Lion Brasil Sudeste 120

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Associação Internacional de Lions Clubes

ABR A JUN 2022 - ANO 23 - N.º 120-DIGI www.lionsclubs.org/PO

BRASIL SUDESTE


Lions Clubes Internacional

LCIF | Fundação Lions Internacional

O LIONS INTERNACIONAL é a maior associação de clubes de serviço do mundo. Somos pessoas interessadas em prestar serviços a nossas comunidades, tanto no Brasil como globalmente.

Desde sua fundação, em 1968, a LCIF tem sido patrocinadora dos grandes esforços dos Lions Clubes e parceiros, no Brasil e em todo o mundo, por meio de subsídios e projetos de serviços humanitários. Graças a seu apoio técnico e recursos financeiros, o serviço dos Leões tem abrangência e impacto muito maiores. Até o momento foram mais de 16.000 subsídios, totalizando US$ 1,1 bilhão.

Estamos presentes em 214 países, reunindo mais de 1.400.000 associados em quase 50.000 Clubes. No Brasil, somos mais de 40.000 associados em mais de 1.500 Clubes.

Pela excelência na execução de programas, comunicação, adaptabilidade e transparência administrativa, em 2007 a LCIF foi classificada, em pesquisa do Financial Times, como a melhor Organização Não Governamental do mundo para se estabelecer parceria.

A essência dos Lions Clubes pode ser resumida em duas palavras: Solidariedade e Companheirismo. Somos pessoas dotadas de um sólido espírito de solidariedade e de uma filosofia que procura o bem comum, trabalhando desinteressadamente para solucionar ou, pelo menos, minimizar os problemas que afligem as comunidades.

Isso pode ser atestado pela colaboração da Fundação com uma série de dedicados parceiros sem fins lucrativos, governos, ONGs e corporações, fornecendo acesso a um conjunto diversificado de recursos e conhecimento. Entre os parceiros, estão a Organização Mundial de Saúde, a Fundação Bill & Melinda Gates, a Fundação Mundial do Diabetes, The Carter Center, Johnson & Johnson e as Olimpíadas Especiais.

Com as mais variadas profissões, filosofias, correntes políticas, raças e religiões, estamos unidos por laços de amizade, compreensão recíproca e companheirismo para melhor realizar nossa missão.

AMPLIE o alcance e o impacto do Lions

A cada reunião, essa essência do Lions Internacional é lembrada e fortalecida: “Agradecemos, Senhor, por estarmos aqui reunidos para nos conhecermos melhor e assim podermos servir melhor aos nossos semelhantes.”

Universo Lions Estatísticas de acordo com o Informe Oficial de Afiliação de 31 de maio de 2022

217 países e

áreas geográficas

50.369 clubes

1.415.549 associados

Faça sua doação à Fundação apontando a câmera do seu celular para o QR Code ao lado.

Mundo País

Associados

Clubes

Índia

294.039

8.926

EUA

272.653

10.364

Japão

101.880

2.846

América do Sul País

Associados

Clubes

Brasil

37.280

1.440

Venezuela

9.920

326

Peru

7.675

338

4.236

231

Coreia (Rep.)

75.054

2.055

Argentina

Alemanha

51.549

1.585

Colômbia

3.807

204

38.724

1.369

Paraguai

3.397

137

Brasil

37.280

1.440

Chile

3.242

173

Canadá

32.161

1.494

Uruguai

2.995

134

França

23.467

1.184

Equador

2.868

119

Bolívia

1.872

89

Itália

Brasil DM

Associados

CCLL

CCaLL

Clubes

LA

6.779

3.322

3.457

260

LB

5.189

2.543

2.646

200

LC

10.984

5.382

5.602

495

LD

14.328

7.021

7.307

485

TOTAL

37.280

18.268

19.012

1.440


Conselho de Governadores do Distrito Múltiplo LC Presidente CC José Gomes Duba das Chagas (16) 99969-5829 dubachagas@gmail.com 1º Vice-Presidente PDG Sérgio Yukishigue Chiyoda (18) 99614-1003 chiyoda@chiyoda.com.br 2º Vice-Presidente PDG Rubens Mesadri (15) 99716-4927 bensmesadri@hotmail.com Secretário PDG Lauro Hyppólito (16) 99999-0696 drlauroadv@gmail.com Tesoureiro IPDG Antônio Paulo Caliento (16) 99181-2375 calientoap@gmail.com

Sumário

Endereços Revista Lion Brasil Sudeste Av. Bartolomeu de Gusmão nº 36, ap. 54 Santos-SP CEP 11045-400 (13) 98801-0797 revistalion@gmail.com Lions Clubes Internacional 300 West, 22nd Street Oak Brook - Illinois 60523-8842 - EUA (1) 630-571-5466 | lionmagazine@lionclubs.org www.lionsclubs.org/EN/news-media/lion-magazine

Expediente Edição Oficial em Português Ano 23 | abril a junho 2022 nº 120-DIGI Lion Magazine - Fundada nos EUA por Melvin Jones em 1918. LION BRASIL SUDESTE - Fundada no Brasil em 1999. Editada sob responsabilidade e fiscalização do Distrito Múltiplo LC - Brasil.

ISSN: 1677-8960 Editores in memoriam: Dr. Áureo Rodrigues, PID 65/67 Denise Rodrigues Editora e Jornalista Responsável: Claudia Rodrigues, MTb 35.018, SP Comissão Editorial 2021/2022: Membros executivos: PCC Flávio Mendes (LC 8) PDG João Roberto Moreira Alves (LC 1) PDG Luiz Antônio Avelar (LC 12)

Editor-Chefe: Sanjeev Ahuja Editor-Gerente: Christopher Bunch Editora Sênior: Erin Kasdin Marketing e Comunicação: Giovanna Farmer

crédito da capa Foto do Rio de Janeiro: Athena

Mensagem do Presidente Internacional Da Mesa da Editora Da Mesa do Presidente do Conselho Fundação Lions Internacional Mensagem do Diretor Internacional Lions Brasil 70 anos Indústrias têm projeto para 2 milhões de alunos Economia Solidária no Brasil Convenção do Reencontro Distritos em Serviço LEO Clubes Clubes de Castores Legado

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Uma revista para LER e ASSISTIR Em algumas matérias, você vai encontrar estes ícones, sinalizando um QR Code e/ou um link com informações complementares. Assim poderá LER mais ou ASSISTIR a um vídeo sobre o assunto.

Corpo técnico Produção Editorial: Claudia Rodrigues MEI CNPJ 15.112.930/0001-70 Tradutora: Flavia Gonçalves Impressão: Formato Editorial Expedição: Top Manuseio Circulação: SP, RJ, MG, ES, MS Tiragem: 9.000 exemplares A Revista LION é uma publicação oficial da Associação Internacional de Lions Clubes, editada por autorização da Diretoria Internacional em 18 idiomas: alemão, chinês, coreano, dinamarquês, espanhol, finlandês, francês, grego, hindi, holandês, inglês, italiano, japonês, norueguês, português, sueco, tailandês e turco. Executivos da Associação Internacional de Lions Clubes, AL 2021/2022: Presidente: Douglas X. Alexander, EUA Ex-Presidente Imediato: Dr. Jung-Yul Choi, Rep. Coreia 1° Vice-Presidente: Brian E. Sheehan, EUA 2ª Vice-Presidente: Dra. Patricia Hill, Canadá 3° Vice-Presidente: Fabrício Oliveira, Brasil Diretores Internacionais: (Segundo Ano) Michael D. Banks, EUA; Robert Block, EUA; Kyu-Dong Choi, Rep. Coreia; Larry L. Edwards, EUA; Justin K. Faber, EUA; Allan J. Hunt, Canadá; Daniel Isenrich, Alemanha; Bent Jespersen, Dinamarca; Masayuki Kawashima, Japão; Dr. José A. Marrero, Porto Rico; Nicole Miquel-Belaud, França; VP Nandakumar, Índia; Christopher Shea Nickell, EUA; Sampath Ranganathan, Índia; Marciano Silvestre, Brasil; Masafumi Watanabe, Japão; Guo-jun Zhang, China. (Primeiro Ano) Elena Appiani, Itália; K. Vamsidhar Babu, Índia; Teresa Dineen, Rep. Irlanda; Pai-Hsiang Fang, China Taiwan; Jeffrey R. Gans, EUA; Efren Ginard, Paraguai; Je-Gil Goo, Rep. Coreia; Mats Granath, Suécia; Ken Ibarra, EUA; Daisuke Kura, Japão; Dr. Vinod Kumar Ladia, Índia; Kenji Nagata, Japão; Dra. Dianne J. Pitts, EUA; Allen Snider, Canadá; Ernesto Tijerina, EUA; Deb Weaverling, EUA; John W. Youney, EUA. ÍCONES ASSISTA e LEIA designed by Freepik from Flaticon


Mensagem do Presidente

Conte sua história ao mundo Estimados Leões, “Era uma vez...” lembram dessas palavras mágicas? Elas têm o poder de nos transportar instantaneamente para outro tempo, outro lugar. É isto que as histórias fazem: param o tempo e permitem que imaginemos outros mundos. Quando era jovem, adorava ler relatos sobre jogadores de beisebol e escutar minha avó contar fatos sobre nossa família. Hoje, amo as histórias que escuto sobre vocês. As histórias dos Leões são as melhores do mundo! São repletas de compaixão, generosidade e esforços. São histórias de entrega e união, pois sabemos em nosso coração que é a coisa certa a fazer, a maneira digna de viver.

Douglas X. Alexander Presidente Internacional 2021/2022

Em um mundo onde as tragédias são frequentes, é mais importante do que nunca compartilhar suas histórias de serviço. Compartilhe-as nas reuniões de clube e distrito. Divulgue-as nas redes sociais. Entre em contato com os jornais locais e conte sobre os grandes projetos que você está fazendo. As pessoas querem — e precisam — ouvir sobre o bem que está sendo feito no mundo. E temos a honra de fazer muito bem para muita gente.

Em homenagem ao Dia Mundial do Contador de Histórias, comemorado em 20 de março, me sentei com uma xícara de chá e minhas histórias favoritas – histórias sobre os Leões – para algumas horas de relatos emocionantes. E me senti inspirado. Inspirado por vocês, Leões.

Da Mesa da Editora

Comemorar e Celebrar! Essas duas palavras festivas dão o tom desta nossa primeira edição sódigital, carinhosamente chamada de 120-DIGI. Ela nasceu da necessidade de registrar, para a história do Distrito Múltiplo LC, dois eventos únicos: os 70 Anos de Leonismo no Brasil e a Convenção do Reencontro. Exatamente por ser digital, portanto com custos reduzidos, pudemos ser generosos no espaço dedicado às coberturas presenciais desta editoria. Fizemos uma entrevista exclusiva de 20 minutos com o simpático e sensível Presidente Internacional Douglas Alexander, que rendeu 5 páginas na revista. E demos asas à parte visual das reportagens no Rio de Janeiro e Águas de Lindoia, publicando muitas imagens que valem mais que mil palavras. Seguindo a linha da história leonística, decidimos dar voz a associadas e Claudia Rodrigues associados de cada um dos nossos Distritos, que nos contaram, em primeira Editora pessoa, o seu encantamento e a sua vivência no Leonismo. Permita que a emoção tome conta de você, e compartilhe essas lindas histórias tanto quanto puder. É de pessoas assim que é feito nosso Movimento. É de mais pessoas assim que precisamos. Para servir, celebrar e comemorar.

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Da Mesa do Presidente

Realizando Objetivos Inicialmente agradeço a Deus por estar concluindo mais uma missão de servir. Neste período de 3 anos compartilhando com o Colegiado Transformação a oportunidade de representar os Leões do Distrito Múltiplo LC em muitas ocasiões, recebemos a visita do Presidente Internacional Douglas Alexander no Folbras, em Brasília, e nas comemorações dos 70 anos de Leonismo no Brasil, no Rio de Janeiro. A busca pelo diferencial para o Colegiado tornou-se uma constante para os Governadores que, a cada instante, propunham inovações. Afinal, por trás de toda a tecnologia disponível, encontra-se o capital humano – o fator preponderante que agrega valor a qualquer organização. Simplesmente, todos e todas surpreenderam a todo o momento e não esperaram que as situações críticas surgissem para se destacar dos seus pares. Trabalhos realizados de forma coerente e eficiente, com valores e processos enxutos, com metas desafiantes, mas realistas.

CC MJF José Gomes Duba das Chagas / CaL MJF Maria Celeste A. das Chagas Presidente do CG DMLC - AL 2021/2022 COLEGIADO TRANSFORMAÇÃO

Existem honras a reconhecer e conquistas notáveis a celebrar. Há pessoas raras, que realmente merecem honras porque mudam o mundo com boas práticas, fazendo a diferença na vida da comunidade e reforçando a reputação do Lions. Vocês, Governadores e Equipe, sempre estiveram ao nosso lado, provando serem excelentes servidores por meio dos exemplos e da qualidade demonstrada em seus serviços. É muito bom saber que, neste mundo tão agitado de hoje, repleto de oportunismos, aparece um grupo de abnegados Leões, cheios de potencialidades e de amor para doar ao próximo. Permitam-me expressar nosso agradecimento pela companhia calorosa com que nos brindaram, desde a chegada a este cargo até ao seu findar, em 30 de junho. As relações entre nós foram aprofundadas, com base no serviço que eficientemente praticamos. É, pois, animado do mais elementar sentido de justiça que endereço o meu apreço aos membros deste Colegiado e seus respectivos Distritos, pelo árduo trabalho e esforços na busca de consensos que culminaram no resultado que testemunhamos. Parabéns, Colegiado Transformação! Parabéns, Distrito Múltiplo LC! Parabenizo toda a equipe de colaboradores e apoiadores, as assessorias que realizaram grandes feitos, os Colegiados Renovação, Rubi, CyberLions, Fênix e ao mais recente, na íntegra. Enfim, a todos e todas que, de alguma forma, contribuíram para o bom desempenho deste AL 2021/2022. “Leonismo com novo olhar” CC Duba Chagas/CaL Celeste

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Internacional

Aruna Abhey Oswal dedica a vida a servir com o coração Por Elizabeth Edwards Há mais de 30 anos, a Curadora Aruna Abhey Oswal ingressou no Lions Internacional em Mumbai, Índia. Como humanitária e transformadora, queria expandir seu serviço globalmente para ajudar pessoas menos favorecidas e criar um mundo melhor. Desde o início, Aruna foi uma pioneira no Lions, se tornando a primeira mulher Presidente do Lions Clube de Juhu e a primeira mulher Governadora do Distrito 323A na Índia. Ela também atuou como Coordenadora de Distrito Múltiplo da Campanha SightFirst II, Coordenadora de Distrito Múltiplo de LCIF (Fundação Lions Internacional), Diretora Internacional e Curadora de LCIF. Agora, em 2022, Aruna reflete sobre como ajudar milhares de famílias, apoiando projetos globais, como visão, câncer infantil, empoderamento das mulheres e Olimpíadas Especiais. Seu desejo é trazer alegria para as pessoas, proporcionandolhes uma vida melhor. Para ampliar seu impacto, a curadora criou uma fundação, a Aruna Abhey Oswal Trust, com seu falecido marido, Shri Abhey Oswal. Em parceria com LCIF, projetos recentes incluem um centro de atendimento pediátrico no Paraguai, um playground completo na ala de câncer infantil no Malawi e uma nova ala de oftalmologia na Índia, para citar alguns. Com a aproximação do fim da Campanha 100, Aruna Abhey Oswal concedeu uma entrevista para comentar sobre seu auxílio às mulheres, sua parceria com a LCIF e a importância da Campanha 100. Em 1989, você decidiu ingressar no Lions. Por que se tornou Companheira Leão? Queríamos fazer algo de bom para a sociedade, não apenas na Índia. Meu marido, Shri Abhey Oswal, queria servir globalmente. Em minha

