Viagem versada

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Como posso parar de escrever, Se o silencio é a resposta. Quero som ou palavras redigidas, Não importando a mensagem que carreguem. A paz e o silencio, É para os mortos! Mas eu estou vivo! Não mate-me aos poucos. Medo de tentar! Por capricho mortal, Resolvi colher a flor mais bela, No jardim dos deuses. Castigo ou conseqüência do meu ato. Percebi o erro, De ter colhido flor tão divina. Como conseguiria viver, Com tal flor? Em minhas mãos, Uma situação maior, Do que podia suportar. Resolvi mentir para mim mesmo! E não acreditei que poderei tratar, Da soberana flor! Outro erro! Comecei algo e não terminei. Tive medo de ver a flor murchar, Na minha frente. Por medo; vi o tempo levar minha flor. E a dor foi a mesma que tentei evitar, Agravada pela dor de não senti-la, Quando estava próxima a mim? Sabores noturnos Senhorita da noite, Hipnotizou-me com seus dons. Especialmente prazerosos! Romance contemporâneo, Orientou-me no deserto da solidão, Nebuloso mais que o normal. Senti-me renovado. Hipersensível ao fabuloso momento.

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