EMDIACOM - Mercado de Eventos Associativos

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TENDÊNCIAS EM EVENTOS ASSOCIATIVOS Especialistas apontam números e comportamento do setor Uma constatação real é a de que o mercado de eventos cresce significativamente no país. Segundo dados do II Dimensionamento Econômico da Indústria de Eventos no Brasil, estudo da Associação Brasileira de Empresas de Eventos (ABEOC Brasil) e do Sebrae Nacional, o segmento movimentou R$ 209,2 bilhões em 2013, ou seja, uma participação de 4,32% do setor no PIB brasileiro. Deste montante, R$ 72,22 bilhões são oriundos das atividades das empresas organizadoras de eventos. De acordo com o documento, o último levantamento similar foi realizado em 2001 e apontou que, naquele ano, a renda anual dessa indústria era de R$ 37 bilhões. Somente em relação ao número de eventos, de diversos segmentos e portes, o aumento foi superior a 80%, passando de 330 mil, em 2001, para mais de 590 mil, em 2013 - 95% deles nacionais e metade realizada na região Sudeste. Diante de um cenário vibrante, uma fração que ganha mais capilaridade é o de eventos associativos, “principalmente pelo aumento das especialidades e subespecialidades em todos os segmentos”, revela Regina Noronha, Diretora da Soma Eventos, empresa com 38 anos de fundação. Roosevelt Hamam, Fundador e Diretor Presidente da R. Hamam Eventos, também avalia que a fatia de segmentos associativos registra um crescimento positivo como demonstram levantamentos editados por

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órgãos e publicações especializadas. Para ele, “há ainda diversas entidades que possuem house agency, concorrendo abertamente com as empresas organizadoras. Não é uma prática proibitiva, mas entendo que o mercado tem que se posicionar, tendo em vista algumas regras que estabelecem as relações de todos os segmentos envolvidos (clientes, organizadores, fornecedores, patrocinadores etc)”. Anita Pires, Presidente da ABEOC Brasil, traz alguns elementos que confirmam esse fortalecimento setorial, como: necessidades de divulgação de pesquisas feitas pelas universidades; demandas das associações em mostrarem seus setores de atuação; mudanças na tecnologia; busca de atualização; e facilidade de networking que os eventos propiciam. Com a ampliação da conectividade e o acesso à internet, uma tendência que ganhou evidência no mercado de eventos associativos foi o hibridismo, ou seja, aqueles em que há a mistura de ações presenciais e virtuais, como a participação à distância, transmissão do evento online e promoção de aulas através de webinários. “Nosso setor precisa assimilar a cultura do evento híbrido, mas é uma questão de tempo”, pontua a presidente da ABEOC Brasil. “As pessoas nem sempre têm disponibilidade e, dessa forma, conseguem acompanhar o desdobramento e eventos de suas especialidades. A perda fica por conta da falta da confraternização e relacionamento interpessoal”, completa Regina Noronha. Como é um formato que tem características próprias, “verificou-se que nada é mais importante e eficiente do que o contato pessoal colocando frente a frente os dois lados da relação comercial, permitindo esclarecimentos, negociações e conhecimento real dos produtos ofertados”, sinaliza Hamam. A gestão e resultados dos eventos híbridos envolvem diretamente o investimento em tecnologia. Um debate no processo de qualificação e capacitação das associações e organizadores de eventos é necessário, pontua Anita. Para ela, muitos organizadores de eventos ainda têm dificuldade para lidar com questões tecnológicas, devido à distância entre o mercado de tecnologia e o de eventos. Regina Noronha pondera que o investimento em tecnologia acrescenta qualidade: “com a soma de participação presencial e remota, os locais podem ser equacionados de forma mais econômica. O ganho poderá ser maior não só financeiramente como em abrangência e em qualidade”, diz.

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