O Setubalense - o seu diário da região nº 1029 de 09 de Março de 2023

Associação Nacional de Municípios contra NUTS da Península de Setúbal

ANMP pediu ao Parlamento que peça inconstitucionalidade por considerar que lei prejudica outros seis municípios da AML p3

Conclusão

do Centro de Saúde da Baixa da Banheira já foi adjudicada p6

ARRÁBIDA

Ministro diz que plano da Secil não se enquadra no Parque Natural p3

SOBREDA

Freguesia vai ter novo colégio internacional p13

CICLISMO

Clássica da Arrábida com 29 equipas este ano p4

ALMADA

Câmara avança para Polícia

Municipal p12

Abertura

Lagoa de Santo André aberta ao mar apesar do volume de água reduzido

Os vendedores da banha da cobra

Durante o século XIX, nuns jovens e independentes Estados Unidos da América, começavam a surgir nas suas zonas mais recônditas, vários povoados mais concretamente no velho oeste.

Estas aglomerações urbanas resultavam da obtenção de mais terras aráveis, garimpagem de ouro, extensão das linhas de caminhos de ferro ou apenas de conquista de terras aos povos autóctones, que as habitavam desde tempos imemoriais.

De tempos a tempos, surgiam nesses povoados alguns indivíduos, montados nas suas carroças que transportavam produtos que, segundo eles, resolviam todas as maleitas, desde a dor de cabeça à sorte no jogo.

Eram os chamados: vendedores da banha da cobra.

No concelho do Seixal, existem especialistas nesta arte, que diga-se, só está acessível a indivíduos com um altíssimo grau de imaginação e criatividade.

Nas últimas eleições autárquicas, a CDU perdeu uma Junta de Freguesia para o Partido Socialista, neste caso: Fernão Ferro. Com a dor da perca, tem o município reduzindo cada vez mais os apoios financeiros. Como exemplo diria, que há cerca de 10 anos, a Junta de Freguesia de Fernão Ferro recebia cerca de 400 mil euros de financiamento autárquico e hoje, recebe pouco mais de 200 mil.

Quanto à Junta de Freguesia de Corroios, pela primeira vez o sufrágio resultou num empate técnico entre eleitos da CDU e do Partido Socialista. Como o primeiro orçamento apresentado por este executivo foi

OPINIÃO

Gil Costa

acusava de entrave ao desenvolvimento.

Na Câmara Municipal o caso é diferente e mais bicudo. Tudo começou com o abandono pelo Presidente eleito para o cargo, Joaquim Santos, apenas 9 meses depois da sua eleição, com argumentos absolutamente inócuos. O Presidente atual, Paulo Silva, viu-se a braços com uma série de problemas.

Ultimamente, após um orçamento chumbado, convidou (pasme-se), um eleito ex-Chega (cujo programa eleitoral foi sufragado pelos eleitores da extrema-direita), a integrar o executivo da Camara Municipal, oferecendo-lhe uma Vereação a tempo inteiro, com vista a garantir que o orçamento passaria.

Na Assembleia Municipal, o orçamento voltou a chumbar e a estratégia do Presidente da Câmara falhou.

Desde então, a gestão CDU faz-se de vítima, nunca têm culpa de nada, e é na nefasta oposição que residem todos os males do mundo. Em qualquer que seja o local onde marquem presença fazem o chamado “choradinho do costume”, quer seja num concerto com milhares de pessoas, ou numa reunião com uma direção de uma associação com cinco elementos. Como se isto não bastasse, qualquer que seja o investimento da responsabilidade do Governo, assumem-no como se fosse da sua responsabilidade.

A Lagoa de Santo André, no concelho de Santiago do Cacém, foi ontem aberta ao mar, apesar do volume de água reduzido, numa operação que visa a “renovação da água e das espécies piscícolas”. Coordenada pela Agência

Portuguesa do Ambiente, a operação, que voltou a realizar-se depois de em 2022 ter sido cancelada devido ao volume baixo de água, arrancou pouco depois das 16h00 e só ficou concluída perto das 18h30 devido às condições do mar.

OPINIÃO

Américo Lourenço

Pensões e sustentabilidade

Se o aumento do valor das pensões coloca em causa a sustentabilidade da Segurança Social, ainda que seja justo o aumento das mesmas, face ao aumento do custo de vida, e ao facto de muitos cidadãos usufruírem de uma pensão de valor substancialmente reduzido, o problema da sustentabilidade daquele organismo, há muito que deveria ter sido acautelado, e criados novos mecanismos que pudessem evitar ou minimizar os efeitos do problema de que há muito se fala, e que muitos temem.

FICHA TÉCNICA

chumbado pela maioria da oposição, durante um ano, a CDU carpiu as suas mágoas e, onde podia, fazia-se de vítima e contestava a suposta irresponsabilidade da oposição, que

E assim vão os vendedores da banha da cobra no Seixal, ontem como hoje, a insultar a inteligência das populações e a vender sonhos em troca de uma mão cheia de nada.

Deputado do PS

REDACÇÃO - 265 092 633 (chamada rede fixa nacional) redaccao@osetubalense.com

Se existe um problema com a sustentabilidade da Segurança Social, muitos cidadãos questionar-se-ão sobre o porquê de continuarem a descontar para um sistema pouco fiável, e que não garante o pagamento das suas pensões de reforma, quando os mesmos já não dispõem de capacidade física ou intelectual para o exercício de uma actividade profissional.

Sabemos todos que muitas empresas não cumprem com as suas obrigações no que diz respeito às contribuições para a Segurança Social, e também sabemos que existe

PUBLICIDADE - 265 520 716 (chamada rede fixa nacional) publicidade.setubal@osetubalense.com

um défice de fiscalização a essas mesmas empresas, onde muitas arranjam estratégias de fuga às suas obrigações, as quais acabam sempre por penalizar todo o sistema, sendo o resultado, a falta de capacidade de um sistema falhado, onde a sustentabilidade do mesmo, poderá não assegurar a proteção de uma sociedade mais fragilizada.

Vigilante no Porto de Sines

SECRETARIA - 265 094 354 (chamada rede fixa nacional) geral@osetubalense.com

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DELEGAÇÕES

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No concelho do Seixal, existem especialistas nesta arte, que diga-se, só está acessível a indivíduos com um altíssimo grau de imaginação e criatividade

Sabemos todos que muitas empresas não cumprem com as suas obrigações

Troço da Rua da Electricidade interdito segunda-feira devido a obra

A execução de trabalhos de construção de um ramal de saneamento motiva o encerramento ao trânsito automóvel de um troço da Rua da Eletricidade, no Vale do Cobro, em Setúbal, entre as 08 e as 14 horas da próxima segunda-feira, dia 13. Em

comunicado, a Câmara Municipal de Setúbal explica que a intervenção na via pública obriga ao corte de trânsito “no troço compreendido entre as ruas da Cascalheira e da Luz”. “Como alternativa, os automobilistas devem circular pelas ruas da Cascalheira e da Luz”.

DA NUTS PENÍNSULA DE SETÚBAL Associação Nacional de Municípios sugere pedido de inconstitucionalidade da lei

CRIAÇÃO

ALARGAMENTO DAS PEDREIRAS

Ministro do Ambiente diz que plano da Secil não tem enquadramento nas regras

ANMP diz que há seis municípios metropolitanos de Lisboa prejudicados e defende estudo aprofundado sobre a matéria

A Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) pediu que seja suscitada a inconstitucionalidade da lei que criou uma nova NUTS (unidade territorial) para maior acesso da Península de Setúbal a fundos comunitários, considerando que prejudicou seis outros municípios metropolitanos de Lisboa.

Ouvida ontem no parlamento sobre a lei aprovada em Dezembro, no âmbito de um requerimento do PSD, a ANMP defendeu ainda a realização de “um estudo aprofundado sobre a matéria”, tendo em conta a coesão do todo nacional e também para que possa ser corrigida a situação dos municípios prejudicados.

Segundo o vice-presidente da ANMP, Hélder Sousa (PSD), também presidente da Câmara de Mafra, um dos municípios prejudicados é o seu, juntamente com as autarquias de Vila Franca de Xira, Loures, Odivelas, Amadora e Sintra, que, ao manterem-se na Área Metropolitana de Lisboa para efeitos de fundos, são lesados pela média que fazem com os municípios mais ricos de Lisboa, Oeiras e Cascais, quando têm um Produto Interno Bruto (PIB) muito inferior.

“Estes presidentes de câmara estão altamente insatisfeitos, lesados. Eu não digo que foi propositado, mas de facto há necessidade de, em primeiro lugar, suscitar a constitucionalidade da lei aprovada, porque o princípio da igualdade foi naturalmente beliscado”, referiu Hélder Sousa, considerando que também a Assembleia da República foi responsável na “injustiça” criada pela proposta apresentada pelo Governo, porque

Ministra da Coesão esteve ontem no IPS mas não se falou das NUTS

a aprovou "eventualmente sem dados objectivos para poder tomar a decisão, participou e propiciou que esta injustiça se instalasse".

