REVISTA MÚSICO N.2

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ArtStars




7. 8. 14.

Expomusic 2009 e os músicos que brilharam no evento Expocristã—No stand da MR1 a música Black foi destaque da feira

17. 20.

Projeto Música Instrumental

16.

Deu cupim no piano Por: Marcio Vinicio

A realidade profissional dos músicos roqueiros Por: Alexandre Grunheidt Entrevista com o Doutor em Direito Canônico Padre Edson Chagas Pacondes sobre o

pagamento de cachês aos músicos da Igreja Católica

22. 23.

Dia do Compositor

Mercado Musical Brasileiro Por: Carlos Mamoni Jr.

24. 27.

Musicoterapia Entrevista com a Professora

Musico Terapeuta da Faculdade Paulista de Artes

28.

Musicalização Infantil Por: Alessandra Antolino Bueno

Uma luz no fim do túnel Entrevista com o Dep. Est. Rodolfo Costa e Silva sobre seu

projeto de lei e a intenção de criar oportunidades para os músicos

30. 32.

Como participar do projeto MÚSICA VOCACIONAL

Homenagem Póstuma ao Violinista Elias Slon

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Roberto Bueno recebeu homenagem de sua equipe pelo aniversário de 1 ano na Presidência da OMB/CRESP

Exatamente no dia 1 de Outubro de 2008,

2º—Músicos que têm os seus direitos assegurados por

Dia Internacional da Música, assumi a Presidência da

Lei, esses na maioria das vezes, além do salário recebido

OMB-CRESP.

pelo Governo Estadual, Federal ou Municipal, ainda

Colegas músicos, a luta é muito árdua, pois agora tenho

trabalham nos finais de semana, tirando a possibilidade de

a certeza de que aqueles que querem acabar com a OMB,

ganhos daqueles que realmente têm direito a nada.

não são os nossos sofridos músicos e sim alguns políticos que se dizem "Amigos dos Músicos", mas que na

3º—Músicos proprietários de escolas e de bandas, que

Verdade, estão mancomunados com empresários que

na maioria das vezes pagam um salário minguado aos

visam tão somente a desregulamentação da profissão,

seus músicos contratados.

para que o músico fique desprotegido, trabalhando sem nota contratual ou sem qualquer tipo de contratação e,

"As modalidades acima citadas, representam no máximo

portanto sem as garantias da lei.

15% dos músicos bens sucedidos na área da música."

A OMB-CRESP está em fase de reestruturação e a maioria dos colegas, inclusive aqueles que entraram na

4º - Entendo que precisamos mudar essa situação,

Justiça com pedidos de liminares, para serem excluídos

afinal 85% dos músicos de São Paulo não têm direito a

dos quadros da entidade, infelizmente ainda desconhece

nada. É nada mesmo!.

esse fato. À todos eles eu digo que esse não é o caminho para nos tornarmos uma classe forte, digna e respeitada.

Muitas vezes, devido a falta de comprovação de renda, em

Pelo contrário, se nos unirmos teremos força e como disse

função do caráter eventual da profissão, até mesmo para

na edição anterior, não seremos uma classe fragmentada.

adquirir um instrumento, o músico se vê obrigado a pedir

Tramita no Congresso Nacional, mais de 100 pedidos

à terceiros, que o ajude para a compra do que necessita.

de diversas áreas trabalhistas desejando ter a sua

Isso precisa acabar, estamos lutando para que a nota

profissão regulamentada e ainda não conseguiram, como

contratual tenha validade, para que você, caro colega,

é o caso dos Músico Terapeutas. No entanto, a nossa

tenha o direito a crédito bancário, cheque especial, cartão

profissão é regulamentada. O que precisamos é melhorar

de crédito etc..

a nossa Lei e não acabar com ela, pois as leis são a nossa garantia de proteção.

Nossos cursos estão a todo vapor, em breve teremos planos de saúde, dentistas, ambulâncias, para o caso de

A Classe Musical hoje em dia, divide-se em 4 situações

necessidade do músico.

muito bem claras: 1º - Músicos que esquecem as suas origens quando estão nos píncaros da glória. São aqueles que ganham quan-

A luta continua!

to querem, e têm os melhores contratos. Não sou contra,

Do menor dos menores,

em hipótese alguma, pelo contrário, acho que todos deveriam ganhar muito bem. Peço a esses colegas, como disse, que não esqueçam as suas origens e paguem

Professor Roberto Bueno

uma renumeração justa pelo trabalho de seus músicos.

Presidente da OMB - CRESP

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Caros leitores, estou surpreso com a quantidade de elogios que recebemos este mês. Dos músicos mais jovens aos veteranos, vieram todo tipo de observações. A maioria delas muito positivas! Nossa revista chega nas mãos dos músicos como uma renovação da esperança e temos o imenso prazer em contar à todos as novidades que estão por vir. Embora a REVISTA músico! seja dirigida ao público adulto, este mês queremos prestar uma singela homenagem aos músicos mirins pelo DIA DA CRIANÇA. E por falar nelas, fomos carinhosamente recebidos pelo Deputado Estadual Rodolfo Costa e Silva, que nos explicou detalhes do seu projeto de lei 793/03 sobre o ensino de música nas escolas até o ensino médio e as suas intenções em unir forças com a OMB/CRESP para criar mecanismos de inserção dos músicos para darem aulas. Estamos procurando os políticos que realmente são amigos dos músicos; que se preocupam com a legalização e valorização da profissão. Daremos oportunidade para os que poderão realmente colaborar com a nossa profissão, divulgando seus projetos e intenções. Neste exemplar também tem um artigo esclarecedor da Professora de música e pedagoga Alessandra Antolino Bueno sobre Musicalização Infantil. Também quero aproveitar e agradecer o ilustre apresentador do Programa Face a Face da D+TV, Dr. Jeferson Camillo, pelo convite para uma entrevista, pelo apoio na divulgação do nosso trabalho e

Deputado Estadual Rodolfo Costa e Silva se propôs a unir força com a OMB/CRESP a favor da inserção do músico no corpo docente para aula de música nas escolas.

pelo excelente livro de sua autoria que me foi presenteado ―DIREITO AUTORAL DOS MÚSICOS, COMPOSITORES e INTÉRPRETES‖, o qual estou apreciando a leitura. Outra experiência enriquecedora, foi o reencontro com os amigos nas Expocristã e Expomusic 2009, sem falar da surpresa ao encontrar roqueiros fazendo o teste para obter a carteira da OMB em massa no Blackmore Rock Bar; o que me remeteu àquela época em que eu fazia rock em tempo integral. Bons tempos aqueles! Ficamos com uma ’pulga atrás da orelha’ quando descobrimos que o código canônico possui um artigo que prevê pagamento aos prestadores de serviços nas igrejas (incluindo músicos) e fomos até o Tribunal Eclesiástico para saber mais a respeito.

Making off da gravação do Programa Face a Face do

E para a coluna sobre Carreira, entrevistamos uma professora de Musicoterapia da Faculdade Paulista de Artes para nos explicar como é o curso que pode proporcionar principalmente aos músicos, mais uma opção de crescimento profissional.

Dr. Jeferson Camillo (esquerda). No centro da foto, os demais convidados: o caricaturista Toni D‘Agostinho e a empresária política Sandra Machado.