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jornada de serviço, ele desempenhou um papel muito importante, pois ajudou a fornecer os recursos e a plataforma onde posso servir à comunidade em geral. Escolhemos a LCIF porque queríamos alcançar nossos semelhantes e expandir nosso impacto global. Por que a Campanha 100 é significativa para o futuro da organização? Por que você acha importante incentivar doações à LCIF, não importando a quantia? A Campanha 100 nos dará capacidade de apoiar o serviço nos próximos anos, e isso é muito importante para LCIF. O sucesso em alcançar nossa meta de campanha acontecerá com o envolvimento de nossos Leões, que devem se sentir parte da campanha e desta história de sucesso. Nunca digo para doarem milhares de dólares. Sempre falo para eles começarem com pequenas quantias, pois cada gota integra o oceano. Como pioneira, por que você acha importante inspirar as associadas a se dedicarem ao Lions? Sempre digo às companheiras do Lions que temos como grandes exemplos a ex-Presidente Internacional Gudrun Yngvadottir e a Segunda Vice-Presidente Internacional Dra. Patti Hill. Agora é a hora das mulheres. Nós podemos fazer algo diferente. Garanto às mulheres que elas podem realizar feitos extraordinários. As mulheres têm qualidades especiais, são plurivalentes. Nós podemos ser agentes de mudança se tivermos oportunidade. Se uma mulher é positiva, inspiradora, orientada para o serviço e humilde, convide-a para fazer parte do Lions. Precisamos de mulheres como líderes, e elas podem mudar o mundo. O Dia Internacional da Mulher é celebrado em 8 de março, para reconhecer as conquistas sociais, políticas e econômicas das mulheres. Por que o empoderamento das mulheres é importante e como você inspira outras mulheres? Na minha vida, fui fortalecida por minha família e


meu marido. Decidi que se posso ser empoderada pela minha família, devo empoderar outras mulheres. Estou capacitando mulheres no meu escritório, na minha família, aonde quer que eu vá. As mulheres podem fazer qualquer coisa se tiverem confiança, poder e forem respeitadas. As mulheres estão em todos os campos profissionais, são desde policiais a astronautas e profissionais de negócios corporativos. Nós estamos em todos os lugares. No momento, estou liderando um comitê de empoderamento feminino na Índia e auxiliando as mulheres a melhorar seus negócios. No passado, como Companheira Leão, um dos meus projetos favoritos foi fornecer 1.000 máquinas de costura e certificações para mulheres na Índia, para ajudá-las a sustentar suas famílias. No decorrer dos últimos 30 anos, de quais realizações como Companheira Leão você mais se orgulha? Adoro os projetos de empoderamento das mulheres, qualquer projeto de apoio a crianças e as Olimpíadas Especiais. Todos os projetos são muito caros ao meu coração. Se o serviço é necessário, me entrego a ele. Seja qual for a necessidade, estamos lá. No site da sua fundação, você disse: “A verdadeira felicidade de alguém pode ser alcançada pela

felicidade dos outros”. Por que essa citação é importante? Sempre me lembro das palavras de Madre Teresa de Calcutá: “O mundo está cheio de pessoas boas. Se você não encontrar uma, seja uma”. Você pode ser uma. Você pode trazer um sorriso a alguém. Se você puder ajudar uma pessoa por dia, em um ano, você ajudará 365 pessoas. Se você dá alimento a alguém que tem fome, você sentirá sua gratidão e verá suas lágrimas de alegria, lágrimas que vi tantas vezes ao longo dos meus 45 anos de serviço ao mundo. Meu falecido marido disse: “Se você fizer algo pela humanidade, o mundo inteiro o saudará. Isso é o que desejo na minha vida. Se você morrer, morra com algum respeito”. Estas foram suas últimas palavras. Guardei-as no meu coração e na minha alma, e quero morrer com estas palavras. Quero deixar esta terra com esse mesmo sentimento que ele tinha pelo povo, pela comunidade e por todos. Hoje, os Leões me chamam de Didi, que na Índia significa irmã mais velha. Eles me honram como uma irmã mais velha, e eu quero ajudá-los como uma irmã mais velha. Sou grata a todos os Leões do mundo. Eles me deram a oportunidade de servir globalmente e realizar nossos sonhos juntos. Não apenas meus sonhos, mas todos os sonhos dos Leões.

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, ATENÇÃO s Presidente s!! de Clube

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Como

RECEBER SEMPRE

sua Revista Lion

Para onde são enviadas as Revistas? Para o endereço do Presidente do Clube, cadastrado em MyLCI.

Quem prepara a lista de remessa? O setor de Informática do DMLC, com base no cadastro em MyLCI. Essa lista é enviada para a Editoria da Revista.

Quem envia as revistas? A empresa de Manuseio que recebe a lista repassada pela Editoria.

E se houver alteração de endereço, presidente ou quantidade? O Clube precisa informar a Editoria pelo e-mail revistalion@gmail.com, pois ela não tem acesso automático ao cadastro em MyLCI.

O que fazer quando meu Clube não receber uma edição? Assim que perceber a falta (início de abril ou início de outubro), avise a Editoria pelo e-mail revistalion@gmail.com.

Presidente, cadastre em MyLCI um endereço... ...em que haja sempre alguém para receber as revistas ...que não seja de difícil acesso para os Correios 8 Lion Brasil | Sudeste


Internacional

Mensagem do Diretor Internacional Caros Companheiros, Companheiras, Domadoras, Leos e Castores, é com imensa alegria que envio esta mensagem à Revista LION Brasil Sudeste. O lema do Presidente Douglas Alexander, nosso líder mundial 2021/2022, “Servir com o coração”, mostra que o Lions está sempre de portas abertas para novos Leões. É um lema bastante sugestivo e motivador, que nos leva a refletir sobre a dificuldade e a possibilidade de desenvolver o Leonismo por meio do aumento do quadro associativo. Quando menciono esse tema, eu me refiro a reter associados, convidar novos associados e criar novos clubes. É um assunto que o Leão conhece bem, mas nem sempre coloca em prática. Trata-se da demanda de potenciais Leões nas áreas onde o Lions atua, mas que não tem sido explorada pelos clubes das respectivas localidades. Diante dessa realidade, qual o motivo para os clubes estarem passando por dificuldades na manutenção do quadro associativo? Na minha opinião, o motivo é um só: absoluta falta de motivação e interesse. É lógico que não estou me referindo às dificuldades com a pandemia, elas existem em todos os setores da vida social, inclusive no Lions. Refiro-me à necessidade de romper os obstáculos e alcançar os objetivos almejados. É absolutamente necessário que haja interesse, comprometimento, planejamento e ação. Sem esses predicados, será em vão pregar o desenvolvimento do Leonismo. Vou divagar sobre as possíveis soluções para as dificuldades apontadas. Começo dizendo que é muito difícil uma família prosperar, se os seus integrantes não se entenderem. Em um Lions Clube, é mais ou menos a mesma coisa. Se não houver união, compreensão e companheirismo, o clube está condenado ao insucesso. É impossível a pessoa chegar ao lugar desejado, se não souber onde fica e o tempo que gasta para atingi-lo. Assim é o Lions Clube. Para cumprir sua missão, tem que pensar, planejar e executar o que deseja. Sem isso, o associado ou associada que deseja trabalhar simplesmente se desliga do clube. O Leão paga, às vezes caro, para ser voluntário. O seu salário é o prazer de servir, que realmente é gratificante, mas sem harmonia e trabalho para fazer no ambiente leonístico, não há prazer e motivação para servir. Como é atual o lema do saudoso PIP João Fernando Sobral! “Faça seu semelhante sentir-se necessário”. Gratidão e humildade sempre. Que Deus nos proteja.

ID CL Marciano Silvestre da Silva / CaL Dulce Diretor Internacional AL 2019/2022 Leonismo sem Fronteiras

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Lions 70 anos

Entrevista com o Presidente Internacional Douglas X. Alexander estabelecer conexão? O Presidente Alexander foi um presente. Em menos de um minuto, abriu seu coração, mostrou o brilho dos olhos e compartilhou emoções e histórias. Mais que tudo, revelou o ser humano que ainda hoje vive Lions como no primeiro dia. Eu que o diga. Ao transcrever a entrevista, revivi toda a comovida conversa que tivemos durante 20 minutos. Espero que vocês possam sentir esse espírito que o anima. Gratidão, CC Duba Chagas e Colegiado Transformação! EDITORA CLAUDIA RODRIGUES - Cada novo Presidente Internacional tem um tema especial, com uma metáfora forte para motivar os Leões em todo o mundo. Parece que esses temas sempre têm alguma conexão com a vida pessoal do Presidente. Existe alguma conexão forte entre a palavra “coração” e a sua vida pessoal?

Entrevistar o Presidente Internacional de uma associação presente em 217 países e regiões geográficas é, ao mesmo tempo, um sonho e um desafio. Quem de nós não fica imaginando o que se passa na mente e no coração de alguém que ocupa uma função como essa? Ter a oportunidade de chegar um pouco mais perto é certamente um momento muito especial. Por outro lado, a responsabilidade vem na mesma proporção. O que nossos leitores gostariam de saber? Como retratar o ser humano? Como

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PRESIDENTE INTERNACIONAL DOUGLAS ALEXANDER - Muito boa pergunta! Quando eu estava pensando qual seria o meu tema, me lembrei de algo que vivi quando entreguei uma cesta de Ação de Graças para uma família carente. Eu tinha entrado no Lions vários meses antes, mas nesse dia, alguma coisa no jeito como aquela mãe me olhou ao dizer “muito obrigada pelo que fez pela nossa família” tocou meu coração. E eu saí dali me sentindo tão bem que digo às pessoas que foi nesse dia que de fato me tornei um Leão. Eu me arrepio toda vez que conto essa história. (Nesse momento da entrevista, o Presidente Douglas fica com lágrimas nos olhos...) Então quando elaborei o tema para meu ano leonístico, quis enfatizar que precisamos ter certeza de doar a partir do coração. As pessoas percebem a diferença quando as ações vêm do coração. Ao entregar uma doação, perguntar: “Como vai você?” Servir com um sorriso. Isso é servir com o coração.


CR - Quais programas do Lions são caros a seu coração? DA - O programa que acabei de mencionar: o Programa de Alívio à Fome para alimentar as pessoas. Você sabe, tem muita gente vivendo em insegurança alimentar. Crianças que só se alimentam quando estão na escola. Então como elas ficam nas férias? Ou durante a pandemia? Por falar em pandemia, pudemos fazer um belo trabalho servindo refeições regularmente para o pessoal da linha de frente da saúde, que trabalhava em turnos de 12 ou até 18 horas sem intervalo para poder ir pra casa. Um subsídio de 200 mil dólares foi distribuído entre os 11 Distritos de Nova Iorque. Um deles decidiu distribuir sorvete como alimento e foi um sucesso! Esse é mais um jeito de servir com o coração. Costumamos fazer as coisas de forma tradicional, então essa foi uma surpresa agradável. Outro distrito descobriu uma máquina que limpa ambulâncias. A gente não pensa nisso, mas ao transportar um paciente com Covid, a ambulância tem que ser limpa antes de transportar outro paciente, e isso leva várias horas. A máquina que eles encontraram faz o serviço em 45 minutos ou menos. Com o subsídio eles distribuíram 6 dessas máquinas para manter as ambulâncias circulando. Como você sabe, nos primeiros dias da pandemia, especialmente em Nova Iorque, eram transportadas 300 pessoas por dia! Mas o Lions continuou a servir, e a servir com segurança. Eu acredito que podemos voltar a essas pessoas e convidá-las a fazer parte do Lions. Elas viram o que nós fazemos, como afetamos a vida das pessoas. CR - Eu fiquei muito comovida ao ver o senhor convidar diversas pessoas aqui no Rio de Janeiro a se associarem ao Lions. O senhor simplesmente convidava!! DA - E eram pessoas que eu nem conhecia! É ainda mais fácil convidar pessoas que a gente conhece. É preciso convidar as pessoas! CR - E convidar com o coração... DA - Certo! Tem que explicar o que você faz. Não estamos convidando as pessoas para fazer número. Nós queremos associados de qualidade. E eu sempre digo: “Não deixe os novos associados simplesmente ficarem sentados. Leve-os a uma atividade de serviço, faça com que eles tenham aquele momento a-ha! É assim que os conquistamos”. CR - Temos que pensar grande, o senhor não acha? DA - Pois é! Veja todos os recursos que nós temos... Muitas vezes os associados não se dão conta de que quando estão prestando serviço e conhecendo pessoas, vão ficando mais à vontade para falar, a comunicação melhora, e sentem bem-estar com a experiência. Pense em quando você faz alguma coisa por alguém e a pessoa diz “Obrigado, cara!” Pra mim essa é a maior recompensa.

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Muitas vezes pergunto a alguma pessoa qual o seu legado, como você será lembrada no final? O que você fez, enquanto esteve por aqui, para fazer diferença? CR - Não são as letrinhas colocadas antes do seu nome, certo? O público não sabe o que elas significam... DA - Exatamente, exatamente. Entendo que algumas pessoas ficam tão felizes em ter pins de Melvin Jones, por exemplo, que querem mostrar. Já vi gente com 3 deles. E eu disse: “Se você tem um, eu sei que você tem os outros. Não precisa ficar mostrando todos”. Porque o que importa é sempre o serviço. Às vezes nós trazemos gente para fazer parte de uma organização pelos motivos errados. Gente que quer promover seu negócio, por exemplo. E eu dei um seminário sobre isso. “Se você entrar pelos motivos certos, o resto virá. As conexões virão.” E eu dou o meu exemplo. Há vinte anos, eu trabalhava no setor bancário. Naquela época, 1,4 milhão de dólares era muita coisa. O contador do astro de cinema Laurence Fishburne era Leão do meu clube. Laurence queria comprar um apartamento de 2 milhões de dólares em Manhattan e estava procurando um empréstimo de 1,4 milhão de dólares. Eu consegui fazer esse negócio no meu banco. Essa é a recompensa pelo serviço que prestamos pelos motivos certos. O meu melhor ano no banco foi o ano em que foi Governador de Distrito.