“Em segundo, exigir ao Governo um estudo urgente sobre esta matéria de nível nacional, para que na primeira oportunidade se possa ir junto do Eurostat e corrigir este azimute. E, em terceiro lugar, também porque é competência desta Assembleia, […] estes municípios devem ser compensados através do Orçamento do Estado no que diz respeito aos investimentos públicos de que precisam para manter a sua competitividade”, defendeu.

Segundo o autarca, a ANMP não pretende prejudicar Setúbal ou o Oeste, considerando que as alterações relativamente a Setúbal vieram corrigir uma “injustiça”, mas criaram outra.

Hélder Sousa explicou que, no âmbito da distribuição de fundos pelos 18 municípios da AML, os seis municípios em causa em 2021 “estavam a 96% do PIB per capita médio da União Europeia e agora subiram para mais de 100%”.

“Logo, estavam numa região de convergência e agora estão na re-

gião dos ricos e isso tem uma consequência, que é no próximo quadro comunitário, em vez de recebermos a 60% os apoios comunitários e em vez de recebermos de uma fatia maior, vamos continuar neste prejuízo”, sublinhou.

O autarca realçou que o prejuízo “já vem de trás”, porque estar numa NUT II com Lisboa, Oeiras e Cascais “tem sido altamente prejudicial para os outros 15, dos quais nove agora “se autonomizaram e bem” na Península de Setúbal.

“Mas, ficam seis reféns e mais prejudicados, porque viram aumentar o seu PIB per capita indirectamente, ou seja, estatisticamente, sem que na prática o tenham. Eu deixo só uma nota que é como é que os presidentes de câmara destas seis autarquias vão competir com os presidentes de câmara da CIMOeste [Comunidade Intermunicipal de Oeste], onde têm [o co-financiamento de] 85% de milhões e nós temos [o co-financiamento] a 40% de tostões? E, quando se comparam economias, quando se compara o rendimento das famílias, quando se compara a atractividade territorial, estamos em perfeita desvantagem”, concluiu. Lusa

Duarte Cordeiro explica que cimenteira foi informada “de que a pretensão não está conforme o ordenamento do Parque Natural da Arrábida”

O ministro do Ambiente e Acção Climática, Duarte Cordeiro, disse ontem no parlamento que a pretensão da cimenteira Secil de ampliar as pedreiras da Arrábida “não tem enquadramento” nas regras do Parque Natural.

"O promotor (a cimenteira) foi informado de que a pretensão que deseja não está conforme o ordenamento do Parque Natural da Arrábida”, pelo que se não estiver de acordo não será autorizada, disse o ministro, que falava na comissão parlamentar de Ambiente, numa audição regimental.

Duarte Cordeiro começou por explicar que a autoridade responsável pela Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) é a Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo.

As explicações do ministro surgiram no seguimento de uma pergunta do deputado do Bloco de Esquerda, Pedro Filipe Soares, que considerou que "não devia ser permitida a expansão de uma cimenteira numa área protegida”.

No início do mês foi divulgado que a cimenteira Secil tinha uma proposta de fusão e ampliação de duas pedreiras na Arrábida, em Setúbal. A associação ambientalista Zero advertiu que a alteração está proibida por lei e disse não

compreender como foi submetida a consulta pública.

O novo Plano da Pedreira de Vale de Mós A, na zona do Outão, prevê a fusão das actuais pedreiras de Vale de Mós A e de Vale de Mós B, de calcário e marga, matérias-primas necessárias para produção de cimento, e a ampliação da área de exploração das duas pedreiras em 18,5 hectares, mas reduz a cota de exploração de 40 para 80 metros acima do nível do mar.

Segundo a cimenteira, este novo plano de exploração das pedreiras de Vale de Mós na Arrábida (Setúbal), que está em consulta pública até 29 de Março, permitiria, na prática, reduzir a área total de exploração das duas pedreiras em 18 hectares, graças à reversão dos 36 hectares já ambientalmente recuperados, como também possibilitaria a criação de um patamar de 27 hectares de área ambiental e paisagística recuperada a uma cota de 80 metros acima do nível do mar.

O objectivo da Secil, de acordo com a informação disponibilizada pela empresa, é ter uma Declaração de Impacte Ambiental (DIA), mesmo que condicionada, que apresente uma solução melhor em termos ambientais e que proporcione melhores condições para a utilização futura do espaço das pedreiras, quando for encerrada a exploração de calcário na Serra da Arrábida. O presidente da associação Zero, Francisco Ferreira, disse que a alteração proposta pela Secil, independentemente das virtualidades que possa ter e que os ambientalistas irão analisar nas próximas semanas, está expressamente proibida no Regulamento do Plano de Ordenamento do Parque Natural da Arrábida (POPNA). Lusa

Secil pretende proceder à fusão e ampliação de duas pedreiras na Arrábida

Clássica da Arrábida junta 29 equipas, 18 estrangeiras e 11 portuguesas

Com uma distância de 182 quilómetros entre o ponto de partida e a meta, a prova passa pelos concelhos de Setúbal, Palmela e Sesimbra

A sexta edição da Clássica da Arrábida, prova de ciclismo que tem passado anualmente por Setúbal, Palmela e Sesimbra, tem data marcada para o próximo dia 19 de Março. A prova tem este ano como novidade a participação de 18 equipas internacionais, numa competição que reúne outras 11 equipas nacionais.

Assim, Espanha, Angola, Alemanha e Inglaterra estarão em grande peso, com duas equipas ProTeams e três

FOTOLEGENDA

equipas continentais a participarem, acompanhadas pelas equipas de segundo escalão mundial Caja Rural-Seguros RGA e Equipo Kern Pharma (Espanha).

No terceiro escalão mundial apresentam-se a Electro Hiper Europa (Espanha), a BAI Sicasal Petro de Luanda (Angola), a Bike Aid (Alemanha) e a Trinity Racing (Inglaterra).

No que diz respeito às equipas nacionais, vão marcar presença a ABTF Betão-Feirense, a AP Hotels & Resorts-Tavira-SC Farense, Aviludo-Louleano-Loulé Concelho, Credibom-LA Alumínios-Marcos Car, EfapelCycling, Glassdrive-Q8-Anicolor, Kelly-Simoldes-UDO, Rádio Popular-Paredes-Boavista e Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua.

As restantes três equipas só serão seleccionadas, em função do ranking,

Prova de ciclismo apresentada esta quarta-feira no Forte de Albarquel, em Setúbal

na semana que antecede à Clássica da Arrábida. A prova, que terá uma duração aproximada de quatro horas e meia, tem início às 12 horas no Largo de São João, em Palmela, e depois de percorrer 182 quilómetros, termina pelas 16h30 no Castelo de Sesimbra.

Durante a viagem, “o pelotão vai enfrentar as subidas da Arrábida (km 28), do Alto de São Paulo (km 111,5) e da Assenta (km 170,8), além de dois troços de terra batida, entre os quilómetros 99,7 e 100,3 e 155 e 156,6”, explica a organização da prova.

Na apresentação do evento desportivo, que aconteceu ontem no Forte de Albarquel, em Setúbal, João Serralheiro, da Lima e Limão Cicling Services, e Delmiro Pereira, presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo, apresentaram o percurso e falaram sobre a importância que a prova e o desporto têm na região e no País.

Crianças do Jardim de Infância

‘O Sonho’ visitam O Setubalense

O SETUBALENSE recebeu ontem vinte crianças do Jardim de Infância ‘O Sonho’, que visitaram o jornal e ficaram a conhecer as suas instalações. As crianças, com idades entre os três e os seis anos, tiveram assim uma manhã divertida, durante a qual tiveram a oportunidade de conhecer parte da equipa de O SETUBALENSE. Além disso, visitaram a redacção, o departamento comercial e a paginação, assim como a Tipografia Rápida, onde é realizada a impressão do jornal.

Também Francisco Jesus, presidente da Câmara de Sesimbra, Maria João Camolas, vereadora na Câmara de Palmela, e Pedro Pina, vereador na Câmara de Setúbal, estiveram presentes no evento e falaram sobre o proveito que cada um dos concelhos terá com a realização da prova desportiva.

Maria João Camolas destacou o papel importante do ciclismo no concelho de Palmela, modalidade que diz ser “muito acarinhada” pelos munícipes. “Esta Clássica da Arrábida

tem uma enorme importância. É já uma prova que está no calendário nacional e, portanto, para Palmela, revê-se uma maior importância porque alavanca em si o turismo, a economia e, também, de certa forma é o desporto rei, ao contrário do que dizem do futebol”.

Já Pedro Pina descreveu a Arrábida como “um território de união e solidariedade” entre os três concelhos por onde passa a prova. Além de dizer que a serra é “um grande equipamento desportivo ao serviço dos praticantes [do ciclismo]”, o vereador com o pelouro do Desporto falou sobre a atractividade que a competição traz para a região.

