Ibejis

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Ibejis

Copyright ilustrações e texto © 2011 Edsoleda Santos Copyright © 2011 Solisluna Design Editora

Edição Enéas Guerra Valéria Pergentino Texto e ilustrações (pinturas) Edsoleda Santos Design e editoração Valéria Pergentino Elaine Quirelli Revisão do texto Maria José Bacelar Guimarães

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Santos, Edsoleda Ibejis / Edsoleta Santos. -- Lauro de Freitas : Solisluna Editora, 2011. ISBN 978-85-89059-41-1 1. Contos africanos - Literatura infantojuvenil I. Título. 11-11465

CDD-028.5

Índices para catálogo sistemático: 1. Contos africanos : Literatura infantojuvenil 028.5 2. Contos africanos : Literatura juvenil 028.5

Todos os direitos desta edição reservados à Solisluna Design Editora Ltda. (71) 3379.6691 | 3369.2028 editora@solislunadesign.com.br www.solislunadesign.com.br www.solislunaeditora.com.br


Edsoleda Santos

BAHIA 2011


H

ouve um tempo muito antigo em que os orixás viviam nos reinos encantados, situados em várias regiões da Nigéria. Dentre eles destacava-se Oyó, governado por Xangô, deus do trovão, e sua esposa Iansã, deusa dos raios e das tempestades. Essa cidade encantada era rodeada por desertos, savanas e grandes extensões de florestas alimentadas pelo rio Obá, garantindo fartura e prosperidade para seus habitantes. Esta história teve início num período sereno, após abundantes chuvas, quando a terra umedecida enchia de viço a sua floresta, desenhando lindos caminhos de acácias adornados por gramíneas de infinitos verdes. Amanhecia, eram seis horas da manhã. Ar fresco, céu azul, nuvens transparentes, cheiro de cravo e canela. O sol estendia seus primeiros raios dourados sobre a cidade de Oyó. Portas e janelas recebiam o brilho intenso dessa luz que irradiava no interior de todas as casas. Era uma luz especial, clara, morna e confortável. O povo vestia-se com roupas de diversas cores e estampas, tocava clarins, vibrava clarinetes, percutia tambores e tilintava agogôs. Os ministros filhos de Xangô agitavam com força os xerês. As pessoas cantavam e dançavam, recitando duplamente um refrão, que anunciava o nascimento de crianças gêmeas:




A fertilidade foi concedida Nasceram os filhos gêmeos de Xangô e Iansã Axé A prosperidade será eterna Nasceram os filhos gêmeos de Xangô e Iansã Axé A felicidade foi concedida Nasceram os filhos gêmeos de Xangô e Iansã Axé Jamais faltará dinheiro Em nossas casas Axé Nasceram os filhos gêmeos de Xangô e Iansã Axé Jamais faltará respeito Em nossas casas Axé Nasceram os filhos gêmeos de Xangô e Iansã Axé




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