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CR - Que sonhos o senhor ainda tem para o Lions Internacional? O que ainda podemos alcançar? DA - Estamos no segundo século de serviço. Temos que pensar no futuro. Temos que ser capazes de nos adaptar às mudanças que estão acontecendo ao redor do mundo. O exemplo perfeito? Viver essa experiência da Covid. Nós ficamos muito melhores em lidar com o mundo virtual e isso ficará conosco para sempre. Não é nosso jeito preferido de interagir, porque nos demos conta que o contato pessoal é muito importante. O Zoom tem seu valor, mas aqui sentado conversando com você, posso ver seus olhos, você pode ver os meus, podemos nos tocar, abraçar, compartilhar uma refeição... Não temos isso no Zoom. Ele preencheu um vazio. Foi uma forma de permanecermos conectados. Aceitamos isso, ficamos bons nisso. Eu pude estar na África pela manhã, na Índia à tarde e na China à noite, tudo sem sair da minha casa. Esse foi o lado positivo da pandemia, em contraposição ao lado negativo em que as pessoas diziam: “Não pude fazer isso, não pude fazer aquilo...” E depois, quando conseguimos retornar ao presencial, ficamos entusiasmados com a oportunidade de voltar e passamos a dar valor ao que podíamos fazer, coisas que assumíamos como garantidas. E aqui uma palavra sobre as crianças. É nos relacionamentos na escola que elas aprendem muito e ficar na frente de um computador em casa não é a mesma coisa.


CR - Esta viagem ao Brasil mudou a forma como o senhor vê o serviço e os Leões brasileiros? DA - Não mudou! E vou lhe dizer por quê. Tenho visto Leões brasileiros nas Convenções Internacionais há muitos anos. Como eles têm orgulho ao participar do Desfile Internacional, como eles ficam belos em seu uniforme azul e branco! E eu conseguia sentir que eram Leões altivos, orgulhosos de fazer parte de nossa grande associação. Uma de minhas grandes alegrias como Presidente Internacional é o que estou fazendo neste momento: visitar nossos Leões, encorajá-los a fazer mais e agradecê-los pelo serviço que oferecem, e ver os projetos maravilhosos que mudam as vidas das pessoas! E sabe de uma coisa? Nem sempre a gente enxerga de imediato o benefício produzido por nosso serviço. Às vezes leva semanas, meses, anos! Mas em algum momento, ele retornará. Como Diretor Internacional em 2010/2012, eu ia fazer uma Convenção no estado americano de Nebraska e recebi uma newsletter com dados sobre os distritos que ia visitar. O carteiro que veio me entregar o envelope me disse: “Quero apertar sua mão!” Ora, ele entregava minha correspondência há 5 anos. O que estaria acontecendo? “Eu quero te contar que, quando era criança, foi o Lions Clube local que deu os uniformes para nosso time. Obrigada por seu serviço!” Recebemos uma carta da família de uma menina que precisava de óculos, não estava indo bem na escola. Eles não podiam pagar os óculos. Eu era um Leão relativamente novo e fiquei ouvindo para entender como lidaríamos com essa situação.

Simplesmente pedimos que comprassem os óculos e mandassem a conta para nosso clube. E seguimos a vida. Seis meses depois, recebemos uma carta, contando que a menina não tirava mais notas baixas; agora ela tirava as melhores notas. Uma vez eu estava fazendo uma pesquisa para um discurso e encontrei esta história. Em 1956, um clube de Detroit comprou uma bateria para um menino cego de 6 anos, Stevie Wonder. Quem pode dizer qual o papel desse presente no sucesso que ele alcançou? É isso que nós fazemos – a diferença neste mundo! Eu sou um Leão para a vida toda. Ninguém pode me fazer sair do Lions porque eu tenho a visão geral do que realizamos na vida das pessoas. CR - Qual a sua mensagem especial para o Distrito Múltiplo LC? DA - Obrigado por seu serviço! Continuem a servir e a servir em segurança. Vamos pensar fora da caixinha, não tenham medo de trazer novas ideias. E precisamos envolver os jovens, eles são os futuros líderes. Vamos inclui-los em nossas atividades de serviço e apoiar as atividades deles. Nós temos dois Leo Leões atuando como elementos de ligação com a Diretoria. Eles vêm com energia e novas ideias. E diversão! Uma vez, no final de uma reunião de planejamento de evento para a qual nós os convidamos, eles se saíram com esta: “E cadê a diversão?” Você precisava ver as caras na reunião! Isso nem estava na pauta e acabou sendo o ponto alto. Já me perguntaram: “Vocês se divertem no Lions?” E eu disse: “Sim! Em nossas reuniões, compartilhamos uma refeição, cuidamos das

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questões leonísticas e nos divertimos. Damos risada em todas as reuniões”. Se não fosse assim, eu ficaria em casa com a família. Mas eu vou à nossa reunião porque estamos fazendo alguma coisa e foi por isso que me tornei Leão em 1984, para servir à comunidade. Vocês tiveram dois Presidentes Internacionais. Augustin Soliva foi muito importante para a associação, mesmo depois de ser Presidente, atuando no setor financeiro da associação. Ele ajudou muito a Diretoria a lidar com as diferentes moedas de diferentes países. E Sobral era visionário, já falava nos Clubes de Interesse Especial, que fazem todo sentido, reunindo pessoas que pensam de forma semelhante. As estatísticas mostram que são clubes que duram mais. Atualmente 60% dos novos clubes são de interesse especial. Nós também estamos focando em Afiliação Eventual, para pessoas que não querem se afiliar, mas querem servir. É isso que os jovens querem. Vejo pela filha. Ela não quer participar de reuniões, mas quer trabalhar em atividades de serviço. CR - Nem todo mundo está disposto a se comprometer indefinidamente... DA - Sim, mas esse compromisso para a vida toda é um compromisso que sou feliz em ter, sou realmente feliz. E eu pergunto para as pessoas: “Qual será seu legado?” Nós, como Leões, alimentamos os famintos, vestimos os desnudos, damos visão aos cegos. Não é um lindo legado? CR - Sim! Sim! Sim! DA - Sim! Sim! Sim!

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Lions 70 anos

Comemoração e Fórum em Brasília Comemorando os 70 anos de Lions no Brasil, foi realizada, no dia 4 de abril de 2022, uma Sessão Solene no Congresso Nacional em Brasília. No dia seguinte, com a presença do Presidente Internacional Douglas X. Alexander, que veio ao Brasil especialmente para as comemorações, desenvolveu-se o FOLBRAS – Fórum Leonístico Brasileiro. Foram palestras e apresentações sobre temas pertinentes e atuais: os desafios dos próximos anos, a Campanha 100, GAT Plus, meio ambiente, capacitação e retenção, tecnologia digital e aplicativo Lions Card.

O time de palestrantes incluiu, entre outros, o 3º Vice-Presidente Fabrício Oliveira, os ex-Diretores Internacionais Zander Campos da Silva e Whady Lacerda, o Diretor Internacional Marciano Silvestre da Silva e os ex-Governadores Manoel Messias Mello e Ary Stroer. O evento foi uma realização conjunta dos 4 Distritos Múltiplos brasileiros, que marcaram sua presença com os Presidentes de Conselho José Carlos Martins de Oliveira (LA), Henrique Heliodoro Teixeira Neto (LB), José Gomes Duba das Chagas (LC) e Idercildo José Thomé (LD).

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O Presidente Internacional Douglas Alexander com o 3.º Vice-Presidente Fabrício Oliveira e os Presidentes de Conselho José Carlos Martins de Oliveira (DMLA) e Idercildo José Thomé (DMLD).

Presença em Brasília dos Governadores Edson José Lopes das Neves (LC 5), Marise Santa de Rezende (LC 4), Adélia de Souza Fernandes (LC 11), Neymar Cardoso Silva e Afonsina Cardoso (LC 12) e Presidente do Conselho do DMLC, José Gomes Duba das Chagas e Maria Celeste das Chagas.

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O ex-Diretor Internacional Zander Campos da Silva, editor da Revista LION Brasil DM LA, LB e LD, e Zander Campos da Silva Júnior, palestrantes do Folbras com os dirigentes executivos.

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Lions 70 anos

Encontro de Líderes

Líderes de hoje e de amanhã, um encontro de esperança e entusiasmo! Assim foi o evento, aberto pelo Presidente do Conselho do Distrito Múltiplo LC, José Gomes Duba das Chagas, especialmente dirigido aos Jovens Aprendizes da ACM, que receberam boa dose de inspiração de professores do Instituto de Desenvolvimento da Liderança do Distrito LC 1: os companheiros e companheiras João Roberto Moreira Alves, Aurora Machado, Juliana Peniche, Wilson Douglas e Pedro Carlos Pereira. Foi muito estimulante ver com que atenção e concentração os jovens ouviram os depoimentos e instruções. Dando início à dinâmica da Roda da Liderança, Aurora falou sobre a importância do Curso de Liderança com certificado de Lions Internacional. Juliana contou a história da ACM e destacou a importância de sua parceria com o Lions. Wilson discorreu sobre liderança e lembrou a ajuda que os Castores deram a Petrópolis,

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durante sua mais recente tragédia, graças a um convênio prévio com a Defesa Civil. Também estava presente a Governadora do Distrito LC 11, Adélia de Souza Fernandes, que falou sobre todos os projetos que o Lions oferece aos jovens e sublinhou sua paixão pelo Programa de Leitura e pelo Programa Jovens Líderes, que inclui 9 atividades a serem desenvolvidas inicialmente durante 50 horas a custo zero.

O Presidente Duba conseguiu despertar ainda mais animação e interesse dos jovens ao mencionar todas as oportunidades do programa de Intercâmbio Juvenil. Pedro Paulo, Coordenador Pedagógico do Curso de Liderança, mencionou os dois pilares sobre os quais se erguem as realizações: pensar e fazer, destacando a importância da motivação para a ação.

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Também estavam presentes e deram sua contribuição as companheiras Silvia Nunes, Francisca Talarico e Iria Brasiliense Leite, presidente da AGDL – Associação dos Governadores do Distrito Múltiplo L. O ponto alto da tarde foi a apresentação de diversos jovens aprendizes. Liderados pela Castor Leão Nayhara Carvalho, pedagoga da ACM, falaram com desembaraço sobre seu aprendizado de liderança dentro do projeto do qual fazem parte, demonstrando maturidade e compreensão profunda das habilidades esperadas de um líder.

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https://youtu.be/tT17mY6AiZE

https://youtu.be/aUALK5ulfGY

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Lions 70 anos

Visita ao Corcovado

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Lions 70 anos

Entrega do título de Cidadão Honorário da cidade do Rio de Janeiro ao Presidente Douglas X. Alexander pelo vereador Carlo Caiado

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Lions 70 anos

Inauguração de placa no Marco do Lions Praça Mário Lago

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Presidente Alexander curtindo “Cidade Maravilhosa” https://youtu.be/9fGg1QCbyMw Lion Brasil | Sudeste 29


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Lions 70 anos

Visita à Fundação Armando Fajardo sede do Distrito LC 1

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Lions 70 anos

Simpósio “Lions e as Causas Globais”

O companheiro Izidoro Flumignan, representando o Lions Clube Rio de Janeiro Mater do Brasil, fez o primeiro pronunciamento do Simpósio, destacando a fundação de seu clube em 1952 por Armando Fajardo. Chegando a ter centenas de associados, o Mater inspirou a criação de muitos outros Lions Clubes no Brasil. Nos dias de hoje, o clube dedica-se principalmente à causa global do Diabetes. Fomentou a criação da Lei da Hemoglobina Glicada, que permitirá a prevenção da doença de forma ampla, pois obriga todos os laboratórios de Análises Clínicas do estado do Rio de Janeiro a notificar a Secretaria Estadual de Saúde sobre todos os exames alterados de hemoglobina glicada, que são indicativos de elevado risco de desenvolvimento de diabetes. Durante o evento, o ex-Diretor Internacional Mauro Werneck fez a saudação ao Presidente Internacional. O 3º Vice-Presidente Internacional, o brasileiro Fabrício Oliveira, agradeceu a presença do Presidente Internacional, que separou uma semana em sua agenda para estar no Brasil. Depois destacou a importância da Campanha 100 de LCIF – Fundação Lions Internacional (cuja meta de 300 milhões de

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dólares de arrecadação viria a ser atingida em 16 de maio de 2022, 45 dias antes da data prevista). A Fundação sempre leva seu auxílio muito rapidamente aos locais de catástrofes, como atestado pela Governadora Vera Motta, que teve ajuda aprovada em apenas 4 horas durante a tragédia das chuvas em Petrópolis (RJ). Já o Diretor Internacional Marciano Silvestre da Silva salientou a seriedade do trabalho de LCIF, auditado interna e externamente, e lembrou que o Lions tem gestão inovadora, pois sempre se comunicou diretamente com os clubes, sem necessidade de muitos cargos intermediários. A palavra do Presidente Internacional Douglas Xavier Alexander foi cheia de jovialidade e entusiasmo. A primeira prioridade de sua gestão é o Serviço. Disse ele: “Serviço é quem nós somos, Serviço é o que fazemos, Serviço é a razão de existirmos. Com a missão de servir 200 milhões de pessoas por ano, no ano passado servimos 335 milhões. E sabemos que esse número foi atingido com apenas 50 % de relatórios de atividades apresentados. Imaginem qual terá sido o número verdadeiro! Por isso, precisamos garantir que os


Secretários de Clube não deixem de relatar seu serviço”. Continuou o Presidente: “Nossa segunda prioridade é Afiliação, porque com mais mãos, podemos oferecer mais serviços. Já faz tempo demais que dizemos ter 1,4 milhão de associados. Que este ano possamos dizer 1,5 milhão ou, por que não?, 2,8 milhões. Podemos chegar a esse número se cada Leão trouxer mais 1 associado. Isso sempre começa com um convite. Estou aqui há menos de um dia e já convidei diversas pessoas a se tornarem Leões. E elas me disseram que nunca ninguém as tinha convidado!” Outra prioridade do Presidente é a Comunicação. “Quando estivermos num evento como este, vamos compartilhá-lo com todos que não puderam estar presentes.” “E finalmente quero falar no Desenvolvimento da Liderança”, acrescentou. “Vamos dar aos nossos Leões a oportunidade de servir, não apenas à comunidade, mas também à nossa Associação. Vamos dar oportunidade a que sirvam como dirigentes em nossos clubes, para que possam assumir outras funções no distrito, até serem Diretores e Presidente. Isso faz parte da satisfação do associado. Associados felizes não vão embora.” Completou Douglas Alexander: “Que tenhamos diversão em nosso clube e em nossas atividades de serviço. Se vocês não estiverem se divertindo, alguma coisa está errada. Nós não temos um problema de afiliação, temos um problema de retenção”. O Presidente encerrou agradecendo por ter sido convidado para a comemoração dos 70 Anos de Leonismo no Brasil. “Estou aproveitando muito minha estadia aqui. Espero poder passar mais tempo numa próxima vez.”

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O Presidente do Conselho do DMLC, José Gomes Duba das Chagas, começou sua participação destacando que 87 % dos clubes do Distrito Múltiplo LC reportaram suas atividades. E depois lembrou o início de sete décadas de histórias fantásticas do Lions. Conta ele: “A jornada da Associação na América do Sul começou, na verdade, com a fundação do Clube de Leões de Lima, no Peru, pelo primeiro Leão peruano, Gustavo Eguren, em 1944. Foi um clube que não teve padrinho. Mais tarde, o Leão cubano Nivaldo Navarro Jorge, que morava nos Estados Unidos, foi indicado como Delegado Internacional do Lions e veio fomentar seu desenvolvimento, iniciando pelo Clube de Leões de Santiago do Chile. A partir daí, o Lions chegou ao Uruguai, com Pedro Ferro, e daí para o Brasil com Armando Fajardo, amigo de Pedro. Tem sido, desde então, 70 anos de glória e sucesso! Hoje somos mais de 1.500 Lions Clubes em todo Brasil. Com aproximadamente 40 mil associadas e associados”. Encerrando o evento, o companheiro João Roberto Moreira Alves falou sobre o Curso de Pós-Graduação em Desenvolvimento da Liderança, em parceira com o Centro Universitário São José, que conta com participação de companheiros de todo o Brasil e 3 países da América Latina. E aproveitou a ocasião para que fosse entregue o Certificado de Conclusão ao aluno da primeira turma, Diretor Internacional Marciano Silvestre.