“Esta é uma prova tem a capacidade de atrair as melhores equipas nacionais e muitas equipas internacionais que vêm até ao País para preparar as suas épocas desportivas”, disse.

Enquanto isso, o presidente do município de Sesimbra referiu que a competição é “importante do ponto de vista económico”. “Porque as pessoas que nos visitam para ver a prova ficam alojadas nos nossos três concelhos, os atletas ficam também alojados e até por mais tempo, para treinarem para a prova”, disse Francisco Jesus.

Além disso, o autarca abordou também a “projecção desta prova e das equipas, que vai levar a Serra da Arrábida por esse mundo fora”.

Organização leva ciclismo até aos mais jovens

Além de contribuir para o dinamismo do turismo e da economia dos três concelhos do distrito, a organização da Clássica da Arrábida quer estimular o desporto nas faixas etárias mais novas e, com isso, incutir “a prática de ciclismo e os estilos de vida saudáveis nos mais jovens”.

Assim, o desporto vai chegar às escolas de cada um dos concelhos com um Open, ou seja, uma mostra que servirá para educar as crianças e jovens para a prática do ciclismo. Em Sesimbra esta iniciativa acontecerá no dia 18 de Março, das 14 às 18 horas, no Parque Augusto Pólvora.

Em Setúbal, decorrerá no Largo José Afonso a 25 de Março, entre as 10 e as 18 horas. Já em Palmela, vai realizar-se a 1 de Abril, também das 10 às 18 horas.

Centro de Saúde da Baixa da Banheira é para estar pronto no início de 2024 p6

INICIATIVA DA UNIÃO DAS FREGUESIAS

Praça de Bocage é palco de actividades dedicadas às mulheres

O SETUBALENSE

A Praça de Bocage foi ontem palco de diversas actividades dedicadas às mulheres, realizadas no âmbito da iniciativa “Praça Mulher”, organizada pela União das Freguesias de Setúbal para celebrar o Dia Internacional da Mulher.

“É o segundo ano consecutivo que fazemos este projecto, que tem como objectivo valorizar aquilo que as mulheres fazem em todas as profissões e em todas as áreas”, disse Rui Canas, presidente da União das Freguesias, a O SETUBALENSE.

Entre música, dança, poesia, pintura e “a partilha de testemunhos sobre a condição da mulher em vários quadrantes da sociedade”, o autarca explicou que as acções foram realizadas com o intuito de “valorizar o papel da mulher nessas actividades e valorizar o papel que elas têm aqui no território”.

“É importante valorizar esse pa-

Música, dança, pintura, poesia e partilha de testemunhos marcaram dia

pel porque, apesar de hoje haver pessoas que acham que os direitos das mulheres estão assegurados, nomeadamente através da legislação, nós sabemos que isso não é verdade. A diferença entre a realidade e a legislação é muita em alguns casos”, sublinhou Rui Canas.

Também presente esteve Nuno Costa, presidente da Junta de Freguesia de São Sebastião, que disse ser “importante assinalar o Dia da Mulher tendo em conta que há muito caminho ainda para fazer”.

“Às vezes olhamos para os sítios onde estamos e achamos que há muita coisa resolvida, e é verdade, mas também há muita desigualdade que é importante combater e resolver”, frisou.

“O apelo que fica é que [haja] união e para que façamos todos em conjunto este caminho de conquista de direitos, que é absolutamente necessário para uma sociedade evoluída

como nós queremos”, acrescentou.

Na iniciativa “Praça Mulher”, organizada em parceria com a Câmara Municipal de Setúbal, além da actuação do grupo ‘Os Flamenquitos de Santiago’, houve igualmente tempo para a declamação de poesia, através da leitura de poemas do livro “Memórias e Outras Emoções”, escrito por utentes do Centro Comunitário da União das Freguesias de Setúbal.

Além disso, subiram também a palco algumas mulheres para a partilha de testemunhos, assim como participaram na iniciativa, com pintura ao vivo, a Associação de Artistas Plásticos de Setúbal (Artiset) e a Galeria de Arte Pólvora D’Cruz.

Já as bancas com informações e de sensibilização para a igualdade de direitos ficaram a cargo da cooperativa SEIES, da Casa da Poesia de Setúbal e do Movimento Democrático de Mulheres (MDM).

BAIXA DA BANHEIRA

Centro de Saúde é para estar pronto no início de 2024

Executivo municipal decidiu ontem adjudicar a obra de conclusão do equipamento por 2,2M€. Prazo de execução é de 10 meses

A construção do Centro de Saúde da Baixa da Banheira vai ser retomada e a empreitada é para ficar concluída dentro de 10 meses. A Câmara Municipal da Moita decidiu ontem adjudicar a obra à empresa Wikibuild, S.A., pelo valor de 2 milhões 275 mil e 281 euros. E o prazo de execução dos trabalhos é de 300 dias (10 meses).

A decisão, segundo a autarquia, está contemplada no relatório final da empreitada para a conclusão da Unidade de Saúde Familiar da Baixa da Banheira, que o executivo municipal liderado pelo socialista Carlos Albino aprovou, por unanimidade, na reunião privada de câmara desta quarta-feira.

“Este relatório contém, além de outras propostas, a decisão de adjudicação da empreitada à empresa Wikibuild, S.A., pelo valor global de 2.275.281,59€, com o prazo de execução de 300 dias”, revelou a edilidade. “Com a aprovação desta proposta, a obra do novo Centro de

Manuel Pizarro visitou a obra no final do ano, acompanhado por Carlos Albino

Saúde da Baixa da Banheira poderá, finalmente, avançar para a sua conclusão”, adianta o município.

O retomar do processo vem assim ao encontro da posição que já havia sido assumida pelo ministro da Saúde, Manuel Pizarro, quando em Dezembro último visitou o espaço onde o equipamento começou a ser construído. O governante deu então “a garantia de que a obra iria avançar”, após uma reunião técnica com o executivo da Câmara Municipal da Moita.

“Este é um momento muito importante, que assinala a resolução de um problema e um sinal de confiança no futuro. Estão asseguradas as plenas condições de financiamento para que a obra possa ser lançada, retomada e

ALHOS VEDROS Utentes reivindicam mais médicos de família

A falta de médicos de família motivou, na passada sexta-feira, mais uma acção de protesto junto às instalações do Centro de Saúde de Alhos Vedros.

Sob o mote “a população de Alhos Vedros exige a colocação de mais médicos”, a iniciativa, promovida pela Comissão de Utentes “Pelo Direito à Saúde” reuniu várias dezenas de pessoas.

De acordo com a comissão, “mais de 50 por cento dos utentes inscritos, ou seja, mais de 6 mil pessoas, não têm médico de família atribuído” em Alhos Vedros.

“O descontentamento é geral. Há unanimidade inequívoca de que o funcionamento do Serviço Nacional de Saúde [SNS] está aquém das reais necessidades da população, sendo sinalizada, como causa principal, a escassez de profissionais de saúde

terminada no prazo mais curto possível, desejavelmente ainda no ano de 2023”, disse então o ministro.

Para trás ficava um conjunto de dificuldades que teve de ser superado para que a construção da unidade de saúde pudesse vir a ser reatada e, já com o compromisso assumido pelo ministro, Carlos Albino salientou a cooperação que recebeu da tutela. “É o culminar de um processo exaustivo e difícil que abraçámos desde o momento em que tomámos posse nesta Câmara Municipal e que, finalmente, vai avançar. Foi um trabalho intenso que desenvolvemos com o Ministério da Saúde nos últimos meses e que proporcionou este desfecho. O Centro de Saúde da Baixa da Banheira vai ser, finalmente, concluído”, afirmou, na altura, o líder do executivo camarário.

Em Agosto último, a Câmara Municipal da Moita tinha procedido à resolução do contrato de empreitada, por os trabalhos não estarem a ser executados dentro dos prazos estipulados. E tomou então posse administrativa da obra. A construção havia sido iniciada em Janeiro de 2020 e deveria ter ficado concluída em 2021, mas no Verão de 2022 a empresa responsável ainda só tinha conseguido executar 31 por cento da empreitada.

O processo pode agora voltar a avançar no terreno. O futuro Centro de Saúde da Baixa da Banheira vai servir cerca de 30 mil utentes.

'no terreno', em particular, no caso de Alhos Vedros, de médicos de família”, diz Henrique Vilhana Ribeiro, coordenador da comissão de utentes. Durante o protesto, foi aprovada – “com total aceitação por parte dos presentes”, adianta o responsável – uma moção que veio dar “continuidade ao que é reivindicado num abaixo-assinado que está a decorrer”. Henrique Ribeiro lembra que “é obrigação, por parte do Estado, investir no SNS, com a contratação de mais profissionais de saúde, sejam eles médicos, enfermeiros, auxiliares ou outros”. “Têm de ser criadas as condicionantes necessárias para que os diversos profissionais de saúde se fixem à estrutura pública e assim manter-se a universalidade e gratuitidade do direito à saúde”, conclui. DR

A PARTIR DE DIA 17 Quinzena da Juventude apresenta música, dança, desporto e teatro

“Tá a Rolar” serve de lema à Quinzena da Juventude que a Câmara Municipal da Moita vai promover entre o próximo dia 17 e 2 de Abril. Música, dança, artes plásticas, desporto, teatro e cinema” são algumas das propostas deste ano.