Uma boa leitura e um caloroso abraço no coração da criança que habita EM VOCÊ. Ribas Martins—Editor

Acesse o nosso blog: www.tribunadomusico.blogspot.com

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A 26ª Edição da Feira Internacional da Música, realizada entre 23 a 27 de setembro no Expocenter Norte em São Paulo, reuniu em dois pavilhões somando 15 mil m² , 200 expositores com o que há de melhor em instrumentos musicais e equipamentos de palco, recebendo mais de 50 mil pessoas ligadas ao segmento. O evento foi promovido pela Francal Feiras e Empreendimentos e patrocinado pela Abemusica (Associação Brasileira de Música); entidade que reúne fabricantes nacionais, importadores; exportadores de instrumentos e equipamentos musicais, iluminação, áudio, acessórios, edições e revistas especializadas. Este ano, a ABEMUSICA está comemorando a promulgação da Lei 11.769, que determina a volta do ensino musical na disciplina de artes e que em longo prazo, daqui uns seis anos, reverterá a um retorno positivo para fabricantes e lojistas, com um crescimento de aproximadamente 80% na venda de instrumentos musicais. Segundo Synésio Batista da Costa, presidente da ABEMÚSICA, este ano o faturamento do setor deve fechar em torno de R$600 milhões e até 2012 quando a implantação da lei ocorrer, o faturamento deve chegar a R$1,2 bilhão. Para continuar defendendo o ensino da música nas escolas, foi No stand da Ordem dos Músicos, o lançamento da Revista Músico! reuniu amigos músicos e empresários do setor. Na foto acima: Emerson Santos (funcionário da OMB/CRESP), Ovidio Arruda (pianista), Laércio de Jesus (baixista), Rodrigo Queiróz (baixista e empresário), Ribas Martins (diretor da Revista Músico! e tecladista), Osmir Andrade (baterista e empresário) Na foto abaixo: Deputado Estadual Rodolfo Costa e Silva e o Vice-Presidente da OMB/CRESP Plínio Metropolo Dias

criada Fundação Abemúsica pela prática musical. Com a obrigatoriedade do ensino musical nas escolas, aproximadamente 34 milhões de alunos terão acesso a esta matéria. Considerado o maior evento do setor, este ano a Expomusic movimentou cerca de R$180 milhões em negócios, o que representa 11% a mais que no ano passado. Grandes ídolos marcaram presença como: David Vincent (Morbid Angel), Vernon Neilly, André Matos, Frejat, Pepeu Gomes, Supla, Daniel Weskler (NX Zero), Kiko (KLB), Banda Glória, Felipe Andreoli e Rafael Bittencourt, Andréas Kisser, Japinha (CPM 22), Nenhum de Nós, Jakson Jofre Rodrigues, Cacau Santos, Lipstick, Terra Celta, Fabiano Carelli (Capital Inicial), Tiago Della Vega, Hangar, Aliados, Edu Ardanuy, David Fantazini , Faíska, Marcinho Eiras, Joe Moghrabi, Neural Code, Instiga, Spyzer, Ranging Angels, Torture Squad, Juninho Afram, Mozart Mello, Kiko Loureiro, Aquiles Priester, Dejavu, Fabiano Cambota, DJ Aline Rocha, Steve MCNally, Ralf Jung, DJ-B-Side, Madame Saatan, Cuca Teixeira, Celso Pixinga entre outros. A Expomusic de 2009 alcançou a quarta posição no ranking internacional de Feiras do ramo, atrás apenas da NAMM (Los Angeles, EUA) Messe Frankfurt (Alemanha) e Xangai (China).

Reportagem e Fotos:

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CLAUDIA SOUZA


Acordeon Digital FR-1 e Baterias silenciosas da Roland: O Acordeon FR-1 foi a grande novidade, com a poderosa tecnologia de modelagem digital, extremamente leve (5,5kg). Simula sete tipos de acordeons e quatro diferentes timbres de órgão com efeito de alto-falante rotativo. Pocket POD da Habro: Quem passou pela feira pôde conferir entre as novidades tecnológicas, o menor e mais completo multiefeitos para guitarra já fabricado em todo o mundo. Amplificadores da Studio R: O modelo H22, com 22 mil watts de potência, equivale a aproximadamente 200 equipamentos de som domésticos juntos. Guitarras com preços acessíveis da Tagima: Os novos modelos Jazz 1750 e Blues 3000 terão preços de mercado entre R$1.300 a R$1.500. Guitarras exclusivas na Made in Brazil: Além das marcas já consagradas, a empresa apostou nas Martin Guitars; Dean Guitars e Tycoon Percusion. Guitarra personalizada da Condortech: O modelo é basic strat e será comercializada nas cores Pink Purple, para as mulheres e tempestade (preta com trovões) para os homens. Piano Digital Clarinova CVP-409GP: Possui fino acabamento em polished ebony e teclas brancas em marfim sintético. Quando tocado com a tampa aberta, é possível sentir a reverberação natural do piano. Sistemas sem fio de transmissão digital da Royal Pro Áudio: Ideais para homestudio ou sonorização de grandes eventos. Benson: Distribuída em mais de 20 países com guitarras, baixos, violões e baterias fez o lançamento da marca na Expomusic 2009. Amplificadores para guitarra e baixo na Meteoro Amplifier: Comemorando 25 anos e exportando para mais de 21 países, os lançamentos estão utilizando a mais alta tecnologia em amplificação de acordo com as normas internacionais de certificação e com design arrojado. PÚBLICO INFANTIL: Casarotto: guitarras com 54 cm de comprimento, baterias com 12 cm, contrabaixos com 64 cm e violões com 54 cm. Guitarras da Izzo: As guitarras com formato de flor, borboleta, coração, estrela, entre outras, fizeram o maior sucesso. Órgão eletrônico da Gambitt: Foi lançado o primeiro órgão eletrônico para os músicos mirins.

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BANDA T-ALE

KIKO LOUREIRO

PASSAMANI

MARCIO FELIX

GRUPO PERCEPTON

THIAGO ESPIRITO SANTO

CELSO PIXINGA

RICARDO PRIMATA

BANDA DIOUTRORA

ALEX FORNARI

RALF JUNG

STEVE MCNALLY

BANDA SPYZER

MARCINHO EIRAS

THIAGO CERVEIRA

NEY NETO

Assista um trechinho de cada apresentação no nosso site: www.tribunadomusico.com.br

MIQUEAS SANTANA

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TAVINHO BEATBOX


MR1 DIVULGOU GRANDES TALENTOS DA MÚSICA BLACK

No mês de setembro aconteceu a oitava Expocristã, no espaço de eventos Expo Center Norte em São Paulo. A Feira reuniu 315 expositores num espaço de 28 mil m² e recebeu a visitação de aproximadamente 153 mil visitantes, onde foram apresentados ao público todas as novidades do setor, envolvendo o seguimento Editorial (Cds, Bíblias e DVDs) e artístico Gospel. Segundo pesquisa realizada pelo Instituto Veris, o evento teve 76% de aprovação. O stand da MR1 foi um dos que recebeu grande visitação, demonstrando-se forte no mercado no ramo de agenciamento dos artistas da Black Music. Passaram por lá: Lito Atalaia e banda, DJ Alpiste, Pr. Michael McCurtis e convidados, Mano Reco, Parábola, Luciano Claw, One Face, C.L.Salmista, Riverson Viana, Rapper Jota & Breakdown, Alex See, King, Kadoshi, Artpella, Grupo Mais Um Guerreiro, Jhow, DJ Max, Fex Bandollero, FLG, D4J, Kaliba Com Vida, Marcio Attack Versos, R.E.P., Max Musicamente, Rodrigo Mozart, Grilão, o grupo de dança Tribus, entre outros. Ainda abrilhantaram a grande festa o baixista Ted e os bateristas Ball e Cleverson, do Renascer Praise, que deram um show de musicalidade junto com a reconhecida Banda Kadoshi, que emocionou o público com antigos sucessos da banda e com o novo trabalho "Vivendo o Melhor de Deus". Além das apresentações e da presença maciça e constante do público no espaço MR1, outra novidade foi a exibição do clipe "Black Music por um mundo melhor" gravado pela agência com a participação de 83 cantores da Black Music e que foi produzido em prol das vítimas das enchentes de Santa Catarina. Para os responsáveis da MR1, a jornalista Luciana Mazza e o publicitário Marcelo Rebello, esse é só o começo de muitos projetos que estão em andamento e que têm o objetivo de abrir espaço de vez para os inúmeros talentos da Black Music dentro e fora do segmento gospel.