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Simpósio Causas Globais https://youtu.be/9YA09X5AXzs


Lions 70 anos

Jantar comemorativo no Restaurante Assador Rio’s

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O Presidente Internacional reconhece o serviço leonístico de Eliane Werneck Canabrava e Iria Lucia Brasiliense Leite, presidente da AGDL – Associação dos Governadores do Distrito Múltiplo L.

Reconhecimento para o mais jovem Leão presente – Michel Leichsnering Mendes, Lions Clube Niterói Fonseca (Distrito LC 11).

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Ponto de Vista

Texto publicado em parceria com o Boletim Sustentabilidade Fiesp/Ciesp.

Indústrias têm projeto ousado para 2 milhões de alunos Por Rafael Cervone Engenheiro e empresário, presidente do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP). Um estudo recente feito com 21 mil alunos das escolas públicas paulistas mostrou que as deficiências do ensino no período da pandemia nos trouxeram um impacto equivalente a 7 anos de retrocesso na educação de crianças e adolescentes. Um verdadeiro “apagão educacional”. A notícia foi um banho de água fria para todos nós do Ciesp, que tanto idealizamos e trabalhamos por um futuro melhor, não só para a indústria, mas também para o país. Este imenso desafio que aflige a nós e nossos jovens, bem como a forma como lidamos com ele, é um exemplo prático sobre a função do S na sigla ESG* (Enviromental, Social and Governance), cada vez mais difundida como uma linha das boas práticas que devem ser adotadas pelas melhores marcas do mundo. Falar em ESG não é olhar apenas para a questão ambiental. O conceito de “S” ou “Social” é bastante amplo e vai desde a valorização da saúde e segurança dos nossos colaboradores, até o comprometimento com a defesa contínua dos direitos humanos e o respeito às leis trabalhistas, passando pela proteção de dados e privacidade, mas também dando atenção à melhor forma de trabalharmos com a inclusão social, levando em conta a diversidade cultural, de gênero e de idade. Mas este princípio também engloba o relacionamento com o nosso entorno e com a sociedade. Adotar causas sociais em que acreditamos e que façam a diferença para a sociedade fortalecem o nosso “S”. Retomando o problema do déficit escolar acelerado devido à pandemia, temos a educação como um exemplo perfeito neste quesito. Apesar de haver políticas públicas sobre o tema, sabemos das lacunas profundas e históricas ligadas à educação das nossas crianças e jovens brasileiros.

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No Estado de São Paulo, por meio da estrutura de nossas escolas da rede Sesi, temos formado 97 mil alunos num universo de 6 milhões de estudantes paulistas. É importante dizer que, desde os tempos da gestão Paulo Skaf, também apoiamos a rede pública de ensino com investimentos em estrutura e professores. Mas profundamente tocados pelo quadro atual, concluímos que podemos e devemos fazer muito mais. Dessa forma, em conjunto com a Fiesp, decidimos implantar um novo projeto ainda mais ousado, envolvendo Sesi e Senai, para apoiar o poder público em ações efetivas e neste grande esforço coletivo para tentarmos reverter este terrível gap.


Nos reunimos com respeitadas fundações voltadas à educação, como a Ayrton Senna, Roberto Marinho, Lemann, Natura e Boticário, para traçarmos ações conjuntas. Nossa meta é alcançar 2 milhões de alunos em dois anos. A família Marinho nos cedeu o professor Wilson Risolia, que hoje veio para a estrutura Fiesp/Ciesp justamente para coordenar este grande projeto em conjunto com a direção do Sesi e do Senai. Risolia estava à frente da Secretaria de Estado da Educação do Rio de Janeiro, quando o estado fluminense conseguiu um avanço importantíssimo, passando de penúltimo lugar para o 3º lugar no ranking de educação nacional em um período de dois anos. Cito estes detalhes todos apenas para demonstrar o tamanho do nosso envolvimento com o projeto e o quanto acreditamos nesta causa. Trata-se

absolutamente imersas no contexto de vida da nossa população. Não há como separar as coisas, nem como nos omitirmos. Todos os déficits sociais impactam, ainda que indiretamente, no nosso próprio crescimento como indústria. Não é possível não nos sensibilizarmos com o fato de que os problemas no nosso entorno nos afetam e também à sociedade. Desenvolver um olhar social e liderarmos um audacioso projeto de mudança tem a ver, sim, com reputação, com princípios ESG e competitividade no mercado, mas também com uma forma corajosa, ainda mais colaborativa e transformadora de nos engajarmos e influenciarmos agora nos caminhos que o planeta trilha.

de algo mais elaborado e profundo, que foge ao senso comum de efetivar doações com o cunho assistencialista, o que tem sido bastante questionado quando falamos em projetos de Responsabilidade Social.

(*) A estratégia ESG (em tradução livre, significa Ambiental, Social e Governança) reúne um conjunto de critérios que os investidores observam em uma empresa: o que ela faz pelo meio ambiente, sua relação com os colaboradores e partes envolvidas, e as questões administrativas, éticas e de transparência.

Lembro aqui também que ao nos envolvermos com este tipo de causa, sem sombra de dúvida, estamos alinhados com os anseios do mundo, dos nossos consumidores e investidores. Uma pesquisa global McKinsey mostrou que 97% dos entrevistados esperam que as marcas ajudem a solucionar problemas sociais. Mas é muito mais. Tudo isso também tem a ver com inteligência e sensibilidade. Nossas indústrias estão

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Ponto de Vista

Economia Solidária no Brasil uma forma diferente de se praticar atividade econômica e de se relacionar socialmente Por Luigi Verardo Formado em Filosofia pela USP e Mestre em Educação pela UNICAMP, é um dos fundadores do Fórum Brasileiro de Economia Solidária. Fez parte de sua Coordenação Nacional durante os 10 primeiros anos de sua existência. Anos atrás alguém perguntou para a antropóloga Margaret Mead o que ela conhecia como a mais antiga manifestação de civilização. Ela simplesmente disse que foi a descoberta de um fêmur quebrado e cicatrizado há 15 000 anos. Quebrar esse osso da coxa levaria à morte, a não ser que a vítima tivesse contado com a ajuda de outras pessoas para comer, beber, se proteger. Ela destacou esse achado como sendo o primeiro sinal de civilização da história. Eu arrisco dizer que é também o primeiro sinal de solidariedade humana. Práticas solidárias, colaboração, trocas e comunicação estão na base da sobrevivência humana na face da Terra. Essas qualidades permitiram nossa convivência e desenvolvimento.

A proposta de Economia Solidária nasceu como uma resposta às relações econômicas e sociais tão sem alma, tão plenamente materializadas na forma de mercadoria, como predominam no mundo presente. Por conta disso dizemos que Economia Solidária é uma reação a uma situação em que a solidariedade nunca esteve tão ausente, apontando uma nova perspectiva de sociedade e de vida. Nascimento da Economia Solidária Como reação e em contraposição às reuniões anuais do Fórum Econômico Mundial, foi realizado o I Fórum Social Mundial em janeiro de 2001, em Porto Alegre – RS. Participaram 16 000 pessoas vindas de 117 países! Conferências e oficinas com a bandeira “Um Outro Mundo é Possível” suscitaram acalorados debates. Ficava clara a necessidade de um mundo sem fome, fraterno, com mais justiça econômica e social. Entre as atividades de troca de experiências, debates e reflexões, chamou a atenção a presença de 1.500 pessoas na oficina denominada “Economia Popular Solidária e Autogestão” onde se tratava da auto-organização de trabalhadores, de políticas públicas e de perspectivas

Poderíamos apontar a ocorrência de muitas práticas solidárias antes do período capitalista. No Brasil relações sociais marcadas pela solidariedade ainda estão presentes em diversas etnias indígenas, em algumas comunidades remanescentes de quilombos e até em algumas tradições (cada vez mais raras) do mundo agrícola. Com o avanço do sistema econômico e social capitalista outros valores passaram a predominar. A Economia Solidária resgata aqueles valores anteriores e apresenta uma forma diferente de se praticar atividade econômica e de se relacionar socialmente.

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Feira Internacional do Cooperativismo que se realiza regularmente no Centro de Referência da Economia Solidária de Santa Maria (RS).


econômicas e sociais de trabalho e renda. Esta expressiva manifestação de interesse no tema apontou a necessidade de articulação nacional e internacional, resultando na formação do Grupo de Trabalho Brasileiro de Economia Solidária (GTBrasileiro). O trabalho do GT-Brasileiro foi decisivo na construção da identidade do campo da denominada “Economia Solidária” dando unidade acima das diferentes organizações e diversidades regionais. A partir daí a Economia Solidária espraiou-se pelo país a ponto de se constituir como a maior organização de economia solidária no mundo. Em mapeamento nacional realizado em 2012 pudemos relacionar 22 000 empreendimentos econômicos solidários e hoje estima-se que este número chegue perto de 30 000. Além dos empreendimentos somam-se centenas de entidades de assessoria e uma rede de gestores de políticas públicas de economia solidária. O que caracteriza a Economia Solidária? 1) O fato de seus empreendimentos serem organizados de forma coletiva (são consideradas as organizações suprafamiliares, as associações, cooperativas, grupos de produção, clubes de troca, empresas autogestionárias). Abarcam atividades econômicas de produção de bens, de prestação de serviço, de fundos de crédito, de comercialização e de consumo solidário; 2) Os participantes desses empreendimentos devem exercer coletivamente a gestão democrática das atividades e partilhar dos resultados alcançados; 3) Busca-se sempre uma articulação em rede local ou regional dos empreendimentos visando o fortalecimento e desenvolvimento da Economia Solidária. Destacamos que a gestão democrática pressupõe a existência de razoável grau de autonomia nas decisões coletivas, o que a associa à denominada “autogestão”. Isso requer um investimento permanente no processo de desenvolvimento pessoal e coletivo. Promover

Lavanderia 8 de Março, em Santos (SP). Já passaram por esse empreendimento econômico solidário mais de 70 pessoas. São mulheres que conseguem autonomia financeira, mediante fortalecimento emocional e mudança cultural, participando de movimentos sociais nos quais adquirem consciência crítica sobre questões de gênero, raça e sistema econômico.

capacitação profissional (para saber fazer e responsabilizar-se pelo que se faz) é tão necessário para a sobrevivência do empreendimento ou da entidade quanto o é promover o amadurecimento dos trabalhadores para as novas relações de trabalho e de vida. Isto é, mais do que ministrar informações (que, aliás, são muito úteis), necessário se faz um trabalho incessante que envolve questões relacionadas à esfera de valores. Comumente somos educados para o individualismo e competitividade. Desde criança ouvimos coisas do tipo: “Concorrência é a alma do negócio”, “farinha pouca, meu pirão primeiro”, “amigos, amigos... negócios à parte”. Nas famílias, nas empresas, nas escolas, nos meios de comunicação, nas atividades esportivas promovem-se a competição e o individualismo. Diante disso, há a necessidade de “desfazer a cabeça” para visualizar novas possibilidades e ter disponibilidade (abertura) para a construção de novas práticas de cooperação e solidariedade. Assim, a constituição de projetos solidários pressupõe um incessante trabalho crítico tanto no sentido de negar (na teoria e na prática) o que se quer superar, quanto no de construir o novo que se propõe. É um esforço que vale a pena, que direciona para um outro mundo possível!

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Convenção

A Convenção do Reencontro Toda Convenção, assim como todo evento de Lions, segue um protocolo e um programa padrão. Mas o que realmente torna a Convenção uma experiência significativa e inesquecível é o que acontece nas almas e corações que se encontram, nas conversas animadas, na convivência descontraída e calorosa. Esta Convenção do Reencontro, tão adiada e ansiada desde o auge da pandemia, foi um marco na história do Distrito Múltiplo LC. A proposta era retomar com alegria e força o companheirismo que nos define. E isso foi plenamente conseguido graças ao esforço do Colegiado Transformação, presidido pelo companheiro José Gomes Duba das Chagas, que perdeu noites de sono na preocupação

O Colegiado Transformação, presidido por José Gomes Duba das Chagas.

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de oferecer o melhor. Graças também à equipe coordenada pela companheira Vilma Raid Fernandes, que colocou toda sua expertise a serviço da organização do evento. E graças aos Leões que puderam comparecer, renovar seu encantamento com o movimento, se abraçar, rir, chorar de emoção e celebrar as conquistas de mais um ano difícil. Nossa intenção foi registrar em imagens a história vivida, para tentar transmitir o espírito de alegria e entusiasmo que reinou naqueles três dias. Destacamos, a seguir, os pontos “fora da curva” do protocolo e da programação: a emoção à flor da pele, a sabedoria transmitida, o brilho nos olhos e o calor humano. Que essas imagens sejam um convite para a presença de todos no ano que vem.


A equipe responsável pela organização da Convenção, sob coordenação de Vilma Raid Fernandes.

O ambientalista, motociclista, ciclista e aventureiro brasileiro, Zé do Pedal, é 2.º Vice-Governador eleito do Distrito LC 12.

O patrono da Convenção, Antonio Carlos Bittar, fez um pronunciamento cheio de emoção.

Manoel Messias Mello, candidato endossado a Diretor Internacional, agradeceu emocionado a honra de representar a Área III, e falou sobre amor ágape e humildade.

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Certificados de Apreciação do Presidente Internacional entregues pelo 3.º Vice-Presidente Internacional.

Depois do Desfile, a hora da descontração.

Maria Celeste A. das Chagas, feliz com a homenagem do Colegiado Transformação.

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Jackie Millen concentrada em sua tarefa de apoio imprescindível à Mesa Diretora.