Do programa, a autarquia destaca dois espectáculos, um a realizar no Fórum Cultural José Manuel Figuei-

redo, na Baixa da Banheira, pelas 16 horas, e outro junto ao Cais da Moita, a partir das 18 horas, no dia 2 de Abril. O fórum recebe a criação artística “De Dentro para Fora” da Sociedade Filarmónica Recreio e União Alhosvedrense (SFRUA). E na avenida marginal, junto ao cais, actua a Companhia de Dança Marina Popova com uma produção multidisciplinar.

Mário Rui Sobral

Protesto juntou várias dezenas de pessoas junto à unidade de saúde

Autarquia reabilita três parques infantis

Já se encontram em funcionamento os três parques infantis que foram reabilitados na Moita. Os Parques Infantis Maria Lamas, no Vale da Amoreira, Senhora da Paz, na Fonte da Prata e o Catraio, sofreram, recentemente,

obras de reabilitação e manutenção. Em nota de Imprensa, a edilidade explica que no Parque Maria Lamas foi colocado pavimento, assim como uma “molinha” e um “balancé”. Já no Parque Nossa Sra. Da Paz

foi executada uma “reparação no pórtico do baloiço”, tendo-se também procedido à substituição do pavimento. Também o Parque Infantil o Catraio sofreu uma intervenção para “manutenção e substituição do pavimento”.

MÚSICA JÁ Aurea garante que concelho tem “pessoas com muito talento”

O Centro de Experimentação Artística (CEA) recebeu os seleccionados do projecto, que já tiveram os seus dois primeiros dias de formação.

Aurea garante que, embora todos os participantes ainda tenham muitas questões a trabalhar, este projecto, que tem o apoio da Câmara Municipal da Moita, integra pessoas que poderão vir a “ganhar o seu lugar ao sol”.

“Temos muito bom material. Há pessoas com muito talento aqui e outras que podem evoluir muito com aquilo que já têm. À partida nós não queríamos pessoas que já tivessem o pacote todo quando fizemos a selecção nos castings. Queríamos pessoas, sim, com potencial de evolução e que com estes workshops e estas forma-

1.ª ETAPA

ções pudessem evoluir e fazer o seu caminho”, assegurou. Já os participantes do projecto confessam o “prazer que é poder trabalhar com Aurea”. A artista considera que este projecto é algo que lhe traz muita responsabilidade. “É uma honra acima de tudo. Acho que o trabalho que tenho feito ao longo destes anos, se pode servir de alguma coisa que seja para isto, para poder passar alguma coisa a outras pessoas, para poder ajudá-las naquilo que conseguir. Estas pessoas hão de ter o que quiserem de mim, pelo menos nestes dias. Vou estar aqui para esclarecer tudo, para poder ajudar com tudo aquilo que tiver e queremos, sobretudo, um resultado positivo e que as pessoas saíam daqui com uma baga-

gem boa”, garante a artista. Em nota de Imprensa, a autarquia moitense explica que o Música Já é um projecto criado para ajudar à evolução profissional daqueles que “vêem na música aquilo que mais gostam de fazer”. Os 49 participantes desta iniciativa foram escolhidos através de casting, com a edilidade da Moita a assegurar que os mesmos já começaram a “trabalhar arduamente”. O município moitense esclarece que os dois dias de formação foram “intensos e cheios de aprendizagem”, no que diz respeito aos princípios básicos de coaching vocal, considerando que os participantes do Música Já estão “entusiasmados para a próxima formação”, que acontece nos dias 17 e 18 de Março, no CEA.

Zona

ribeirinha da vila recebe prova de canoagem

A vila da Moita recebeu a primeira prova do Circuito de Canoagem da Península de Setúbal. Foi no passado dia 2 de Março que o Agrupamento de Escolas Fragata do Tejo organizou a 1.ª Etapa do Circuito de Canoagem da Península de Setúbal.

O evento realizou-se na Caldeira da Moita, entre as 10h30 e as 16h00, sendo que nesta prova estiveram presentes “centenas de alunos” provenientes de várias escolas do Distrito de Setúbal, sendo que o Agrupamento de Escolas Fragata do Tejo esteve, também, representado por diversos alunos, conforme informa a autarquia em nota de Imprensa.

O evento contou também com o apoio, através de diversas tarefas or-

ganizativas, de professores de Educação Física, alguns alunos do 9.º ano do Agrupamento de Escolas Fragata do Tejo e alunos do Curso Profissional de Desporto do 11.º ano da Escola Secundária da Moita.

A edilidade enaltece que quem pela frente ribeirinha passava e assistiu à prova, ficou “admirado com o desempenho dos participantes”, sendo que a plateia “apreciou ver o rio cheio de cor e vida”.

A prova foi realizada em colaboração com o Desporto Escolar e com o apoio do município moitense, da Junta de Freguesia da Moita, do Centro Náutico Moitense, do Agrupamento de Escolas da Moita e do Centro de Formação Desportiva do Desporto Escolar do AE Fragata do Tejo.

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Aurea garante que o projecto tem participantes que podem vir a brilhar na música

BOLSA DE TURISMO DE LISBOA

Autarquia da Moita espalhou “música e tradição” na FIL

Doçaria local, danças medievais e pinturas tradicionais foram as principais atracções moitenses

O município da Moita levou à Bolsa de Turismo de Lisboa muita “música e tradição”. Este evento teve lugar na Feira Internacional de Lisboa (FIL) entre 1 e 5 de Março. A 4 de Março o espaço da Entidade Regional de Turismo da Região de Lisboa recebeu os municípios da Moita e de Viana do Alentejo, que se juntaram para apresentar aos visitantes a XXI Romaria a Cavalo, que se vai realizar de 26 a 30 de Abril.

Em nota de Imprensa, a autarquia refere que em destaque esteve a doçaria local, contando com a presença da Pastelaria Fidalgos, através do seu proprietário Amândio Campos. O empresá-

rio levou consigo as “especialidades da casa”: as ferraduras e os varinos.

A edilidade moitense terminou a sua apresentação com a actuação do grupo Alius Vetus que “animou todos” com as suas danças medievais, conforme garante em comunicado.

No domingo, dia 5 de Março, a Charanga do Rosário, apresentou-se aos visitantes que por ali passaram, através da Dança do Huga-Huga, que é candidata às 7 Maravilhas da Cultura Popular. No stand do município da Moita esteve ainda o artista do concelho, Eduardo Rodrigues, que “deliciou” todos com as pinturas tradicionais das embarcações do Tejo. No final, a autarquia ofereceu aos visitantes um bloco de notas, único e original pintado, na hora, por aquele artista local. Foi desta forma que a autarquia da Moita terminou a sua participação na edição 2023 da Bolsa de Turismo de Lisboa, fazendo um balanço “bastante positivo” deste evento.

Autarquia fez um balanço "bastante positivo" desta edição da BTL

PUBLIREPORTAGEM

Enseada d’Abraços reforça rede de apoio domiciliário aos mais idosos e restante população

Herdeira do Cantinho dos Avós disponibiliza agora uma maior

com o acrescento de algumas especialidades

A Enseada d’Abraços, empresa de apoio ao domicílio, surge em 2020, substituindo, literalmente, o bem conhecido Cantinho dos Avós. Herdou tudo, em matéria de serviços prestados aos mais idosos, e acrescentou mais algumas valências. Desempenha funções na área da saúde em continuidade do anterior projecto. Neste momento tem 36 utentes com capacidade para acolher 40.

Justina Campos, empresária responsável pelo surgimento da Enseada d’Abraços refere, em relação à actividade da empresa, que desenvolvem "o bem-estar próximo dos mais idosos e de toda a população, ainda que mais vocacionados para os mais velhos”. São raízes, realça, “que já vêm do passado”.

A empresa trabalha no concelho da Moita apenas no apoio ao domicilio familiar, “um trabalho muito intenso”, frisa a proprietária da Enseada d’Abraços. Consiste, revela, “em levar todas as necessidades a casa do utente”. Os serviços que providencia passam pela higiene corporal, alimentação e um pouco de higiene habitacional. Também é responsável por toda a medicação oral, entre outras. Mas a sua intervenção é muito mais abrangente pois passou a providenciar aos seus utentes uma variada oferta de especialidades médicas: uma podóloga, uma calista, um médico de clínica geral e uma neurologista. Na sensível área da saúde, há uma outra oferta mais recente. Uma novidade. Trata-se do serviço de atendimento de psicologia com a psicóloga Rosa Margarida com atendimento complementar sob marcação que presta o apoio nos complementos de dependência, cuidado informal, pensão de invalidez, pensão de inclusão social, entre outras.

