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Paternidade
SEM RÓTULOS Por Jair Alberto Morello Fotos: Banco de imagens e Arquivo Pessoal
V
ivemos em um mundo em que as pessoas, cada vez mais, tendem a colocar rótulo em tudo. “Ele é um bitolado de esquerda.” “Que fascista de direita.” “Essa tua amiga evangélica só sabe rezar.” “O cara é ateu e vai pagar no inferno.” “Padre serve só para molestar criança.” “O pastor quer é o teu dinheiro.” “Filho adotado só dá problema.” “Que vergonha, dois gays criando uma criança!”. Chavões e mais chavões. E assim a vida vai perdendo em amor, compreensão, solidariedade. Quando se fala em paternidade, então, surgem ainda mais rótulos. O pai tem que ser um herói. Sim, “meu pai, meu herói” é algo importante para a formação da criança. Mas, como esse herói deve ser? A paternidade deve ser exercida de
forma plena, cuidadosa, mas ao mesmo tempo, permitindo que os filhos explorem o mundo ao seu redor. Com responsabilidade, mas não além do que é possível em cada fase da vida. Nesta reportagem especial sobre pais sem rótulos, a revista Duo conversou com pais que são verdadeiros heróis, mas que se consideram apenas pais normais, que procuram dar tudo de si para que seus filhos sejam felizes. Não é a definição que faz um pai, mas seu amor e sua dedicação. Você vai conhecer um pouco da rotina do pai solteiro Roni Schiochet que assumiu sozinho sua filha Ana Vitória e faz dela sua razão de viver. Também vamos viajar um pouco pela história do casal homoafetivo Jonas e Telmo e seu filho Nérfen.
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