#MidiasSociais: Perspectivas, Tendências e Reflexões

Page 111

#MídiasSociais: Perspectivas, Tendências e Reflexões

James Gregory, diz que

início à tentativa de entender e desvendar seu comportamento. Com efeito, as estratégias de marketing e comunicação tornaram-se fatores sine qua non para construir e manter a imagem da marca posicionada corretamente na cabeça do consumidor. Dessa forma, “um conjunto de tarefas de marketing – incluindo suas ferramentas de comunicação – destinado a otimizar a gestão de marcas” (SAMPAIO, 2002, p. 27), definido como branding, começou a ganhar impulso.

Marca não é uma coisa, um produto, uma companhia ou uma organização. Marcas não existem no mundo físico, são construções mentais. Marcas podem ser mais bem definidas como a soma total de experiências humanas, percepções e sentimentos, sobre algo em particular, seja um produto ou uma organização. Marcas existem no âmbito da consciência, seja dos indivíduos seja de um público (GREGORY apud O fato é que, ao longo dos anos, o branding MARCONDES, 2003, p. 21).

Entretanto, independentemente do que é marca, ela já faz parte do nosso cotidiano há muito tempo. Alguns autores acreditam que, no Antigo Egito, os gados e tijolos eram marcados pelos nomes dos proprietários e fabricantes, respectivamente. Outros creditam o surgimento da marca à Idade Média, uma vez que, as associações de comerciantes marcavam os produtos com os nomes dos fabricantes para identificar o produtor. Portanto, tanto para os proprietários rurais quanto para os comerciantes, a marca exercia apenas a função de identificação do produto (TAVARES, 2008).

passou por algumas mudanças e foi utilizado de diversas maneiras. Na década de 1950, por exemplo, as estratégias eram direcionadas para promover as características físicas dos produtos como diferenciais competitivos. Dez anos mais tarde, os consumidores passaram a ter vínculo emocional com alguns produtos, de tal modo que, na hora da decisão de compra, diante da opção de vários produtos similares, escolhiam aquele, que, de certa forma, conseguira atingir seus corações. Nos anos 80, por sua vez, marca e corporação eram sinônimas, utilizando a filosofia da empresa como diferencial mercadológico. A Nike é um bom exemplo dessa época. Durante anos, o espírito da organização era representado em cada funcionário de maneira tão forte, que os colaboradores eram verdadeiros embaixadores da marca. Já na década de 1990, o branding passou a se voltar para a marca por si só, visando diferenciá-la num mercado, que cada vez mais, tornava-se repleto de commodities (LINDSTROM, 2007).

No século XVI, as marcas registradas foram criadas. Os escoceses embarcavam uísque em barris de madeira com o nome do fabricante na parte superior da “embalagem” marcado a fogo, ganhando, assim, exclusividade do uso da marca. Dois séculos mais tarde, os nomes dos produtores foram substituídos por outros nomes, para facilitar a memorização tanto do produto como da marca pelos consumidores, atribuindo à marca um novo Com efeito, o marketing e a comunicação patamar (TAVARES, 2008). começaram a ter como premissa básica o Só no século XX, o consumidor passou a consumidor com a finalidade de conquistáser mais valorizado do que a marca, dando lo e fidelizá-lo para, assim, atingir seu bolso.

111


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.