimentos. De acordo com a BSH Travel Research, divisão independente de pesquisas da BSH International, há previsão de aberturas e inauguração de hotéis por todo o país até 2019. Em 2014 foi divulgada a abertura de 238 hotéis pelo país, dos quais 53% inaugurados neste ano, predominantemente em Minas Gerais, Rio de Janerio, Rio Grande do Sul e Paraná. De 2015 a 2019 foram divulgados mais 232 hotéis principalmente nas regiões sudeste, sul e centro-oeste, levanta o fundador das empresas. Também existem algumas saturadas como é o caso de Belo Horizonte (MG) e regiões do Rio de Janeiro (RJ). Quanto à capital mineira, Caio Calfat exemplifica 17


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