Notícias do Mar
Protesto da Green Peace contra os Dispositivo de concentração de Atum
14
2019 Janeiro 385
dartes. Mas este ano, as atenções das organizações de conservação do ambiente que assistirão à reunião estarão focadas num ponto em particular – conseguirá o ICCAT evitar que o atum patudo se transforme no próximo ícone da sobrepesca? A pesca do atum patudo do Atlântico (Thunnus obesus) vale milhões de euros por ano, naquela que é uma das pescarias mais valiosas no oceano Atlântico, alimentando não só o mercado do atum enlatado, mas também a procura de atum fresco de alta qualidade. No entanto, anos de sobrepesca, o declínio recente da população e práticas de pesca insustentáveis ameaçam a viabilidade e a rentabilidade a longo prazo das pescarias de patudo. O Comité Permanente de Investigação e Estatística do ICCAT (CPIE – SCRS
em inglês) considera que o stock está em situação de sobrepesca desde 2015, e já em outubro deste ano confirmou que o seu estado piorou desde então. Esta situação é particularmente dramática para as frotas de salto e vara dos Açores e da Madeira, para as quais esta espécie é essencial e que têm visto as suas capturas diminuir de forma dramática nos últimos anos. É importante ter em conta que foram as frotas de salto e vara dos Açores e Madeira as primeiras a explorar comercialmente este stock, em meados do sec. XX., e que o salto e vara é um método de pesca extremamente seletivo – capturando apenas os atuns da espécie e do tamanho pretendido – e com reduzidos impactos nos ecossistemas marinhos. Por outro lado, é re-