OPINIÃO

Miguel Fernandes

As novas ULS de Lisboa e Vale do Tejo: Um casamento wde amor ou conveniência?

Aregião de Lisboa e Vale do Tejo prepara-se para uma alteração estrutural no seu modelo de gestão de saúde, com a criação de quatro Unidades Locais de Saúde (ULS – Arrábida, Arco Ribeirinho, Almada-Seixal e Lezíria). A novidade foi anunciada no dia 21 de fevereiro por Fátima Fonseca, membro da Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

As ULS são componentes do SNS que têm como objetivo garantir o acesso a cuidados de saúde de qualidade e proximidade, integrando os cuidados primários, hospitalares e a prevenção e promoção da saúde. Integram Unidades Hospitalares Especializadas e Centros de Saúde em um único modelo de gestão, que asseguram a prestação integral de cuidados de saúde.

poder local. No entanto, com um processo de descentralização de competências praticamente estagnado, esta notícia tem gerado nas autarquias mais desconfiança que garantias. É reconhecido que um bom sistema de saúde deve dar centralidade ao papel dos cuidados de saúde primários. Também na Saúde Mental, onde a integração é uma das ferramentas essenciais para o sucesso. Não é ainda claro se o modelo das ULS irá favorecê-lo ou não. No terreno, a capacidade de articular e coordenar recursos dependerá muito do empenho dos diferentes parceiros. O modelo de financiamento da ULS poderá ser um instrumento importante, na medida em que promova o enfoque na integração de cuidados e gere sinergias entre partes.

Enseada d’Abraços dá neste momento apoio a 36 utentes

Para o bem-estar dos seus utentes a Enseada d’Abraços dá muita atenção a um serviço extremamente importante em termos de higiene e autoestima. “Temos uma cabeleireira que se desloca também ao domici-

lio”, tudo, acrescenta, “no contexto do bem-estar e conforto do próximo, neste caso dos idosos", sublinha Justina Campos.

Com pouco mais de dois anos de actividade, neste novo conceito, a empresária aponta os principais objectivos já definidos. “Prolongar o horário ao utente das 12 horas laborais para o período das 08 horas até às 22 horas ou mais. É um desafio para 2023, tentar responder a este pedido tão persistente dos nossos utentes e famílias”.

Para este ano, Justina Campos desabafa que tinha alguns projectos, mas que, por agora, vão ficar na gaveta durante este ano “porque a covid ainda é muito limitativa nesta área onde nós operamos”. De momento, diz a concluir, “estamos em standby, a prioridade é dar a conhecer e sublinhar que a Enseada d’Abraços é uma continuação do nosso Cantinho dos Avós com cara e alma limpas”.

A Direção do SNS considera a criação destas ULS uma “oportunidade”, no sentido de uma gestão com maior coresponsabilização dos cuidados, assim como permitir aliviar a pressão sobre os serviços de urgência, procurando recentrar a procura de cuidados em proximidade.

No entanto, apesar de prometedor o anúncio, a realidade confronta-os com mais dúvidas que certezas. A primeira, se esta mudança resultará em ganhos efetivos. Em matéria de avaliação deste modelo, a única informação disponível data de 2015, num relatório da Entidade Reguladora da Saúde, e deixa conclusões ambíguas sobre as vantagens.

O foco da implementação das ULS centra-se num maior nível de articulação entre as equipas de saúde. Contudo, será importante verificar se esses percursos integrados se efetivam, num contexto assistencial onde ainda existe uma enorme desagregação de dados e falta de comunicação entre as diversas plataformas. A resolução deste problema requer um investimento tecnológico significativo, algo que, para já, não é claro se existirá.

Outra oportunidade que as ULS favorecem é a maior relação com o

A autonomia de gestão é, igualmente, outra dúvida, uma vez que, também o modelo EPE prossupunha uma maior autonomia na contratação e gestão dos Centros Hospitalares, o que não se verificou. Perante um centralismo de tutela e, agora também, da direção executiva, terão as ULS autonomia de gestão suficiente?

Em suma: o modelo da ULS parece, no papel, promissor e mais adequado aos desafios atuais do SNS, permitindo responder ao seu objetivo primordial: o acesso universal a cuidados de saúde. Ele pode ser uma resposta mais eficaz ao nível local, aos utentes sem médico ou às populações mais vulneráveis. Contudo, neste “casamento”, que ainda veremos se é por “amor” ou “conveniência”, o maior problema mantém-se: a necessidade de investimento. Uma restruturação que não seja acompanhada do investimento à sua concretização resultará, como outras, em apenas mais um modelo que falhará a cumprir a sua missão. E o SNS já não tem espaço para mais falhas.

Vereador na Câmara Municipal de Sesimbra

... que a Funerária Armindo está disponível todos os dias do ano, a quaquer hora, para o apoiar em caso de emergência

EXTRACTO

-------Certifico, para efeitos de publicação que, nesta data, foi lavrada, no Cartório Notarial no Barreiro do Dr. Carlos José Albardeiro Barradas, a folhas setenta e três, do Livro cento e sete - C, de escrituras diversas, uma escritura de justificação, tendo por justificante:------

Lucília da Conceição Gafanha Oliveira, NIF 145730360, divorciada, natural da freguesia de Sé, concelho de Évora, com residência habitual e domicílio fiscal na Rua Gil Vicente, número 37, 3° direito, na Baixa da Banheira, Moita.----------------------------------------------------------

A justificante declarou: ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

-------Que é dona e legítima possuidora e com exclusão de outrém, de mil e cinquenta barra oitenta e um mil avos indivisos do prédio rústico, com a área de oitenta e um mil metros quadrados, situado em Herdade de Pinhal das Formas, freguesia da Quinta do Anjo, concelho de Palmela, descrito na Conservatória do Registo Predial de Palmela sob o número mil setecentos e vinte e nove, da citada freguesia, com aquisição a favor de João Ramos e mulher Maria do Carmo Conceição Mateus, pela apresentação dez, de três de junho de mil novecentos e oitenta e dois, inscrito na matriz sob parte do artigo 224 da secção A-Al. -------------------------------------------------------------

-------Que no ano de dois mil e um, a aqui justificante, já no estado de divorciada, estado que mantém, adquiriu o referido direito, através de compra verbal em que foram vendedores João Ramos e mulher Maria do Carmo Conceição Mateus, sem que no entanto ficasse a dispor de titulo formal que lhe permita o respetivo registo na Conservatória do Registo Predial mas, desde logo, entrou na composse e fruição do referido direito, agindo sempre por forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, nomeadamente, amanhando-o com os demais comproprietários e colhendo os correspondentes frutos, quer usufruindo como tal o direito, quer suportando os respetivos encargos.-----------------------------------------

-------Que a aqui justificante está na composse do identificado direito há mais de vinte anos, sem a menor oposição de quem quer que seja, desde o seu inicio, composse que sempre exerceu sem interrupção e ostensivamente, com conhecimento de toda a gente, com ânimo de quem exerce direito próprio, sendo por isso uma compasse pública, pacífica, contínua, pelo que adquiriu o referido direito por usucapião, não tendo assim, documentos que lhes permita fazer prova da aquisição pelos meios extrajudiciais normais.-------------------------------------------------------------------------------------------Está conforme.--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Barreiro, oito de março de dois mil e vinte e três.

O Notário,

8 | 2900-428 Setúbal www.precilab.pt | tel. 265 529 400/1 (Rede Fixa Nacional) telm.: 910 959 933 (Rede Móvel Nacional)| Fax: 265 529 408 5629

Conta registada sob o nº1/1689/2023

O Setubalense n.º1029, do dia 9 de Março de 2023

CLÁSSICOS NO CENTRO COMERCIAL Máquinas que aceleraram no século XX em exposição no Almada Forum

A “Vintage Drive Faschion” abre esta sexta-feira e está patente até 2 de Abril. São os clássicos dos anos 30 até 70 a chamar as atenções

SEGURANÇA

Oposição contesta maioria e vota contra regulamento que visa criar polícia municipal

Na calha estão 40 operacionais e um investimento de 1 milhão de euros, mas processo ainda tem de passar pelo Conselho de Ministros

Humberto Lameiras

O executivo PS/PSD que gera a Câmara Municipal de Almada aprovou a proposta referente ao Regulamento da Organização e Funcionamento da Polícia Municipal no concelho, o qual segue agora para consulta pública e, posteriormente, vai ser submetido à apreciação da Assembleia Municipal e Administração Interna.

Nesta primeira votação a proposta mereceu os votos contra dos eleitos da CDU e da vereadora do Bloco de Esquerda. Pela CDU, a vereadora Helena Azinheira sublinhou que o seu partido é contra a criação da Polícia Municipal por uma questão de “discordância política”. Também porque estes operacionais têm muito mais do que funções administrativas.

