PURE MAGAZINE #1

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nesta pag: Ana Rita veste top e calças LIDIJA KOLOVRAT, €165 cada um / Tiara ANA MOREIRA para LIDIJA KOLOVRAT €75

Como é que entraste no mundo da televisão, foi por brincadeira? Brincadeira que se tornou num encontro sério. Costumo dizer sempre que a televisão é que me encontrou a mim. Sempre soube que teria um trabalho relacionado com a comunicação, mas nunca tinha pensado em fazer televisão. Pensei na escrita, na programação cultural (como também fiz) e na rádio. Enfim, queria comunicar de mil e uma formas. Mas, há vários anos atrás surgiu a oportunidade de ingressar na TV. Foste à procura dessa oportunidade? A minha mãe inscreveu-me num Casting para a SIC Radical. Na altura, estavam à procura de novas apresentadoras. Fui seleccionada para a final. Houve logo uma simbiose muito engraçada. Nesta primeira experiência tudo começou a fazer sentido. Comecei logo a fazer directos em televisão. Encontrei um espaço onde eu me sentia bem porque estava a falar de uma forma directa com o público. Ainda hoje é o que mais gosto de fazer. Logo a seguir à participação que tive no Curto-Circuito (SIC Radical), a NTV, que estava a surgir no Porto, convidou-me. Entretanto, estava a estudar Sociologia e optei por não me envolver tão directamente. Queria formar-me primeiro, experimentar uma série de coisas como viajar e só depois voltar à televisão. E aí já com a consciência plena de que era o caminho que eu queria mesmo agarrar. Mas parece que aconteceu tudo muito rapidamente. Sim, talvez. Quantos anos é que tinhas na altura? Tinha 19 a 20 quando comecei a fazer televisão. Mas só quando terminei a faculdade e os estágios é que comecei a sério com um Talk Show, o XPTO. Era um projecto de raiz, com uma equipa de raiz e num canal de raiz (a NTV). E estive em directo quase um ano. Permitiu-me voar sobre outras áreas, crescer muito e errar muito. Ao mesmo tempo sempre estive ligada às artes, à cultura urbana e à música. Esta última cada vez mais presente na minha vida.

Como vieste parar a Lisboa? No final de 2005 surge o convite das produções fictícias para apresentar o Inimigo Público com o Rui Unas e a Joana Cruz. Já de si era um projecto alternativo. Agradou-me imenso o facto que estar a entrar num canal generalista de uma forma diferente. Mas, ao mesmo tempo comecei com o Êxtase em reportagens. A partir daí nunca mais parei. As oportunidades têm surgido. Fui o rosto do Rock In Rio Lisboa 2006 e de outros festivais. Depois estive apresentar o programa 5 estrelas. No ano que passou fui apresentadora do programa Êxtase em que tive oportunidade de entrevistar nomes nacionais e internacionais. E neste momento… A nova direcção propôs-me novamente estar à frente do projecto Rock in Rio Lisboa 2008 e ser um dos rostos presentes nesta grande operação que está a ser feita pela SIC e que é transversal a todos os canais da operadora. Para além disso, tenho a minha própria produtora, a Drop Produções… Como é que surge esse projecto da Drop Produções? Foi há dois anos atrás. E surgiu da minha vontade e necessidade de estar sempre em movimento e absorvida por novos projectos. Sempre fui uma pessoa muito activa e com muitas ideias. Quero estar sempre a fazer coisas. A minha produtora surge nesse sentido. Criei um conceito de canais de televisão Online. Foi um projecto pioneiro. Criei esses canais na Internet para acompanhar os concertos do Festival Super Bock, Super Rock e para o Festival Sudoeste. Este ano, quero que a DROP repita essa realização e faça um Up Grade desses projectos, abraçando outras áreas. Mudaste a tua vida para Lisboa, mas ainda te sentes uma pessoa no norte? Costumam dizer que as pessoas do norte são diferentes, mas isso é o que se diz. Acho que é muito importante sabermos de onde somos e de onde vimos. Acho que sou uma mulher do norte e, serei sempre, se isso significar que sou determinada e forte. Mas, acima de tudo sou portuguesa.

Em relação à Moda, segues tendências? Eu acho que tenho o meu estilo próprio, que significa misturar várias tendências. Tenho um olhar sobre a moda ou do que existe no que diz respeito a novos criadores. Gosto muito de estética, de imagem, da criação, dos tecidos e do design. Presto atenção à moda, mas tento construir o meu estilo. Não sou uma vítima da moda porque nem tenho paciência para isso. A minha profissão exige, naturalmente, que acompanhe as últimas tendências. Como não gosto de coisas formatadas tento ter um apontamento original. Não perco muito tempo com compras, mas apaixono-me por peças. Uma das peças que mais gosto, que faz parte dos acessórios é um lenço que pertenceu à minha mãe nos anos 70. A simplicidade com um apontamento original é aquilo que eu mais procuro. Tens preferência por algum criador português? Gosto de vários. Acho que cada um tem o seu próprio estilo. Por exemplo, o Pedro Pedro tem uns vestidos muito bonitos, nas criações da Alexandra Moura destaco a sua originalidade, Nuno Baltazar tem muita elegância, o Filipe Faísca faz uma boa combinação e a Lidija Kolovrat tem linhas modernas, mas também gosto da Ana Salazar, etc. Mas, mais do que gostar dos criadores eu gosto das peças. Tenho que olhar e apaixonar-me por elas. E criadores estrangeiros? Gosto muito da Stella Maccartney, pelas linhas sóbrias. Gosto muito de Prada, Jill Sander, entre outros.


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