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Fonte e Fotos: MR1


PARÁBOLA

PASTOR SILAS FURTADO—KADOSHI

QUARTETO F.L.G. Da Esquerda para a direita: Grillão, Mano Reco, Dj Alpiste, Parábola, Marcio Attack Versos, Dj Max (abaixado)

ARTPELLA

FEX BANDOLLERO

GRUPO DE DANÇA TRIBUS

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Aracaju, Rio de Janeiro, Curitiba e Porto Alegre serão brindadas com shows até dezembro

Patrocinado pela Petrobras Distribuidora, o Circular BR prossegue com a proposta de levar pelo Brasil afora a música instrumental de qualidade. Em outubro, artistas de expressão da música instrumental brasileira sobem aos palcos de nordeste a sul do país, para firmar mais um vez o compromisso de apresentar a perfeita harmonia entre diferentes estilos. Desde sua criação, em 2006, o projeto tem levado músicos dos mais variados sotaques a diferentes cidades do Brasil. "A proposta do Circular BR é apresentar a diversidade da música instrumental brasileira com o intercâmbio de músicos e palcos", ressalta o músico Marcelo Guima, responsável pela coordenação geral e direção artística do projeto que ganhou destaque pelos Estados por onde passou. Nesta 6ª edição, que teve início em outubro, músicos e convidados se apresentam em 12 shows que percorrem as capitais Aracaju, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Curitiba. Guinga será o convidado do saxofonista Zé Nogueira, no show que abre a temporada do Circular BR de 2009. Na segunda rodada, destaque para o chorinho, com Luciana Rabello e Maurício Carrilho, que convidam o músico Déo Rian ao palco. E para encerrar com chave de ouro esta edição, Marcell Powell, o filho de Baden, recebe ao palco Victor Biglione. Além de formar público e promover o intercâmbio cultural entre músicos e platéia, o Circular BR propicia que a música instrumental brasileira continue a caminhar pelo País. Nas edições anteriores, o inusitado projeto caminhou por cidades dos Estados da Bahia, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Pernambuco, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Sergipe e Espírito Santo. A idéia central é sempre contemplar artistas que reflitam as peculiaridades da música instrumental com seu próprio sotaque. "Queremos promover a troca de experiências e de cultura", afirma Marcelo Guima, da Arko Produções, que assina o projeto desde sua criação.

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Zé Nogueira Quarteto

Foto: Divulgação

Carioca, Zé Nogueira cursou o Conservatório Brasileiro de Música (RJ), a Escola Nacional de Música da UFRJ e a Berklee College of Music (Boston). Participou, como instrumentista, de musicais como "Gota d´água", "Ópera do malandro" e "O Rei de Ramos", todos de Chico Buarque. Integrou a Orquestra Sinfônica da UFRJ. Atua em shows com artistas como Edu Lobo, Djavan, Chico Buarque, Zezé Mota, Simone, Zizi Possi, entre outros. Participou dos festivais de Varadero, Cuba; Montreux, Suíça; Kool Jazz Festival, Nova York; Pentax, Tóquio; Jazz a Juan, França. Produziu, em parceria com Victor Biglione, a trilha sonora do filmes "Faca de dois gumes", de Murilo Salles, e, em parceria com Cristóvão Bastos, a trilha sonora do filme "Mauá -

Zé Nogueira

O Imperador e o Rei", de Sérgio Rezende. Liderando um quinteto formado por Jorge Helder (baixo), Jota Moraes (vibrafone), Jurim Moreira (bateria) e Ricardo Silveira (guitarra), lançou o CD instrumental "Carta de Pedra -

Foto: Daniel Ramalho

A Música de Guinga" (2008), com 12 composições de Guinga. No Circular BR 2009, Zé Nogueira toca ao lado de Jurim Moreira (bateria), Guto Wirtti (contrabaixo acústico), Jorge Helder

Foto: Divulgação

(contrabaixo acústico) e Ricardo Silveira (guitarra).

Victor Biglione

Victor Biglione Único brasileiro a participar do New York Guitar Festival

Marcel Powell

(2002), nos EUA, o músico também consolidou, lá, a parceria com o ex-Police Andy Summers, gravando o segundo CD do duo, "Brazil Splendid", em Los Angeles.

Marcel Powell Trio

O trabalho reúne apenas clássicos a MPB com músicas de Tom Jobim, Milton Nascimento, Chico Buarque, Caetano

Marcel Powell teve suas primeiras aulas de violão aos nove

Veloso e Cartola, entre outros. Biglione e Summers já

anos de idade, com seu pai Baden Powell, com quem gravou

haviam lançado o CD String of Desire (1998).

dois discos, "Baden Powell e filhos", aos 15 anos, e "Suite Afro

Gravou também, ao lado de Cássia Eller, "Cássia Eller,

-Brasileira", ambos ao lado do irmão, o pianista Philippie

Victor Biglione e Cássia Eller in Blues: If Six was Nine", um

Baden. Este último lançado apenas no Japão, como seu

trabalho de Blues, Rock e Jazz, selecionado e reconhecido

primeiro solo, "Samba novo", registrado junto com os amigos,

pelos críticos a nível internacional. Conquistou o Grammy

alguns filhos orgulhosos de renomados músicos, como

Latino com "Crooner", gravado com Milton Nascimento.

Diogo Nogueira (filho de João), Claudia Telles (filha de Sylvia),

Com um estilo musicalmente eclético, que mistura bossa

Ana Martins (filha de Joyce) e Marcos Suzano. Na ordem,

nova, rock, jazz e blues, Victor já tocou com mais de 300

"Aperto de mão" seria seu quarto registro, mas é o primeiro

nomes da MPB e da música internacional. Lançou 16 CDs

em que ele se vê retratado com fidelidade. Marcel Powell

solos ou duos em diversos países e ainda, outros dois pela

apresenta-se ao lado dos mais renomados músicos brasileiros

Cor do Som, banda que integrou de 1982 a 1984

ou em show solo em turnês internacionais. Para subir aos palcos do Circular BR, o músico vem acompanhado de Sandro Araújo (bateria) e Josias Pedrosa (contrabaixo).

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MARCIO VINICIO

Para combater os cupins políticos que tentam destruir o piano (OMB), temos que usar ‗cupinicida‘ (informação) que irá curar a praga que instalou-se com o tempo. Ahhh... os cupins formam um exército com direito a Rei, Rainha, Operários e Guardiões das colônias. Então os músicos precisam ficar atentos para saber a quem interessa destruir o piano. O Governador José Serra (PSDB/SP) em um ato de extrema inteligência e sensibilidade cultural e intelectual, VETOU um projeto de Lei contra a OMB, conforme publicação do Diário Oficial do Poder Legislativo em 16 de outubro de 2009. Sabemos que toda Lei precisa de reformulação e com a Lei 3857/60 não pode ser diferente, mas estamos trabalhando nesse sentido. A NOVA ORDEM tem em sua nova gestão, ações sociais, políticas e de assistências profissionais. Nessa administração, como objetivo principal, proporcionará à toda classe musical, suporte e viabilização do exercício da profissão em sua melhor forma. Sendo assim, a Casa do Músico está aberta aos profissionais para esclarecimentos e parcerias para o fortalecimento da categoria. Ser músico é ter profissão, é ter dignidade, é ser na maioria das vezes o inspirador das nossas vidas. VIVA O MÚSICO!

Na tarde chuvosa de 17/10, no Blackmore Rock

BLACKMORE ROCK BAR

Bar, reuniram-se vários

Alameda dos Maracatins, 1317 – Moema – (11) 5041 9340

músicos para fazerem um teste para obtenção da Carteira

www.blackmore.com.br

Profissional da Ordem dos Músicos. Se fizeram presentes representando a OMB/CRESP: Vera

ACT WITHOUT WORDS

Lúcia, Maria Cristina, Rosa, Marinho, Marcio Vinicio, César e

Alexis Victor (Guitarra), Tígaros

membros da imprensa, através da Revista MÚSICO! e do

(Contrabaixo e André Odierna (Bateria) -

Jornal SÃO PAULO ALERTA, representado pela Jornalista e

Contato: 11 2010 0290 ou alexisvictor@hotmail.com

editora Marta Alves de Oliveira e Armando Vicente de Oliveira.

www.myspace.com/alexisvictorband

O BLACKMORE ROCK BAR, localizado em Moema, promove de 6ª a Domingo, das 22h às 05hs, apresentações de bandas

HELLLIGHT

de rock. As programações ficam por conta dos Rockmen

Fábio de Paula (Guitarra/vocal), Alexandre Vida (Contrabaixo),

Wanderley e Lito.

Felipe Motta (Bateria) e Rafael Fermann (Teclados).

Nelo, o gerente da casa, comanda cerca de 30 bandas de

Contato: 11 7640 1575 ou fabio_helllight@hotmail.com

rock cover por mês e o FBI – Festival de Bandas

www.helllight.com

Independentes e Festival Rockaholic, com o objetivo de conhecer novas bandas para participarem da programação da

CRACKER BLUES

casa.