Convenção

Saudação à Bandeira Nacional escrita e apresentada pela ex-Governadora Margareth Lucia A. Lopes das Neves na cerimônia de abertura da 23ª Convenção do DMLC. Salve, querida bandeira nacional do meu país! Minha saudação é dirigida a tudo o que representas e não apenas a um símbolo sem vida, pois vejo muita vida em tuas cores. O verde que retrata, embora muito destruídas, as nossas matas. As imensas florestas de todas as regiões desta terra em que a mão do Criador soube ser bondosa, espalhando abundância e variedade vegetal, medicinal, de cores e formas. Florestas habitadas por milhares de pássaros cheios de movimento, música e alegria! Florestas, porém, a cada dia menores pela ganância do homem. Salve, pavilhão querido de minha terra natal! Meu rico país! O amarelo do ouro, metal padrão internacional de reserva, que aqui já foi motivo de exploração e destruição! Infelizmente, minha bandeira nacional, também teu amarelo não é mais aquele de outrora. Poucas mãos desbotaram teu amarelo que muitos olhos gostariam de contemplar. Perdão, bandeira nacional! Salve, símbolo grandioso do meu povo! Teu azul era o céu deste país. Céu cada dia mais embotado pela ganância, pela poluição e pela morte. Não respiramos mais ar puro, cheio de oxigênio, bandeira querida, não tens culpa. Nós somos os malvados, que trocamos a qualidade de vida pela quantidade de moedas. Que ledo engano! Salve, bandeira nacional, retrato de nossas tradições, nossa cultura, nossa trajetória! Teu branco, que deve simbolizar a paz entre os brasileiros, ficou menos branco pelas enormes distâncias sociais, econômicas e culturais dos teus filhos. Nós, os brasileiros de todos os recantos deste que ainda será um grande país, precisamos dar um basta a tudo o que te machuca, querida bandeira,

e fazer com que representes, deveras, um país sério, honesto, justo, democrático. Ao trabalho, pois. Em reconhecendo nossos erros e os erros dos nossos concidadãos, estamos reiniciando uma nova caminhada rumo ao progresso para todos, em direção à melhor qualidade de vida para cada brasileiro. Salve, bandeira nacional! Sempre nos orgulhamos da pátria que nos viu nascer e onde queremos viver felizes por muitos anos! Salve!

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Convenção

Fabrício sacudiu a Convenção! O 3.º Vice-Presidente Internacional, o brasileiro Francisco Fabrício Oliveira, trouxe à Convenção importantes ensinamentos, notícias da Diretoria Internacional e, de quebra, agitou os convencionais com uma iniciativa fora da caixa. A IMPORTÂNCIA DA CAPACITAÇÃO DE PRESIDENTES DE CLUBES “A fidelização depende hoje muito mais do Presidente de Clube do que do Governador de Distrito. O Governador vai inspirar, vai motivar, vai dar caminhos para que o líder do clube faça o seu melhor. Nem sempre temos Presidentes preparados. É um desafio muito grande liderar um clube, seja de que tamanho for. Por isso nós precisamos capacitar cada vez mais os nossos Presidentes de Clube, não apenas durante o seu mandato, mas sobretudo antes de assumirem. Isso é feito no Distrito LA 5 há mais de 20 anos e tem dado resultado. Claro que enfrentamos desafios, mas é um Distrito que sofre menos do que os outros. Nós capacitamos nossos Presidentes de Clubes internando-os durante 2 dias com despesas de alimentação e hotel custeadas pelo Distrito, tanto para participantes como para palestrantes. Isso não é custo, é investimento.”

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HÁ RECURSOS PARA APROVAR MUITOS PROJETOS “Até 26 de maio de 2022, o Distrito Múltiplo LC recebeu US$ 7.751.805 em subsídios de LCIF. De sua parte, o DMLC contribuiu com 3.236 títulos de Companheiro de Melvin Jones e mais 174 títulos de CMJ Progressivo, tendo ultrapassado cerca de US$ 4 milhões de doações à Fundação. Portanto, o Distrito recebeu praticamente o dobro do valor doado.” “Nós temos recursos para muitas ações que vocês podem desenvolver. Na última reunião do Conselho Curador de LCIF, foram aprovados apenas 3 projetos para os 78 Distritos da Área III. Por isso nós queremos criar consciência em vocês. Todos os Distritos podem ter projetos em andamento e, ao mesmo tempo, outros já engatilhados para serem apresentados. Muitas vezes achamos que fazer uma rifa, um bingo, é mais fácil, mas dá um trabalho danado buscar uma quantia às vezes insignificante quando nós temos valores significativos à disposição de todos os Distritos. Cabe a vocês selecionar os melhores projetos. E eu estou lá para apoiálos. E a partir do próximo ano, o Messias estará lá para somarmos forças e aprovar todos esses


projetos. Mas quero chamar a atenção para que preparem projetos que tenham envolvimento dos Leões. Não preparem projetos para receber o dinheiro, entregar e sair de perto. Nossa Fundação quer os Leões sendo parte tanto da elaboração como da execução.” ARRECADAÇÃO RELÂMPAGO Ao final de suas palavras como Orador Oficial da Convenção, o 3.º Vice-Presidente Fabrício literalmente levantou a plateia. Destacou que a Campanha 100 atingiu sua meta global, mas que a Área Jurisdicional III chegou a apenas 62 %. Decidido a colaborar para que a área atinja 80 %, ele convidou e desafiou os líderes e convencionais presentes a se comprometerem com a doação de mais títulos de Companheiro Melvin Jones. Após alguns minutos de motivação e entusiasmo coletivo, muitos Leões se levantaram, oferecendo 82 títulos compromissados!

ALGUMAS RESOLUÇÕES DA DIRETORIA INTERNACIONAL (Havaí, abril de 2022) CRIAÇÃO DE NOVOS CARGOS “Nós ainda continuamos não fazendo marketing, continuamos guardando a sete chaves o que fazemos. Mas a mídia está interessada em notícia que gere expectativa, interesse. Por isso foi criado o cargo de Assessor de Marketing para Distrito e Distrito Múltiplo. Foi criado também o cargo de Coordenador Global de Extensão, que vai fazer parte da Equipe Global do Distrito e será mais um membro da Equipe GAT. Ambos os cargos passam a ser implementados a partir de 1.º de julho de 2022.” REALIZAÇÃO DO 3.º INSTITUTO DE LIDERANÇA “Em cada área jurisdicional será realizado anualmente mais um Instituto de Liderança Leonística, com uma alocação adicional de US$ 500.000 ao orçamento de Desenvolvimento de Liderança para 2022/2023. Cada área terá, portanto, três Institutos por ano.” INVESTIMENTO DE US$ 10 MILHÕES EM INFORMÁTICA “Os sistemas de Lions Internacional e da Fundação serão integrados para que os Leões tenham mais facilidade no acesso às informações e para que haja maior segurança dos dados.”

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Convenção

Desfile Leonístico

ASSISTA usando os QR Codes ou os links:

Desfile completo https://youtu.be/MbYM8jeAKlM

Desfile (dispersão) https://youtu.be/5su9ET-51dg

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Convenção

Eleição Com a organização apurada da Comissão de Eleições, presidida pelo ex-Presidente de Conselho Eduardo Jacob, e a colaboração dos 204 delegados, o processo eleitoral transcorreu em apenas uma hora e meia. Proclamados os resultados, os eleitos para o Conselho de Governadores foram aclamados pela plateia: Presidente Sérgio Yukishigue Chiyoda, 1.º Vice-Presidente Rubens Mesadri e 2.ª VicePresidente Carmen Lúcia Redoan.

Relatório da Comissão de Eleições.

Presidente eleito do Conselho de Governadores, Sérgio Chiyoda.

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1.º Vice-Presidente eleito, Rubens Mesadri.

Processo eleitoral ágil.

2.ª Vice-Presidente eleita, Carmen Lúcia Redoan.

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Convenção

Vencedores do Concurso de Fotografia do DMLC

1.º LUGAR – “Pássaros” foto de Arthur Paciello Constancio Leo Clube de Taquaritinga Distrito LC 6

2.º LUGAR – “Bem-vindo ao banquete” foto de Francisco Xavier da Silva Lions Clube Guarulhos Maia Distrito LC 5

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3.º LUGAR – “Pôr do sol” foto de Vanessa Ferreira Wrobleski Lions Clube Cerquilho Distrito LC 2


4.º LUGAR – “Verde é vida!” foto de Élia Maria dos Santos Lions Clube Divinópolis Candidés Distrito LC 4

5.º LUGAR – “Magnitude divina” foto de Rosangela de Paula Lions Clube Chapadão do Sul Distrito LC 8

6.º LUGAR – “A beleza natural da Gruta Nossa Senhora de Lourdes” foto de Sebastião Martins de Oliveira Lions Clube Caratinga Centro Distrito LC 12

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Convenção

Baile dos Governadores

Colegiado Transformação

Casal Presidente do Conselho, José Gomes Duba das Chagas e Maria Celeste Azevedo Chagas, conduzindo o Colegiado Transformação.

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3.º Vice-Presidente Internacional, Francisco Fabrício Oliveira e Amariles Oliveira.

Candidato endossado a Diretor Internacional, Manoel Messias Mello e Sandra Mello.

Diretora Geral da Convenção, Vilma Raid Fernandes e Jarbas Fernandes Soares, com Francisco Maurício Gomes da Silva, Assessor do Concurso de Fotografia.

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Distritos em Serviço

LC 1 Governadora Vera Maria da Costa Mota Assessora para a Revista: Eliane Canabrava | (21) 99708-8142 elianecanabrava@yahoo.com.br

ENTUSIASMO E ORGULHO COMO NO PRIMEIRO DIA MAURO LÚCIO GUEDES WERNECK tem 86 anos e entrou no Lions em 1964, como fundador do Lions Clube Rio de Janeiro Grajaú. Em 2001, foi para o LC RJ Sernambetiba, como fundador e padrinho físico. “O que me encanta no Lions é o cuidado em ser útil às pessoas mais necessitadas e o prazer de tornar desconhecidos em companheiros e amigos. E desde a fundação de LCIF (Fundação Lions Internacional), me encanta a possibilidade de estarmos presentes rapidamente nas catástrofes em qualquer parte do mundo, enfrentando desafios grandes demais para um só clube ou distrito. Isso sempre destaquei aos meus mais de 50 afilhados no Leonismo. Muito me marcou a parceria com a Federação das Pessoas Vulneráveis da República Popular da China, vencendo as resistências de um país comunista à atuação de um clube de serviço. Foi marcante também a campanha vitoriosa pelo ingresso da mulher como associada, e ver seu crescente protagonismo em nossa associação. O Leonismo é a minha vida. Ingressei com 28 anos (e minha Domadora, Regina, com 25), com 3 filhos pequenos; agora, somos 19 na família. Vivi o Leonismo com grande intensidade em nível nacional e internacional. Construí grandes amizades, vivi coisas inesquecíveis, no Brasil e no mundo. Como Diretor Internacional e nas equipes de dois Presidentes Internacionais, conheci, especialmente na América Latina, obras fantásticas (hospitais, escolas, centros de convivência) que me deram muito orgulho de pertencer a essa organização gigantesca, presente em dezenas de milhares de localidades, mantendo o mesmo espírito do servir desinteressadamente. Certa vez, no Chile, fomos negociar uma visita a uma pinguinera. O motorista, vendo meu escudo de Lions, elogiou: ‘Os senhores fazem um serviço extraordinário!’. Fiquei orgulhoso e perguntei qual serviço. Ele disse: ‘Aqui todos conhecem o Lions e sua clínica de reabilitação para deficientes físicos’. Mudei de ideia e quis conhecer a tal clínica. Era completa, com aparelhos especializados e dotada até de um miniônibus para transporte dos deficientes. Os serviços prestados pelo clube eram de tal qualidade que o Governo do Chile o havia credenciado para dar assistência aos deficientes físicos de todo o sul do país, com remuneração pela tarefa.”

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LC 1 O LIONS ME TRANSFORMOU NUMA PESSOA MELHOR MARILIA SIMÕES FERNANDES DA SILVA tem 78 anos e entrou no Lions em 1980, como Domadora no Lions Clube Rio de Janeiro – Mater Clube do Brasil. Já como Companheira Leão, foi fundadora do LC Rio de Janeiro Cidade Maravilhosa, em 1994, e do LC RJ Carioca, em 1999, seu atual clube. Quando iniciou sua caminhada leonística, o que a encantou foi a proposta do movimento de encorajar as pessoas a servirem suas comunidades, sem recompensa financeira. Mas, ao longo do tempo, seu coração foi conquistado por um jeitinho especial do Lions: o companheirismo entre os associados, que cria vínculos de amizade, compreensão e trabalho solidário. Nessa jornada, um evento permanece vivo em sua memória: “O que mais me marcou foi um projeto realizado com alunos de 7.º ano na Fazenda Água É Vida. Eles vivenciaram a educação inclusiva com uma experiência no Jardim dos Sentidos, no Distrito de Pedro do Rio, em Petrópolis. De olhos vendados, puderam sentir as sensações de uma pessoa com deficiência visual, preparando-se para ajudar o próximo. Em 42 anos de Leonismo, o movimento representa para mim a consciência de que servir e ser solidária me transformaram numa pessoa melhor. Por isso, para quem se sente atraído pelo Lions, digo que participar do Lions significa Ressurgimento, Harmonia e Encantamento para o crescimento espiritual do ser humano. Em minha opinião, o legado do Lions para a comunidade é a sensação do dever cumprido e a certeza dos resultados num trabalho humanitário que completa nossa existência no mundo.” Como inspiração, ela nos conta uma história de serviço: “Quando fui Domadora do Mater Clube do Brasil, promovia e organizava eventos, festas e encontros comemorativos, onde Leões que eram grandes empresários, já idosos, ficavam nas barracas de exposição, convencendo com entusiasmo os convidados a adquirirem seus produtos. A renda era destinada ao projeto Alívio à Fome. Foram momentos de muita alegria, que contagiava a todos!”

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Distritos em Serviço

LC 2 Governadora Rosa Maria Marchi Macedo Assessora para a Revista: Eunice Junqueira | (11) 99442-2608 eunicejunqueira@gmail.com

DESENVOLVIMENTO COMO SER HUMANO E CIDADÃO JÁCOMO SPAMPINATO NETO tem 83 anos e entrou no Lions em 1978. Foi associado fundador do Lions Clube São Paulo Campos Elíseos, onde permanece até hoje. “Servir ao próximo desinteressadamente foi o que chamou minha atenção ao me associar, e até hoje me encanto com o companheirismo e o grande ‘Capital Social’ que o Leonismo gera, bem como os serviços em prol das pessoas mais vulneráveis. O que mais me marcou nesses anos de Lions foi a oportunidade de me desenvolver como ser humano e cidadão através dos treinamentos e ensinamentos programados pelo Lions Internacional para desenvolvimento de liderança, além de ter aprendido muito como assessor de todos os Governadores(as). Por isso, o Lions representa um enorme aprendizado em minha vida. Orientei e fundei dois clubes: Lions Clube São Paulo Vila das Mercês e LC SP Nova Lapa. Ao convidar meus 18 afilhados, atuantes e apaixonados por Lions, eu sempre disse: ‘Venha participar do maior e mais respeitado clube de serviços do mundo. O Lions tem um legado de inclusão social, respeito a valores, como civismo, cidadania, amparo aos vulneráveis e respeito ao ser humano’. Uma das ações mais emocionantes e significativas feitas pelo nosso clube foi o Curso de Alfabetização de Adultos, que proporcionou, por 15 anos, novas perspectivas para pessoas da comunidade e até hoje nos enche o coração de alegria, pois uma ex-aluna se formou como Bacharel em Direito. Um dia inesquecível em minha vida leonística foi quando apadrinhei minhas queridas esposa e filha como Companheiras Leão e, no mesmo dia, recebi o honroso título de Companheiro de Melvin Jones, compartilhando esta alegria com meus amigos do clube, afilhados e familiares. Nestes 70 anos de Leonismo no Brasil, vivi durante 44 anos esta história de amor ao servir. Aprendi sobre o ser humano, aprendi a olhar sem julgar e estender a mão a quem necessitava. Tenho muito ainda a aprender, a trabalhar e a viver em plenitude o Leonismo. Gratidão por receber este maravilhoso convite da CaL Eunice Junqueira e poder dividir com vocês um pouco da minha paixão chamada Lions.”

