Revista Tag #5

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tags: refil, reciclados, embalagens, design

Refis, embalagens recicláveis, peças reaproveitáveis... São inúmeras as opções para o mercado eco-friendly atual. Apesar de produzirem menos lixo, grande parte desses produtos encontra barreiras na tecnologia e no preço – problemas que podem ser superados com a aceitação no mercado e markepor Amanda Tavares ting inteligente. Eles estão por toda a parte: refrigerantes, cartuchos para impressoras, produtos de limpeza e até cosméticos! A produção de refis coloca em prática o famoso ditado “menos é mais”, consumindo menos matéria-prima, custando mais barato e reduzindo o impacto no ambiente. Uma das empresas brasileiras de mais destaque na produção de refis – e de produtos ecológicos em geral – é a Natura. Pioneira na área de beleza desde 1983, a empresa hoje oferece mais de 90 cosméticos com refis (alguns, inclusive, elaborados com plástico verde, oriundo da cana-de-açúcar e muito mais fácil de ser absorvido pelo ambiente). Fátima Savioli, revendedora da marca, garante que a aceitação no mercado é grande. “As pessoas sempre compram os refis, que podem garantir uma boa economia na compra. Os hidratantes, por exemplo, podem apresentar uma diferença de 6 reais para o produto normal. O único problema é que as linhas mais ecológicas, como a Ekos, tendem a custar um pouco mais caro”, explica.

Mexendo no Bolso Se os produtos eco-friendly são tão bons, por que nem todo mundo decide fabricá-los e comprá-los? A resposta é simples e mexe com um problema comum nos dias de hoje: o preço.

Nas indústrias, a tecnologia e o público alvo são os principais problemas. As maiores marcas, por exemplo, têm o capital necessário para investimento, produzindo em larga escala e atingindo o mercado com uma competição razoável – o que não acontece com empresas menores e menos lucrativas. Outro problema é a associação da ecologia com luxo. De acordo com Beatriz Teller, estudante de Design, essa “onda natural” raramente é vista como necessidade, o que restringe os produtos a pessoas de maior poder econômico e, conseqüentemente, aumentam seus preços. Beatriz relata o exemplo clássico do papel sulfite. “Por mais que escolas, faculdades e escritórios tentem optar pelo lado ecológico, as empresas sobem o preço a mais de 75% do papel sulfite comum, abaixando muito as vendas”, relembra. Também existe o caso daqueles que não confiam nos produtos eco-friendly, que ainda atingem apenas uma pequena parte da população mundial. As novas tendências transformaram a ecologia em moda e podem contribuir para a difusão dos produtos, mas ainda falta marketing nessa área. “Essa onda facilita a massificação da idéia, levando mais grupos a participarem e consumirem produtos naturais, porém ainda está difícil de fazer toda a população largar o ‘conhecido’ pelo novo”, completa Beatriz.

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