Paulo Krüger (Contrabaixo), Marcelo (Guitarra), Paulo Coruja (Gaita/vocal), Gaúcho (Bateria) e Larissa e Fernanda (Backing

Entre as bandas devidamente regularizadas estão:

vocal) Contato: 11 8382 1345 ou kruger_paulo@terra.com.br

SAN VENGANZA

www.crackerblues.com

Formado por Guilherme (guitarra I), Helder (Guitarra II), Davi (Contrabaixo), Rodrigo (Bateria) e Danilo (Vocal). Ganhadores

KISS COVER BRAZIL REUNION

do Festival ROCKAHOLIC III – 1a. Eliminatória, realizado em

Eduardo Parronchi (Guitarra), Jimmes Stanley (Guitarra/

setembro de 2009.

vocal), Felipe Simmons (Contrabaixo) e Leandro Sousa

Contato: Verônica 11 3384 2828 e Gabriele 11 7441 0752

(Bateria).

www.bandasdegaragem.com.br/sanvenganza

Contato: 11 8562 4474 (Simmons) e 11 8201 4912 (Edu) feliperssmendes@gmail.com

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Por Alexandre Grunheidt seus direitos, ficará sem tocar ou terá que

para que as obrigações descritas na nota

que o pessoal da OMB criou para a turma do Rock 'n Roll, Hard Rock, Heavy

Bom... GUETO DO ROCK foi um nome

partir para outro gênero mais "rentável" de música (como bandas de baile, grupos

contratual sejam cumpridas e que todas as partes envolvidas nesta relação

Metal e de outros tantos sub-gêneros do

sertanejos, etc). Muitos tem que deixar a

comercial (sim... pois uma banda no palco

Rock e que tocam nas casas de shows especializadas neste tipo de música, aqui

sua paixão pelo Rock de lado ou simplesmente parar de tocar e acham que,

de um bar nada mais é do que uma prestação de serviço) saiam satisfeitas.

em São Paulo. Dentre essas casas, se

por causa da precariedade dos locais em

destacam Manifesto Rock Bar, Blackmore Rock Bar, O Kazebre, Led Slay

que tocam, não precisam ser profissionais e continuam a levar esta atividade como

e a Tribe House por um trabalho sério de

um Hobby.

apoio a esse estilo musical, tanto para bandas cover, como para bandas de

Por isso, estamos juntos com a OMB e gostaríamos que entrassem com tudo

Guitarrista desde 1986. Teve sua primeira inscrição na OMB em 1990. Hoje

trabalho autoral.

nessa briga pelo músico contra as

é guitarrista e vocalista do Damage Inc.

injustiças que são praticadas. Mas é

(Metallica Cover) e do Ancesttral, banda

tem atividades paralelas e a música é uma paixão, uma válvula de escape das suas

importante também saber separar o que se pratica neste gênero musical de

de Thrash Metal paulistana que lançou seu primeiro CD "The Famous Unknown" em

atividades diárias e não sua principal fonte

outros. A tabela da OMB não se aplica no

2007, foi eleito álbum de melhor capa

de renda. Mesmo os músicos de bandas consideradas "consagradas" no estilo não

nosso estilo. O dinheiro movimentado neste gênero musical não é o mesmo de

nacional de 2007 e ainda ficou com o sexto lugar entre os melhores discos de

podem deixar suas atividades paralelas,

um show de forró, de um show de axé ou

2007. Além disso, a banda ainda obteve o

como aulas, produção de CDs para outras bandas e workshops, pois os cachês

sertaneja. As casas de show que ainda apóiam o nosso estilo fazem um grande

terceiro lugar entre as bandas revelações do mesmo ano. Tudo isso pela votação

praticados no mercado não são suficientes

esforço para continuarem abertas. Mas

realizada pela revista Roadie Crew.

para que o músico de rock pesado viva apenas da música. Por este motivo tem

isso também não é desculpa para que não se profissionalizem e dêem ao músico,

É patrocinado pelas marcas Hellocases, Elixir Strings, Fix Lutheria e Walczak

sido difícil profissionalizar este gênero tão

pelo menos, o que foi combinado

Handmade Guitars.

discriminado de música.

previamente.

Mais de 90% dos músicos deste estilo

Grande parte das casas de show e bares

Já que estamos em uma fase de

Alexandre Grunheidt (3º na foto da esquerda para a direita).

Contato:

não fazem a Nota Contratual, tudo é

profissionalização da atividade de

ale@ancesttral.com

tratado na base da informalidade.

músico com uma nova e séria diretoria

http://www.ancesttral.com

Muitas vezes o músico não recebe o que

da OMB, que as casas sejam mesmo

http://www.myspace.com/alexgrunheidt

foi combinado e não tem para quem

fiscalizadas e que seja exigida a

reclamar, pois já são tão poucos os

inscrição de todos que lá toquem na OMB,

lugares que aceitam e apostam neste tipo de música que, se ele reclamar ou exigir

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U

Algumas Igrejas realizam eventos e shows com venda ma embaraçosa polêmica está desnorteando os

de ingressos, DVDs e CDs; lucram muito e não enxergam

músicos que tocam em Igrejas no que se refere a

com bons olhos a fiscalização por parte da Ordem dos

remuneração por serviços prestados e quando estes são

Músicos em relação ao exercício informal da profissão.

considerados profissionais ou voluntários.

Considera-se ‗exercício informal‘ aquele em que o músico

Nas Igrejas Evangélicas, a discussão é ainda maior, pois

realiza seu trabalho profissionalmente para fins lucrativos

desde o início da década de 90, o Movimento Gospel tem

de quem porventura o estiver contratando verbalmente,

crescido com força total, ampliando o mercado de trabalho

sem receber os honorários para garantia da sua

para músicos e cantores em todo o Brasil.

sobrevivência e segurança.

Com a evangelização através da música e a inserção no

Na Igreja Romana, existe o Código de Direito Canônico

repertório dos ritmos dançantes; antes discriminados, as

que estabelece as normas na vida da Igreja Católica. Ele

apresentações tornaram-se cada vez mais populares e

surgiu formalmente, promulgado pelo Papa Bento XV em

profissionais.

1917, e veio sofrendo alterações com o passar do tempo,

Inúmeros músicos e cantores converteram-se para

até a última delas em 1983; dessa vez, promulgado pelo

aproveitar o nicho de mercado em franco crescimento e

Papa João Paulo II, somando uma estrutura composta por

hoje em dia fazem parte de uma fatia que movimenta por

sete livros.

volta de R$1,5 bilhão ao ano. Compositores e cantores do

No segundo livro do Código de Direito Canônico – 1ª

mundo secular – como é chamado aquele que não é de

Parte – ―Dos fiéis‖, em seus artigos 230 e 231, está

uma congregação Evangélica — após a conversão e

descrita a preocupação da Igreja em relação aos serviços

adaptação ao estilo gospel, passaram a lucrar muito mais.

prestados pelos Leigos‖ (homens ou mulheres fiéis da

Temos vários exemplos. O mais recente, é o do glorioso

Igreja).

Régis Danese que antes de se converter compôs lindas

Em conversa com o Doutor em Direito Canônico Padre

músicas que foram sucesso na voz dos cantores Daniel,

Edson Chagas Pacondes, do Tribunal Eclesiástico de São

Leandro & Leonardo, Gian & Giovani, Cristian & Ralf, Belo,

Paulo, ele explicou: ―Nesta constituição do povo de Deus,

Vavá, Elimar Santos, Alcione entre outros e após a

nós vamos ter os termos bem definidos de quem faz

conversão, além de ficar ainda mais famoso como cantor,

parte do Clero, quem são os leigos da Igreja,

está sendo indicado ao Grammy Latino 2009 do melhor

classificando de maneira bem distinta o homem e a

álbum Cristão em língua Portuguesa. Em menos de uma

mulher. O Cãn. 231 fala daqueles leigos que tem algum

semana, os CD e DVD ―Faz um Milagre em mim‖

ministério na Igreja com funções específicas de ajudá-la

materializaram o poder da frase e já venderam mais de 50

dentro da sua condução para o bom desenvolvimento;

e 25 mil cópias respectivamente.

seja ele na parte administrativa, litúrgica ou ainda em

Seja no mundo Cristão ou Secular, será que os músicos

outros ministérios instituídos [o que se aplica também ao

profissionais ‗não celebres artistas‘ que tocam nas Igrejas

caso dos músicos que prestam serviços].

acompanhando as celebridades religiosas em cultos e

Em seu parágrafo segundo, salvo a prescrição do

missas, estão ganhando pelo seu trabalho? A discussão

Parágrafo 1º do Cân. 230, [os seus Ministros estáveis de

não tem fim.