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LC 2 TODO DIA É DIA DE MISSÃO CUMPRIDA WILMA PAOLIERI VIEIRA tem 91 anos e entrou no Lions em 1973. Começou no Lions Clube São Paulo Santana como Domadora de Wilson Negrão Vieira e, após seu falecimento, se tornou Companheira Leão para continuar a participar do Lions. “Inicialmente, como professora, fiquei maravilhada com a filosofia do movimento leonístico e com o protocolo. O Código de Ética, a Oração pelo Brasil e o Hino à Bandeira nas reuniões me comoveram muito. Nada mudou para mim até hoje. Tudo sobre o Lions me apaixona. Claro que o movimento se modificou, como toda organização, mas continua com pessoas de boa vontade, capazes de doar seu tempo em benefício da comunidade. Como Domadora, procurei sempre apoiar meu esposo nos diversos cargos por ele assumidos, inclusive de Governador do Distrito LC 2. Como associada, fui eleita a primeira Presidente mulher do Clube, e encontrei forças com o slogan ‘Ajude a difundir a alegria de viver’. Ao convidar alguém a se associar, é indispensável mostrar que nosso propósito é estarmos presentes onde houver necessidade, porque não se pode deixar todos os problemas à responsabilidade do poder público. Deixar bem claro que, nas reuniões, as discussões levam a ideias e objetivos comuns, e os resultados são sempre positivos, pois o companheirismo e a união são fatores importantes dentro de um clube. Viemos para servir, e não para sermos servidos. Legado para mim é a soma de experiências, aprendizados e tarefas que causam impacto na vida humana, por termos feito o bem ou ter administrado a execução do bem. Nesses 49 anos de vivência leonística, destaco meu trabalho com os Clubes de Mães, iniciados graças às queridas Nely Carone, Eunice Bonitatibus, Lídia Naufal e Elza Naufal. Foi um trabalho enaltecedor e brilhante no Distrito LC 2 pois, com dedicação e solidariedade, conseguíamos grandes feitos que duram até hoje. Conheci mulheres que chegaram a sustentar suas famílias com os trabalhos produzidos nos Clubes de Mães. Depois de exames, encaminhamos para tratamento pessoas com altíssimas taxas de diabetes. Crianças com problemas de visão foram direcionadas para procedimentos ou receberam óculos corretivos. Essas histórias de sucesso muito nos animam a continuar, para sempre afirmar, dia após dia: missão cumprida!”

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Distritos em Serviço

LC 3 Governador Sérgio Luiz Magri

Assessor para a Revista: Antônio Eduardo Francisco | (19) 99782-1115 eduardo@ciesplimeira.org.br

ALEGRIA DE GURI GREGORIO FAZZIO NETTO tem 87 anos e entrou no Lions em 1972. Está no Lions Clube Botucatu desde o início e tem presença de 100%. “Fiquei encantado com o serviço do Lions em prol da comunidade. Senti o desafio dos Leões, que não hesitavam em ajudar hospitais, asilos, creches, escolas e outras instituições. Outro ponto foi o grande companheirismo que existia. Ainda me encanto quando vejo que o trabalho inicial continua até nos dias de hoje. E que, com o tempo, fui conquistando novas amizades com companheiros dos mais diversos clubes deste e de outros distritos, e até em outros estados do Brasil. Nesse tempo todo, o que me marca é o trabalho bom que realizamos em campanhas e atividades do clube, estando sempre ao meu lado minha Domadora Isabel, para continuar sendo bom Leão. O Lions representa para mim a satisfação de poder ajudar o próximo e viver no meio de bons amigos, tanto assim que trouxe pessoas da minha família para sentir essa agradável sensação. Ao convidar mais alguém a se associar, eu repetiria as palavras de sempre, as palavras que disse aos mais de 40 associados que já apresentei ao Lions Clube Botucatu. Falo da criatividade e da dedicação dos Leões e a felicidade de estar ao lado de bons companheiros. As vitoriosas campanhas, dentre as quais destaco Diabetes, Visão, Fome, Meio Ambiente e Câncer Pediátrico, são um legado extraordinário do Lions. Lembro com especial carinho de uma Campanha do Meio Ambiente, em que estávamos fazendo uma ação de limpeza nas margens do Ribeirão Lavapés, retirando o lixo ali jogado indevidamente. Um menino de 4 anos, que passeava com a vovó, ao ver a atuação dos companheiros, insistiu para acompanhar o trabalho realizado. Tanto fez que a avó permitiu que ele acompanhasse os Leões, e ele percorreu uns 300 metros cantando e catando entulhos. Foi grande a alegria de todos com o entusiasmo do guri!”

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LC 3 UM LEGADO MAIOR LUCIA PACINI RICCI tem 79 anos e entrou para o Lions em 1971, como Domadora. Está até hoje no Lions Clube Serra Negra, passando a ser Companheira em 2013. “O que me cativou foi a possibilidade de servir e atender às necessidades dos carentes e a amizade dos companheiros e companheiras. No Lions encontramos verdadeiros irmãos e irmãs. E até hoje admiro o servir sem precisar propagar, fazer o bem desinteressadamente. Quando convido uma pessoa para o Lions, procuro trazê-la para uma reunião, apresento aos companheiros(as) e observo se a pessoa se adapta e se sente bem, faço com que participe. Temos, por exemplo, uma associada que era nossa funcionária na loja e que, desde 1979, nos ajudava. Acabou se tornando Companheira Leão e está conosco até hoje, participando e ajudando. Tenho pensado muito no legado do Lions. Fizemos muita coisa nos 58 anos do nosso clube: uma ala nova para o asilo; uma casa para albergados, entregue ao poder público; a reforma da cozinha do asilo, trocando piso, azulejos, fogões, encanamentos, pratos, talheres e panelas. Mas acho que um legado precisaria ser algo maior, deixar algo na memória da população, que lembrasse, ao passar pelo nosso obelisco, que nesta cidade tem um grupo de homens, mulheres e jovens que trabalharam sempre pelo bem de sua cidade sem esperar nada em troca. Na pandemia, nosso trabalho na Festa das Nações e na Festa Italiana ficou suspenso, mas produzimos em casa mudas de árvores frutíferas e ornamentais e arrecadamos 440 caixinhas de gelatina para o Hospital de Câncer Infantil de Botucatu. Depois de 50 anos de Lions, a história que realmente ficou em minha memória foi a de um rapaz que havia sofrido um gravíssimo acidente de carro. Ele estava no hospital já há algum tempo, e os médicos pediram para que fosse levado para casa. Sua mãe chegou até nós sem esperança, mas ao nosso Banco de Aparelhos Ortopédicos pediu cadeira de rodas, de banho, muletas, tipoias e cama hospitalar. Uns cinco meses depois, esse mesmo rapaz entrou na loja onde guardamos os aparelhos, andando devagar, mas sorrindo, trazendo de volta tudo que usou, muito grato e feliz. Isto me emocionou muito, pois pensamos que não o veríamos mais com saúde e alegria.”

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Distritos em Serviço

LC 4 Governadora Marise Santana de Rezende Assessora para a Revista: Gilca Silva | (38) 99984-0019 gilca3m@hotmail.com

A ESPERANÇA COMO LEGADO ANTÔNIO MENDES DE CASTRO tem 85 anos e entrou no Lions em 1968. Seu primeiro Lions Clube foi o de Corinto. Entre 2000 e 2003 esteve no LC Vespasiano, e então se transferiu para o LC Curvelo. “Buscar servir a terceiros desinteressadamente e o companheirismo reinante foram as razões que me atraíram para o Lions. E o encantamento permanece pela oportunidade de continuar sendo útil, servindo aos mais necessitados. Nesses 54 anos de Leonismo, algumas coisas me marcaram. Ser um dos fundadores do Lions Clube de Corinto; ter apadrinhado o Lions Clube Três Marias quando de sua fundação e a iniciativa para realização do projeto para equipar a Casa de Apoio do Hospital do Câncer de Curvelo, além de adquirir um elevador e ambulância, doados à Convívio (Associação de Convívio com os Portadores de Câncer do Centro de Minas Gerais). Esse projeto foi financiado por LCIF (Fundação Lions Internacional) com a ajuda dos clubes de nossa região à época. Lions, para mim, representa a oportunidade de ser útil à comunidade e às associações carentes de nossa região. Ao convidar alguém para se tornar associado, eu diria que, ao ingressar no Lions, vai se tornar participante de uma associação com respeitabilidade e conceito internacional, onde poderá desfrutar de um verdadeiro companheirismo, o que pode moldar sua capacidade de cada vez melhor servir aos mais necessitados. A esperança é o grande legado do Lions, principalmente para os mais necessitados, que podem sempre contar com o apoio de Lions nas causas humanistas, minorando o sofrimento das pessoas.”

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LC 4

MINHA SEGUNDA FAMÍLIA

MARIA DAS DORES ALESSIO GROSSI tem 80 anos e entrou no Lions em 1970. Sempre fez parte do Lions Clube Belo Horizonte Jaraguá. “A filosofia leonística me encantou desde o início: trabalho social, companheirismo, amizade. O que me encanta ainda hoje no Lions? Tudo! Sou apaixonada pelo movimento e incentivo muitas pessoas a ingressar nesta maravilhosa associação. Quando convido alguém, falo com grande entusiasmo das ações realizadas, do crescimento pessoal e social, dos benefícios que nos traz. Tenho atualmente 12 afilhados. O Lions, para mim, representa vida, considero minha segunda família, dando continuidade ao legado deixado por meu Leão Francisco de Abreu Grossi. Por falar em legado, o Lions oferece à comunidade trabalho social desinteressado, respeito, amor ao próximo, ajuda emocional e financeira e a oportunidade de fazer novas amizades. Tenho ótimas lembranças de várias atividades: confecção de enxovais de bebê para a Maternidade Sofia Feldman e peças artesanais para o Bazar; Caminhada Ecológica no meu sítio com o Lions Jaraguá e Leo Clube Líder; visitas ao Lar da Vovó, nossa obra permanente, as reuniões dos Leos sempre na minha casa e a inauguração do obelisco comemorativo dos 50 anos do nosso clube, com a presença dos companheiros e companheiras, Leos e Leõezinhos. Uma história que muito me tocou aconteceu na entidade Nosso Lar, que abriga jovens com paralisia cerebral. Lá conhecemos uma jovem de 19 anos que não apresentava deficiência até os 11. Gostava de escrever e fazia isso utilizando apenas o dedo indicador e poucos movimentos com a cabeça. Conseguiu assim escrever um livro, em cujo lançamento tivemos a alegria de estarmos presentes com muitos companheiros do clube. Foi um momento de muita alegria para aquela jovem que superou obstáculos e de muita aprendizagem para todos nós.”

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Distritos em Serviço

LC 5 Governador Edson José Lopes das Neves Assessora para a Revista: Lucinda Martins | (11) 99699-1024 lucindammiguel@gmail.com

UM SIMPLES GESTO FAZ A DIFERENÇA LUIZ GONZAGA ZUCARELLI tem 62 anos e entrou no Lions em 1995. Desde o início é associado do Lions Clube Guarulhos Centro. “Fui convidado pelo saudoso Oswaldo Bruneli Brandão a participar de diversos trabalhos do clube. Era nítida a união, a harmonia e a felicidade, e essa alegria e satisfação, escancaradas no rosto daqueles companheiros, me motivaram a querer ser um associado. Quando o companheiro Brandão fez o convite, eu e a minha esposa aceitamos prontamente. O que me impressiona até hoje é a satisfação e a vontade de servir que os companheiros demonstram. O que mais me marcou e ainda marca são as grandes amizades desinteressadas com pessoas que jamais encontraria se não estivesse no Lions. Essa amizade sincera não tem preço. Afora minha profissão e minha família, o Lions praticamente representa o meu dia a dia. Sou apaixonado pelo movimento e praticamente todos os meus amigos são do Lions. Para convidar alguém a se associar, eu diria: ‘Venha para o Lions Clube e, com o seu serviço voluntário, faça a diferença, modifique para melhor a vida de uma outra pessoa’. Um dia, eu tinha ido almoçar com um cliente num restaurante no Tatuapé, em São Paulo. Na saída, ao pegar o carro, percebi que um jovem de 25/30 anos, responsável pelo controle dos veículos, tinha um problema nas pernas e andava com dificuldade, usando uma muleta improvisada. Perguntei o que havia acontecido, e ele me disse que havia sofrido um acidente, mas por não ter emprego registrado em carteira, não tinha benefício previdenciário. Estava ali como freelancer para ‘ganhar o pão’. Perto dali havia uma loja de produtos cirúrgicos. Não tive dúvidas. Fui até lá e comprei um andador, que entreguei ao jovem em nome do Lions Clube. A alegria dele ao receber o aparelho não tem descrição. Não acreditava que uma pessoa estranha pudesse ter feito aquilo, se pessoas mais próximas sequer se importavam com a sua dificuldade. Quis saber o que era Lions, se era algum departamento da Prefeitura, então expliquei a ele o que fazemos e quem somos. Não faço esse relato por vaidade, pois apenas meu clube sabia do ocorrido, mas para demonstrar que os ideais do Leonismo são muito fortes, e um gesto simples faz a diferença na vida de quem precisa.”

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LC 5 HISTÓRIA DE PURO AMOR SONIA APARECIDA RODRIGUES DE OLIVEIRA tem 66 anos e entrou no Lions em 1995. Começou no Lions Clube Diadema Eldorado e está no LC Diadema desde 2003. “Os objetivos do Lions me conquistaram, e ainda hoje me encanto em participar de um grupo de pessoas do bem, com os mesmos propósitos. O mais marcante é o sorriso, a gratidão e a alegria das pessoas quando atendidas de alguma forma. O Lions representa parte da minha família. Sinto-me integrada a uma grandiosa instituição onde conheço pessoas maravilhosas que se tornam amigos para a vida. Ao fazer o convite para um novo associado, eu digo: ‘Venha com a gente, venha contribuir para um mundo melhor’. Um movimento de pessoas altruístas com o lema ‘Nós Servimos’ é um exemplo extraordinário e um grande legado para as comunidades. A história que me emocionou muito foi iniciar uma pesquisa, junto à Prefeitura, sobre as instituições que abrigam pessoas com deficiência intelectual. A esposa do Prefeito, também Secretária de Assistência Social, convocou uma reunião com as entidades sobre treinamento de atletas para as Olimpíadas Especiais. Mas era necessário um profissional de Educação Física de cada instituição e só a Apae Diadema atendia os requisitos. Os Lions Clubes da região do ABCD foram aderindo e, pouco a pouco, organizaram o evento. Graças a Deus e aos bravos associados, patrocinadores, o fotógrafo voluntário Fábio Brandini (cujas fotos do evento rodaram o mundo), o prof. Anderson Lote, coordenador do programa, da Prefeitura de Diadema e Diretoria Social do MESC, foi realizado o 1.º Festival das Olimpíadas Especiais do ABCD. Um sucesso total!!! Teve lanche reforçado para todos, jogos de atletismo cuidadosamente monitorados, apoio de funcionários do Clube MESC na logística e muitos companheiros colaborando. A emoção tomou conta na entrega das medalhas a todos os atletas, sem exceção. Um deles fez um discurso emocionado de agradecimento e homenageou seus pais. No final, foi montada uma discoteca com DJ, comemorando o sucesso do evento. Saímos todos felizes e com um único propósito: o de realizar todos os anos este evento. A pandemia não permitiu, mas não tirou de nós a esperança.”

