Novos jornalistas: para entender o jornalismo hoje

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Os e-readers e tablets prometem mudar a maneira de produzir, comercializar e adquirir conteúdos jornalísticos. Revolução? Se sim, ela ocorre antes mesmo de os jornais se sentirem confortáveis com as outras notáveis mudanças dos últimos anos. Salvação? Se sim, não se sabe ao certo (ainda) a forma e o valor. O fato indubitável é que essas devices – do Kindle ao iPad – abrem possibilidades extras para o negócio jornal.

O iPad da Apple é um marco no design de mídias digitais portáteis, leves, amigáveis, nítidas e conectivas. Em pouco mais de um mês (o produto foi lançado no início de abril), vendeu-se um milhão de unidades nos Estados Unidos. Milhares de early adopters europeus e australianos também acorreram às lojas Apple no dia do lançamento mundial, no final de maio.

Até o fechamento desta edição não havia previsão para a comercialização oficial de iPads em países como Brasil, China, Índia e Rússia. Calcula-se que mil brasileiros viajantes tenham um iPad, número talvez maior que o de usuários do Kindle, e-reader criado pela Amazon (a primeira geração chegou ao mercado americano em novembro de 2007). Mas o Kindle levou um ano para atingir a marca de um milhão de unidades vendidas. Há uma explicação plausível: o Kindle DX (terceira geração), com tela em preto-e-branco, talvez satisfaça o desejo de leitura de livros digitais com foco em texto, não tanto em imagens e movimentos. Mas, para quem não abre mão de “uma experiência mais completa” – como dizem os estrategistas – um tablet como o iPad é irresistível; e o preço também atrai: a versão mais barata custa US$ 499, mais ou menos o mesmo que o Kindle DX (US$ 480).


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