‗acólito‘ e ‗leitor‘ - que não tem nenhuma obrigação de

Alguns prestam seus serviços em louvor, enquanto outros

serem remunerados] diz: eles tem o direito a uma

permanecem na Igreja como se fossem funcionários,

honesta remuneração‖. Segundo Padre Edson, as

respeitando horário de entrada, saída e jornadas exaustivas

paróquias costumam remunerar os músicos que

em nome da dedicação e demonstração pública de sua fé.

participam de casamentos, festividades e nos eventos

20


Leia os artigos referidos na íntegra: Cân. 230 Parágrafo 1. Os leigos varões que tiverem a idade e as qualidades estabelecidas por decreto da Conferência dos Bispos, podem ser assumidos estavelmente, mediante o rito litúrgico prescrito, para os ministérios de leitor e de acólito; o ministério, porém, a eles conferido não lhes dá o direito ao

Reportagem e foto: Claudia Souza

sustento ou à remuneração por parte da Igreja. Parágrafo 2. Os leigos podem desempenhar, por encargo temporário, as funções de leitor nas ações litúrgicas; igualmente todos os leigos podem exercer o e ncargo de comentador, de cantor ou outros, de acordo com o direito. Parágrafo 3. Onde a necessidade da Igreja o aconselhar, podem também os leigos, na falta de ministros, mesmo não sendo leitores ou acólitos, suprir alguns de Padre Edson Chagas Pacondes

seus ofícios a saber, exercer o ministério da palavra,

Doutor em Direito Canônico do Tribunal Eclesiástico—SP

presidir às orações litúrgicas, administrar o batismo e distribuir a sagrada Comunhão, de acordo com as prescrições do direito.

geradores de renda com exceção daquelas muito humildes ou as que realizam eventos beneficentes, sem

Cân. 231

cobrança de ingressos ou em troca de doações. Numa transcrição de um relatório da reunião de 13/02/2001, da Sub-Comissão de Música da Comissão para

Parágrafo 1. Os leigos que são destinados permanente ou

os Bens Culturais da Arquidiocese de São Paulo, redigido

temporariamente a um serviço especial na Igreja têm a

por Ary Aguiar Jr., está escrito:

obrigação de adquirir formação adequada para o cumprimento do próprio encargo e para exercê-lo

―Pode-se constatar que a Igreja já previu a remuneração

consciente, dedicada e diligentemente.

aos que prestam serviços à mesma. Seria muito bom se incentivar as Paróquias a tomarem uma nova consciência

- Parágrafo 2. Salva a prescrição do cân. 230, parágrafo

neste aspecto em particular, e a deixarem um pouco de

1, eles têm o direito a uma honesta remuneração adequada

lado o mito da ‗gratuidade‘ do serviço musical nas Igrejas.

à sua condição, com a qual possam prover decorosamente,

Todos terão a lucrar pois poderá se contar com pessoas

observadas também as prescrições do direito civil, as

com um melhor preparo para o desempenho destas

necessidades próprias e da família; cabe-lhes igualmente o

funções, além de se incentivar novos talentos a se dedicar

direito de que se garantam devidamente sua previdência,

ao serviço da Arte Musical na Igreja.‖

seguro social e assistência à saúde.

Há mais de oito anos estas palavras foram registradas e ainda existem muitos músicos protagonizando o referido ‗mito da gratuidade‘ por aí a fora.

21


Reportagem e Fotos: CLAUDIA SOUZA

Foi realizada em 07 de Outubro às 17 horas, na Igreja de Santa Cecília (padroeira dos músicos e das artes), uma cerimônia eucarística em Ação de Graças pela homenagem ao Dia do Compositor Musical. A solenidade marcou o reencontro de compositores inquietos que há muito tempo não se encontravam. Tamanho entusiasmo silenciou-se ao som da apresentação de abertura da dupla de violinistas Jaime Ruba e sua neta Débora. Durante a missa, o Padre Alfredo relembrou o

Zé do Baião, ao fundo - Débora e Jaime Ruba,

sacrifício e a morte de Santa Cecília, pedindo sua

Telma Nascimento, Milton Joshue, Joel Marques, abaixo - Elton Frans, Carlos Mendes, Jeferson Camillo, Théo Nascimento e Régis Clemente

intercessão junto a Deus pelos músicos e compositores. Logo em seguida, os fiéis foram

Segundo informações obtidas no Guia do Músico de

agraciados com a dissertação de um poema e a belíssima interpretação de Théo Azevedo e

Sucesso de autoria de Rogério Mauermann: a Lei do Direito Autoral nº 9610/98 de 19/02/1998 protege as obras

Joel Marques, da música Calix Bento de

intelectuais, também chamadas de ―obras do espírito‖,

Tavinho Moura.

feitas por qualquer meio, independentemente de registro, seguindo o previsto na Convenção de Berna, tratado que estabelece as diretrizes internacionais para os direitos

A ―Grande Marcha dos Artistas, Compositores, Intérpretes e Músicos‖ e a ―Assembléia com a

autorais. Os compositores de músicas e/ou letras, podem garantir o

participação do SINDCIESP - Sindicato dos Compositores e Intérpretes do Estado de São Paulo, Sindicato dos Músicos Profissionais do

crédito de suas autorias. O encaminhamento do registro poderá ser realizado por uma empresa especializada ou

Município de São Paulo e Ordem dos Músicos do

diretamente pelo compositor na Fundação Biblioteca

Brasil - CRESP‖ que marcariam a

Nacional do Rio de Janeiro. Todas as obras a serem encaminhadas para registro

reintegração de vinte conjuntos

deverão ser apresentadas em um exemplar legível, devidamente numerado e com cada página rubricada pelo

comerciais, que foram vendidos irregularmente pelo ex-presidente da

(s) autor(es) requerente(s), e na forma encadernada para

OMB/CRESP Dr. Wilson Sandoli, não

uma melhor conservação do mesmo, tendo em vista que tal

ocorreu conforme os organizadores

cópia ficará armazenada em definitivo na Biblioteca Nacional.

haviam divulgado e planejado; mas se fizeram representar na

O custo do registro é de R$20,00 para pessoa física e R$40,00 para Jurídica. Tanto faz se a pasta tem uma ou

missa, através de Carlos Mendes (Presidente do SINDCIESP).

mais músicas. Em São Paulo, a Funarte encaminha o registro junto a Biblioteca Nacional e em até 60 dias, os compositores

Marcaram presença entre todos os compositores, o diretor

recebem pelo correio a certificação do registro.

da revista Giro pela Cidade Elton Frans acompanhado

Informações: Fundação Biblioteca Nacional

de sua esposa e também compositora, Telma

Rua da Imprensa, n. º 16 - 12.º andar - S.l. 1.205 Castelo - Rio de Janeiro - RJ

Nascimento; Jeferson Camillo da D+TV;

www.bn.br - Tel: (21) 3095-3879

Régis Clemente e Funarte São Paulo

Zé do Baião.

Alameda Nothmann, 1058 - Campos Elísios – SP (Próximo ao Metrô Marechal Deodoro) www.funarte.gov.br - Tel.: (11) 3662-5177

22


ENTRE A CRISE E A TRANSFORMAÇÃO Por Carlos ―KK‖ Mamoni Júnior *

livra de impostos os fonogramas e seus suportes, sejam eles físicos ou digitais, de obras e/ou artistas

O meio musical brasileiro vive um momento

nacionais); mudanças no Simples (Lei Complementar

importante em sua história. Se economicamente o segmento ainda sente os reflexos da crise econômica

nº 128, que aumentou a carga tributária das empresas abertas por profissionais ligados ao setor musical); além

mundial, com a escassez e o cancelamento de shows

da sugestão da criação de um Agencia Nacional da Foto: Divulga-

internacionais, entidades de classe do setor tentam viabilizar uma série de mudanças para que todos os trabalhadores ligados à música no país possam desempenhar suas

Música, aos moldes da ANCINE (Agência Nacional de Cinema). Assim, a Funarte e as principais entidades do meio decidiram

funções de forma legal e, acima de tudo, com

organizar todas essas iniciativas num

dignidade. Ainda que os artistas não vendam mais CDs

programa chamado Rede Música

como antes e que o valor de ingressos para

contemplar todas as ações da

espetáculos artísticos dificulte o acesso das

Funarte e do Ministério da Cultura

classes mais pobres a esses shows, a música

relacionadas à música.

