Notícias do Mar n.º 316

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Surf

Notícias da Federação Portuguesa de Surf

“Não Irei Liderar Qualquer Lista às Eleições” Guilherme Bastos, Presidente da Federação Portuguesa de Surf durante 10 anos, anuncia fim de cíclo.

Guilherme Bastos

P

ara ser mais fácil todos saberem dos motivos porque Guilherme Bastos quer sair de presidente da FPS, transformámos esta conversa com a Federação em entrevista. FPS – A poucos dias da Assembleia-Geral onde se elegerá a próxima Direcção da FPS, a pergunta obrigatória é: Guilherme Bastos vai liderar uma lista? GB – Não. Não irei liderar qualquer lista às eleições. Mais: não irei, sequer, concorrer em nenhuma lista cuja composição seja sugerida por mim. Creio que chegou a altura de dar liberdade às pessoas interessadas para conduzir a Federação Portuguesa de Surf para um 50

2013 Abril 316

novo ciclo. Entendo que a FPS chegou a um momento de ruptura com o paradigma técnico do passado e que é altura de desenhar um novo modelo técnico de provas, formação e Selecções. Isto porque em 2014 espero ter todos os Centros de Alto Rendimento de Surf a funcionar e com estes, todo um novo paradigma a que a próxima Direcção terá de se adaptar. FPS – Passou 12 anos como dirigente da FPS, 10 deles como presidente da Direcção. Em jeito de balanço, quais os triunfos desta década de liderança? GB - Houve, felizmente, vários. Antes de mais, a sustentabilidade da Federação, que foi uma

das principais razões pelas quais decidi assumir a sua presidência. Quis criar bases para que a FPS fosse sustentável e criar condições para que voltasse a ser uma instituição respeitada por todos. Recordese que, há 12 anos, não havia surfistas na Federação. Os surfistas tinham promovido um boicote geral à FPS e hoje são, novamente, parte integrante desta instituição. Também posso reclamar a consolidação dos circuitos de esperanças, de surf e bodyboard, sustentáveis e dinâmicos que tiveram papel fundamental na formação de jovens valores como Vasco Ribeiro, Frederico Morais, Manuel Centeno, Hugo Pinheiro, entre muitos outros, e que também contribuíram para ajudar

os clubes a organizar eventos e, nesse processo, a organizarem-se a eles próprios e a crescer. O trabalho conduzido por esta Direcção traduz-se, também, em termos desportivos, na conquista de 3 Campeonatos da Europa da FES em quatro possíveis, a participação na China Cup – 8º melhor país do mundo, além de um vasto conjunto de resultados individuais dos nossos atletas. FPS – A construção dos CAR não será o feito que define o sucesso desta Direcção? GB – Não. Os Centros de Alto Rendimento surgem na sequência dos resultados desportivos e como reconhecimento do trabalho levado a cabo pela FPS. Foi nessa medida


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