Notícias do Mar n.º 340

Page 40

Notícias do Mar

O Tejo a Pé

Montejunto, Serra Acima Entre o Rio e o Mar Os caminhantes do Tejo a Pé trocaram desta vez as planícies pelo desafio da montanha. Tarefa um pouco mais difícil, superada com distinção. A meteorologia foi clemente e ajudou ao esforço.

Andar faz bem. 40

2015 Abril 340

N

ão foi exactamente a subida aos céus, nem esteve perto disso. Mas não deixou de ser um desafio levado a sério pela meia centena de participantes na caminhada de 22 de Março do colectivo Tejo a Pé pelas serranias de Montejunto. Um sol ligeiramente “envergonhado” acolheu os participantes, que se concentraram ao começo da manhã junto às instalações do Centro de Interpretação Ambiental da Serra de Montejunto. Dinis Duarte, vereador da Câmara Municipal do Cadaval já ali estava. O senhor Sérgio, guia da caminhada, também. Feitas as apresentações e dadas as boas vindas, meteram-se pés ao caminho, num percurso que coincidia parcialmente com alguns dos trilhos marcados das pequenas rotas existentes na área. Já se sabia de antemão que o caminho apresentava um grau de dificuldade um pouco superior às últimas caminhadas, com algumas subidas relativamente “intimidantes” – mas nada que fizesse esmorecer os participantes. As naturais diferenças de ritmo de caminhada, que caracterizam estas pequenas aventuras, não foram problema e todos chegaram ao fim. Este maciço calcário, que se ergue de forma imponente en-

Texto Carlos Pessoa Fotografia José L. Diniz

tre o vale do rio Tejo e o mar, reparte-se pelos concelhos de Alenquer e Cadaval, que fazem a gestão repartida da Paisagem Protegida da Serra de Montejunto (uma área protegida de âmbito regional) desde 1999, em parceria com o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas. Tendo quase sempre em pano de fundo o complexo das antenas militares e de comunicações civis no topo da serra, a caminhada processou-se através de terrenos cobertos com vegetação rasteira muito bem adaptada às condições locais, caracterizadas por escassez de água e amplitudes térmicas muito acentuadas. Curtas paragens cirúrgicas em pontos altos, para promover o reagrupamento e permitir a recuperação de energias, tornaram possível a exploração visual das áreas circundantes. Foi o que aconteceu na Penha do Meio Dia, junto ao marco geodésico, e mais à frente no Moinho do Céu, o ponto mais alto daquela região. Alguma neblina que ia começando a instalar-se não escondeu a espectacularidade da paisagem, como só é possível sentir nas montanhas. No regresso ao ponto de partida, um agradável parque de merendas com bar de apoio foi o local escolhido para o habitual piquenique. A meteorologia continuou a favorecer os participantes,


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.