Novos jornalistas: para entender o jornalismo hoje

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Em setembro de 2009 um dos mais prestigiados jornais do mundo, o norteamericano New York Times, publicou uma nota na internet, na qual informava que, a partir de então, passaria a se identificar como uma empresa de informação, não mais um jornal impresso. A nota causou furor em redações de todo o planeta, pois, enquanto outros tradicionais jornais da terra do Tio Sam vem falindo ano após ano, agarrados à arcaicos modelos comerciais, o jornalão mais famoso seguiu o espírito de vanguarda que lhe deu fama e lançou-se a procura do leitor perdido. A questão é, em que diabos de lugar se esconderam os leitores?. A resposta para muitos especialistas é categórica, o leitor está na internet. E é para esta que o NYT concentra sua munição agora.

Quer dizer então que o povo da internet lê? Respondo, não só lê, como vê fotos, assiste à vídeos, paga contas, faz compras, vota no próximo eliminado do big brother e faz fofoca.Tudo isso as vezes no meio tempo de um download de música.

A palavra chave é multimídia, mas não é só o meio( o computador) que carrega essa pecha, seus usuários também. As pessoas postam fotos, vídeos, recados, mantém um blog, fazem debates, propaganda, desenham, jogam, conversam, se olham. As vezes sem precisar sair de uma única tela, como acontece no site de relacionamentos Facebook.

O internauta também produz conteúdo, essa é a chamada web 2.0, e não precisa ser nenhum especialista para isso. Os internautas criticam jornalistas, descem a lenha em matérias, idolatram novos ídolos, conhecem discos e


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