Notícias do Mar n.º 371

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tica Marítima” que reuniu Lídia Sequeira (Presidente da Associação dos Portos de Portugal e Presidente do Porto de Lisboa e Porto de Setúbal), Fernando Cruz Gonçalves (Coordenador das Licenciaturas de Gestão na ENIDH), José Simão (director-geral da DGRM) e Paulo Ferreira (director de Infra-estruturas e Transportes da ALTRAN). Os portos são a ligação umbilical de Portugal ao mar e verdadeiros impulsionadores de uma economia que se quer marítima. Num mundo cada vez mais global, o transporte marítimo assume maior importância a cada dia que passa. Esta sessão debateu o posicionamento de Portugal no sector marítimoportuário que se encontra em profunda mudança. Houve espaço para o reconhecimento dos méritos dos resul-

tados portuários dos últimos anos e dos avanços tecnológicos do sistema portuário nacional – nomeadamente com a JUP que em breve vai evoluir para a JUL. Sessão da Tarde O período da tarde arrancou com o debate sobre “Indústria de Construção Naval”, onde os oradores Bruno Costa (gestor da Atlanticeagle Shipbuilding), Rui Roque (administrador da Nautiber), Filipe Rosa (Desenvolvimento de negócio da West Sea – Estaleiros Navais/Martifer) e João Santos (director-geral da Sun Concept) reflectiram sobre os esforços de um sector com tradição que continua a apostar na inovação e a acompanhar o progresso, quer na área da sustentabilidade energética e económica, quer na própria correlação de forças entre

competidores. Num mercado internacional muito competitivo, nem sempre é fácil manter uma incorporação nacional elevada. Todos os presentes valorizaram essa incorporação, admitindo no entanto que o elevado custo da tecnologia (quase toda estrangeira, como a propulsão e a electrónica) limitarem o número dos fornecedores Portugueses. Alguns projectos têm aberto a porta a novos projectos. A título de exemplo a construção de barcos para o Douro criou uma oportunidade, mesmo com operadores estrangeiros, que operam no Douro. Vivemos tempos de inovação com incorporação de novos materiais em cascos e de novas alternativas energéticas para a propulsão, por exemplo. A Indústria de Construção

Naval é um pilar, um sector com história e tradição em Portugal, que tem feito o seu percurso e trabalhado a olhar para o futuro. A capacidade deste sector temse demonstrado através do seu know-how, das encomendas, da inovação e dos clientes satisfeitos. Seguiu-se a intervenção de Rúben Eiras, em representação do Ministério do Mar, que abordou as potencialidades do GNL (gás natural liquefeito) e as oportunidades que Portugal poderá captar enquanto ‘hub‘ de ‘transhipment‘ deste novo elemento energético de consumo – um tema que faz parte da “Estratégia para o Aumento da Competitividade Portuária. Após uma sessão de degustação de pescado das lotas portuguesas (organizada pela Docapesca) decorreu

Debate sobre Indústria de Construção Naval 2017 Novembro 371

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