Notícias do Mar n.º 385

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Notícias do Mar

Tagus Vivan

Crónica Carlos Salgado

A Educação Ambiental do Cidadão Ribeirinho

O cidadão ribeirinho do Tejo, bem assim como os seus respectivos municípios pela proximidade que têm ao rio que esteve na sua origem, devem ser os seus principais guardiões, e não podem esquecer que no tempo em que o Tejo era navegável permitindo a navegação comercial de transporte de mercadorias pessoas e bens, ele foi a sua principal fonte de riqueza, bem assim como quando ele com a sua água invadia as lezírias e fertilizava-lhes os solos.

“Se a Poluição continuar outra Arca de Noé temos de arranjar” - Painel de 10 m2 pintado coletivamente pela Escola Paula Vicente, Lisboa, 1973

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ste nosso Tejo ainda pode criar muita riqueza às comunidades ribeirinhas, pelo que elas têm o dever de voltar a interessar-se por ele, a defenderem-no

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e preservarem-no, porque ele não deixará de retribuirlhes A AAT- Associação dos Amigos do Tejo, que foi formalizada no ano de 1984, pela mão de um grupo infor-

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mal de jovens velejadores de Alhandra que teve origem nos anos sessenta, cuja obra de 25 anos está hoje a ser continuada pela Confraria Cultural do Tejo Vivo e Vivido, a Tagus Vivan, acompanhou a transição dos anos 60 para a década de 70 que registou a politização das correntes ambientalistas e das plataformas internacionais que se debruçaram sobre as questões ambientais em Portugal, que pela emergência de uma política ambiental deu origem no dia 8 de junho de 1971 à CNA - Comissão Nacional do Ambiente. No quadro da Lei de Bases do Ambiente foi criado em 1987 o Instituto Nacional do Ambiente – INAMB, com competências no domínio da formação e informação dos

cidadãos, veio incrementar de modo significativo as práticas de Educação Ambiental (EA) no nosso país. Estas práticas resultaram do apoio e promoção de projetos de educação ambiental e de projetos ligados à defesa do património natural e edificado, para além do apoio às associações de defesa do ambiente, que passaram a desenvolver ações de sensibilização e formação com as escolas. Precisamente nesse ano de 1987, a AAT, uma das primeiras associações de defesa do ambiente que se inscreveram no INAMB, foi parte integrante, como entidade dinamizadora do Programa “O Tejo na Escola”, resultante do protocolo celebrado entre a Secretaria de Estado do Ambiente, a Secretaria de Estado da Educação e a AAT que também realizou nesse ano de 1987, integrado nas celebrações do ano Europeu do Ambiente, para além de outras atividades de formação de jovens no terreno, o 1.º Congresso do Tejo, na Fundação Gulbenkian em Lisboa, e foi encarregada de organizar a Sessão Solene das referidas Comemorações do Ano Europeu do Ambiente em Santarém, complementada por uma grande exposição temática sobre os Patrimónios Nartural e Cultural, material e imaterial do Tejo. A Educação Ambiental A Educação Ambiental nas escolas não teve a sua continuidade assegurada durante


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