Notícias do Mar
Pesca com Palangre no Algarve
Texto Antero dos Santos
Pescadores Querem Pescar
Barco de Matosinhos de pesca com redes de emalhar de fundo a pescar ao norte do Cabo de S. Vicente
Queixam-se pescadores algarvios que querem pescar com palangre, aparelho com linhas e anzóis, que estão a ser-lhes recusadas pela DGRM as respectivas licenças da pesca com esta arte.
S
ão principalmente pescadores de Sagres que pretendem pescar com palangre e não conseguem. Eles sabem que Portugal importa dois terços do peixe que consome e querem pescar mais. Foi-lhes comunicado pelo departamento da DGRM no Algarve que só eram conce2
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didas licenças a embarcações até aos 7,00 metros de comprimento. Estas embarcações são demasiado pequenas para a pesca costeira com esta arte. A principal revolta destes pescadores é não lhes darem licenças de pesca com o palangre e verem a Costa Vicentina ser invadida por quilómetros de redes de emalhar de
fundo com 10 metros de altura, lançadas por embarcações de pesca industrial do norte e que essas redes ficam ilegalmente fundeadas no mesmo local todo o ano. A Lei manda que as redes sejam levantadas ao fim de 24 horas, mas isso não acontece com nenhuma, porque nem a Marinha nem as Capitanias fiscalizam o tempo de
permanência delas fundeadas. O objectivo destas redes é capturar as lagostas que são atraídas pelos peixes que morrem presos nas redes e vão apodrecendo. Mesmo as lagostas, se não forem retiradas ao fim de uns dias, acabam por morrer também. São toneladas de peixes e crustáceos que morrem e apodrecem todos os dias cap-