Numa primeira linha da não aceitação pelos comunistas da Polícia Munici-

pal está ainda a permissão destes terem licença de porte de arma. Argumento também usado por Joana Mortágua, com a vereadora do Bloco de Esquerda a acusar o executivo PS/PSD de “querer um corpo de fiscalização fardado, quando nem sequer consegue conversar com a Ecalma - Empresa Municipal de Estacionamento Circulação de Almada (actual Wemob)".

Ao mesmo tempo, Joana Mortágua questiona se a autarquia tem capacidade financeira para fazer frente aos custos com estes operacionais. Isto depois da vereadora Francisca Parreira, com a pasta da Protecção Civil Municipal, que apresentou a proposta, ter desvendado que a Polícia Municipal será, numa primeira fase, composta por 40 operacionais dois técnicos superiores e quatro assistentes técnicos, que implicam da parte da autarquia um encargo anual na casa de “um milhão de euros”.

De acordo com a criação da Polícia Municipal está, sem reservas, o vereador do PSD, Nuno Matias, que partilha da gestão executiva do município. Mais ainda quando os sociais-democratas em Almada há anos que vem defendendo a criação desta estrutura. Na sua opinião, este é um projecto “estrutural e estratégico para o município de Almada”, mais ainda quando atendendo a

dimensão do território, comparativamente, este “provavelmente é o único sem polícia municipal”.

Até que os polícias municipais cheguem às ruas de Almada, ainda vai ser necessário o parecer do Ministério da Administração Interna e aprovação do Conselho de Ministros. “A criação da Polícia Municipal não depende apenas da deliberação da câmara, nem sequer de uma maioria”, vincou a presidente da Câmara de Almada, Inês de Medeiros, na reunião pública de 6 de Março, onde foi aprovada a proposta de regulamento.

Caso todo o processo decorra como pretende a maioria que governa o município, estes operacionais terão, sobretudo, “funções administrativas e de âmbito municipal”, em que lhes compete a "fiscalização do cumprimento da leis e regulamentos que disciplinem matérias relativas a atribuições da autarquia e competência dos seus órgãos, cooperando com as forças de segurança na manutenção da tranquilidade pública”, adianta Francisca Parreira.

Portanto, explicita que este “não é um órgão de polícia criminal, nem integram forças de segurança”, o objectivo é contribuir para a “prevenção relativamente aos perigos, para a ordem, segurança pública e fazer uso de meios coercivos”.

O centro comercial Almada Forum vai ter patente entre amanhã, sexta-feira, e 2 de Abril uma exposição de veículos clássicos, é a “Vintage Drive Faschion” que passa pelo histórico mundo automóvel e também motorizado. São cerca de 30 veículos clássicos, entre automóveis e motociclos, que vão estar no espaço interior do centro e que caracterizam seis décadas do século XX.

Cada veículo é apresentado num ambiente próprio da época, com acessórios decorativos e imagens da moda desse período. Esta proposta do espaço comercial da Merlin Properties vai levar os visitantes a “recordar os velhos tempos e acompanhar a evolução da moda”. É a mostra “ideal para os fãs de carros clássicos”, assegura o gabinete de comunicação do Almada Forum.

“Em cada ponto do evento vai estar disponível um painel explicativo, para permitir que todos os visitantes possam usufruir de uma experiência completa, com as informações sobre as viaturas e moda da década”, acres-

centa a mesma informação. No desenho do percurso da exposição, a Praça da Natureza poderá encontrar carros clássicos das décadas 20 e 30; o Citroen C6 de 1929 e o Ford B são dois dos carros que vão estar presentes neste espaço. No caso do carro da marca francesa, como também o Hudson Essex Terraplane de 1933, estarão em exposição ao público pela primeira vez.

Quanto à década de 40, o público poderá descobrir, ou redescobrir, o modelo DeSoto, no piso 0. Da década de 50 vão estar em exposição na Praça Central e no piso 0, modelos como o 4CV Deluxe (Renault Joaninha), Patrician Limousine (Packard) e Karmann Ghia (Volkswagen).

De salientar que o modelo Patrician Limousine (Packard) é um dos raros exemplares existentes em Portugal e, o que vai estar no Almada Forum, pertenceu à Presidência da República Portuguesa.

Relativamente à década de 60, são vários os carros em exposição, no Piso 0 e no Piso 1. Os fãs das marcas Porsche ou Rover vão poder apreciar vários modelos. Por último, a década de 70 conta com dois carros, sendo um deles da marca Chevrolet Corvette, com um dos modelos mais épicos da época: STINGRAY.

Os entusiastas de motas clássicas vão ter acesso a apreciar vários modelos do século XX, exemplares das marcas Triumph, Yamaha, Famel, Cucciola, Casal ou Vespa. H.L. DR

A equipa do Serviço Municipal de Protecção Civil colocou no passado sábado, por todo o concelho e em locais estratégicos, 123 armadilhas para captura das vespas fundadoras asiáticas. Esta medida coincide com a fase de início de actividade desta

espécie não indígena, invasora e predadora da abelha europeia. O principal objectivo é “capturar as vespas fundadoras que, nesta altura, devido ao aumento das temperaturas, saem da hibernação, impedindo que comecem a formar os ninhos primários”, refere a

autarquia. Ao longo dos próximos dois meses, a 18 de Março, 1 e 15 de Abril, as armadilhas vão ser monitorizadas pela equipa da Protecção Civil, para mudança do isco e contagem do número de vespas asiáticas capturadas. As são retiradas a 29 de Abril.

ENSINO

Novo colégio internacional vai abrir portas na freguesia da Sobreda

Investimento de 4,8 milhões de euros conta receber 400 alunos e gerar 40 empregos

A União de Freguesias da Charneca de Caparica e Sobreda foi o território escolhido pela instituição de ensino Almada International School. Um projecto que corresponde a um “investimento de 4,8 milhões de euros”, em capitais próprios e alheios, que conta ter abertura oficial em Setembro, portanto no início do ano escolar 2023/24, avança comunicação do novo colégio. Com instalações na Rua da Quinta da Genovesa, este projecto educativo foi pensado para facultar numa primeira fase as valências creche, Jardim de Infância e primeiro ciclo, isto num total de “400 alunos”. Para uma segunda fase, prevista para o ano lectivo 2026/27, está planeada a extensão dos ciclos de ensino, segundo, terceiro e secundário, mais a construção de Pavilhão Desportivo.

12 DE MARÇO

Abre em Setembro e implica um investimento de 4,8 milhões de euros

Segundo comunicação da Almada International School, a estrutura vai criar “cerca de 45 novos postos de trabalho, todos eles directos, na maioria qualificados, entre pessoal docente e não docente”.

O edificado vai ocupar uma área de

construção de 2 500 metros quadrados, num terreno com 11 300 metros quadrados. “Nesta primeira etapa vão ser levantados três blocos de edifícios, com três valências, destinados a creche, jardim de infância e primeiro ciclo”. Quanto à capacidade de alu-

SOCIEDADE Autarquia vai reforçar articulação entre entidades para criar sinergias pela igualdade

nos, os cerca de 400 serão repartidos em 60 na creche, 140 no jardim de infância e 200 no 1.º ciclo.

O Almada International School apresenta-se como um colégio com uma “visão holística do ensino, adaptado a um mundo onde a mudança é constante”. Afirma ter um projecto educativo capaz de “dotar os jovens com ferramentas que lhes permitam chegar mais longe academicamente, sem nunca esquecerem o meio ambiente, o respeito pelo outro e o seu autoconhecimento”.

A instituição promove “actividades desportivas, artísticas, científicas e tecnológicas”, e pretende “implementar actividades que promovam a sustentabilidade, a consciência ambiental e a regeneração ecológica, mobilizando parceiros locais, nacionais e eventualmente internacionais”.

Será ainda um colégio com “foco internacional, com currículo Cambridge, onde será promovida a participação de alunos e professores em projectos e actividades educativas e formativas no estrangeiro”.

Fertagus oferece viagens a participantes da EDP Meia Maratona de Lisboa

A EDP Meia Maratona de Lisboa, que se realiza a 12 de Março, vai contar com o apoio da Fertagus como “Transportadora Oficial da Prova”, afirma a empresa do comboio da ponte. Apoio este que se traduz na “oferta da viagem de ida e volta a todos os atletas participantes e que sejam portadores do dorsal oficial da prova”.

Alerta em comunicado, entre outras recomendações, que os participantes devem apanhar o comboio “o mais cedo possível” em direcção à Estação do Pragal. Quanto aos clientes regulares que neste domingo pretendem utilizar o serviço do comboio, “deverão ter em atenção que neste dia irá ocorrer uma anormal afluência de pas-

sageiros no período entre as 08h00 e as 10h00.

