Novos jornalistas: para entender o jornalismo hoje

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momento de desleixo textual, essa segunda leva de críticos de internet surge mais preocupada com a forma de se expressar, porque a função do crítico na era digital está muito mais próxima do leitor do que em qualquer outro período da história. Ele não está mais isolado. Por outro lado, ele está se adaptando ao novo mundo virtual, mas ainda é uma função ativa e de suma importância no mundo moderno. Pois na correria do dia-a-dia, muitos leitores necessitam de um filtro que o ajude a decifrar o oceano de informações que passa em sua frente ininterruptamente. Se tal filme é bom, qual exposição em cartaz vale à pena ir, qual disco ouvir entre os que são lançados todos os dias, qual peça de teatro ver entre tantas, que livro ler.

Porém, mais do que um indicador de qualidade (como é comumente encontrado nas esquinas da internet), a função do crítico é refletir e contextualizar a obra de arte no espaço/tempo. Poucos fazem isso, mas apenas o fato de várias pessoas estarem usando a liberdade da internet para argumentar sobre a qualidade de uma obra de arte é uma conquista a ser festejada. A formatação dessa argumentação é o próximo passo. Ainda estamos engatinhando, mas estamos no caminho certo. O autor: Marcelo Costa é um leonino do segundo decanato com ascendente em touro apaixonado por cervejas belgas, cachaças mineiras, picanha ao ponto, mixto quente com salada e bacon, pipoca do Cinemark e tortinhas de morango. Editor do Scream & Yell, coordenador de capa do iG, DJ eventual, cozinheiro de fim de semana e centroavante nos moldes do grande Geraldão. Escreve sobre romances e cultura pop.

Twitter: @screamyell


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