#MidiasSociais: Perspectivas, Tendências e Reflexões

Page 94

Miemis (2010) propôs a ideia de que o Twitter7 pode estar evoluindo para uma entidade do tipo inteligência coletiva e cita um outro artigo por Dean Pomerleau (2010), intitulado “Twitter e o Cérebro Global”, onde o autor retoma a ideia compartilhada por Hagmann P, Cammoun L, Gigandet X, Meuli R, Honey CJde (2008) que o cérebro humano assemelhase à morfologia dos sites de redes sociais. Pomerleau explica que algumas evidências recentes da neurociência sugerem um novo modelo para a compreensão de como o cérebro é alterado durante o aprendizado, e então faz uma correlação entre o processo e a estrutura emergente e a função da web em tempo real, ou seja, a partir do Twitter:

Devemos ressalvar também que necessidade de currículos acadêmicos e conteúdos estruturados permanecerá bastante forte ainda, a ponto de ser óbvio que sempre haverá uma necessidade para cumprimento das obrigações legais e regulamentares inerentes à aprendizagem formal. No entanto, insistir unicamente nestes princípios desprezando a abertura e potencial da aprendizagem informal estabelecidas nos sites de redes sociais, provavelmente incorrerá em um posicionamento marginalizado. Os sites de redes sociais são cada vez mais acessados para o desenvolvimento, difusão de conhecimento e de intercâmbio cultural a partir da rede. A partir da cultura do networking8, partilha e colaboração, podemos entender que a aprendizagem também se desenvolve através da participação e interação online como também, através de outros múltiplos contextos: no trabalho, na comunidade e no lar.

Imagine um usuário do Twitter como um neurônio. Ele/ela faz o equivalente a uma sinapse com cada um dos seus seguidores. Quando um usuário envia um tweet, é o equivalente a um disparo do neurônio.” (DEAN POMERLEAU, Entendendo assim a aprendizagem informal 2009) (original em inglês). como uma extensão da aprendizagem social,

94

A possibilidade de ampliar as contribuições teóricas sobre aprendizagem social empregando a perspectiva dos sites de redes sociais, surge da percepção do potencial ilustrado na dinâmica das relações sociais constituídas, que apresentamse principalmente a partir do fluxo informacional e troca de experiências. As pessoas geralmente aprendem informalmente definindo seus próprios objetivos e interesses de aprendizagem. Aprendem quando sentem a necessidade de saber alguma coisa, ou de aprofundar um conhecimento prévio. E vale ressaltar, que as conexões entre as pessoas se estabelecem prioritariamente a partir dos interesses e objetivos individuais de cada membro.

torna-se necessário desviar um pouco o olhar da própria ‘aprendizagem’ para a ‘capacidade de trocas informacionais’, além da urgência ao estímulo à interação em sistemas sociais via web. Neste sentido, compreende-se que é possível empregar a perspectiva dos sites de redes sociais nivelando-os à capacidade de desenvolvimento da aprendizagem online (formais). Esposados no aporte teórico empregado neste artigo, por fim, podemos inferir ainda, que os sites de redes sociais tornaramse redes de aprendizagem importantes na contemporaneidade e neste sentido, permitem uma abertura para o concepção da idéia de um ‘cérebro global’, ou ainda, da própria ‘inteligência coletiva’ pós-moderna.


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.