Brasil, que visa, à médio prazo,

brasileira mantém importante papel na

Num setor extremamente

economia nacional. Dados não oficiais

competitivo, mais do que nunca foi

estimam que o segmento musical é

preciso unir forças, pois somente

responsável por 6% do PIB brasileiro.

assim será possível transformar a música brasileira.

Mas, incrivelmente, ainda não existe um mecanismo que possa medir de forma concreta esse

Alcançamos em primeira instância a aprovação da

valor. Com o intuito de traçar um mapa claro e objetivo

PEC. Foi a primeira de muitas vitórias. O clichê ―antes

desse mercado, associações têm debatido e buscado

tarde do que nunca‖ encaixa-se perfeitamente ao

conseguir, junto às autoridades, mudanças que tornem

momento pelo qual passamos. Afinal, somos

possível regulamentar os profissionais da área.

reconhecidos no mundo inteiro como um pólo musical

Roadies, músicos de apoio, técnicos de som... São

de qualidade. Nossa indústria fonográfica foi das poucas

várias as profissões que ainda não contam com algum

no mundo inteiro que ousou se comportar praticamente

tipo de registro oficial, situação que merece uma

de forma independente à indústria americana.

grande reflexão por parte dos nossos legisladores. A

Conseguimos entrar na rota dos principais espetáculos

geração de empregos é uma das bases para uma

internacionais. E não podemos, de uma hora para a

economia forte, e o meio musical, que já possibilita um

outra, deixar escapar todas essas conquistas pelas

imenso número de vagas, poderia oferecer muito mais.

nossas mãos. Somos os mestres do improviso, mas

Acontece que os empresários do setor acabam

agora é preciso colocar essa criatividade em prática de

vítimas do próprio sistema. Precisam de mão de obra,

forma objetiva e em prol de um mesmo pensamento.

mas se deparam com a falta da regulamentação para certas funções.

(*) Carlos “KK” Mamoni Júnior é empresário

Por tudo isso, profissionais do ramo tem realizado

artístico há 20 anos. Realizou mais de 2 mil

uma série de ações como a Re-cultura (união de

espetáculos nacionais e internacionais, produziu

produtores e trabalhadores do segmento cultural que

os filmes ―O Noviço Rebelde‖ (1998) e

buscam reformas fiscal, tributária e trabalhista e a

―Aquária‖ (2003).

construção de um marco regulatório para a atividade

Atualmente é presidente da Associação Brasileira

produtiva na cultura brasileira); Pró-Conferência

dos Empresários Artísticos (Abeart) e consultor da

Nacional da Música; o Grupo de Apoio Parlamentar

área de entretenimento do Grupo Bandeirantes.

(GAP); a busca pela aprovação da PEC da música (que

23


Musicoterapia é a ciência que utiliza a música como auxiliar em tratamentos de ordem física, emocional ou mental. Até onde se sabe, tudo começou no início do século XX na Europa e Estados Unidos durante a guerra, quando médicos que tratavam veteranos feridos, perceberam que após a visita de músicos voluntários que se apresentavam para os doentes, o quadro de saúde demonstrava uma melhora significativa. Desde então, a música começou a ser utilizada e estudada como método de aplicação científica, até que em 1972 foi criado o primeiro curso de graduação que era aplicado somente no Conservatório Brasileiro de Música do Rio de Janeiro. Atualmente existem mais de 127 cursos, que vão da graduação ao doutorado. Segundo especialistas, a música atua positivamente nos hemisférios cerebrais. A melodia trabalha o emocional; a harmonia o racional e a inteligência; enquanto o ritmo atua na expressão corporal. Percebeu-se ao longo do tempo, que os pacientes apresentavam um resultado diferente a cada ritmo produzido. Por isso, o musico terapeuta deve estudá-lo detalhadamente, aliando ao seu tratamento, as impressões dos demais profissionais envolvidos em cada caso, podendo utilizar além da música, os sons e suas freqüências. Uma equipe da FMU - Faculdades Metropolitanas Unidas desenvolveu um estudo nos hospitais Paulistano, TotalCor e Bezerra de Menezes, e chegou a conclusão de que a Musicoterapia melhora o humor e antecipa a alta médica dos hospitalizados.

Alunos do sexto semestre da FPA improvisando


Entrevistamos a Musico Terapeuta Juliana Domingues Pauletti, professora da FPA – Faculdade Paulista de Artes

M! O que é necessário para ser um musico terapeuta? Juliana: É necessário formação acadêmica em faculdade e estágio obrigatório de quinhentas horas, para que seja aplicado na prática todos os conhecimentos adquiridos. A Musicoterapia é uma matéria científica, do estudo do desenvolvimento humano, cerebral e teoria da psicologia. Entre as matérias aplicadas na faculdade Professora Juliana Domingues Pauletti estão: música, prática vocal, violão, teclado, flauta, percussão,

prática

de

conjunto,

teoria

musical,

jupauletti@gmail.com—Cel: 11 9447-2424

Fotos e reportagem: CLAUDIA SOUZA

de São Paulo:

percepção e teoria da musicoterapia. Abrangendo a área da saúde, o futuro musico terapeuta aprenderá: fisiologia, neurologia, psiquiatria, teoria psicológica, anatomia e até um pouco de farmacologia. Embora o profissional nunca irá medicar, é preciso ter o conhecimento do efeito que alguns remédios podem causar,

que

justifiquem

possíveis

alterações

no

comportamento dos pacientes durante o tratamento. O estágio inicia no quarto semestre e pode ser feito em hospitais, clinicas particulares, escolas e empresas. Inicialmente

o

aluno

vai

aprender

a

observar

o

ambiente e o ser humano. Algum tempo depois, inicia-se a observação juntamente com um musico terapeuta, quando irá começar a entrar no

M! Qual é o perfil do músico terapeuta? Juliana: É necessário gostar de lidar com pessoas, mas não no sentido de ajudar. A Musicoterapia não é ajuda. O ‗ser terapeuta‘ está num outro nível de ajuda, não basta ter somente boa vontade. Entre os alunos estão: músicos, psicólogos, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, arte terapeutas, médicos e curiosos. Quando eu descobri o curso, ainda não era tão divulgado. Eu já era musicista e estava procurando faculdade com a intenção de fazer psicologia ou medicina. A minha professora de filosofia no colégio, me contou que havia a faculdade de musicoterapia e foi assim que eu tomei conhecimento.

campo clínico assistindo a sessão, no mínimo, durante sessenta horas. Neste estágio, ele começará a entender como funciona a Musicoterapia. Finalmente, passará por um estágio de co-terapia atuando junto com o musico terapeuta que está acima do seu semestre, antes de se tornar independente. Mesmo assim, ainda terá uma supervisão semanal na faculdade, específica para cada estágio que realizar. M! E em relação ao mercado de trabalho? Juliana: O campo de trabalho é bem amplo. Pode-se trabalhar em empresas, clínicas, consultórios particulares, escolas, hospitais, trabalhos de prevenção,

Informações sobre a profissão: www.boasaude.uol.com.br www.musicoterapiabrasil.org Onde estudar: FPA – SP – www.fpa.art.br FMU – SP – www.fmu.br FAP – Curitiba – www.fapr.br UFG – Goiania – www.musica.ufg.br CBM – Rio de Janeiro – www.cbm-musica.org.br EST – São Lourenço – www.est.com.br UBAM – www.ubam.mus.br

desenvolvimento infantil, com mulheres grávidas, onde se atua durante a gestação com sessões que fortaleçam a relação entre mãe e filho; pessoas especiais e trabalhos de pesquisas.

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É crescer para o infinito Professora ALESSANDRA ANTOLINO BUENO é Pedagoga, formada pela FMU e diplomada em Musicalização Infantil pelo CNCM — Conservatório Nacional de Cultura Musical www.cncmtatuape.com.br — cncmtatuape@hotmail.com Tel: 11 2673 -8477 A CNCM incentiva a musicalidade de cada aluno; para as crianças isso é absolutamente maravilhoso.

