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pro02 Amunt - Architekten Martenson, Nagel e Theissen “JustK”

Este lote de 365 m2 está localizado em Tübingen, na encosta virada a Sul, com vista sobre a cidade e o castelo de Tübingen. O Plano Director de 1960 estipula uma posição específica para a casa no terreno, bem como a sua inserção na envolvente. O cliente encomendou o projecto de uma habitação unifamiliar para dois adultos e quatro crianças. Foi crucial a utilização de energia eficiente passiva, aplicação de materiais naturais e o uso prudente dos recursos em mãos, de forma a tornar o edifício sustentável. A potencial adaptação casa para as necessidades da família foi um aspecto fundamental. A questão é: o que é um bom espaço para viver? O que o define e do que realmente necessita? Foram estas questões que nos orientaram na abordagem ao “layout” da casa. Foi importante maximizar o espaço utilizável, a funcionalidade e a flexibilidade da habitação. Existiu um grande esforço no sentido de criar qualidade espacial usando um mínimo de materiais. A sobreposição de áreas e respectivos usos foram projectados para proporcionar aos habitantes uma sensação de espaço que permite ambientes variados e diferentes possibilidades de vivência. Invólucro Um lote com uma área limitada, o regulamento de espaçamento entre edificações e a necessidade de um espaço amplo para seis pessoas, foram os principais parâmetros que conduziram a uma organização vertical da casa, como uma torre. JustK relaciona-se com os cinzentos edifícios envolventes dos anos 20, de uma forma contemporânea através de um invólucro compacto e um volume definido. O balanço da cobertura e a sua forma derivam por um lado, de um desejo de criar o maior volume espacial com o mínimo espaçamento, o qual é favorecido pelo ângulo de 70º que facilita a aplicação das normas de construção em vigor, e por outro lado a pedido dos vizinhos de forma a manter desimpedida a vista para o Castelo - condições em que adquiriram o lote.

Cobertura O piso superior e a cobertura do edifício foram revestidos com “southwester hat” em folhas para fornecer maior protecção aos agentes atmosféricos. Semelhantes aos remates da fachada, estas reúnem-se nas arestas sob a forma de sulcos permitindo o escoamento das águas pluviais. Esta interpretação procura acentuar o efeito de invólucro deste telhado. A margem de drenagem nas guias beirais funciona como a aba de um chapéu. Pré-fabricadas, Estrutura e Tratamento de Superfície As exigências físicas estruturais em casas passivas, o seu período de construção curto, bem como considerações de sustentabilidade, culminou com a decisão de construir esta casa em madeira maciça, utilizando os potenciais de pré-fabricação. Todo o edifício é composto por 136 elementos, que foram fabricados com ranhuras para carpintaria e marcenaria, bem como com furos e ranhuras para a instalação do sistema eléctrico. A madeira é o principal material a ser usado de forma consistente em toda a estrutura e as superfícies interiores. Divisível – um torna-se dois Sustentável e flexível, a casa pode ser dividida em duas unidades de estar com entradas separadas, no caso de mudança de situação familiar. A área total da casa é de 138 m2, transformando-se em dois espaços de 81 e 57 m2 quando dividida. Nos meses mais quentes do ano, este espaço pode ser prorrogado pela varanda e pátio de 12 e 23 m2 respectivamente.

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