O praticante - Revista / Publicação Desportiva - Edição 44

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Orientação

ao longo dum perímetro de 600 metros, sobre um percurso que contou com a existência de 10 pontos de controlo. Aos participantes pedia-se que fizessem a correspondência entre a sinalética do mapa e a sua materialização no terreno, sob a forma de sequências de cores. Desenvolver o raciocínio lógico, saber interpretar sequências e correlacioná-las com uma simbologia básica, promover a destreza manual através da picotagem em cartão e apelar à actividade física, em harmonia com o espaço natural envolvente, de enorme beleza feito, foram apenas alguns dos objectivos desta actividade. Os outros, já se vê, prendem-se com todo um trabalho de socialização, de valorização da auto-estima e de promoção da saúde e bem-estar, aspectos intrínsecos à natureza da pessoa humana enquanto ser bio-psico-social. Os resultados não podiam ser mais animadores. Cada descoberta, cada picotagem do cartão – independentemente da resposta estar certa ou errada -, constituiu uma vitória pessoal a muitos níveis e, nesse sentido, todos foram vencedores. Ricardo Pinto, responsável da CERCIVAR, assumia-se no final como porta-voz do grupo e exprimia desta forma a sua satisfação: “Ficámos todos muito satisfeitos com a iniciativa, de tal forma que os meus atletas já me pediram que uma actividade destas possa vir a ter lugar em Ovar, não apenas com eles mas também com elementos de outras instituições vizinhas e com as quais contactamos assiduamente.”

“O que hoje constituiu uma primeira experiência é realmente a essência, o nascimento duma nova modalidade” Espectador atento e interessado nesta particular actividade, José Costa Pereira, Director Executivo da ANDDI – Associação Nacional de Desporto para a Deficiência Intelectual, partilhava com o Orientovar o seu entusiasmo no final: “É o pontapé de saída duma nova actividade, a qual poderá ganhar raízes e cres-

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Novembro 2011

cer bastante no seio da ANDDI.” Para aquele dirigente, “este percurso que foi aqui montado corresponderá, no essencial, ao nível mais básico da Orientação Adaptada e que, numa primeira fase, se revelou perfeitamente exequível para os participantes. Creio que vamos ter, ainda este anos e ao longo do próximo, várias oportunidades para ensaiar este tipo de actividade e afinar as regras, de tal maneira que preparamos já a inclusão da Orientação Adaptada nas comemorações do Dia Internacional da Pessoa Portadora de Deficiência, a ter lugar no dia 7 de Dezembro, em Vieira do Minho.” Falando da actividade, propriamente dita, José Costa Pereira assume que “tem, numa primeira fase, um valor não competitivo, o que se enquadra perfeitamente na filosofia da ANDDI. O que hoje constituiu uma primeira experiência é realmente a essência, o nascimento duma nova modalidade.” A terminar, uma palavra de esperança: “Há muito caminho a percorrer mas os primeiros passos deixam-nos muito satisfeitos.” De parabéns está a Organização, pelo arrojo da iniciativa e por pensar na pessoa duma forma integradora, ao encontro de todos, sem distinções. A Orientação Adaptada está aí e promete espalhar a força do seu sorriso pelos quatro cantos de Portugal. A próxima actividade será já no dia 3 de Dezembro, Dia Internacional da Pessoa Portadora de deficiência, e decorrerá no Parque João Paulo II, em Vila do Conde. Marque já na sua agenda e não perca a celebração deste dia tão especial, feito de gente especial e... para gente especial! JOAQUIM MARGARIDO Fonte: www.orientovar.blogspot.com


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