Foram desenvolvidas várias pesquisas sobre o efeito da Musicalização Infantil em Universidades Americanas e também em outros países como a Escócia e Suíça e foi provado que as crianças que estudavam música a partir dos três anos de idade aumentavam a habilidade espacial em 34% de sua eficiência na manipulação de imagens e informações. Elas se tornaram mais sociáveis e tiveram um aproveitamento muito eficaz nas matérias como Matemática, Física e Química. Cinqüenta anos de pesquisas testaram o efeito que a música exerce sobre as crianças mostrando que as mesmas reagem a estímulos sonoros na exposição mais prolongada. O próprio feto pode ser atingido por sons

\

ultra-uterinos, bem como, sons externos. Quando aplicada em escola séria é uma ciência que vai desenvolver na criança os elementos musicais como meio de expressão, a fim de iniciar um processo de crescimento direcionado ao bem estar pessoal, proporcionando o equilíbrio da mente, do corpo e do mundo externo. É uma aliada importante na formação da personalidade infantil. O professor poderá estimular o ego do aluno no sentido de adequação e segurança enfatizando a criatividade, valorização e o auto-conhecimento que se sustenta dentro de um propósito sério e organizado metodologicamente. Não se aplica a Musicalização Infantil aleatoriamente, pois busca-se organização, um controle em nível de aprimoramento do aluno. Através do movimento corporal, maneira pela qual se percebe que as crianças adquirem uma melhora na auto-estima, tendo como conseqüência um maior aproveitamento na aprendizagem em que os resultados são os melhores possíveis. Durante o estudo da Musicalização Infantil as crianças têm ao seu dispor vários instrumentos com os quais irão experimentando os seus sons e acabam escolhendo um deles, com o qual têm maior afinidade. A partir daí, o professor começa a interagir com a criança através desses instrumentos, dando continuidade à metodologia aplicada de acordo com a Necessidade, aumentando assim o seu poder de percepção e o resultado será o melhor possível.

27


músicos para o ensino em escolas públicas O ensino de música obrigatório nas escolas

Músicos—CRESP para implantar na prática a

durante o período fundamental, determinado pela Lei

Lei 793/2003 na região metropolitana, a fim de

Federal 11.769/2008, desampara músicos

analisar os critérios e os métodos pedagógicos à

profissionais, maestros e regentes quanto ao

serem aplicados para que se tire o modelo de

exercício de seu trabalho no ensino musical básico

implantação em cima da Lei Federal.

para crianças; visto que a matéria será ensinada por professores de educação artística, que estão sendo

“Nós temos uma mão de obra fantástica para

obrigados a adquirir uma preparação de apenas

utilizar neste projeto, que são os nossos

quarenta horas para ministrar estas aulas.

músicos, mas temos que juntar tudo isso com a

Pressupõe-se que os músicos não possuem preparo

pedagogia... A Ordem dos Músicos está sendo

pedagógico para o ensino musical.

fundamental nesta nova fase.

A categoria está com um grito de injustiça preso na

Engajou-se nesta luta em São Paulo trazendo a

garganta. Os apoiadores da Lei Federal

aprovação dessa nova legislação federal,

lembraram-se da educação e cultura, dos lucros com

voltando-se ao fortalecimento da aplicação da

a venda de instrumentos musicais; menos com a

música nas escolas e da estruturação da carreira,

questão da sustentabilidade que a Lei poderia gerar,

com a preocupação da proteção, defesa e

caso os músicos fossem inseridos na proposta de

desenvolvimento do músico”, completou.

ensino. Nem ao menos se pensou num mecanismo de capacitação pedagógica que envolvesse os músicos,

Com relação a preparação dos músicos para que

como foi criado para os professores. Se quiserem

possam dar aulas nas escolas, o Deputado

dar aulas, terão que fazer uma nova faculdade para

declarou que a implantação do Projeto Piloto,

obter licenciatura em pedagogia. No entanto, julga-se

prevê esta possibilidade:

que a música, pode ser administrada com apenas

―...uma coisa é você tocar instrumento, outra

quarenta horas de preparo, sem levar em conta o

coisa é você dar aula... ao mesmo tempo em que

perfil dos mestres de artes para adaptação; se

estaremos criando as atividades na escola em

possuem vocação, talento ou disposição de

relação a musica, analisando o resultado e o

aprender a matéria.

impacto que terá sobre essas crianças;

O projeto de Lei 793/2003, apresentado pelo

juntamente com a OMB/CRESP, nós

Deputado Estadual Rodolfo Costa e Silva – PSDB tem

trabalharemos o desenvolvimento da formação

por objetivo levar a prática musical obrigatória nas

pedagógica dos músicos para realizar o trabalho e

escolas do Estado de São Paulo, até o ensino médio,

qual a estratégia para se fazer isso”, disse.

o que ampliará a aplicação da matéria. Embora o projeto não mencione a formação do

O Deputado apresentou a proposta ao

corpo docente, o Deputado Rodolfo Costa e Silva se

Secretário da Educação e disse estar otimista

manifestou disposto a desenvolver juntamente com a

quanto aos resultados.

Ordem dos Músicos - CRESP, mecanismos para a preparação de músicos profissionais, caso a Lei seja

“Nós esbarramos na aprovação da lei, na medida

aprovada.

em que não apresentamos uma resposta para dar

Segundo o Deputado, no ano de 2003 criou-se

a estrutura necessária para implantar o processo.

uma frente parlamentar para discutir o ensino da

Na Lei Federal 11.769 vai ser uma dificuldade...

música, onde houve a dificuldade de se integrar a

Se não for criada a estratégia do ponto de vista

pedagogia na utilização dos músicos. Agora, está

estrutural para poder preparar o músico para este

sendo estudado um projeto piloto que envolve uma

papel, a Lei não vai pegar...”.

parceria entre Governo do Estado e a Ordem dos

28

Reportagem: Claudia Souza

fala sobre o Projeto de Lei 793/03 que poderá beneficiar


“A música é instrumento importantíssimo de formação de cidadania. Antes, nós estudávamos canto orfeônico e instrumentos; o que gerava os festivais nas escolas. A ditadura militar acabou com isso justamente porque criava um senso crítico e ela não queria que as pessoas tivessem uma visão crítica” 29


O QUE É O PROJETO MÚSICA VOCACIONAL? É um projeto da Secretaria Municipal de Cultura diferenciado pela abertura a TODAS as manifestações musicais. Foi a partir de duas experiências vitoriosas, do teatro e da dança, que surgiu o projeto Música Vocacional, lançado em 2008. Assim como nos dois projetos iniciais, a ação é coordenada por artistas-orientadores selecionados por meio de edital público de chamamento. Os profissionais coordenam atividades que acontecem em equipamentos da Secretaria Municipal de Cultura, como o Centro Cultural da Juventude e bibliotecas públicas e também nos 8 novos Centros Educacionais Unificados (CEUs), administrados pela Secretaria Municipal de Educação. O Música Vocacional não privilegia determinados estilos ou maneiras de se fazer música, mas a própria diversidade das práticas existentes na cidade. Procura incentivar os grupos participantes a um percurso de investigação artística que leve à expressão de idéias, pensamentos e sentimentos, além de buscar espaços para a construção da autonomia. O ARTISTA-ORIENTADOR O profissional contratado para atuar como artista-orientador no Projeto Música Vocacional, além de possuir comprovada experiência artístico-pedagógica, precisa realmente identificar-se com o material de trabalho: a arte e a ação cultural. É justamente por isso que o Vocacional preza a pluralidade de formações musicais em grupos e/ou indivíduos de pesquisa continuada e experiências pedagógicas, para proporcionar aos artistas-vocacionados um diálogo amplo com a criação musical urbana contemporânea, auxiliando na ampliação dos olhares sobre o mundo. PÚBLICO ALVO: Grupos formados (ou em formação) interessados na prática musical maiores de 14 anos. ONDE ACONTECE? Em 2009, o Projeto Música Vocacional está acontecendo no Centro Cultural da Juventude, nas bibliotecas Alceu Amoroso Lima, Cassiano Ricardo e Vicente Paulo Guimarães, nos teatros Martins Penna e Paulo Eiró, no Centro de Memória e Convívio da Lapa e nos CEUs Cantos do Amanhecer, Guarapiranga, Lajeado, Quinta do Sol, Sapopemba, Três Pontes e Vila do Sol. COMO PARTICIPAR? Os interessados em participar do Projeto Música Vocacional poderão ser grupos ou pessoas com alguma experiência musical que ainda não tenham um grupo formado, mas desejam participar e criar um grupo para compartilhar experiências e conhecimentos. As inscrições são gratuitas. Informações sobre os dias e horários dos encontros diretamente no local de interesse.

