Notícias do Mar n.º 336

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Notícias do Mar

Os objectivos da Companhia das Lezírias foram preservar o património e maximizar os resultados

Não obstante ter passado a ter uma dimensão territorial reduzida a metade, com as necessárias adaptações à mudança dos tempos, os objectivos da CL foram os de preservar o património e maximizar os resultados da exploração da terra e da floresta, garantindo condições de desenvolvimento sustentável e enfrentando os desafios que o futuro coloca, e que poderiam significar novas oportunidades de afirmação da referida Companhia. Tendo nascido como uma sociedade por

acções detida por investidores privados, sofreu várias vicissitudes, tendo sido nacionalizada em 1975 e posteriormente transformada em sociedade anónima totalmente detida pelo Estado. É grande a diversidade de actividades agro-florestais que se aliam a uma enorme riqueza de animais, plantas e habitats e a uma paisagem que combina o montado e o pinhal aos pauis que rasgam a charneca e às zonas húmidas do Estuário do Tejo. A CL procurou manter a interligação entre o espaço rural e o espaço urbano mas, enquanto que nos territórios rurais de grande dimensão os latifúndios, que são espaços de desertificação humana que permite produzir muito com poucos

numa agricultura tecnologicamente avançada, neste caso, perante a realidade de gerir um território localizado a 30 Km da capital, numa área de nidificação de aves migratórias, paraíso ecológico rodeado por núcleos urbanos em rápida expansão e corredores aéreos, ferroviários e rodoviários, optou por fazer os adequados ajustamentos em função das condições contextuais e continuar com a implementação da estratégia acordada com a tutela e o accionista para alargar o negócio para além das chamadas actividades tradicionais, integrando actividades valorizadoras do património da empresa que acrescentem valor aos bens produzidos tais como: o investimento na área de Turismo de Natureza; o alargamento

da área de produção directa de arroz na Lezíria Sul; a reafirmação no mercado da carne produzida com marca CL; a certificação da produção florestal sustentável como vantagem competitiva, nomeadamente na colocação da cortiça no mercado, sendo pioneira na certificação da gestão cinegética; a reorganização da política produtiva e comercial da oferta de vinhos da CL, tirando partido da nova região demarcada Tejo; a reorganização das actividades da coudelaria, com o objectivo de promover o ferro CL, e ao nível da diversificação de actividades, está a reanalisar o investimento num parque de aproveitamento de biomassa associado a uma central de produção de energia eléctrica para fornecimento à rede,

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