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Distritos em Serviço

LC 6 Governador Glauber Gomes da Silva Assessor para a Revista: Antônio Douglas Zapolla | (16) 99148-7497 fotodouglas33@gmail.com

LEONISMO DE FAMÍLIA ANTONIO CARLOS BITTAR tem 70 anos e entrou no Lions em 1983. Até hoje permanece no Lions Clube Mirassol, seu clube de origem. “Sou filho de casal fundador do meu clube em 1956, e acompanhava o trabalho realizado pelos meus pais em prol da comunidade. Isso me fez sentir vontade de ser Leão. Até hoje me encanta o trabalho de nossa Fundação Lions Internacional (LCIF) e a organização de nossa associação. Feliz a comunidade que tem um Lions. É marcante para mim o companheirismo existente, as amizades e o conhecimento. Isso nos ajuda em nosso crescimento como pessoa. O Lions me mostrou o quanto é gratificante servir aos mais necessitados, tenho o Lions como minha segunda família. Por isso, convido meus afilhados dizendo: ‘Você está sendo convidado para pertencer à maior família do mundo, pois nunca será abandonado, principalmente nas horas mais difíceis da sua vida. Você está sendo escolhido porque tem perfil de servidor’. Quando entrei no Leonismo nunca imaginei que conheceria tantas pessoas que se tornariam importantes na minha vida leonística e pessoal. Uma destas pessoas é o CL Edgar Antônio Piton, que me ensinou e mostrou o trabalho de LCIF. Desde então me tornei um fanático e hoje faço de tudo que posso para divulgar o trabalho e a importância de nossa Fundação para o mundo, e a minha maior alegria foi que nosso LC Mirassol conseguiu um subsídio de mais de R$ 500.000 para a construção do Núcleo do Autismo em nossa cidade. Não tem preço que pague esse trabalho, essa minha alegria e esse meu contentamento com nosso movimento. Obrigado, Lions Clube, por fazer parte de minha vida e da minha história.”

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LC 6 SERVIR O MELHOR QUE PUDER, ONDE ESTIVER SILMARA FARIAS PEREIRA DE GODOY tem 43 anos e entrou no Lions em 2013. Começou no Lions Clube de Passos e agora está no LC Santa Fé do Sul Estância Turística Cibernético. “Se no início me encantei com a possibilidade de servir sempre, hoje me encanto com a certeza de não ter mais fronteira geográfica para servir, pois estou em um clube cibernético. Uma história incrível me marcou muito. Fizemos um teste de acuidade visual em mais de 300 crianças, de 3 a 5 anos, de um CEMEI onde eu trabalhava. Depois conseguimos alguns oftalmologistas parceiros para os quais encaminhamos as que tinham dificuldades de visão. Uma delas tinha 5 anos e vinha apresentando problemas de aprendizagem, mas ninguém tinha atinado ainda para um possível problema de visão. O médico identificou um problema raro e sério, nos perguntou quem tinha realizado o teste, e tinha sido André Godoy, meu marido. O médico então nos disse que se o problema tivesse demorado a ser identificado, haveria 90% de chance dessa criança ficar cega em menos de 2 anos. Essa fala me fez ter a certeza do caminho certo: servir, servir e servir! Ser Leão é ser a diferença na vida do outro. Ao convidar alguém, eu diria que Lions não é só uma instituição ou um local para se encontrar amigos. É uma escola de vida, para melhorarmos como seres humanos. O legado do Leonismo é o serviço desinteressado, é perceber que não precisa de foto, holofote ou mídia. São formas de divulgação, mas não são, e nunca serão, o mais importante. Quando viemos para o Santa Fé, tínhamos dúvida de como continuar servindo, com associados em lugares diferentes e distantes. Surgiu então o slogan: ‘Servir o melhor que puder, onde estiver’, proposto pelo nosso Leão Orientador Glauber e Alessandra. Deslumbrada, passei a enxergar possibilidades independentes de ajuda. Nós dois plantamos árvores em áreas de preservação, alimentamos animais de rua, criamos grupos de arrecadação de alimentos, doamos cestas básicas, fechamos parcerias com grupos de ajuda social. Com isso, caiu por terra a desculpa de que precisamos de muitas pessoas para uma ação. Um Leão age muito bem em grupo, mas também realiza grandes ações sozinho. Basta boa vontade e a certeza no coração de que podemos ajudar sempre.”

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Distritos em Serviço

LC 8 Governador Hélio Patrício Ruiz Assessor para a Revista: Eduardo Ribeiro | (18) 99690-5401 eduardoribeiroje@gmail.com

VIVER LIONS JOSÉ COSTA tem 74 anos e entrou no Lions em 1971. Começou no Lions Clube Irapuru, passou pelo LC Adamantina e desde 2009 está no Lions Clube Irapuru Caçula, junto com sua esposa Márcia Maria Meneguesso Costa. Ambos foram Presidentes de Clube. José e Márcia se encantaram com o espírito de solidariedade, a vontade de ajudar o próximo e o companheirismo do Lions. O que mais os marcou, em todos esses anos, foi serem agentes e testemunhas de trabalhos comunitários e a gratidão de poderem ser solidários com o mais necessitado. Para o casal, o Lions representa a continuação do espírito fraterno que nasceu dentro da família e uma forma de poder ser grato a Deus por tudo que Ele lhes proporcionou até hoje. A alguém que pensa em se associar, eles diriam que pertencer a um clube de serviço, onde se pode exercer o voluntariado com amor e companheirismo, é retribuir um pouco de tudo que recebemos gratuitamente de Deus – vida, saúde e trabalho. Ao servir em Lions, um sorriso, um abraço, um conselho, uma mão amiga têm o mesmo valor que a doação de uma cesta básica, de uma árvore plantada, de um remédio oferecido ao irmão necessitado e tudo mais que se pode imaginar para o bem do próximo e do mundo de todos nós. Sendo jornalista profissional, José assumiu, desde a fundação do seu clube, a Assessoria de Comunicação. Como colaboração ao movimento leonístico, deixou como legado do Centenário a publicação em literatura de cordel da obra “Lions Clube – Jeito Humano de Servir”, a única publicação em cordel e em língua portuguesa sobre Lions Clube do mundo. Essa obra também foi editada em braile, e os exemplares doados para a Biblioteca Louis Braille, do Centro Cultural de São Paulo. O autor percebeu que, já que os Leões são os “paladinos dos cegos” inspirados por Helen Keller, seria importante que houvesse uma obra de consulta em braile sobre o Leonismo.

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LC 8 CRIANÇAS E JOVENS SÃO UMA FORÇA DINÂMICA DO BEM ROSEMARY PIMENTEL DE SOUZA TAKANO tem 65 anos e entrou no Lions em 1990. Permanece até hoje no Lions Clube Penápolis. “Acompanhando meus pais ainda criança, nas ações como associados do LC de Penápolis, me encantei pela filosofia leonística. Sinto ainda hoje o encantamento da gratidão, de poder ajudar alguém sem saber a quem e me sentir motivada para continuar melhorando a vida das pessoas. Têm sido marcantes para mim o sorriso, a felicidade e a gratidão das pessoas beneficiadas pelo serviço que prestamos sem recompensa financeira. Nossa recompensa é o reconhecimento da comunidade e a conscientização íntima do dever cumprido. Com o desenvolvimento de projetos e atividades conquistamos a credibilidade da comunidade, que está sempre presente colaborando com nossas campanhas. A diferença que faço como Leão, ao servir local ou globalmente, me faz uma pessoa realizada na missão de servir. Sempre valeu a pena. A um potencial associado, eu diria que estará se unindo à maior e mais ativa organização de clubes de serviço do mundo; que a afiliação é um privilégio. Crianças e jovens são uma força dinâmica do bem, e continuamos a servi-los por serem agentes de mudanças nas comunidades e no mundo. Fui convidada para ser colaboradora no Projeto Atirador Mirim, com atividades socioeducativas para alunos de 8 a 11 anos, de ambos os sexos, da rede pública municipal e estadual. O projeto tem como missão proporcionar condições favoráveis para a formação integral das crianças, tornando-as multiplicadoras através da participação em desfiles e atividades cívicas dos atiradores mirins, integrando o Tiro de Guerra e a população. As aulas foram desenvolvidas aos sábados no Tiro de Guerra, estimulando o aprendizado e o desenvolvimento de atitudes sociais positivas: disciplina, hierarquia, respeito ao próximo, ética, cooperação mútua, amizade e cidadania, entre outras. O projeto foi concluído após 5 meses, com diplomação na sede de serviços do LC Penápolis. Me senti, então, realizada, mediando as crianças para se tornarem adultos capazes e cidadãos de bem, com sucesso na sua trajetória de vida. O reconhecimento maior foi encontrar com as crianças, na comunidade, vindo ao meu encontro com sorriso largo e me chamando de a Tia do Lions.”

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Distritos em Serviço

LC 11 Governadora Adélia de Souza Fernandes Assessora para a Revista: Tamara Tostes | (22) 99227-4839 tamaratostes@gmail.com

O NASCIMENTO DOS MUTIRÕES DE SAÚDE LACY FILGUEIRAS DE AMORIM tem 72 anos e entrou no Lions em 1978. Começou no Lions Clube Ipatinga Pioneiro (Distrito LC 12) e agora está no LC Santa Teresa Colibri (Distrito LC 11). “O que me fez entrar para o movimento foi o companheirismo e a prestação de serviços desinteressadamente aos menos assistidos pela sorte. Me encanta até hoje o convívio quase semanal com os companheiros e participar com frequência de projetos para a comunidade carente. É muito marcante a oportunidade de crescimento interno do associado pelos inúmeros cursos disponibilizados e a possibilidade de retribuir esses benefícios com a prestação de serviços a quem precisa. O Lions representa para mim uma segunda família. Entrar para a Associação Internacional de Lions Clubes é um grande passo na vida de uma pessoa. Quem aceita o desafio, passa a ocupar cargos no clube, se esforçando em aprender suas funções, participando de uma verdadeira universidade livre Lions. Em minha opinião, o maior legado do Lions é a possibilidade de os assistidos terem atendidas suas solicitações, pois a diversidade de profissionais nos clubes permite sempre chegar a uma solução. Na década de 80, eu pertencia ao LC Ipatinga Pioneiro e minha esposa Suzana Amorim ao LC Ipatinga Branca Fajardo. Fomos convidados pelo LC Governador Valadares a participar de uma ação comunitária, em que vários associados e outros voluntários realizaram consultas médicas, orientação em higiene dental e corte de cabelos, entre outras atividades. Com o desenrolar daquela ação, várias ideias surgiram e programamos o Mutirão de Saúde na região de Ipatinga, com a participação dos cinco Lions Clubes da cidade. Planejado com antecedência, o evento envolvia alguma escola local, que organizava salas e mobilizava funcionários, pais e alunos. A Polícia Militar assumia a segurança. O curso de cabeleireiros do SESI levava professores e alunos. Advogados, odontólogos e médicos davam consultas e orientações. Voluntários trabalhavam na emissão de documentos e também na cozinha. Foi tamanho sucesso que uma empresa local passou a oferecer apoio logístico, e o evento passou a ser realizado em áreas rurais mais distantes.”

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LC 11 AMIZADES E RECONHECIMENTO NILMA RIBEIRO MOURA tem 77 anos e entrou no Lions em 1974. Começou como Domadora e agora é Companheira Leão do Lions Clube Macaé. “Servir ao próximo é o que sempre me encantou no Lions desde o início. E hoje posso acrescentar o encantamento com as amizades que fiz. O trabalho em nível de clube me marcou muito e quando meu marido, Gumercindo Moura, já falecido, foi Governador de Distrito, adorávamos viajar para conhecer o trabalho dos outros clubes. Então, ao convidar alguém a se associar, eu digo: ‘Vale a pena estar no Lions’. Nossa associação tem deixado grandes obras em nossa cidade. Lembro de uma história que aconteceu há muitos anos. Meu marido precisava receber um dinheiro num banco do Rio de Janeiro. A fila estava gigantesca. De repente, o Sr. Negrão de Lima, Governador do então Estado da Guanabara, o retirou da fila e levou à gerência, que o atendeu imediatamente. É que ele sempre usava um pin do Lions e foi reconhecido como companheiro pelo Governador, que era associado do LC Rio de Janeiro – Mater do Brasil. Outra vez, estávamos em viagem quando nosso carro deu defeito. Tínhamos três filhos pequenos. No restaurante, um companheiro se identificou e nos auxiliou, levando-nos a um mecânico conhecido.”

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Distritos em Serviço

LC 12 Governador Neymar Cardoso Silva Assessora para a Revista: Marlene Matos | (33) 98862-8624 marlenematoslions.assessora@gmail.com

LIONS É UMA AJUDA IMPRESCINDÍVEL JOSUÉ SILVA ABREU tem 77 anos e entrou no Lions em 1981. Até hoje continua prazerosamente no Lions Clube João Monlevade Sobral. “Eu já conhecia o trabalho do Lions na cidade onde morava, por isso o convite para fazer parte desta associação foi decisivo. Ainda hoje muita coisa me encanta, especialmente o trabalho comunitário e humanitário e que é o objetivo de nosso movimento. O Lions, em João Monlevade, é bem reconhecido. O município não faz nenhuma atividade sem contar com a participação dos dois clubes. Recentemente, tivemos uma manifestação calorosa nesse sentido por parte do VicePrefeito e dos Vereadores presentes em nossa reunião distrital. Tive a oportunidade de servir por duas vezes como Governador de Distrito. Isto me marcou muito pelos contatos que fiz. Visitei, individualmente, todos os clubes nos dois mandatos, levando uma boa mensagem e recebendo também muito aprendizado, além de bom companheirismo. Por meu tempo no movimento e meu envolvimento até hoje, o Lions representa muito em minha vida, mesmo tendo alguns dissabores, o que é, até certo ponto, compreensível, pois até na família há divergências. Ao convidar alguém, eu diria que fazer parte do Lions é um privilégio, pois além de gozar de uma amizade sadia, você ajudará a quem mais precisa. Parafraseando alguns homens públicos da cidade, o poder público não é capaz de fazer tudo, tornando-se imprescindível a ajuda do Lions. Diria também ao convidado que você recebe mais do que doa, pois o voluntariado é uma via de mão dupla. Indubitavelmente o legado do Lions é a prestação do trabalho voluntário na comunidade, e quando ele é bem-feito, a sociedade reconhece e marca para toda vida. Nossa região é palco de muitas enchentes, e o Lions está sempre presente com uma significativa ajuda por meio de LCIF (Fundação Lions Internacional) e da arrecadação local de suprimentos. Com 41 anos de vivência leonística, tenho muita história para contar. Gostava muito das feiras de saúde. Eu tinha uma escola com cursos de enfermagem e patologia clínica, entre outros, e possuía um ônibus. Isso possibilitava realizar as feiras também em cidades vizinhas. Era maravilhoso o trabalho, com grande reconhecimento da população.”

