Notícias do Mar
Texto Carlos Pessoa Fotografia Fernando Feiteiro
O Tejo a Pé
De Corroios ao Seixal, por Terras de Moinhos de Maré
Os caminheiros do Tejo a Pé regressaram no passado mês de Fevereiro ao estuário, onde o ciclo das marés continua a deixar a sua marca indelével.
E
ra Fevereiro e inverno, mas o sol lá apareceu, pálido e frio, para se
associar à fotografia de grupo, tirada junto ao Moinho de Maré de Corroios (Seixal). Assim terminava, na tarde
de 22 de Fevereiro, um domingo, mais uma caminhada do Tejo a Pé que reuniu cerca de meia centena de pessoas. Ter-
Lisboa como nunca a vemos. 42
2015 Março 339
minou melhor do que tinha começado, horas antes, quando um céu a prometer chuva e um vento cortante, que por vezes se sentia, pareciam empenhados em quebrar a boa disposição reinante. Não choveu, o vento retirouse e o sol até acompanhou grande parte das andanças pelo Tejo, com a cidade de Lisboa e a densa mancha habitacional da margem direita do rio quase sempre à vista. De permeio, o extenso “mar interior” de um dos mais soberbos estuários do mundo, onde os sinais de uma cultura e de um viver tradicionais continuam a resistir à erosão do tempo e às transformações ambientais e sociais. Sob a orientação e com as informações oportunas de Cláudia Silveira, técnica da Câmara Municipal do Seixal que guiou a caminhada, a primeira parte do trajecto fez-se ladeando os muros da Base Naval do