Versos imperfeitos intenções verdadeiras

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Destino desconhecido IV Sabemos na teoria, Que o nosso destino acaba na morte, Mas o que não conhecemos, É como será o intervalo entre o nascer e o morrer. Nosso destino é a conseqüência de nossos atos, Poderiam ser previsíveis por isto, Mas não são, porque nem sempre este ciclo hermético funciona. Pois destinam se cruzam! Uma ambigüidade complexa. De observações perplexas, Que nos leva acreditar, Em um roteiro que existe para nos regular. Tem pessoas que não acreditam nisso, Mas também não conseguem explicar esta descrença, Porém admitem e concordam de forma unânime. Que o destino é uma realidade desconhecida. Autocrítica Estou descontente com minhas poesias, Pois o que crio não possui mais a magia, Não reproduzem de forma bela os momentos do dia-a-dia. Poderia escrever que a inspiração se foi, Estaria mentindo para mim mesmo. Pois o que eu perdi ou estou perdendo, São a inocência e os sonhos. Eu sonho, mas não acredito mais neles. Eu aprendo e com isso cresço. Eu escrevo e busco um grande amor, Mas compreendo uma reação química, comum ao ser. Por que o destino de minhas poesias, É possuir versos mortos? Será que me transformei em um assassino?

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