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LC 12 A BELEZA DA TRANSFORMAÇÃO DE PESSOAS IDAGMAR DIAS DE SOUZA ANDRADE tem 78 anos e entrou no Lions em 1992. Começou no Lions Clube Ipatinga Liberdade e hoje está no LC Ipatinga Ita Drummond. “Me encantou a oportunidade que o Lions nos proporciona de sermos melhores a cada dia através do trabalho social, servindo desinteressadamente. Outro encantamento foi a possibilidade de não estarmos sós, estarmos sempre interagindo com outros nas reuniões leonísticas, nas viagens, num companheirismo permanente, num Lions sem fronteiras! Onde estivermos, em um dos mais de 200 países, estaremos na família leonística. O que me encanta até hoje é a facilidade de conhecer pessoas que se tornam importantes em nossas vidas, sem qualquer distinção. Outro encantamento é o poder que o movimento tem em fazer as pessoas de terceira idade se sentirem necessárias ao outro, não conseguindo se isolar em sua zona de conforto, sentindo que o irmão carente não pode esperar. O que mais me marcou foi a motivação constante de ver resultados de trabalhos sociais através de mudanças de atitudes, de visão, de vida. O Lions representa expectativa, saúde, alimento, reflexão, altruísmo, sabedoria, inteligência e crescimento pessoal e social. Uma história que toca meu coração foi o projeto ‘As crianças precisam enxergar a beleza do mundo’, desenvolvido com 150 crianças de 5 a 16 anos de três pequenas cidades mineiras. Fui professora e diretora, e a deficiência visual das crianças sempre me chamou a atenção, mas costuma passar despercebida. Com triagem, consultas, exames e entrega de óculos, as crianças sentiram a diferença e melhoraram muito seu rendimento escolar. A um novo associado, eu perguntaria: ‘Você gostaria de compartilhar com outras pessoas, outros grupos, esta grandeza do seu coração, o seu talento, a sua inteligência, a sua preocupação com as pessoas menos favorecidas e assumir o compromisso de ser útil à sua comunidade?’ O legado do Lions se traduz na transformação de pessoas sofridas em pessoas de vida em abundância; na transformação de pessoas que se sentem como objetos, morando em lugares subhumanos, em sujeitos de suas próprias histórias, através dos projetos sociais; e na promoção do ser humano como centro do Universo da paz e da justiça social.”

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LEO Clubes Presidente do Distrito Múltiplo LEO LC: Felipe Benuto Assessor para a Revista: Leo Leão João Marcelo Theodoro | (14) 99147-1293 315142@aluno.unilins.edu.br

INCÔMODO COM A DOR DO OUTRO JOSÉ LEONARDO THEODORO tem 20 anos e entrou no Lions em 2016, no Leo Clube Promissão Terra Prometida, onde continua até hoje. “O que mais me encantou no Leonismo foi a oportunidade de igualmente vivenciar o aprendizado com o voluntariado, que dentro do Lions e Leo se complementam, fazendo com que possamos nos aperfeiçoar cada vez mais e prestar um serviço de melhor qualidade para aqueles que precisam. Ainda hoje me encanta ver que nossas ações possuem impacto direto na sociedade, seja a nível internacional com a LCIF (Fundação Lions Internacional), seja em nossa própria comunidade. Sem dúvida os projetos de alto impacto são especialmente marcantes. Quando, através de muito trabalho e colaboração, realizamos a doação de mais de 1,5 tonelada de achocolatado para o Hospital de Câncer Infantil de Barretos, foi possível sentir o poder do nosso serviço quando nos juntamos em torno de um mesmo objetivo. Na minha vida o Lions representa comprometimento, solidariedade, respeito e um incômodo, um incômodo com a fome, com o frio, com a dor do outro. Só fazemos algo pelo próximo quando aquilo nos incomoda, é preciso sentir para querer agir. O Lions faz com que eu me sinta diariamente no dever de ajudar aqueles que precisam. Para convidar alguém a se associar, eu diria que o trabalho é árduo, mas a recompensa é infinitamente maior. A gratidão, simpatia, felicidade e as oportunidades que o movimento nos proporciona só nos tornam pessoas melhores em todos os aspectos. Acredito que o legado do Lions para a sociedade seja de que juntos somos mais fortes, e quanto mais fortes, mais podemos e devemos ajudar. Em uma visita a um asilo, conversando com uma das residentes sobre seu passado, ela me contou diversas aventuras de jovem. Acabei por descobrir que ela havia sido amiga da minha avó. Ela então me contou boas histórias e me fez refletir sobre vários aspectos da vida, foi uma verdadeira aula, muito mais valiosa que qualquer palestra atual de coaching. De repente, uma conversa inocente fez eu mudar meu olhar para o outro e entender que somos um só povo. Não basta vivermos para nós, devemos ajudar o outro na medida em que gostaríamos de ser ajudados, caso precisássemos.”

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ME ENCANTA AJUDAR AS PESSOAS

LEO

KETHLIN DAIANE GODOI tem 23 anos e entrou no Lions em 2017, no Leo Clube de Agudos Açucena da Serra, onde continua até hoje. “Desde adolescente eu queria fazer parte de um clube de serviços, me encanta ajudar as pessoas, ver o sorriso no rosto das crianças, é uma enorme satisfação ver que você fez a diferença na vida de alguém. Quando veio a proposta do Leo Clube, não hesitei em nenhum momento, pois sabia que seria uma experiência incrível na minha vida. Além de todos os nossos projetos, no asilo ou com as crianças, doando cestas básicas ou plantando árvores, o companheirismo, o networking e as amizades que levamos para o resto da vida me encantam demais! Posso dizer que, realmente, as pessoas dentro deste movimento são pessoas diferenciadas. O que mais me marcou foram uma atividade que fizemos de Natal, arrecadando brinquedos para as crianças de bairros carentes, e o suporte e treinamento que temos, pois além de servir, trabalhamos também o associado, pois seu desenvolvimento é importante para o movimento. O Lions representa em minha vida companheirismo, amor ao próximo, aquilo que eu realmente amo fazer: servir à minha comunidade. Não é fácil se tornar um associado, você precisa se dedicar ao movimento, e não levar isso como brincadeira, mas pode ter certeza de que não vai se arrepender. Toda alegria e ajuda que levamos ao outro trazem uma sensação indescritível. Servir à comunidade é um chamado, e as experiências são de ótima reflexão para sua vida como um todo. Se junte a nós! As letras do movimento LEO mostram que deixamos o legado da Liderança com o associado, a Experiência do servir à sua comunidade e a Oportunidade de fazer a diferença nela. Uma das minhas primeiras experiências foi das mais marcantes. Fomos ao asilo aqui em Agudos e colocamos café da tarde para os moradores. Depois tocamos violão, alguns deles cantavam músicas da época, eles ficaram tão felizes! Passamos mais um tempinho conversando com aqueles senhores e senhoras e foi maravilhoso. Quantas lições nós tiramos dali e podíamos perceber que tudo o que eles queriam era uma companhia, alguém para sentar ali e conversar. Eu realmente senti que não poderia estar fazendo coisa melhor!”

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Castores Presidente do Distrito Múltiplo LC de Castores: Oziel Almeida Assessor para a Revista: Ramon Carvalhaes Sant’Anna | (24) 99221-5766 ramon.diretor1@gmail.com

DE CASTOR A LEÃO WILSON DOUGLAS GUALBERTO tem 33 anos e entrou em 2002 no Clube de Castores de Petrópolis, onde hoje é conselheiro. Atualmente é Leão do Lions Clube Petrópolis Centro. “No início como hoje, o que me encanta no Lions é o serviço. Nestes anos todos, o que mais me marcou foram as campanhas e o companheirismo dentro e fora do clube. O Clube de Castores foi o grande responsável pelo meu crescimento como pessoa e como cidadão.

Ao convidar alguém para o Movimento, eu diria: ‘Venha fazer parte deste time que serve ao próximo’. Mas, na verdade, as ações leonísticas já são o próprio convite para algumas pessoas. Na minha cidade os legados do Lions são inúmeros, principalmente o cuidado com a população. Me lembro de uma Festa das Crianças realizada por Lions na Associação Atlética do Banco do Brasil. Eu tinha 16 anos, e as crianças carentes passavam o dia nessa festa com vários atrativos. Me lembro de uma menininha bem pequena, mal conseguia segurar um garfo, e eu a ajudei. Conversamos muito, ela falou sobre sua família, que tinha algumas dificuldades, e no final me abraçou bem forte e isso valeu meu dia.”

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Castores SER UMA PESSOA MELHOR SILVANA LASNOR LOURENÇO tem 19 anos e entrou no Clube de Castores Paraíba do Sul em 2020. “A possibilidade de ajudar mais pessoas foi o que me encantou quando entrei no Movimento. E ainda hoje me encanto com a união de todos por um bem maior. As campanhas de Páscoa Solidária foram muito marcantes para mim. Na minha vida, o Castorismo representa a vontade de ser melhor e ajudar cada vez mais pessoas. Para encantar uma pessoa e convidá-la a se associar eu mostraria algumas campanhas que já realizamos e a chamaria para participar das próximas. Na minha opinião, o legado do Lions é mostrar que a união faz a força. Para mim, as melhores campanhas são as que envolvem crianças. Ver o rostinho delas cheio de alegria melhora demais o meu dia e me faz querer ser uma pessoa melhor.”

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Legado

MELHOR QUE NOS SONHOS SONHADOS Colaboração de CaL Erika Soliva Fasanella e CL Domingos Fasanella (Lions Clube São José dos Campos Centro - Distrito LC 5) MARIA ANGELA PIOVESAN SAVASTANO tem 90 anos, entrou no Lions em 1955 e seu clube sempre foi o LC São José dos Campos Centro, onde se encantou com a proposta de servir desinteressadamente! Mas vamos deixá-la contar sua própria história, em narrativa saborosa e fascinante: “Também me encantou encontrar pessoas reunidas, geralmente em jantares festivos, conversando de tudo…filhos, casa, comidas, empregadas. Quase todas da mesma idade (eu tinha 20 anos), algumas com um pouco mais, mas todas lindas. A maioria delas já eram minhas amigas e conhecidas. Naquela época, as mulheres dos Leões não eram Companheiras Leão, eram chamadas de Domadoras. Só os homens participavam das reuniões da Diretoria. Não se assustem... isso era em 1955. Mas, em casa, na cama, meu ‘Leão’ me contava tudo o que tinha acontecido na reunião – o que tinham discutido, os planos. E eu, então, também dava minha opinião, trocava ideias, defendia meu ponto de vista e dizia onde, como e quanto podia ajudar, participar. Dessa forma iam acontecendo as ações do clube, sempre com a participação efetiva das Domadoras, que

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pensavam detalhadamente como realizar as ideias pensadas e propostas pelos Leões. E quando não tínhamos força física ou recursos financeiros, eles entravam com todo seu poderio e sua força, e tudo acontecia muito melhor que nos sonhos sonhados... Fui crescendo como pessoa e cidadã. Lions foi uma das minhas ‘escolas’. Alguns anos mais tarde, quando Rubens exerceu o cargo de Governador, foi feita uma pesquisa no Distrito para saber se as Domadoras gostariam de participar do clube como Leões, e não como Domadoras, já que todas agiam como tal. Teriam o direito de votar e serem votadas para cargos e funções na Diretoria. Surpresa... a maioria não quis mudar! Mais tarde houve uma decisão oficial e todas nós passamos a ser Companheiras Leão. Lição aprendida: o mais valioso está no que somos e fazemos, e não no título que carregamos. O que ainda me encanta no Lions é saber que ele mantém os princípios éticos e morais, que agrupa pessoas com as mesmas propostas e que ajuda e dá oportunidade para o exercício e desenvolvimento de cidadania entre seus membros. Falo isso porque tive a oportunidade de ser incentivada e apoiada pelos companheiros e companheiras do Lions, o que me faz sentir, hoje, útil nas atividades que exerço. O que mais me marcou nesse tempo todo foi a coragem, a inteligência e o desprendimento de todos. Sem esses predicados, não fariam o que fizeram e ainda fazem. O Lions representa pra mim uma grande escola e, para convidar alguém a se associar, eu diria: ‘Conheça o que é um Lions Clube. Você vai ficar surpresa e feliz com você mesma. Vai saber o quanto você é valiosa’. Na minha opinião, o Lions tem deixado importantes legados tanto imateriais como materiais para minha cidade: abrigos, escolas, prédios, obras importantes. Um desses legados materiais foi a instalação do Setor de Queimados da Santa Casa. A Petrobras havia sido instalada na cidade e a Santa Casa, único hospital que atendia a população carente, não tinha um setor para queimados. O Lions, na gestão do Rubens, solicitou da Petrobras a instalação desse importante setor e hoje São José possui um dos melhores atendimentos nesse setor, o único na Santa Casa que atende pelo SUS, porque o Lions assim pediu.”

Uma história ficou marcada na memória de Angela: “Fazíamos todo ano um espetáculo de Balé em benefício da Santa Casa, um dos eventos mais importantes da cidade. Em certo ano, planejamos um evento no estilo do que acontecia no Rio ou São Paulo: seria sobre a piscina do recém-criado Clube de Campo Santa Rita, acompanhado de um banquete, à noite. Imaginem vocês que sonho! Até o Prefeito, Sergio Sobral de Oliveira, ajudou, montando o palco. América Simão providenciou com o irmão tudo para a ceia, as mesas, toalhas, louças, garçons... tudo. Helena Shibata conseguiu, com a colônia japonesa, as flores para as mesas e para decorar o palco. Damares Antelmo conseguiu os aparelhos de som e luz, que foram montados por meus filhos e amigos. No final do palco, já na parte de terra firme, uma tenda servia de camarim das bailarinas. Todos os convites foram vendidos. Era uma expectativa só. De repente, quando estava tudo quase pronto, começou a ventar muito forte, a escurecer e começamos a desmontar tudo. Tiramos as mesas, a luz, os holofotes, os enfeites... foi uma correria! Não demorou nada e uma chuva caiu forte. Não deu nem para salvar as flores do palco. Ficamos todas nós, caladas, vendo as flores sendo levadas pela chuva... Foi chegando a hora do espetáculo. A chuva parou, mas tudo estava recolhido. De repente, vimos um farol de carro chegando. Dele desceu uma criança, menina, toda prontinha, com roupa de balé. Elizabeth Feirabende perguntou: ‘O que você veio fazer aqui, criança?’ ‘Vim dançar’, respondeu. As Domadoras se olharam e cada uma foi refazer sua missão. Elizabeth pegou as flores que estavam sendo levadas pela chuva e, com sua habilidade, deu um ‘ar’ de enfeite no palco. Tudo voltou ao normal. Foi uma noite linda, com uma grande lição: não desistir nunca diante das intempéries da vida e acreditar que juntos podemos fazer acontecer. Os sonhos se realizam. Muitas amigas Domadoras, da velha geração, me ensinaram a sonhar: Alete Bacelar, Helena Soliva, Helena Shibata, Judith do Carlos, Ana Hulmi, Elzinha de Almeida, América Simão, Nelma Francisco, Lia Lara, Ivone Moreira, Suely Akermam, Maria Bogson, Fernandina Cordeiro, Angelina Farinas e tantas outras que ainda moram em meu coração...”


Conforto, Durabilidade e Segurança Companheiro Sr. Miled Kanaan (11) 99974-5745 (11) 93238-9659

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