Mais informações: www.cultura.prefeitura.sp.gov.br—Tel: 11 3397-0166 e 3397- 0167 http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/cultura/noticias/?p=6135

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As irmãs Carmelitas Missionárias de Santa Teresa do Menino Jesus e o IASE Santa Terezinha, parabenizou o Professor Roberto Bueno (Presidente da OMB/CRESP) pelo aniversário de um ano de mandato. Recentemente, a OMB/CRESP encaminhou uma equipe de voluntários para ensinar crianças e adolescentes atendidos pela entidade. O IASE atende 160 jovens de 6 a 11 anos.

A OMB/CRESP doou quatro violões para uso nas Oficinas Culturais ministradas por Músicos do Pólo Cultural da Zona Norte, no CEU Jaçanã, para adolescentes provenientes de famílias de baixa renda, em situação de risco e matriculados em escolas públicas de São Paulo.

31


ELIAS SLON Faleceu em 26 de outubro, aos 90 anos, o violinista ELIAS SLON. Em 1948 ingressou na Orquestra do Teatro Colón de Buenos Aires. No ano de 1955 desligou-se da orquestra para formar um quarteto de violinos, com os principais violinistas da Orquestra Sinfônica do Estado (Buenos Aires). Viajou com o quarteto (Los príncipes del violín) apresentando-se no Chile, Uruguai e diversas cidades do sul do Brasil. Tendo gostado muito do Brasil e de seu povo, decidiu radicar-se em São Paulo em 1957 com sua família, coincidindo sua vinda com a formação da Filarmônica de São Paulo. Ingressou na mesma por convite da direção para ocupar o cargo de concertino e logo depois como spalla da orquestra. Sua atuação como recitalista e como solista foi de grande relevância artística, notadamente quando estreou os concertos de Bloch e de Kabalewsky, em primeira audição, no Brasil. Nas décadas de 60, 70 e 80 participou como spalla das principais gravações, acompanhando artistas como: Dick Farney, Maysa, Claudete Soares, Elizeth Cardoso, Orquestra Simonetti. Foi também spalla da Orquestra de Câmara ―Cordas de São Paulo‖ sob a regência do maestro Júlio Medaglia. Em 1975 o maestro e compositor Camargo Guarnieri convidou-o para integrar a Orquestra de Câmara da USP (OSUSP), na condição de concertino, passando a ocupar o cargo de spalla alguns meses depois; permanecendo por 25 anos. Em 1990 entrou na Orquestra Jazz Sinfônica, onde tocou até 2001. ELIAS SLON foi reconhecido como um dos maiores violinistas da música Brasileira, através das orquestras, OSUSP e Jazz Sinfônica que fizeram-lhe homenagens no Memorial da América Latina e na Sala São Paulo.

Cartas para redação@tribunadomusico.com.br DOUGLAS TADEU BOTTINO Olá pessoal da Tribuna do Músico! Que grande feito mais esta publicação que é a Revista Músico! O número 1 foi muito bem recebido - creio, por todos nós da classe. Parabéns! Sou baterista e percussionista. Atuamos em cerimônias de casamento, festas, formaturas, debutantes, confraternizações, bodas e serenatas. Contato – (12) 3942 1666 / (12) 3923 8322 www.toca.mus.br/vivace.

RENATO ZAGLIO Nossa fiquei contente em me deparar com a revista MÚSICO!, percebo que agora nossa classe esta sendo mais valorizada e que vocês não estão medindo esforços para nos colocar no patamar que nossa classe merece!!!!!!! Gostaria de saber como faço para receber a revista, será de grande valia para mim aqui na minha escola de música, para os músicos da banda enfim acompanhar de perto o trabalho de vocês! !!!!!!! Só peço as vocês mais fiscalização aqui no ABC está complicado trabalhar!!!!!!!!!!!!! Abraço à todos e muito sucesso na nova ordem!!!!!!!!!! Minha carteira OMB 44835

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MUSICAL SHOW CLASSIC Parabéns pela revista ! Ela está show de bola ! Jaboticabal – SP / 16 - 3202 0969 com Edwils


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ENTIDADES CRISTÃS Delegado Milton José de Souza Rua Bento Freitas, 362 – República São Paulo – SP – CEP 01220-000 11 2807 7366

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11 2228 4456

www.ombsp.org.br

11 8279 0061

33

delegadomilton@ombspdc.mus.br


RIBEIRÃO PRETO

TABOÃO DA SERRA

GUARULHOS

Delegado Eduardo Tamburús

Delegado Norberto Sílvio Pereira Liso

Delegada Camila Caetano Gomes

Rua Américo Brasiliense, 405

Rua do Carmo, 19 – Centro –

Rua Sete de Setembro, 235 – 3º andar

1º andar—sala 108 – Centro

Taboão da Serra – SP

– sala 32 – Centro – Guarulhos

Ribeirão Preto SP - CEP 14015-050

CEP 06454-040

CEP 07010-000 SP

16 3931-5125 / 3235-5444

11 2441- 4348

8122-8655 ombribeiraopreto@gmail.com

JABOTICABAL Delegado Edwilson Valério

SANTOS

Rua Francisco Volpe, 154 – Jardim

Delegado Fernando Marchione Machado

Kennedy – Jaboticabal – SP

Rua General Câmara, 76 – 4º andar

CEP 14871-440

sala 406 – Centro – Santos – SP

16 – 3204 1083 / 9709 7594

CEP 11010-120

edwilsonvalerio@bol.com.br

13 3219-4107

JUNDIAÍ

SÃO CARLOS

Delegado Marcelo Dantas Fagundes

Delegada maria Inêz Cornicelli Botta

Rua Rangel Pestana, 1044 – Centro –

Rua Aquidaban, 1125 – São Carlos –

Jundiaí – SP – CEP 13200-970

SP – CEP 13560-120

11 4586-7172 / 9656-9137

16 3374-2612 / 9116-7819

marcelo@weril.com.br

cemusi@terra.com.br

MAUÁ

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

Delegada Terezinha Aparecida Passos

Delegado Roberto Farath Junior

Rua Havana, 33 – Parque das Américas

Rua Amália de Faveri Poloto, 147 –

– Mauá – SP – CEP 09351-000

Jardim Aeroporto – S.J.do Rio Preto –

11 4541-5818 / 9674-8823

SP – CEP 15035-050

habacuqueestudio@hotmail.com

17 3233-3352 / 9132-3060

MOGI DAS CRUZES

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

Delegado João Silvestre de Lima

Delegado César Augusto Custódio

Rua Princesa Isabel de Bragança, 145 –

Rua Domingues Farzes de Almeida, 28

Sala 31 - Mogi das Cruzes – SP

Bairro GT 31 de Março

CEP 08710-460

S.J.dos Campos—CEP 12237-120

11 2867-2431 / 9853-7722

12 3931- 9590 / 9124 4271

jlmusic@ig.com.br

delegaciasjc@yahoo.com.br

NOVO HORIZONTE

SANTO ANDRÉ

Delegado Benedicto Valesi

Delegado Rubens Belchior

EDIÇÃO DE VÍDEOS PARA

Rua 28 de Outubro,77

Rua Clélia, 767 – Vila Pires

YOUTUBE / YAHOO / VIDEOLOG, ETC

Novo Horizonte – SP – CEP 14960-000

Santo André – SP – CEP 09130-010

17 3542-1839

11 4451-8074 / 7248-7285

OSASCO

SÃO CAETANO DO SUL

Delegado Josafá Pedro dos Santos

Delegado Jayme Ruba

Rua Nova Granada , 11 – Km 18

Rua São Paulo, 1748 – apto 32

Centro Cultural de Osasco – SP

Correspondência:

CEP 06130-130

São Caetano do Sul – SP

11 2183-6199 ramal 212 / 9606-7324

CEP 09541-100

FADA CELESTE Produções Soluções em comunicação para Empresas, Músicos e Artistas

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11 4221-7927

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PRESIDENTE PRUDENTE Delegado José Carlos Cardoso

TAUBATÉ

Rua Geralda Magalhães da Silva, 17

Delegado Eduardo Pereira Tupinambá

Vila Luso – Presidente Prudente SP

Rua Monsenhor Amador Bueno, 260 –

CEP 19031-200

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