emotividade a sentiu. Sejamos pois intervencionistas sem restrições, MAS COM ACERTO, tendo sempre em mente que uma pincelada tanto pode ser a nota de gênio como o borrão caricato e grotesco. Adotemos amorosamente os processos pigmentários que valem sobretudo pela obediência com que aceitam a nossa intervenção e procuremos comunicar nossa vibração à inanimada prova fotográfica, transmutando-a em um pouco de nossa alma; se conseguirmos isso, teremos uma obra de arte, senão rasguemo-la impiedosos, como Michelangelo ao exigir a palavra do seu Moisés de mármore, marcoulhe o joelho com o golpe insatisfeito do martelo! J. D. V.
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Antologia Brasil, 1 890-1 930