Novos jornalistas: para entender o jornalismo hoje

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A gente precisa usar a internet como aliada. Falar é fácil. Mas é isso que eu ouço há, sei lá, pelo menos 13 anos. E nessa mais de meia década não tive nenhuma idéia revolucionária ou pelo menos razoavelmente boa e transformadora capaz de aliar o que eu estivesse fazendo no momento com a rede – e ainda conseguir ser ao mesmo tempo novidadeiro e rentável. O que me consola é que poucos realmente conseguiram.

Hoje eu trabalho com telejornalismo. E, confesso, ainda não convivemos com a sombra e a pressão constante que passa quem faz jornalismo impresso – aquela velha história, “ah, a internet vai acabar com os jornais e revistas, o que vamos fazer?”. Não, não acho que a TV vai acabar e todo mundo só vai assistir as coisas pelo computador. A TV é o meio de comunicação de massa e vai continuar assim por um bom tempo. Ao menos no Brasil. É sério. Se existe um dos poucos signos de comunicação capaz de unir um sujeito do interior do Rio Grande do Sul com um camarada do sertão do Mato Grosso é que ambos sabem quais foram as principais notícias do Jornal Nacional. E provavelmente ambos devem gostar das narrações do Galvão Bueno.

Por enquanto a principal transformação do telejornalismo na internet é a nova maneira como os jornais chegam a um novo tipo de telespectador – que pode vê-lo a qualquer hora, acessar pelo notebook, celular, etc. No modo de fazer, a coisa está mais ou menos do mesmo jeito. Claro que tem alguns gols. Contar com a participação do telespectador que envia fotos, vídeos e notícias para a redação em muito ajuda na cobertura. Você pode ter uma dimensão maior do fato antes da equipe de reportagem chegar ao lugar. O que te permite pensar e analisar melhor que tipo de abordagem você pode dar. Fora


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