Novos jornalistas: para entender o jornalismo hoje

Page 14

conexão discada (que ficou bacana, depois que meu amigo de fé Carlinhos Falcatrua descobriu um provedor que aceitava chamada a cobrar), baixei o tal do Napster. Na maravilhosa média de duas músicas por noite, baixei o tal disco (Nixon) da tal banda (Lambchop) que misturava country com soul. Nem era tudo isso, mas abriu caminho para mergulhar num mar de raridades e outros sons, batidas e pulsações. Alguém aí se lembra do Napster? Alguém chegou a usar o Napster? Estou ficando velho...

Empolgado com o número de informações e labirintos, um amigo, somente ele, fez um site. Só ele sabia construir um site. Convidou um monte de comparsas para escrever. Eu falava sobre cinema – não sabia e continuo sabendo pouco, mas dei alguns pitacos engraçados. Como só ele sabia mexer na coisa, tinha atualizações quinzenais. E ele varava madrugadas atualizando.

Lembro que foi nessa época, numa roda de amigos, que um iluminado sugeriu que seria legal fazer um site só com fotos de pessoas em boates, em noitadas. Esse amigo que fazia site – webmaster, sim – disse que era besteira. “Quem vai entrar na internet para procurar a própria foto?”. Ninguém. Por isso, abrimos uma pastinha no Yahoo (lembram disso? Ainda existe), onde dava para arquivar nossas fotos e quem quisesse, entrava lá e salvava. Genial.

Comunicação instantânea. Revoluções culturais por e-mail. Troca de músicas on-line. Arquivo virtual de fotos. Salas de chat. E isso foi só o começo. Depois ainda veio transmissão de vídeo. Telefone pela internet. Blogs. Fotologs. Google. Orkut. Isso, em somente dez anos.


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.