Entretanto, a Fertagus deu a saber que o perfil sociodemográfico dos seus clientes nos dias úteis, na sua maioria (65%) têm “menos de 34 anos” sendo que, entre eles, “cerca de 35% são estudantes”.

O inquérito de satisfação realizado junto dos utilizadores, durante Novembro de 2022, indicou ainda que ao fim-de-semana o perfil do cliente é ainda mais jovem. Ou seja, “a maioria não tem carro próprio, desloca-se a pé, de metro ou de autocarro em conjugação com o comboio na sua jornada diária”.

Outro dado é existir uma “deslocação massiva de sul para norte no período da manhã, com objectivo de

trabalho e estudo, sendo Entrecampos a estação de destino de maior destaque”.

O Inquérito de Imagem e Qualidade 2022 “obteve resultados extramente positivos em termos de imagem e qualidade”, refere a empresa. No entanto, “verificou-se uma ligeira diminuição dos clientes que usam o comboio todos os dias, para cerca de 86%, embora tenha aumentado para 94% a quantidade de clientes que, de certeza, usará o comboio da Fertagus no futuro”.

Dentro da escala utilizada no inquérito, de 1 a 5, o índice de satisfação global foi “de 4,7”, isto referente aos dias úteis. No caso do fim-de semana, foi de “4,8”. São resultados de “grande orgulho para a empresa, que assim

consegue suplantar os resultados do último inquérito, realizado em 2018, quando atingiu os 4,5”. E acrescenta o mesmo comunicado que “o índice global de satisfação nos dias úteis tem vindo a subir consistentemente desde 2006”.

O mesmo documento destaca a “elevada satisfação dos clientes com a rapidez, pontualidade, segurança e limpeza dos comboios”. Quanto ao factor preço “que embora tivesse uma avaliação positiva no passado, passou a ter a nota de 4,7”. Sublinha ainda a empresa do comboio da ponte que “os utilizadores também dão importância ao empenho da Fertagus nas questões ligadas à sustentabilidade e ao desenvolvimento socioeconómico que traz para a região”. H.L.

A Câmara de Almada pretende reforçar o protocolo celebrado no âmbito da Comissão de Igualdade de Género. O actual acordo termina no final de 2023, pelo que o texto do futuro modelo deverá ser apresentado na próxima reunião de câmara. “O objectivo é criar no território as sinergias necessárias para celebrações e também dias comemorativos”, refere a vereadora Teodolinda Silveira, que preside à equipa da Igualdade na Vida Local.

Uma equipa que foi criada precisamente para dar corpo ao protocolo em curso, e que engloba representantes internos e externos à estrutura municipal, a qual tem um papel “bastante activo na propositura do Plano para a Igualdade e Não Discriminação”, comenta a vereadora.

Entre as entidades externas que integram esta equipa estão a União de Mulheres Alternativa e Resposta, professores, a Associação de Mães e Pais pela Liberdade de Orientação Sexual e Identidade de Género, e o Movimento Democrático das Mulheres.

Neste momento o plano “está em fase de análise” e, seguidamente, vai a reunião pública do executivo municipal e à decisão da Assembleia Municipal de Almada. Durante este processo “serão propostas iniciativas e acções no terreno para que o município possa coordenar e articular todas elas”, sublinha Teodolinda Silveira.

Trata-se de iniciativas a serem “tomadas por associações da sociedade civil, que podem ser potenciadas umas com as outras”, e é neste quadro que “a intervenção do município poderá ajudar”, acrescenta a eleita que sublinha serem de “grande importância os alertas para a mudança da sociedade actual em que as mulheres são vítimas de discriminação e agressão”. Um outro factor importante a potenciar a intervenção da Câmara Municipal nesta área passa pela relação que tem com a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima, o que lhe permite monitorizar dados. “É também uma maneira de intervirmos de forma prática e positiva naquilo que são as chagas da nossa sociedade”. H.L.

Protecção Civil está a colocar armadilhas para captura de vespas asiáticas

JOGOS DA ÚLTIMA JORNADA DA LIGA 3 REALIZAM-SE SÁBADO

Vitória focado em ganhar ao líder Amora para segurar 7.º lugar

Se mantiverem a posição actual, os sadinos iniciam fase de manutenção/ descida com seis pontos de bonificação

Ricardo Lopes Pereira

A uma jornada do final da 1.ª fase da série B da Liga 3, o Vitória é sétimo classificado e está determinado a fazer tudo para terminar nesse posto quando findar o duelo de sábado, 11 horas, com o líder Amora. Caso consigam fazê-lo, os sadinos, de acordo com o regulamento da competição, sabem que iniciam a fase de manutenção com seis pontos, pecúlio que poderá revelar-se crucial para as contas de permanência.

Numa altura em que o sétimo classificado e o 11.º estão apenas separados por três pontos, a luta pela bonificação de pontos, tendo em consideração a classificação dos clubes na 1.ª fase, promete uma jornada emocionante entre os clubes que estão envolvidos na luta pelos seus objectivos. No embate que opõe setubalenses e amorenses, por exemplo, os dois clubes têm metas diferentes que pretendem atingir nesta fase.

O Vitória sabe que depende apenas de si para manter a posição actual. Independentemente dos duelos que vão opor os outros emblemas que lutam igualmente pela bonificação de pontos, os comandados de Luís Loureiro estão focados em ganhar para não terem de fazer contas no final da jornada. Por estar na liderança da prova, com mais um ponto que o perseguidor U. Leiria, o Amora promete não facilitar a tarefa dos sadinos.

Os verdes e brancos vão apresentar-se no Estádio da Medideira moralizados pela goleada (5-2) imposta no passado domingo ao Belenenses, 4.º classificado da competição. Uma primeira parte de luxo, em que a equipa já vencia por 4-0 aos 36 minutos,

uma exibição convincente – como há muito não se fazia a equipa fazer – e um elevado índice de eficácia na finalização explicam do resultado robusto no jogo.

No Bonfim, Gabriel Lima, que deu uma vantagem de 2-0 à equipa ainda antes da meia-hora de jogo, o defesa

David Santos (com um míssil teleguiado disparado de fora da área), o inevitável Zequinha (num cabeceamento certeiro que consolida o seu estatuto de melhor marcador da prova) e Pedro Pinto (que na segunda parte se limitou a encostar para o fundo da baliza após assistência de Diogo Sequei-

Liga 3 Formato época 2022/2023

Sobre a 2.ª fase – Manutenção e Descida da Liga 3, O SETUBALENSE partilha o regulamento que diz respeito à etapa que o Vitória se prepara para disputar. Eis o formato, que é explicado entre os pontos 15 e 20, do Regulamento divulgado no início da época pela Federação Portuguesa de Futebol.

2.ª Fase – Manutenção e Descida

15. A 2.ª Fase – Manutenção e Descida é disputada por 16 clubes, divididos em quatro séries de quatro clubes.

16. As séries respeitam o seguinte emparelhamento:

SÉRIE 1 - 5.º, 7.º, 9.º e 11.º classificados Série A

SÉRIE 2 - 6.º, 8.º, 10.º e 12.º classificados Série A

SÉRIE 3 - 5.º, 7.º, 9.º e 11.º classificados Série B

SÉRIE 4 - 6.º, 8.º, 10.º e 12.º classificados Série B

17. Em cada série os clubes jogam entre si, duas vezes e por pontos, uma na qualidade de visitado e outra na qualidade de visitante, conforme sorteio.

18. No começo desta fase, os clubes serão bonificados tendo em consideração a sua classificação da 1.ª Fase respeitando a seguinte tabela:

ra) foram os marcadores de serviço dos sadinos, que ontem cantaram os parabéns a Mika, guarda-redes que celebrou o seu 32.º aniversário.

Apesar de não ter ‘facturado’ no encontro, André Santos foi eleito como homem do jogo em reconhecimento pela exibição de encher o olho que

rubricou. No meio campo estendeu o seu raio de acção a todos os metros quadrados do campo. Forte nos duelos individuais, excelente sentido de posicionamento e uma visão de jogo que roçou a perfeição justificam por si só o merecido destaque. A tudo isto, juntam-se duas assistências fantásticas para Gabriel Lima nos lances que valeram os dois primeiros golos.

O confronto entre os setubalenses e o conjunto do concelho do Seixal marca o reencontro das equipas três meses e uma semana depois de empatado (0-0) no Bonfim. Na altura, a contar para a 11.ª jornada da Liga 3, os anfitriões jogaram em inferioridade numérica desde os 39 minutos devido ao carão vermelho exibido a Malam Camará, médio guineense que viu dois cartões amarelos, e respectiva expulsão, em três minutos.

Apesar da contrariedade, a equipa sadina, então treinada por Micael Sequeira, conseguiu que o guarda-redes Leonardo Ferreira não sofresse nenhum golo do adversário no jogo nesse dia 3 de Dezembro de 2022. Volvidas 10 jornadas desde esse duelo, os amorenses, tal como na altura, mantêm-se no 1.º lugar, enquanto os sadinos, que estavam no 9.º posto estão agora em 7.º.

