Iemanjá

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Edsoleda Santos

Odò Ìyá !!!




Iemanjá

Copyright ilustrações e texto © 2015 Edsoleda Santos Copyright © 2015 Solisluna Design Editora Edição Enéas Guerra Valéria Pergentino Texto e ilustrações Edsoleda Santos Design e editoração Valéria Pergentino Elaine Quirelli Revisão do texto Maria José Bacelar Guimarães

Nota da edição: A autora inspirou-se na versão original de Pierre Verger para a escrita do texto e criação dos desenhos.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Santos, Edsoleda Iemanjá / Edsoleda Santos. -- 6. ed. -- Lauro de Freitas, BA : Solisluna Editora, 2015. -Bibliografia. ISBN 978-85-89059-63-3 1. Candomblé - Literatura infantojuvenil 2. Iemanjá (Culto) - Literatura infantojuvenil I. Título. II. Série. 14-13394

CDD-028.5

Índices para catálogo sistemático: 1. Iemanjá : Literatura infantojuvenil 028.5 2. Iemanjá : Literatura juvenil 028.5

Este livro foi selecionado pelo Edital 13/2013 (Apoio à Publicação de Livros por Editoras Baianas - 2014), da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia através da Fundação Pedro Calmon, e foi financiado com recursos do Fundo de Cultura.

Todos os direitos desta edição reservados à Solisluna Design Editora Ltda. (71) 3379.6691 | 3369.2028 editora@solislunadesign.com.br www.solislunadesign.com.br www.solislunaeditora.com.br

Dedico este livro à minha amiga Grace Gradin pelos seus quarenta anos de devoção à Iemanjá.


Edsoleda Santos

Odò Ìyá !!!



C

onta a lenda que, num tempo muito antigo, apareceu na cidade encantada de Ifé uma linda moça, filha de Olokum, a rainha do oceano. A recém-chegada passeou pela cidade, chamando a atenção das pessoas pela sua beleza e elegância. A sua presença gerou comentários que, rapidamente, chegaram aos ouvidos de Olofim-Odudua, rei de Ifé. Ao conhecê-la o rei apaixonou-se e, em poucos dias, casou-se com ela. Dessa união foram gerados dez filhos que se tornaram orixás. Um deles foi chamado de Xangô, o trovão, “aquele que se destaca com a chuva e revela seus segredos”. De tanto amamentar seus filhos, os seios de Iemanjá tornaram-se imensos; ela havia vivenciado a maternidade em sua plenitude.


Iemanjá sentia necessidade de experimentar novos desafios. Então, em uma tarde clara, passeando pelo jardim do seu palácio, respirando o aroma das alfazemas, pensou: − Fugirei hoje! Esperou a noite chegar e, quando a cidade adormeceu, arrumou seus pertences especiais, entre eles uma garrafa contendo poção mágica, que recebera de sua mãe antes do seu casamento com uma importante recomendação: “nunca se sabe o que pode acontecer amanhã; em caso de necessidade, quebre a garrafa e jogue-a no chão”. Iemanjá saiu de casa às escondidas, sem fazer barulho.



Atravessou rios e florestas durante a madrugada atĂŠ surgirem os primeiros raios de sol no horizonte, clareando uma enorme rocha nas proximidades do rio Ogum.


Cansada da viagem, banhou-se com a água sagrada do rio, vestiu-se e enfeitou os cabelos com flores e conchas. Contemplando a linda paisagem ao seu redor, exclamou: − Finalmente cheguei à cidade de Abeokutá!

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