Classificação 1.ª Fase

Bonificação Pontos

5.º classificado, 8 pontos

6.º classificado, 7 pontos

7.º classificado, 6 pontos

8.º classificado, 5 pontos

9.º classificado, 4 pontos

10.º classificado, 3 pontos

11.º classificado, 2 pontos

12.º classificado, 1 ponto

19. Os dois últimos classificados de cada série serão despromovidos, num total de oito clubes.

20. Os restantes oito clubes asseguram a manutenção na Liga 3 na época desportiva seguinte.

Depois de celebrarem êxito com Belenenses, sadinos querem repetir triunfo no Estádio da Medideira

22.ª Jornada (domingo, 11h00): Belenenses-Alverca, Sporting B-Caldas, Real-Académica, U- Leiria-Moncarapachense, Amora-VITÓRIA, Oliveira Hospital-Fontinhas.

Clube Recreativo Piedense é campeão distrital de juniores em futsal

O Clube Recreativo Piedense ao concluir o Campeonato Distrital de Juniores de Futsal em primeiro lugar conquistou o título de campeão distrital. A equipa piedense partiu para a última jornada com dois pontos de vantagem em relação à Escola

D. João, dependendo apenas de si para a conquista do título que seria seu em caso de vitória. E foi exactamente o que aconteceu. A Escola D. João [que seguia em segundo lugar] e o Clube Recreativo Piedade [que liderava a competição] venceram os jogos

ANDEBOL

Sub-20 do Almada vencem Académico de Viseu no arranque da segunda fase

Pinhal de Frades, que também disputa a competição, perdeu com o Sporting

José Pina

Teve início no passado fim-de-semana a segunda fase do Campeonato Nacional Sub-20 que conta com a participação de duas equipas da nossa região; o Almada que foi inserido na zona 3 juntamente com o Benfica, Lagoa e Académico de Viseu e o Pinhal de Frades que integra a zona 4 onde tem como adversários o Sporting, Boa Hora e S. Bernardo.

Na primeira jornada não tiveram a mesma sorte porque uma ganhou e a outra perdeu. O Pinhal de Frades foi derrotado pelo Sporting (39-27) no Pavilhão Fernando Tavares, em Lisboa, num jogo em que os leões, que ao intervalo já venciam por 1711, foram claramente superiores. Na equipa do concelho do Seixal será de realçar as exibições de João Jorge que foi autor de 10 golos e Diogo Rodrigues que marcou nove. No outro jogo da jornada o Boa Hora venceu o S. Bernardo por 29-28.

Na próxima jornada, que se disputa apenas no dia 19 de Março, o Pinhal de Frades recebe no seu pavilhão o S. Bernardo e o Sporting defronta o Boa Hora, no Pavilhão João Rocha.

O Almada, a jogar no Pavilhão Ade-

FUTEBOL DISTRITAL

lino Moura, venceu o Académico de Viseu por uma diferença de dois golos num jogo que teve duas partes distintas. Na primeira, quem esteve melhor foram os beirões que saíram para o intervalo a vencer por 16-11. Na segunda metade os almadenses entraram com outra dinâmica, foram mais assertivos e acabaram por dar a volta ao marcador graças ao parcial de 18-11, que fixou o resultado final em 29-27.

Dário Coelho e Rodrigo Ferreira, ambos com oito golos, foram os melhores marcadores da equipa que comemorou também o aniversário de Daniel Ferreira e Leandro Simões.

No outro jogo da zona 3, o Lagoa B venceu o Benfica por 23-21.

Na próxima jornada o Almada desloca-se ao Algarve para defrontar o Lagoa e o Benfica recebe o Académico de Viseu no pavilhão n.º 2 da Luz.

Outros escalões

Nos escalões de formação participam também outras equipas da região, nomeadamente: Vitória FC, Almada, Pinhal de Frades, Boa Água e Alto do Moinho (nos sub-18), União Progresso, Boa Água, Pinhal de Frades, Almada e Alto o Moinho (nos sub-16).

Resultados - Sub-16 (1.ª jornada): Almada 39 Zona Azul 25; Alto do

Moinho 14 Benfica 32 (zona 8); Cacém – Pinhal de Frades (adiado para 12 de Março); Costa Doiro 20 Sporting 34 (zona 9); Belenenses 41 Serpa 19; Samora Correia 38 Boa Água 27 (zona 10); União Progresso 27 Vela de Tavira 20; S. João Brito 20 Lagoa 32 (zona 11).

Sub-18 (3.ª jornada): Vitória FC 24 Samora Correia 41; Vela de Tavira 23 Almada 26; Boa Hora 28 Entroncamento 33 (zona 6); Costa Doiro 18 Pinhal de Frades 36; Belenenses 30 Boa Água 30; Cacém – Sporting, adiado (zona 7); Benfica 30 Alto do Moinho 14; Loulé 26 Lagoa 43; 1.º Dezembro 23 Benavente 22 (zona 8).

Marco Tábuas já não é treinador do Olímpico do Montijo

Marco Tábuas, que havia substituído Nuno Pinto no comando técnico da equipa, já não é treinador do Olímpico do Montijo. A informação foi divulgada em comunicado pela SAD do clube que chegou a acordo com o treinador e sua equipa técnica para o cessar de funções. No mesmo comunicado o Clube

Olímpico do Montijo SAD “enaltece e elogia” o trabalho de Marco Tábuas ao longo do tempo em que representou o clube e agradece-lhe “por todo o profissionalismo e serviços prestados”.

Ao treinador e restante equipa técnica, “o Clube Olímpico do Montijo SAD deseja ainda os maiores sucessos pessoais e profissionais”.

Marco Tábuas fez o seu primeiro jogo como treinador do Olímpico do Montijo no dia 7 de Janeiro, na 16.ª jornada, com uma goleada sobre o Quinta do Conde.

Nos dois meses que esteve no clube fez 9 jogos no campeonato onde obteve 4 vitórias, 4 derrotas e um empate.

que disputaram, curiosamente pela mesma marca (5-2), e no final quem fez a festa foi a equipa piedense que recebeu o troféu das mãos de Francisco Cardoso, presidente da Associação de Futebol de Setúbal, precisamente no dia em que comemorava o seu 95.º aniversário.

DISTRITAL JUNIORES Charneca de Caparica segura liderança na 1.ª Divisão

O Charneca de Caparica, que venceu o U. Santiago por 4-0, com golos marcados por Hugo Letras (23’ e 60’), Francisco Costa (51’) e Miguel Candeias (81’), segurou a liderança do Campeonato Distrital da 1.ª Divisão que teve a realização da 18.ª jornada. A equipa treinada por Ricardo Aires, que tem mais um jogo, segue na primeira posição com um ponto de vantagem sobre o Amora “B” que nesta jornada foi ganhar a Palmela e dois pontos sobre o Seixal que regressou às vitórias no jogo que disputou com o Sesimbra, depois de duas derrotas seguidas.

O Comércio Indústria, que também está a realizar uma época bastante positiva, venceu de forma folgada os Pescadores e continua a acreditar que ainda pode subir mais na tabela classificativa porque a distância dos que seguem à sua frente não é muito acentuada.

Nesta jornada será ainda de destacar a expressiva vitória obtida pelo Olímpico do Montijo sobre o Monte de Caparica e o empate obtido pelo Moitense no reduto dos Pelezinhos.

Resultados da 18.ª jornada: Palmelense 2 Amora “B” 4; Comércio Indústria 3 Pescadores 0; Seixal 7 Sesimbra 2; Olímpico do Montijo 6 Monte de Caparica 2; Pelezinhos 3 Moitense 3; Charneca de Caparica 4 U. Santiago 0; Brejos de Azeitão 3 Quinta do Conde 0.

Quando entrou a equipa estava em segundo lugar a um ponto de distância do líder e agora no momento da saída deixa o clube na terceira posição a oito pontos do Barreirense e a dois pontos do Comércio Indústria, segundo classificado. Nas próximas horas deve ser anunciado o novo treinador.

Classificação: 1.º lugar, Charneca de Caparica (mais um jogo), 45 pontos 2.º lugar, Amora “B”, 44 pontos; 3.º lugar, Seixal, 43 pontos; 4.º lugar, Comércio Indústria, 40 pontos; 5.º lugar, U. Santiago (menos um jogo), 27 pontos; 6.º lugar, Pescadores, 23 pontos; 7.º lugar, Quinta do Conde, Moitense, Brejos de Azeitão (mais um jogo) e Olímpico do Montijo, 19 pontos; 11.º lugar, Sesimbra (menos um jogo), 17 pontos; 12.º lugar, Monte de Caparica, 16 pontos; 13.º lugar, Palmelense e Pelezinhos, 14 pontos.

Rodrigo Ferreira (Almada) marcou oito golos ao Académico de Viseu

ALBERTO FERNANDES

MARÉS TEMPO